21 maio 2004

Começam com um poema - por OrCa

Começam com um poema.
E a mão resvala pela perna, pela própria ou pela alheia, na maré da solidão ou em mar de casa cheia, e na carícia da mão faz-se da perna o poema...
Cada qual com o que tem, fará com a mão ou com a pena o que melhor lhe convém: masturba-se o solitário; o convencido perturba-se; o garanhão solidário, depois da primeira afunda-se...
Mas é o pobre funcionário, preso pela gola ao sistema, o que fica mesmo mal, pois ao pôr a mão na perna, ou tem à mão um poema, ou só faz amor virtual...
Quem paga então é o ofício, a factura, o relatório, que mostram claro indício de serem supositório.
Cuidado, São, com as imagens que permites que aqui ponham.
Bem cedo, pela manhã:
- Então que fazes, João?
- Não é nada, ó dótor, estou só a limpar as manchas do écran do monitor...

OrCa

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