21 janeiro 2005

Medicamenta São

Oh Manela, claro que me masturbo regularmente. É tão relaxante!... Não conheço nada melhor para adormecer profunda e sossegadamente. Durmo as horinhas todas seguidas!
E Manela, ele há dias que estamos tão cansadas que já não há pachorra para recitar aquela ladainha toda do «és muito bom na cama!», «adoro que me comas!», «ai, estás com ele tão grande!» para aqueles eternos inseguros dos homens se sentirem desejados e essenciais ao mundo.
Manela, a questão é que quando me masturbo é tudo muito mais prático: consigo ter um orgasmo em 10 minutinhos em vez dos necessários 30, com um homem. Pela simples razão de que eu sei exactamente onde está o meu clitóris, qual a intensidade que devo ir imprimindo ao dedo e se me apetecer, meto ou não, dois dedos na vagina, mas é tudo simples e eficaz.
Aliás, porque o fundamental é a imaginação e quando nos masturbamos Manela, podemos estar na cama com quem nos der na real gana. Pode ser com os clássicos George Clooney ou Brad Pitt, ou com o vizinho do lado, ou com o futebolista do momento, ou com aquele grande pão que estava na bicha do posto de gasolina para pagar, ou até com todos os bombeiros voluntários de Alguidares de Baixo, ao mesmo tempo.
Masturbarmo-nos é como estar naquela canção do Jorge Palma em que ele diz «na terra dos sonhos podes ser quem tu és, ninguém te leva a mal». Sabes, Manela, cada vez acredito mais que a única coisa para a qual as mulheres não precisam para nada dos homens é para fazer sexo, salvo nas excepçõezitas daqueles que conseguem fazer do acto uma oportunidade de comunicação.

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Uma por dia tira a azia