29 outubro 2005

Garfiar - 161

rascunho
a coisa começou de uma forma simples, normal e até um pouco enfastiante, tendo em atenção que a qualidade do almoço deixou muito a desejar, mas como o mesmo não acontecia com a empregada, belissima, o almoço repetiu-se.
Faço um aparte para dar um conselho aos empresários do ramo da restauração e, aliás, da hotelaria em geral, arranjem gajas boas para servir, para estar em contacto com o público. Gajas giras e simpáticas são um chamariz e uma forma de cativar clientes poucas vezes superadas. Feito o áparte, tão óbvio que até dói, prossigamos.

eu conheço aquela gaja, caralho
o quê?
eu conheço-a, pá, conheço-a
e então, qual é o espanto?
a gaja não me disse nada, pá. Viste? Não me disse nada.
disse boa tarde e bom apetite
vai-te lixar
mas porque havia a gaja de te falar
andei com ela, pá, foda-se, conheço-a
andaste com ela, quando?
quero dizer, não foi bem andar... foi uma noite...
uma noite?
uma madrugada...
uma madrugada?
mas tu és algum eco ou quê?
quê?
quê, o quê?
sou o quê.
és o quê?
sou
foda-se! 'Tás doido ou 'tou eu, que merda de conversa é esta?
perguntaste se eu era um eco ou quê e eu disse-te que sou o quê, não sou o eco.
foda-se, pereira, não tens medicação, caralho? não vais ao psiquiatra? eu 'tou a falar de uma gaja que me fez um broche do caralho e que agora não me fala e tu estás a discutir ecos e a fazer jogos de palavras.
a gaja fez-te um broche de madrugada?
um broche?! Foda-se, a gaja fez o broche, pereira, O broche!
e agora não te diz nada?
nada, meu, já viste esta merda? aonde é que o mundo vai parar?
...

Garfiar, só me apetece

Sem comentários:

Enviar um comentário

Uma por dia tira a azia