14 março 2006

Ivete Sangalo e Marla Singer - por Bruno

Helena Bonham Carter como Marla Singer em Fight Club
Helena Bonham Carter como Marla Singer em Fight Club
Helena Bonham Carter como Marla Singer em Fight Club
Helena Bonham Carter como Marla Singer em Fight Club
Helena Bonham Carter como Marla Singer em Fight Club
Helena Bonham Carter como Marla Singer em Fight Club

A Ivete estava a olhar para mim, e dizia:
- Leve na Boca.
Li melhor o cartaz publicitário, afinal estava a dizer "Leve na Boa".
A Ivete ostentava a "Sagres Chopp", junto da cara maliciosa. Lembrei-me daqueles anúncios onde as mulheres, para demonstrarem melhor o tamanho do dildo que publicitam, o colocam junto à face, para exibirem uma escala real.
Reflecti sobre a frase "Leve na Boa". Havia questões que se impunha fazer:
- Leve na boa... onde?
- Leve na boa... com o quê?
Estava sentado naquela esplanada do Centro Comercial - bem, não se pode dizer
esplanada, pois é um local fechado, mas enfim... onde ia? - estava sentado, naquele cepticismo "falo-publicitário", com a minha pita shoarma, pronta a ser comida... quando oiço:
- Não te importas que me sente?
Não conheci aquela cara, para me tratar por tu...
Timidamente respondi:
- Não...
Estaria a resposta de acordo com a formulação da pergunta? Bem... avançando... ela sentou-se à minha frente, naquela mesa de dois, do Centro Comercial cheio de gente indiferente.
- Vou só tomar o café... não demoro... - disse ela.
Do primeiro impacto das características físicas e posteriormente mostradas
comportamentais, só me ocorreu um nome, a personagem Marla Singer.
Ela apresentava um corpo esguio bem desenhado, um olhar perturbador, um cabelo negro despenteado com estilo, uma pose despreocupada mas com movimentos corporais que transpiravam confiança em roupas que, sem serem libertinas, transmitiam liberdade. A voz sedutora com uma língua irrequieta e desinibida saíam daquela boca bem desenhada em tons de vermelho escuro. O quadro era mítico.
Ela iniciou e dominou o diálogo. O conteúdo foi suficientemente intenso (conto depois) para que no fim escrevesse um número no pacote de açúcar e dissesse:
- Liga-me para tomarmos um copo. Xau!
Estonteado com aqueles 15 minutos, olhei para a Ivete e questionei-a:
- Se estamos bem na vida e com a vida, porquê tantos ímpetos de mudança?
Ligo ou não?...

Bruno


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