11 agosto 2006

Qrònica do Nelo...A banhus


Melhéres. Vivá praia!
Tamos eim plena Çili Çizón.
Já tou vendu por aí umas caras asquizitas….”O Nelo a falari strangêro?”
Poizé! Tal cual fofos. Çó tenhu a cuarta classe e açim, mash devu dezer que aprendi munto na Scola da vida melhéres. Foróm muntos anos de broches e emrabadelas e uma melhér vai tirandu daqui, pondo ali, ôvindo umas coizas dum lado e colando du ôtro, acába çem querer por ver-çe formada em Siências Univerçais.
Foi o caconteçeu agora neshta çemana.
Fomos a banhus.
Pró Algarvi fofos, que tá lá toda genti que intereça.
Vossés çábem, eças caras larocas das revishtas e us bonzões com um paliminhu de belesa no palmo acima do queicho, e uma maravilha três palmus mais abaicho a ensher a cueca..... Hihihihi, cala-te Nelo melhér, que já tas armada em geuloza e garganêra, toda fêta lambusona..hihihi.
Mas neshte mêsh éi açim: Queim quizer çer enrabado vai pró Algarve. Enrabom de toda manêra. É nus pressos que uma melhér paga nos sítius onde tem de cumer e açim, é az obras que nunca acabóm e é o licho em muntos ladus a fazer cartásh prós turistas. E hà nôte nenguém drome.! É uma feshta çem fim e barulho toda a nôte…Ou çeja, O Algarve foi feto pra nós, prás bishas…
Ai mas onde é queu ia? A falar açim, inda pençom que çô politicu, e eu de politicus basta-me o que lá vai a caza aos Sarauos da Efigénia e que olha munto pra mim e açim.
O queu cria dezer, melhéres, hera o que uma melhér aprende no Algarve.
Por exemples: “Alfatôst” quer dezer, “ meia torrada” .
“Temcu”..( ai us idiomas..hihihi) é “ munto obrigado”
“Naissebíshe”, nam éi pra dezer -“ Nam é içó bisha “-em strangêro com setaque Algraviu,, mash çim “ linda praia” .
Mash teim otras coizas squizitas. A espressão “Opiórs” tantu pode querer dezer uma borla nos copus, como o esticar do dedo do meio a fazer u boneco da goluseima.
Mas o queu aprendi este anu foi uma coiza de estalo melhéres.
Us strangêros teim uma adorassão e um fetishe com as facas.
Foi o que ôvi nu restaurante onde stava cumendo ao jantari do sigundo dia que lá chigámos. O impregado de mesa, aprossimou-se da meza au lado onde tava uma lambisgoita stangera e diçe-lhe ó ôvido: - “Du iu uaná faca”-
Hora, melhéres, éu que çô bisha mas nam çô parva, tirei logo que o moço, pur çinal uma stampa, lhe diçe se queria uma faca. Olhi pra meza, e vi us talheres todos poshtos e nam avia lá falta de facas. A verdadi é que ela já nam tiro us olhos deli, mal o miúdo çe retirô, ela foi atrash. Eú tamém fui logo desfarsadamente spreitar…e nam é que stavóm ós bêjos? As coizas cuma melher descobre çem querer!
Neça mejma nôte foi sprimentar a um bar onde me sheirava que pudia dar. Cuma bisha teim estas çensibililades. Çentei-me cum o meu Pisangandom, a bebericar pela palinha e a fazer umas boquinhas doces a um loirasso que la tava com uma tatoiagem num brasso. Fish-lhe çinal pra eli vir pra minha mesa e mal ele çe çentou, disse-lhe logo:
“ Du iu uaná faca, melhér?”
Nem me deu resposta melhéres, atiro-çe a mim, e foi uma locura, que fiquei conçolada pur trêz dias.
Agora já çabem: No Algarve, nem pressizam de levar nada, é çó prometer. Hihihihih
Bem deicha-me lá ir oferecer uma faca ao jeitozo da sombrinha ali au fundo açim que acabar de screver eshta Qrònica melhéres…

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