11 fevereiro 2007

Sim... oh... sim, sim... oh... sim!

Woman Dignity - C. Kelly Lohr - www.ckellylohr.com"Sim, Sim, Sim!
E agora falemos aos nossos filhos e filhas de sexo, de prazer e de responsabilidade. E se um dia tiverem de optar, que o façam de cabeça erguida, sem terem de se cobrir com o manto da culpa, da vergonha e da clandestinidade."
TriMargarida

"Aproveito para dar os parabéns às mulheres deste País. Mais uma pequena peça para a sua total liberdade."
Tiko Woods

"Olá, colegas. O sim venceu, mas não acho que seja motivo de alegria, embora eu tenha votado sim e feito parte da campanha. O aborto é um assunto sério e não uma festa. E isso é motivo que baste para que uma mulher que tenha de recorrer a ele não se veja por essa razão na contigência de ficar sob a alçada criminal. A lei actual promovia o aborto clandestino com todo o corolário de problemas que se conhecem sobejamente e só os cínicos poderiam argumentar como se este facto não fosse uma verdade universalmente reconhecida. Votámos maioritariamente «sim» e devemos todos nortear na nossa sociedade a cultura para uma maternidade responsável e fazer com que os políticos criem os mecanismos para apoiar o mais possível essa maternidade. Criar apoios à mulher grávida em dificuldade e usar o aborto como medida de excepção, sempre feito nas condições de saúde e cuidados devidos."
Margarida Beijaflor

"Tudo boas almas ! É óbvio que juridicamente não é vinculativo, mas é-o políticamente e com muita força. A questão, como eu tenho vindo a alertar, tem praticamente só a ver com questões colaterais mas absolutamente fundamentais, tais como: o companheiro vai assumir as suas responsabilidades? Irá estar presente às consultas (se as criarem...) de planeamento familiar? Como irá ser alterada a Lei? E depois das dez semanas? E a questão de objecção de consciência de alguns médicos? E as clínicas espanholas vão ser integradas no SNS ou vão aderir por Convenção? E há 8 anos também o referendo foi juridicamente não vinculativo mas foi-o politicamente, estava o PS no poder e o que é que mudou, quando jurídica e constitucionalmente a Assembleia da República tem poderes para legislar sobre esta matéria e não o fez? E a falta de dinheiro nos Ministérios: fecham-se Maternidades, fecham-se Urgências e para o aborto vão ser só facilidades? (...) E os médicos vão ter tempo e paciência para conversar com a candidata a abortar, saber os porquês e porque decidiu assim, (e o tempo a contar...) e a senhora vai pensar melhor, depois volta cá, que isto é um assunto muito sério, e daqui e dacolá... e 600 médicos espanhóis que se prevê possam deixar Portugal regressando a Espanha, porque, só na Galiza, nos próximos 5 anos, vão para a reforma 3.300 médicos? E sabem como se chama na Galiza a esta atitude do Governo Autónomo? Uma OPA sobre os médicos espanhóis a trabalhar em Portugal... Aposto dobrado contra singelo em como daqui por um ano, tudo estará na mesma, como a lesma..."


"Opinativas e ponderosas razões de reticências leio aqui, solidário. Esperemos para ver... Não sentados, claro, que quem espera sentado não chega a lado nenhum.
Creio, também, que o sacrossanto "país real" enferma muito mais dos males que o Zé enuncia, do que de alguns deslumbrados mares de rosas com que os politiqueiros nos brindam.
Foi este um passo importante no sentido do reconhecimento da dignidade da mulher. Interessa, agora, que não se descure a dignidade do ser humano.
Receio bem que, com legislação ou não, as questões «técnico-administrativas» se imponham. Não é verdade, por exemplo, que há já mais de uma dúzia de anos se previa a rotura do sistema de assistência na saúde tão somente pela carência de médicos? E o que se fez? Mantiveram-se as lógicas irracionais de acesso universitário, a promoção ao absurdo de quase todas as especialidades em detrimento da de Clínica Geral...
Porque, vejamos, o aconselhamento médico numa questão de gravidez não desejada não tem de chegar a um Ginecologista ou Obstetra. Pelo contrário, deve ter lugar através do Clínico Geral. E esse será o grosso do recurso que se verificará com uma despenalização «à séria».
Aconselhamento qualificado pode (e deve) passar por aquela ligação de confiança que deve constituir a relação entre um médico e o seu paciente.
Isso requer, no entanto, o acesso fácil e em tempo útil ao Clínico Geral. E o SNS está em condições de responder? Ou uma mulher necessitada desse aconselhamento (até às tais 10 semanas) pode ser confrontada com a marcação de uma consulta para daqui a seis meses? Ser-lhe-á dada prioridade? E em que circuntâncias de rigor e sigilo?
Isto, quando se entra no «país real», é que é uma chatice! Mas por essas e por outras é que eu digo que os impostos que pago andam a ser mal utilizados!..."
OrCa

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