18 abril 2007

Aula de castidade

Praticar sexo faz bem à pele e à moleirinha, por ser um anti-stress e anti-depressivo natural, e por mais mil e uma razões que qualquer médico vos explicará melhor que eu.

Então para quê a castidade, perguntareis vós?...

Imaginem que vivem em África, que já acabaram os preservativos que as ONG's por lá distribuem e que nem têm dinheiro que chegue para os comprar no mercado negro. Aliás, com a fome e em alguns casos, até com a guerra que por lá campeia, a sida é só a preocupação seguinte porque instintivamente procura-se sobreviver, conseguindo comida e escapando da morteirada. Quem é que numa situação dessas tem vontade de foder?...

É uma castidade imposta pela situação mas a falta dela é desejo de suicídio.

Mais perto de nós, recordo sempre aquele Dia das Mentiras em que o Mário Viegas morreu de verdade. O mundo em que podíamos ter sexo com quem e quando nos apetecesse desmoronou. A maravilhosa pílula que deu liberdade à mulher precisa agora de funcionar em conjunto com um preservativo ou umas análises credíveis. E isto retira toda a magia do momento, da concretização do desejo ali e já, para se tornar quase num acto médico ou burocrático.

Dir-me-ão que a alternativa passa então pela monogamia. Que é uma repressão sobre os instintos da espécie que somos, porque se assim não fosse, todos os povos, independentemente da sua cultura e organização social, seriam monogâmicos. E se todos os dias envelhecemos, também todos os dias algo em nós muda e por milhentas razões que me escuso de enumerar porque todos as conhecem, há um dia em que até o casal mais perfeito já não se reconhece e facilmente tem desejo de outro.

A castidade não mata. Ninguém morre por não ter sexo durante algum tempo ou então, todos os dias morreria gente nas nossas prisões. Ou em suas casas e em todos os escalões etários. É tal e qual como gostarmos de lagosta mas só a comermos lá de longe em longe porque o dinheiro não chega para mais.

Se somos livres e responsáveis para tomarmos as nossas opções, a questão é se preferimos poupar para saborear lagosta ou se aceitamos comer carapauzinhos todos os dias.

10 comentários:

  1. Mari'Árvem, "se não gostares não publiques"?!
    Ai não conão gosto. Conseguiste surpreender-me, e contigo estou habituada a lagosta ;-)
    (porra, que nunca mais volta e faz falta o boneco das vénias)

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  2. Oh Ção Rozas, a Maria Árvem cu me perdôi, mazeu cum estes cumentários pelas trazeiras çafo-me eim grande hihihhih Ai melhér que çou uma bisha lambona
    (buneco do riso)

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  3. Bicha lambona e nada casta :-)

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  4. O Nelo casto?! Só se for de frente!

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  5. Olá! Já [ votaste ] no selo do Zeca ??

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  6. Mas parece-lo ...isto nem rima, nem nada, mas é a pura das verdades...qualquer dia também te desvaneces como a beijaflor, só que não será em vapor, antes em fine bone china, com pós de caulino
    e chinquilhos de ouro velho...sua dama vitoriana (isto vai dar merda!para que é que eu chamei práqui a raínha Victória ?)

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  7. Melhor vitoriana que derrotana :-)

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  8. Oh, deixa-te de merdas...já imagináste a pele de virgem de tal senhora ??? Sem refegos, rugas ou regos, tudo liso e assertoado, pronto para o virar o livro da História...Erotikon...

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Uma por dia tira a azia