31 outubro 2007

Bela Adormecida


A matéria de facto, ao contrário do que nos impingiram por séculos a fio, é a que a cada 7 anos ela fazia uma cura de sono para esquecer o falhanço de mais uma relação conjugal.

Acumulava pequenas desilusões quotidianas ao longo de 7 anos, o sexo a dois perdia aquela auréola de descoberta e tornava-se um exercício repetitivo de ginásio que fazemos porque o que tem de ser tem muita força, apesar de mais espaçado para não cansar muito, até que uma discussãozita sobre optar por uma ida à praia ou ficar a aboborar frente a um dvd de um cineasta até conceituado a picava e ala moça para a hibernação na clínica.

A porra é que depois do sono voltava ao mesmo e bastava que um gajo a escutasse beijando-lhe o corpo todo com o olhar para voltar à antiga vida maravilhada por umas mãos que a percorriam como uma tigela de sopa quentinha acabada de fazer.

E foi neste ponto da tigela que decidiu comprar umas botas que a tornavam umas pernas cobiçadas e o engodo de inúmeras mãos motivadas para dar o melhor de si que à primeira todos vamos lá e garantir o quente pão nosso de cada dia. Tornou-se a Gata das Botas.

CISTERNA da Gotinha


The Sex Project: Multiple Male Orgasms.

Nem tudo o que
parece pornográfico , o é!

Durex procura voluntários para testes. E ainda podem ganhar dinheiro...

Quando a polícia se mete na publicidade o
tubo de escape pode meter-se no caminho...

crica para visitares a página John & John de d!o

30 outubro 2007

Aplacar, acalmar, apaziguar


Aplaca-se o que está irado ou irritado; acalma-se o que está agitado ou perturbado; apazigua-se, ou põe-se em paz, o que está em guerra, ou amotinado.

ROQUETE, J.I., O.F.M. 1885: 68

Diálogo possível:
- Oh! Sr. Amâncio... Oh! Sr. Amâncio...
- Amanse-o você que eu já não tenho mão nele!

cuteness overload | sobrecarga de beleza


Sweet girls is a fresh tumblr blog that lives by it´s name. Supercute Honeys leads to tons of sweet galleries. Makes you feel like a kid in the candy store.
__________________
Sweet girls é um blog tumblr fresquinho que vive pelo seu nome. Queridas Supergiras conduzem-nos a toneladas de galerias doces. Faz-te sentir como uma criança numa loja de doces.

an eyecandy from fluffy Lychees

Anúncio da seguradora Mercator




"Ladies, you better rely on yourself for the future"
["Minhas senhoras, de futuro é melhor confiarem mais em vocês próprias"]

Alexandre Affonso - Comedor


Alexandre Affonso - nadaver.com

29 outubro 2007


Bom início de semana


Foto: Monja

CISTERNA da Gotinha


Já começam a aparecer os calendários para 2008 e este vai esgotar num instante: Joanna Krupa Topless.

Quando o Charlie era rapaz novo e trigueiro seria
assim?!

Mikhail Surkov é um fotógrafo russo com galerias que são obrigatórias visitar.

Mamocas com silicone: antes e depois.



Tantas coisas entesantes para comprar... e para a minha colecção...


Venus Berlin - Feira Erótica

Não fui à 11ª Venus Berlin (que se realizou entre 18 e 21 de Outubro) mas o Nikonman está sempre atento e enviou-me dois videos com as novidades que por lá se vi(e)ram:




Aproveito para relembrar que no link «extras», ali ao lado, há ligações para as páginas de clássicos da funda São, assim como para jogos, museus, feiras e festivais eróticos.

Horny Remover?!

(clicar na imagem)





















Outras Coisas

28 outubro 2007

O Nikonman fez-me ver a luz na mudança de hora


foto: ziza

Como podem constatar ali em cima na barra do cabeçalho (lá estou eu a dizer asneiras mesmo quando não quero... o que é raro), para mim a mudança de hora é pornográfica.
Pois o Nikonman publicou hoje no blog Praça da República esta foto de um relógio movido a energia eólica. Indica um artigo do semanário "Sol" sobre os malefícios da mudança de hora e duas páginas de um gajo que - pasme-se - pensa tal e qual como eu sobre este assunto.
Chama-se Paulo Proença de Moura, tem um blog que pelos vistos se baseia num seu livro de gestão («Persuacção») e até uma página dedicada exclusivamente à mudança de hora.
Concordo de tal forma com tudo o que ele escreve que até parece que somos almas gémeas. E ainda por cima tem uma figura com a qual me identifico também muito... hmmm... ai, se o gajo não fosse casado...

Streap-tease

(imagem daqui)

Ela fazia streap-tease no lusco-fusco de meia dúzia de minutos com o varão como se este fosse um pénis gigantesco que ora simulava que lambia, ora dava a ilusão que a penetrava enquanto exibia as suas peças carnais. As pernas apareciam logo a descoberto em harmonia com uns saltos altos que faziam crer a quem olhava de baixo para cima que eram mais longas que a fibra que as sustinha firmes. Depois, os seios saltavam um a um num fogo de artifício para os olhos masculinos que acreditavam no milagre da multiplicação das mamas. E a actuação não terminava sem rebolar as ancas virando as costas ao público para num momento redondo lhes plasmar as nádegas na retina com as linhas nuas da vagina a parecerem duas amêndoas prontas a ser trincadas.

Terminada a função vestia uma transparência para circular em conversas de circunstância pelas mesas e começava a apoquentá-la um certo cliente habitual sempre interessado em conhecer peripécias da sua infância, pormenores da gestão da sua agenda diária, detalhes das suas opiniões a propósito de tudo e coisa nenhuma. Até que eram momentos de deliciosa intimidade mas assustava-a o facto daquele homem a despir toda.

Distúrbios Alimentares
























Outras Coisas

crica para visitares a página John & John de d!o

27 outubro 2007

os Zés Trioscas...


...encomenda feita ao amigo Russo
raim's blog

A Varanda

Farta de o ouvir, encaminhou-se para a porta da rua, abriu-a em silêncio e assim ficou, agarrada à maçaneta, olhando-o fixamente, tentando manter-se sem expressão, ordenando-lhe que saísse.
Ele que não parara de falar, de si, dela, de tudo e de nada, alimentando uma discussão que parecia ser a única coisa que os ligava, calou-se espantado. Olhou-a. Olhou o longo corredor escuro que dava acesso ao elevador e aos restantes apartamentos naquele piso e perguntou:
– O que é isso?
– Uma porta.
– Queres que me vá embora?
Ela ergueu as sobrancelhas:
– O que é que te parece?
– Assim?!
Ela baixou ostensivamente os olhos até aos sapatos dele e subiu lentamente até os olhos de ambos se tornarem a encontrar:
– Se foi assim que vieste, qual é a dúvida?
– Não estava a falar da roupa – disse ele, incomodado com a frieza e rigidez dela junto à porta.
Ela manteve-se calada.
– Queres que me vá embora? – repetiu ele, sem se mexer.
Ela acenou positivamente.
– Porquê? – inquiriu ele, iniciando a lenta caminhada até ela.
– Porque não?
Ele parou e olhou-a interrogativo, mas não recebeu qualquer sinal em resposta.
– É isso que queres? – e recomeçou a andar.
– Sim.
Ele aproximou-se dela e estendeu a cara na sua direcção, apontando a sua boca à boca dela. Ela hesitou, mas acabou por não dar o passo atrás, como o primeiro impulso quase a levara a fazer, e apenas virou a cara, dando a face para ser beijada.
Ele beijou-a e suspirou ruidosamente.
– Eu depois ligo-te – disse, saindo para o corredor.
– Escusas de ligar – informou-o. – Com licença – e fechou a porta suavemente ante a incomodada perplexidade dele.
Deixou-se ficar encostada à porta e ouviu-lhe os passos no corredor a afastarem-se, percebeu duas paragens mas nunca olhou pelo óculo da porta. Ouviu a porta do elevador fechar-se, desencostou-se da porta, deu cinco passos e encarou a sala vazia, mais vazia.
“E agora?” pensou. Sorriu com a pergunta, achou graça a que no fim de uma discussão, provavelmente, sem retorno, a primeira coisa que conscientemente pensasse fosse exactamente “E agora?” como se tivesse queimado o jantar e fosse imperioso arranjar uma solução imediata. Suspirou “Que estupidez”, mas não fechou o sorriso.
Procurou o maço de tabaco e encaminhou-se para a varanda, sentindo-se estranhamente satisfeita, absurdamente limpa e leve. Ouviu o telemóvel tocar mas decidiu não atender, nem sequer ver quem era. Encostou a porta da varanda, sentou-se na cadeira plástica e fumou olhando as janelas do prédio em frente.
“Quantas pessoas estarão agora a fazer amor? Quantas estarão a discutir? Quantas estarão a vegetar em frente ao televisor?”, conjecturou contemplando demoradamente os apartamentos que entrevia através das janelas. “Estou a ficar velha”, acendeu outro cigarro, “ou, se calhar, mais esperta”, olhou para o relógio com satisfação e, ainda que não o pensasse de forma consciente (não precisava), decidiu sair, ir às compras, ver montras, ver pessoas e caminhar.
Apagou o cigarro, ainda a meio, e reentrou em casa. O telemóvel tocava. Respirou fundo e, contrariada, dirigiu-se, de sobrolho franzido, ao braço do sofá, onde o tinha abandonado. Olhou o mostrador, “Provavelmente, isto já não se chama um mostrador”, pensou e leu o nome dele. Atendeu.
– O que foi?! – disparou.
Ele hesitou (as hesitações dele enfureciam-na), começou três frases, que ela não percebeu e, por fim, pediu:
– Desculpa.
– Porquê? – perguntou ela, furiosa. Desculpas era a última coisa que queria ouvir. – Por seres quem és?!
– O quê?
– Está a pedir-me desculpa, porquê? – insistiu com maus modos. – Partiste alguma coisa, foi?
Surpreendido, ele não respondeu.
– Partiste alguma coisa?! – repetiu ela.
– Não – disse ele.
– Fizeste chichi no elevador? – perguntou ela.
Ficaram ambos estupefactos quando ouviram a pergunta mas só ele verbalizou a surpresa:
– O quê?!
Ela, ainda espantada com o que perguntara, imaginou-o de olhos esbugalhados e olhar perdido, boca aberta e sobrancelhas em meia lua quase a tocarem a franja e abafou um risinho de gozo. Gostara da frase, ainda que não compreendesse porque a dissera.
– Estás pedir desculpa, porquê? – retomou a conversa antes do chichi, mas imaginava-o agora a abrir a braguilha, a parar o elevador e a urinar furtivamente com um sorriso demoníaco.
– Porquê? – repetiu ele.
– Sim, estás a pedir desculpa porquê?
Ele sentiu o porquê como um monte de entulho impossível de ultrapassar sem se magoar, sem se sujar, sem se comprometer. Na verdade, ele por mais que se esforçasse, e estava a esforçar-se muito, não sabia porque tinha pedido desculpa, ou melhor, sabia, mas não o podia dizer. Não pedira desculpa por nada, julgara apenas que fosse uma boa forma de iniciar a conversa. Normalmente resultava.
– Porque é que havia de fazer chichi no elevador? – disfarçou.
– Sei lá – ela não conteve uma gargalhada. – Podias ter vontade.
– E achas que ia mijar – ambos estranharam que ele usasse esta palavra – no elevador?
– Podia ser uma afirmação!
– Urinar no elevador…
– No meu elevador.
– Urinar no teu elevador era uma afirmação?
Ela olhou-se ao espelho. Sorria e os olhos brilhavam-lhe. “E agora?” lembrou-se, sem mudar de semblante.
– Urinar, não – declarou. – Mijar, sim. Dava a ideia que te tinhas descontrolado, que tinhas sido realmente afectado pela nossa discussão… que tinhas sido abalado por eu te pôr na rua – corrigiu.
– Estou a ligar-te, não estou?
– E depois? – A imagem do espelho tinha perdido o sorriso e os olhos já não brilhavam. – Estás a ligar-me, pois estás, mas ainda não me disseste nada – o tom endureceu e ela afastou-se do espelho quando se apercebeu da ruga vincada que lhe dividia a testa. Tornou a olhar para os prédios em frente. “Quantas pessoas estarão a fazer amor neste momento?” – Há quanto tempo não fazemos amor? – perguntou de chofre.
– Há…
– Não digas – interrompeu ela, arrependida de ter feito a pergunta –, não interessa. Não interessa nada – concluiu em voz sumida.
– Fizemos ontem – disse ele em tom informativo, neutro. “No mesmo tom com que fizemos amor”, foi abalado por este pensamento e calou-se, evitando o risco de descobrir mais qualquer coisa se continuasse a falar.
Ela voltara a pegar no maço de tabaco e regressara, ainda com o telemóvel junto ao ouvido, à varanda. Inconscientemente procurou descobrir o automóvel dele e viu-o, encostado ao carro, de cabeça baixa, olhando para o telemóvel.
– Está – disse para perceber se ele ainda a estava a ouvir.
– Sim, estou – ouviu-o dizer entre os barulhos da rua. Tinha o telemóvel no altifalante.
– O que foi? – ouviu-se perguntar em tom genuinamente curioso.
– Posso subir?
– Subir?
– Sim, posso ir aí?
Ela viu-o levantar os olhos para a varanda e levar o telemóvel até ao ouvido. Hesitou. Olhou as janelas do prédio em frente e apagou o cigarro, onde dera apenas duas passas, informando-o, lacónica:
– A porta está aberta.
Desligou o telemóvel, viu-o descolar-se do carro e foi abrir o trinco da porta do prédio e a porta de casa, que deixou encostada. Olhou para o sofá, mas decidiu retornar à varanda, onde se sentou de costas para a sala observando as janelas do prédio em frente.

Vivam os artistas dos WC

Não sei se ainda por lá está, mas fica aqui para a idade do poster* esta bela cona pintada na


porta de um WC

do Teatro Académico Gil Vicente,
em Coimbra - Junho de 2002

* sim, sim, posteridade

Abóboras
























Outras Coisas

26 outubro 2007


Bom fim de semana


Foto: Quark

Dois excelentes livros de Alfred Delvau para a minha colecção

Alfred Delvau foi um jornalista e escritor francês que viveu entre 1825 e 1867.
Uma das suas obras foi o «Dictionnaire érotique moderne», editado pela primeira vez em 1864. Este dicionário erótico, cujo conteúdo continua moderno, foi reeditado numa edição de luxo com tiragem reduzida, de 1960, de que comprei o exemplar nº 161.


«Dictionnaire érotique moderne»

Um exemplo de uma definição:

Araignée (faire patte d') - action de prendre les couilles et le vit de l'homme de manière à chatouiller le tout à la fois en allant de la tête du vit au périnée et au trou du cul, de haut en bas, à droite et à gauche et retour, en y joignant des coups de langue au filet du vit decalotté, le tout jusqu'à la jouissance complète.

[Aranha (fazer as patas de uma] - acção de agarrar os colhões e o caralho do homem de maneira a estimular tudo ao mesmo tempo indo da cabeça do caralho até ao períneo e ao buraco do cu, de alto a baixo, à direita e à esquerda e regresso, juntando-lhe uns toques de língua no freio do caralho com o prepúcio puxado, tudo até ao gozo completo]

Além das definições de palavras e frases usadas «às escondidas» (tal como nos dias de hoje), Delvau apresenta excertos de obras onde essas palavras e frases são usadas. Por exemplo, para ilustrar o amor, apresenta este poema de Paul Saunière:

De son vit couturé de chancreuses ornières,
Pénétrer, chancelant, au fond d'un con baveux,
Mettre en contact puant les canaux urinaires
De scrofules pourris nous créer des neveux,
De spermes combinés faire un hideux fromage,
Au fond de la cuvette, humide carrefour
En atomes gluants voir le foutre qui nage...
Voilà l'amour!


[Com o seu caralho marcado com sulcos cancerosos,
Penetrar, vacilante, no fundo de uma cona babosa,
Pôr em contacto fétido os canais urinários
De escrófula apodrecidos criar-nos descendentes,
De espermas combinados fazer um queijo repugnante,
No fundo da bacia, húmida encruzilhada
Em átomos peganhentos ver a esporra que nada...
É isso o amor!]


Ilustração para a letra T

Entretanto, comprei também a edição de 2005, desta vez ilustrada por Sergio Aquindo.


capa do «Lexique Érotique Illustré», de 2005, com ilustrações
do desenhador argentino Sergio Aquindo



Ilustração de Sergio Aquindo para a letra Q



Ilustração de Sergio Aquindo

«Dictionnaire érotique moderne» - versão digitalizada em BnF

Batman - O sinal de chamada

Daqui






















Nu Escondido


via Pelushi

Alexandre Affonso - Paradoxo do abraço


Alexandre Affonso - nadaver.com

25 outubro 2007


Asa esquerda e asa direita, disseste tu. E eu repito-te. Como se me forçasse a acreditar que só assim se faz o voo.

Rio-me. Digo-te que preciso da tua asa direita para equilibrar a minha asa esquerda, como se precisa da fealdade para realçar a beleza.

Porém, não era preciso que me risse. A tua asa direita chega-se a mim e envolve-se na minha asa esquerda; a minha asa esquerda chega de mansinho e insinua-se na tua asa direita.

Podemos então rir os dois das caras de espanto com que nos olham os que não percebem como equilibramos este voo.

E é para a cama onde nos deitamos que levamos as diferenças e as semelhanças e dela, dessa cama que é a nossa, fazemos uma casa.

"São asas. Que só duas fazem voo."

Gotinhas sequiosas

Le Calendrier des Blogueurs Nus - 2008

Mais informações















Calor... frio...

Um casal de reformados vai ao médico fazer o seu exame periódico. Depois de tê-lo examinado, o médico diz ao velho:
- O senhor está com uma saúde excelente! O senhor tem algo em especial que gostasse de discutir comigo?
- De facto tenho! Depois de fazer sexo com a minha mulher, na primeira vez, eu sinto muito calor e fico todo suado, mas na segunda vez eu sinto muito frio e tremo todo!
- Interessante! Vou anotar isso e depois dou-lhe um parecer.
O médico examina a mulher e no final diz-lhe:
- A sua saúde está excelente! A senhora tem algo em especial que gostasse de discutir comigo?
Ela responde que não. O médico então acrescenta:
- O seu marido veio com um problema estranho. Ele disse que a primeira vez que faz sexo com a senhora, ele sente calor e sua muito. E que na segunda vez ele sente frio e treme. A senhora imagina o que possa ser?
- Ah, é lógico! A primeira vez é em Julho e a segunda é em Dezembro!

(enviado por TamTam para o grupo de mensagens da funda São - já te inscreveste?)

24 outubro 2007

Em caracolafilia


Não o posso esmifrar no meio do grupo que ainda tenho um niquito de sentido das conveniências e não vou pular por cima das travessas de caracóis e com risco de derrubar as muitas canecas expostas para lhe saltar para o colo e aterrar as minhas nádegas nas suas coxas, umbigo contra umbigo, para lhe chupar aqueles lábios húmidos como se faz ao molho nas cascas e me apetece, mas torno óbvio que ando a catrapiscá-lo.

Acendo-lhe o cigarro e faço concha nas suas mãos. Com a cumplicidade espetada no sorriso chego-lhe mais um alfinete para que nada lhe falte para poder picar. Antecipo-me a pedir mais cerveja incluindo-o logo com a justificação de que importa ter a língua molhada e até lhe empurro o molho picante para o caso de querer dar um ar exótico ao petisco.

O molho que me delicia é descobrir nele alguém a quem os anos não embaciaram o brilho maroto de quem em criança partia pratos com pressão de ar ou encardia os calções a rolar pela terra. E tal como os garotos se pelam por isso, alegra-se no convívio com os amigos acreditando que o melhor que de si pode dar aos outros são as suas ideias e o seu carinho. E até os seus caracóis rebeldes são afinidade que me transporta a um tempo em que uns azulejos azuis setecentistas nas paredes e um piano na sala davam o cenário de conto de fadas ao mundo em que me sentia uma princesa.

Se recordar é viver também só sentimos falta daquilo que conhecemos pelo que se ele volta a passar o polegar pelo canto dos meus lábios para limpar a espuma, faço dele prato principal.

CISTERNA da Gotinha

A obsessão de Mariazinha de ser vítima de um assalto no quarto: "Despoja-a, para já, de um beijo. Depois, enfim, de qualquer coisa mais."

A verdadeira Mulher-Saco: foi presa quando tentava entrar no Presídio do Róger com 260 comprimidos de Artane, um telefone celular, duas baterias de celular e duas antenas, escondidos na vagina. Acabei de descobrir a irmã dela que tinha "vários papelotes de maconha dentro da genitália, embrulhados dentro de um preservativo."

Sexy Sports

Blog Poesia Erótica com dois poemas da Encandescente.

crica para visitares a página John & John de d!o

23 outubro 2007

Bolas vibratórias ou moto-contínuos?

Nos países orientais, onde as mulheres parecem ser mais lascivas, devido talvez à acção da temperatura, regime alimentar e vida excitante dos haréns, onde não tem outro fim em vista senão o prazer sexual, existe um pequeno aparelho composto de duas esferas: uma (a fêmea) é completamente oca e a outra (o macho) é uma esfera maciça que se justapõe à primeira no canal vaginal, de forma a ficar a esfera oca junto do colo uterino. A maciça segue-se-lhe na vagina. O menor movimento das coxas provoca, por meio de rolamento, uma vibração na esfera cheia que imediatamente se comunica à outra que, por sua vez, se comunica ao útero. As esferas têm a grandeza de ovos de pomba.
Conta-se que a excitação genésica experimentada é grande, sendo inútil o movimento da bacia para obter as vibrações das esferas. Depois das primeiras vibrações as próprias contracções fibrilares do canal vaginal bastam para entreter o frémito lento e contínuo, que bem depressa arrasta a mulher ao espasmo genésico.

in MONIZ, Egas (1932) A Vida Sexual: Fisiologia e Patologia
Lisboa: Casa Ventura Abrantes; 17.ª Edição, pág. 515-516.

Moto-contínuos são máquinas que gerariam energia gratuita uma vez postos em movimento, mantendo-se nesse estado indefinidamente sem necessidade de nenhum combustível.

Apaga-cigarros

Daqui







Outras Coisas

20 anos de cadeia

Uma mulher acorda durante a noite e apercebe-se que o marido não está na cama.
Veste o robe e desce para ver onde ele está.
Encontra-o na cozinha, sentado, pensativo, diante de uma taça de café.
Parece consternado, olhar fixo na chávena. Tanto mais que o vê limpar uma lágrima.
- O que é que se passa, querido ?
O marido levanta os olhos e pergunta-lhe docemente:
- Lembras-te, há 20 anos, quando saí­mos juntos pela primeira vez? Tu tinhas apenas 16 anos.
- Sim, lembro-me como se fosse hoje. - responde ela.
O marido faz uma pausa. As palavras custam a sair.
- Lembras-te quando o teu pai nos surpreendeu enquanto fazíamos amor no banco de trás do carro?
- Sim, lembro-me perfeitamente - diz a mulher sentando-se ao seu lado.
O marido continua:
- Lembras-te quando ele apontou uma arma à minha cabeça dizendo "ou casas com a minha filha, ou mando-te p'ra cadeia por 20 anos"?
- Lembro, lembro - responde-lhe ela docemente.
Ele limpa mais uma lágrima e diz:
- Hoje sairia em Liberdade!

(enviado por Lamatadora para o grupo de mensagens da funda São - já te inscreveste?)

21 outubro 2007

Podre de boa


Apesar do caldo verde e das sardinhas o vinho não acamava e começou a soltar os desejos entranhados naquele grupo mais acostumado a papéis e conversas conformes com a sociabilidade inócua e formal da empresa. Abrindo repetidamente os queixos de espanto ele definiu-a como podre de boa, saboreando demoradamente cada vogal enquanto a pronunciava.

Tanto os homens como as mulheres daquela mesa se viraram para o canto do balcão de serviço onde ela estava à espera da sua dose. As pernas altas sem deformações desportivas nos músculos ou varizes inestéticas. A cinturinha de vespa. As mamas espaçosas tão apelativas como uma cama elástica. E a boca de lábios carnudinhos e sempre entreabertos a convidar a uma visita ao templo do céu da boca.

Uma das convivas, em pura provocação estranhou que tão atraente rapariga estivesse podre, a não ser que fosse uma alusão velada ao excesso de uso e logo o coro masculino jurou a pés juntos que era material de primeira apanha para qualquer deles se iniciar nos mistérios da vida. O coro feminino replicou em gargalhadas um fia-te na virgem e não corras.

Foi então que um deles se declarou adepto do desporto masculino de andar aos caixotes e defendeu a atitude como sinal de modernidade. Para quê desperdiçar uma oportunidade destinando-a ao lixo comum se cada um de nós pode ser um ecoponto para reciclagem?

Mais um desenho a pastel da minha colecção

Há alguma ratola mais bonita que a minha?...


«Espelho meu» - Rachel

pastel sobre cartolina

Sergeant Stroker

Mais informações





















Outras Coisas

crica para visitares a página John & John de d!o

20 outubro 2007

Tempo seco com aguaceiros persistentes

De ombros descaídos, cabelo escorrido e despenteado, com o nó da gravata a um polegar do colarinho e passo cansado e lento, o lingrinhas chegou-se ao cubículo onde se dirigira silenciosamente e perguntou num suspiro desanimado:
– Sabes, a sensual Susana?
O gordo ocupante do cubículo deu um surpreendido e ridículo saltinho de menina, o que logo o indispôs contra o colega, descolou os olhos do monitor do computador e fixou-se no lingrinhas que se aproximara sorrateiramente e falara sem avisar, assustando-o.
“Podia ter-me morto, se quisesse, que eu nem dava por nada”, pensou o gordo que tinha a mania da perseguição, enquanto o outro esperava por uma resposta à sua pergunta. “Havia de mudar a disposição do gabinete,” ponderou sério, olhando em volta, “assim, fico muito exposto...”
– Estás a ouvir? – bufou o lingrinhas, frequentador de chats e abusador do Messenger, aborrecido com o desinteresse do gordo, que olhava em volta com ar de engenheiro. – O que é que se passa? – insistiu.
– É o meu gabinete... – começou o gordo, com ar solene e superior.
– O teu gabinete?! – admirou-se o lingrinhas, olhando para o abafado espaço que o gordo ocupava entre três divisórias mal amanhadas. – Qual gabinete?
O gordo semicerrou os olhos, alinhou os lábios e as sobrancelhas e rosnou:
– Isto é o meu gabinete, meu caro. Há algum problema?
O lingrinhas que se correspondia on-line com a sensual Susana e, já agora, com a insaciável Úrsula, viu os lábios do gordo tornarem-se uma fina e malvada linha cómica mas não reparou no assustador movimento das sobrancelhas, pelo que se desencostou lenta e despreocupadamente da divisória interrompida que permitia o acesso ao gabinete e soltou uma fina gargalhada de gozo.
– Nenhum problema, pá – declarou rindo. – Por mim, se quiseres chamar ao teu cubículo uma sala de conferências individual, estás à vontade.
O gordo pousou as mãos pequenas e papudas nos braços da cadeira, ergueu-se ligeiramente e soltou um sonoro peido:
– Vai cagar.
O esticadinho que teclava com a sensual Susana, com a insaciável Úrsula, com a arrebatada Tigresa e com a despachada Madame X, franziu o nariz e esperou em silêncio que o aroma o atingisse, ainda que, por questões de prevenção olfactiva, desse um passo atrás.
– Sabias que a Maria e a Carla já se tinham ido embora? – perguntou, pronto a admirar o gordo pelo seu desprezo às convenções sociais.
O gordo fez cara de quem não se ralava nada com isso, mas sabia que estavam sozinhos naquele canto da sala e bolçou um antipático:
– Já? Não sabia – mentiu.
O outro acenou que sim, em extâse. O gordo era o seu ídolo.
– Não sabias? – deixou escapar o crédulo magricela. O gordo enganava-o sempre. Satisfeito com a coragem do outro, o lingrinhas inspirou pelo nariz cuidadosamente e, seguro da inexistência de qualquer fragrância intestinal, retomou o seu posto encostado à divisória do gabinete do gordo.
“Também podia dizer que sofro de alergia aos ácaros e pedir para tirarem a alcatifa”, reflectia o gordo, preocupado com a sua segurança. “Sempre os ouvia chegar”.
– Vens sempre de sapatos? – perguntou o gordo inopinadamente.
Surpreendido, o não tão gordo interveniente olhou para os pés, para confirmar que estava calçado.
– Querias que viesse de quê?
– Nem à sexta? – quis confirmar o gordo de forma a esgotar todas as possibilidades. À sexta-feira não vinham de gravata, por isso era possível que o presumível assassino pudesse aparecer sem sapatos ruidosamente seguros.
– Venho sempre de sapatos – disse o outro, sem perceber nada.
O gordo tossiu: quanto mais cedo começasse a apresentar sintomas de alergia melhor. Sacou de uma gaveta um lenço que parecia um bocado de desperdício e, sob o olhar hipnotizado do colega, assoou-se ruidosa e furiosamente, não conseguindo evitar, em consequência da exagerada força evacuatória nasal, largar um aromático conjunto de bufas.
Aquele que vinha falar na sensual Susana assistia com gosto ao absurdo espectáculo que o gordo montara com uma espécie de lenço e um nariz, mas não esperava ser envolvido, como foi, pela invisível, silenciosa e traiçoeira arma intestinal do gordo, que, sorrindo como um menino bom, enrodilhava o monte de desperdício a que chamava lenço e o devolvia ao fundo da gaveta onde, certamente, viviam e prosperavam várias colónias de fungos, bactérias e outras formas de vida.
– Foda-se – queixou-se sem educação a vítima do atentado olfactivo, o que, sejamos justos, é compreensível em face do repugnante ar poluído que o envolvia sem hipóteses de fuga ou remissão.
– O que tem a sensual Susana? – indagou o gordo com voz doce e interessada, como se entre a primeira frase do colega e a sua pergunta não tivesse passado mais do que um instante. “O tempo é relativo”, justificou.
Ainda atordoado pelo inesperado ataque ao seu nariz, o outro pareceu concordar com o gordo e respondeu como se nada se tivesse passado entre a sua aparição no cubículo e o interesse do gordo na sensual Susana.
– Acho que a gaja é incontinente... – segredou.
O gordo ainda que habituado a tudo esperar do lingrinhas foi surpreendido e não se conteve:
– Incontinente?! – A sua fé do género humano acabava de bater no fundo e por muito pouco não se levantou e não saiu a correr. – Incontinente, a sensual Susana?! Não pode ser...
– Incontinente, pá... – o lingrinhas crescia com o impacto da sua bombástica e liquida notícia na fisionomia do gordo. – Incontinente – repetiu de boca cheia.
O gordo fincou os dedos nos braços da cadeira, olhou bem para a cara de parvo do colega e, num instante de lucidez, perguntou:
– Mas como é que tu sabes isso?
O esqueleto andante sorriu, como se soubesse tudo e até a resposta àquela pergunta em particular. Tornou a desencostar-se, agora porque achava que ficava melhor desapoiado quando transmitisse o resto da informação, pôs as mãos nos bolsos, formalmente descontraído, e colocando a voz, avançou:
– A gaja disse-me...
– Quando?
– Há bocado no Messenger...
– O quê?! Que é incontinente?
– Não, não disse assim... – o lingrinhas fez uma pausa e recomeçou: – “Vou ficar toda molhada!”...
– Molhado – corrigiu o gordo.
– Não sou eu.
– Não?
– Não, pá, ela é que disse...
– O quê?
– Que “vou ficar toda molhada!”
– Ela disse isso?
– Foi... – O lingrinhas tirou as mãos nos bolsos e esfregou-as uma na outra. – Toda molhada, vê lá...
– Mas estavam falar de quê? – inquiriu a anafada personagem.
– Olha... – o lingrinhas esfregou as mãos ossudas e estalou os dedos – Sexo, do que é que havia de ser?
O gordo semicerrou os olhos como gostava de fazer, achava que lhe dava um ar sapiente.
– E essa gravata? – perguntou o gordo ainda processar a inesperada informação da incontinência da sensual Susana.
O lingrinhas conferiu a gravata.
– O que é que tem?
– Puseste assim pela virilha, de propósito?
O lingrinhas agarrou na gravata e esticou-a para ver onde chegava: batia a meio da braguilha.
– Ou é para limpar o pingo? – atacou o gordo.
– Vai-te lixar! – rosnou o diminuído lingrinhas.
O gordo lembrou-se da alcatifa e recuperou a tosse.
O lingrinhas continuou encostado à divisória à espera sabe-se lá de quê.
– Incontinente – acabou o gordo por repetir –, tens a certeza?
– Estou-te a dizer. Incontinente.
– Meu Deus, ao que isto chegou – o gordo forçava os lábios a descaírem numa careta miguelsousatavaresiana de quem está mal com o mundo porque o mundo não faz o que ele diz. – Qualquer dia ainda me vens dizer que a insaciável Úrsula é um marmanjo qualquer, que a incandescente Laura rói as unhas dos pés, que a arrebatada Tigresa tem pêlos nos sovacos ou que a despachada Madame X sofre de halitose...
– Halitose?
– Sofre da exalação de odores repugnantes e incómodos provenientes da cavidade oral.
– Mau hálito!
– Ou isso – reconheceu o gordo com maus modos. – Mas vocês estavam a falar exactamente de quê?
– Quem?
– Tu e a sensual Susana, foda-se.
– Sexo – o lingrinhas formatou um sorriso marialva que ostentava com orgulho. – Podemos escrever o que quisermos que, na verdade, estamos sempre a falar de sexo...
– Sim, no teu caso é capaz – o gordo acenou depreciativamente com a cabeça. – Mas estavam falar exactamente de quê?
– Sei lá – o lingrinhas aborrecia-se com a insistência do gordo –, ela tinha-me dito que ia dar banho aos filhos...
– Ah! – exclamou o gordo. – Não seria por isso?
– O quê?
– Que ela ia ficar molhada?
– Não – o lingrinhas encolheu os ombros: o gordo não tinha salvação, era definitivamente um não crente, uma alma perdida, um desamparado das novas relações sociais. – As coisas que se escrevem nos chats e no messenger nunca são o que parecem – elucidou – têm sempre duplos sentidos, triplos sentidos e, no fim, estamos sempre a falar de sexo. – E repetiu com enfâse: – As coisas nunca são o que parecem.
– Mesmo que pareçam que estás a falar de sexo – rasteirou o gordo, cínico.
– O quê?
– Mesmo que estejam a falar de sexo – o gordo virara-se para o monitor, dando a entender que queria acabar a conversa –, como tudo tem mais do que um sentido, acabam por não estar a falar de sexo.
O emudecido lingrinhas tentava perceber o que o gordo dissera. O gordo aproveitou e continuou:
– Possivelmente, estão sempre a falar de vocês – o gordo gostou da frase e do raciocínio. – Elas estão a falar delas, da vida delas, dos seus desejos, dos seus gostos, dos seus desgostos, mas acham que precisam de falar de sexo para tu as ouvires, para te interessares...
– Teriam-me em muito má conta – comentou o lingrinhas.
O gordo riu-se:
– Para elas és um básico, incapaz de mais do que duas frases sem qualquer conotação sexual... – E não estão longe da verdade – o lingrinhas acompanhou-o a rir. – Três frases, no máximo.
– Pois.
– Então, achas que ela ia mesmo dar banho aos filhos?
O gordo confirmou com uma cabeçada na atmosfera.
– Ora, bolas – o lingrinhas suspirou e cruzou os braços, descorçoado. – Qual é o interesse de irmos para ali falar da vida?
O gordo não se dignou a responder-lhe ou, sequer, a olhar para ele, limitou-se a encolher os ombros e a tossir.
O lingrinhas separou-se da pouco mais magra divisória, passou a mão pela franja e afastou-se a resmungar:
– Gordo de merda. – Deu um pontapé num refego da alcatifa, passou o dedo entre o colarinho e o pescoço e entrou no seu próprio cubículo. – Mas se ia dar banho aos putos, o que seria que ela queria dizer com hectolitros e hectolitros de chuva dourada? Que raio de espectáculo é esse que ela me queria mostrar?

Ele parece entusiasmado...

Daqui















Outras Coisas

O MoSex fez cinco anos...

... e eu que ainda não o visitei...


O Museum of Sex, em New York, é um modelo para o que eu gostaria de fazer em Portugal, com base na minha colecção de arte erótica.
Nestes cinco anos, fizeram várias exposições (têm actualmente 15.000 objectos na sua colecção permanente), debates, espectáculos, sessões de leitura, publicações... sempre defendendo como missão "um discurso aberto no que diz respeito a sexo e sexualidade".
Aqui podem apreciar fodografias da festa do quinto aniversário, bem como piças (sim, sim, eu disse peças) da colecção.