06 junho 2008

O melhor amigo do homem…

… é o amante da mulher!
Bem sei que nesta sociedade com alguns resquícios do período pitocêntrico, alguns continuam com pudor de gritar bem alto e com orgulho que a mulher dá umas mijadelas fora de casa! Tolice! Nada deve orgulhar mais um homem que o facto de a sua gaja ter um ou várias amantes! E se todos ao mesmo tempo, ainda envaidece mais!
Até porque essa coisa dos chifres, nem sequer existe: isso são coisas que lhe meteram na cabeça!
Desde logo, o facto de a nossa mulher ser comida por outros gajos é a prova provada de que fizemos uma boa escolha: se outros a querem levar, é porque ela vale bem mais do que pensamos! Por outro lado, a mulher infiel continua agarrada a um preconceito suburbano e medieval ao qual os tolos chamam sentimento de culpa! E isso é muito bom, porquanto a mulher culpada esmera-se no aprumo da casa, tratando melhor as nossas roupas, cozinha sem refilar as nossas iguarias predilectas e nunca se esquece de trazer cerveja do Pito Doce ou do Mordelo!
De peculiar importância é a sensação de liberdade: se a nossa mulher nos trai, aceita todas as nossas desculpas para borgas e noitadas com os amigos; se o trabalho nos obriga a viajar, ela recebe a notícia com um sorriso nos lábios e deixa-nos partir à vontade! (neste caso, amigo leitor, nunca se esqueça de ligar umas horas antes de regressar a casa!).
Uma mulher casada com um amante é uma mulher duplamente satisfeita, o que se nota nas mais ínfimas coisas: o meu bom amigo torna-se o dono do comando da televisão, pode ver todos os jogos da sport tv, fumar, arrotar e dar peidos, sem levar com um par de trombas de censura!
Termino com alusão ao sexo, quiçá a parte mais reconfortante de ela ter um amante; não apenas devemos ficar orgulhosos por ela dar umazitas por fora, mostrando aos outros como bem a ensinámos na arte do coito, como é o melhor método de nos deixar o pito em paz e acabarem com a irritante mania de passarem o tempo todo a exigir-nos o sexo! Mais! Se ela tem um amante é ele que é obrigado a perder tempo com essa tolice apaneleirada dos preliminares, essa nojeira abjecta de andar com a língua a beijar o bacalhau dessalgado!
Pense nisso, meu bom leitor! Irá ver que estou cheio de razão! E, da próxima vez que me vir a fugir da sua janela, não me dê um tiro! Convide-me para a sua sala e bebemos um copo juntos! Irá perceber, que afinal temos gostos parecidos…

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