11 novembro 2009

Sempre quentes


As tuas mãos estão sempre quentes.

Apercebi-me disso de todas as vezes que me tocaste, fizesse calor ou frio, as tuas mãos estavam sempre quentes.

Quando metias a mão no meu peito e me beliscavas, embora eu estivesse quente eu dizia sempre que as tuas mãos estavam quentes. E estavam.

Quando me desabotoavas as calças e me acariciavas, eu estava quente, mas as tuas mãos também.

Sempre quentes. Ardentes.
Perdiam-se dentro de mim em gozo plural e quentes levavam contigo o cheiro de mim.

Um dia, passei a compará-las às castanhas.

Porque essas só sabem bem quando são quentes e boas!

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