25 janeiro 2010

Boca de areia

Cede que quem cede quebra
a vontade de pedra,
e é na minha cama que cai,
e é na minha cama que se esvai;
cede-me nos lábios a palavra
do desejo que te trai.

Cede que quem me cede a sede
não seca a boca de areia,
e é no meu corpo que bebe
o liquido instável que o meu desejo cede;
cede-me esse sal na traqueia
onde escorre a tua vontade.

Sem comentários:

Enviar um comentário

Uma por dia tira a azia