14 janeiro 2010

Equação


Um… dois… três… quatro…
perdemos a conta;
os dedos das duas mãos
(de cada um de nós)
não chegam para contabilizar
(x) ou (y) ou (z):
as passagens fortuitas
dos encontros de favor.

Posto de lado o profissionalismo
(o serviço é gratuito),
não existe reflexão possível;
aberta a brecha:
o que resta?

Uma boa pergunta.
Uma solução em aberto;
a resposta será aquela
que cada envolvido – ou não - queira dar.

-Posso responder?
-Claro que sim. Todos podem responder.
-Resta uma equação por resolver.

Foto e poesia de Paula Raposo

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