25 julho 2010

Encarno viva

Por escrito eu vou nua;
quando em carne eu vou crua...
Uma palavra tempo, um ritual mágico por definir
quando aqui dentro ouço o que me parece um rugir
e os rugidos se fazem soar como aqui doem:
como anéis oferecidos a um mendigo triste,
anéis que logo os dedos famintos comem,
um dourado e prateado de um brilho que insiste
em enganar-me a razão com visões de pura lua.

Deita-te aqui, meu Ninguém, Deus sabe como sou tua...
Por escrito eu vou nua;
quando em carne eu vou crua.

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Uma por dia tira a azia