14 dezembro 2010

Águas

Deixo que a noite caia sobre a terra;
que a profunda lucidez se evada:
quero escuridão.

Adormeço na baía
quando os barcos
já se fizeram ao mar.

Se, acaso, acordar
pergunto onde estou.
Não obterei resposta.

Não estou:
talvez tenha estado
navegando as águas geladas
da solidão.

Aí:
regresso à Vida!

Poesia de Paula Raposo

Sem comentários:

Enviar um comentário

Uma por dia tira a azia