30 abril 2011

Horas

Necessidade de isolar um tempo
Inexistente
Num mecanismo infalível
De obstrução.

Tal como as cerejas
As horas enrolam-se
E partem-se em ânsia
De as saborear.

Revela-se então
A desoras
A tempestade imutável.


Poesia de Paula Raposo

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Uma por dia tira a azia