23 abril 2011

Silêncio

Nada mais perturbador
Para os sentidos vivos
Que ainda sei sonhar
De que o silêncio,
Ao longo dos ponteiros
Dos relógios,
Nos calendários
Onde dias e noites
São cortados a fio
Sem remorso,
Com a caneta esfarrapada
De tanto uso insentido...

Nada de tão perturbador
Como o silêncio
Que compadece os sonhos
E os mata à nascença,
Deita-os no lixo
Sem remorso,
Em cobardia silenciosa.
Hoje,
QUERO QUE SE DANE O SILÊNCIO!


Poesia de Paula Raposo

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