11 outubro 2011

Deserto

A poeira do meu deserto
enrola-se no vento
apertando o meu corpo
como um nó cego;
ardem os olhos,
escaldam as ancas,
seca a boca.
Tu não vens,
tu não sabes de mim,
tu só me possuis.

Poesia de Paula Raposo

Sem comentários:

Enviar um comentário

Uma por dia tira a azia