31 dezembro 2011

ABSINTOS [Dois Pénis Empinados]

(...) um pénis epavoa ranhuras de um ânus colecionado em incensos purulentos. Um par de sombras em círculos engomados no silêncio dos pintelhos nus onde cios estelares entram e auscultam a vagina dum chão delirante. Os moinhos cordilheiros em falésias transformam as confidências excêntricas e antecipados da insaciável mutabilidade de um cativeiro epidérmico onde tridimensionalmente ambos os desvãos balançam em transições destemidas...

as mãos em gomos fundeiam a cabeça e os anseios abocanham nas palavras o litoral fertilizado das mós giratórias do desembarcadouro.

invertidos, os pólos espiam o mais indule dos lancinantes pensares. Os lábios imponentes do Pénis em brasa na demarcação embalada. Ilimitada. Incandescente. Rastejante. Magnetizado. Aborígene como todos os Pénis são, quando iluminados na cordoagem fatídica de um pénis forquilhador num rio aceso nas alfaias exaltadas da erótica Vagina. Aos pares os dois misturam insubordinações vigilantes no cavalgar amplexo que emancipa os sexos negros batedores que libertam as circunferências das madrugadas silenciosas no sémen líquido em gemas libidinosas que escorrem sobre a gravidade de um lençol pêndulo.

orgíaca eterna de um tesão fresco nas espirais das púbis negras onde ascendem rizomas reservadas ao corrimento interno das ereções migratórias de um Pénis inexpremivelmente encastoado sobre ogivas pontilhistas e incessantes...

Absinto, seguidamente o tempo viúvo do espaço fluvial das nómadas e multiplicadores rugidos extintos no sémen fascicular das nádegas colas em álamos perseguidas e abotoadas...

Absintos, gigantescos nas florestas pubianas num do outro nu outro manuscrito lastro onde eclodem mordeduras e miragens...! (...)

Luisa Demétrio Raposo

Sem comentários:

Enviar um comentário

Uma por dia tira a azia