24 fevereiro 2012

«Asneira da grossa» - Patife

Ontem estava à espera de falar com o meu editor quando a sua assistente trocou os pés pelas mãos com um telefonema e levou um belo raspanete. Entusiasmei-me com uma prontidão inigualável com a possibilidade de a consolar. Tenho esta fraqueza. Quando vejo uma mulher emocionalmente frágil vou logo a correr para a animar e dar-lhe 30 centímetros de prazer. Levo isso como uma missão. Sou um benemérito humanitário, pensam vocês. E pensam bem. Assim que me achego dela com olhar complacente, ela solta um Agora é que fiz asneira da grossa. “Oh boneca, eu dou-te a asneira da grossa”, apeteceu-me dizer-lhe. Mas dado o delicado estado emocional da moça disse-o na mesma, mas com um tom suave. Ela sorriu sem ponta de desdém. Conhecia a minha fama e sabe que não digo coisa com coisa. Mas digo cona com cona, por isso compensa. Começámos a falar e a conversa dela dava pano para mangas, tal como a sua boquinha daria pano para o meu mangalho. Mas o raio do editor chamou-a e mandou-a aos arquivos. O que foi uma pena. Mais cinco minutos e estava no papo. De cona.

Patife
Blog «fode, fode, patife»

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