11 outubro 2013

A FODA COMO ELA É - (I) Ir à aventura

Este pobre diabo viu suas preces atendidas. Via-se e desejava-se há que tempos para se encafuar numa estrangeira, nórdica de preferência, por mera tara. Numa confluência cósmica de circunstâncias favoráveis, travou conhecimento e acertou a berlaitada com um exemplar recendendo cio. O rapaz estava nos jardins do éden, delirando num vórtice de anexos, adendas e outros acrescentos à listagem do Kama Sutra. A valquíria revelava dotes de extraordinária horizontal, aplicando-se na satisfação sucessiva de todas as fantasias estrangeiristas do meu desgraçado amigo. A perfeição era completa - até os peidos de cona pareciam ter a sonoridade de insondáveis runas, recitando violentíssimas sagas islandesas em versão original. O combate de judo em pelota com aquela Heidi pornográfica espraiava-se madrugada fora e o ácido láctico já se fazia sentir, quando decidiu o mancebo pedir uma trégua para reposição de energias. Não tardou a regressar da cozinha, ligeiro e enlevado, genitália badalando, enquanto equilibrava duas tostas mistas numa mão e duas minis na outra. Vai a sentar-se na beira da cama quando a fulana, arvorando um sorriso maquiavélico, subrepticiamente lhe põe debaixo o pé em riste, de tal sorte que o polegarzão escandinavo arrombou a ventosa do cu ao meu companheiro. A platinada calçava um doloroso quarenta e dois.

Ainda hoje, enquanto relata este episódio da sua vida, o Armindo oscila a cabeça em transe, para diante e para trás, ao jeito dos judeus que oram no Muro das Lamentações. E não pode ver uma cabeleira loira sem rebentar a chorar, enquanto se cose de costas à parede mais próxima.