07 setembro 2014

Por um Dia do Selo



Façamos de hoje o Dia Nacional do Selo, essa antiguidade leve, fininha e rendilhada remetida para peça de museu pelo advento dos endereços electrónicos e das novas tecnologias que na prática apenas sobrevive impressa nos bilhetes dos Correios e nas preciosidades dos coleccionadores.

Não obstante não devemos desperdiçar estes dias de alguma coisa e sem querer apelar à agressividade de começarmos a distribuir selos uns aos outros creio que podemos aproveitar para comemorar a liberdade de hoje não nos preocuparmos com alguma coisa. Em concreto, os homens podem hoje esquecer o cuidado da última pinguinha não cair no cuecame já que a sua evidência é apenas comemorativa deste dia. Também as mulheres, excepto se lhes calhar hoje ser dia de tampão ou de penso higiénico, podem não colocar o pensinho diário na cuequita e ostentar orgulhosas o selo do dia, ao mesmo tempo que permitem a sua leitura labial.

Uma última coisa que me motiva a comemorar este dia é a descompressão que permite já que durante estas 24 horas mais vale selo do que parecê-lo, como uma dia extra de Carnaval em que ninguém vai levar a mal.