26 fevereiro 2015

Poesia Grossa

DRAMA DE CONSULTÓRIO ou A CONA TRICLÍNICA















Coisas da estranha Natureza
Se adentram neste consultório...
Bestas de circo e denso relambório,
Passíveis de mortificarem ciclópica picha tesa.

Aguçai vossa curiosidade -
Sem tocamentos, nem maldade -
Que este versejar de pobre métrica,
Vai sobre cona pouco simétrica.

Eis que se apresenta grotesca brasileira;
Planetária peida e omissa pentelheira,
Dona de coxão forjado em aço,
Mas exibindo pevide digna d'um  Picasso.

(Mote popularucho em tom carnavalesco-brasileiro, sambinha, etc.:)

«Há quem diga que cona é cu.
  Mas a cona não é cu, não.
  É que o cu tem um buraquinho,
  E a cona tem um buracão!»

Soltando admiradas invectivas,
Noto que clito, lábios e greta quebravam todas as perspectivas!
Dia memorável! Efeméride cá da clínica!
O glorioso instante em que a Ciência descobriu a rata triclínica!

Doutor Grosso Amor, in "Esguichos Avulsos"