25 junho 2015

Poemas fresquinhos (e bem quentinhos) do Casimiro de Brito

"Daqui é o Casimiro.
Que tal uns poemas eróticos?
Fazem parte de um livro quase acabado.
Aqui estão 10, que vos ofereço."
Casimiro de Brito

Poemas Priápicos

"A arte nunca é casta."
Picasso
"Toda a arte é erótica."
Adolf Loos


1
Pecado perdoado —
quando ela faz o seu broche
no confessionário


2
“Pinta-me os seios
com meu sangue menstrual:
amigos para sempre”


3
Vou-te ao cu e sinto:
que caminho tão macio.
Peço-lhe mais e mais


4
“Com o pincel que traz
entre as pernas me ilustra:
pudesse eu expor-me


5
Tudo em ti me encanta!
Tirá-lo do cu, metê-lo
na boca! Via Sacra!


6
“Só na minha cona
me fio para engolir
as flores do mundo”


7
Se eles conhecessem
o ardor nos olhos e na cona!
Que homens seriam!


8
“Faz-me um broche.” — “De ouro
ou de metais macios?”
“Um broche de carne.”


9
O que me pedires
acredita que o farei —
língua e falo hei


10
“Comer-te, beber-te,
engolir-te duro e todo —
o mais são cantigas”