31 agosto 2016

36

Sem mensagens com problemas, com GPS que te guia certinho direitinho a curvas ridículas para quem as percorre pela primeira vez.
Primeira vez.
Desarmada.
Inquieta.
Nem um milésimo do que sou consegui ser, no entanto, outros valores foram alcançados sem pensar um segundo para quem fui feita, para o que fui feita mas sim para o que estava a fazer. Fazer. Eu? Nada. Estava apenas a ir na onda da chuva que te acompanhou, apesar da t-shirt  e que chuva e que onda. Ondas. Mexer usando apenas a mente. Desarmada repito, tantas vezes como usei a mente, como a alma me saiu do corpo e deixou -me trémula, incrédula. Com a calma, a tua, coisa que não consta no meu dicionário, O Jorge Palma falou mais alto, se bem que o som seria mais Café del Mar... Não exagero, dou apenas cabo dos meus desenganos depois de um quotidiano em que eu desarmo, eu faço tremer, eu encosto e recosto e o papel virou! Revirei. Gritei. Tive frio. Calor. Sentimentos? Só físico para a minha saúde mental... Se é que a tenho, pois quem me chama louca, não me poderia ver naquele correr de cd... Tiro a senha e volto para a fila... Sem pressas, sem ansiedade, imitando-te... Ou tentando! Se eu soubesse, teria feito antes. Se eu não tivesse tido o cafe del mar, continuaria na ilusão que os filhos da puta é que são bons, e não são. Se fossem, esta página não estaria a ser acrescentada ao meu livro. Se não tivesses esse nome, que hoje, se chama 36. 
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