09 dezembro 2016

«Eu, ela e o Quimbé» - Ruim

Eu adoro macacos. Todos. Acho-os uns bichos todos catitas e cheios de carisma, quer andem de fralda de mão dada com uma pessoa, de patins a fumar um charuto ou a roubar uvas aos visitantes do nosso jardim zoológico de Lisboa. Os macacos são o António Raminhos do mundo animal: fazem tudo e mais alguma coisa e nós rimos sempre. Agora que vocês estão a dois comentários de me acusarem de bestialismo (já lá vamos!), eu gostaria de contextualizar esta macacada. Há uns dias atrás e num acesso parvo da minha parte, disse à minha co-pilota amorosa que a incapacidade dela em operar o GPS do meu telemóvel enquanto eu guiava, a tornava tão útil como um macaco na mesma situação. Estou a mentir? Não estou. Tentem lá andar a ver de um restaurante no meio do nada, guiar um carro, ser engraçadinho e ainda ter de pôr o nome da rua no GPS. F#da-se, passem um GPS para as mãos de um macaco co-piloto e é ver aquela merda a ir pela janela ou a ser metido no cu ou lá que merda os macacos fazem com um GPS na mão. O resultado é o mesmo, conforme podem ver. Mas não contente com isto, ainda me dei ao trabalho de estar 45 minutos a debater as vantagens que há em ter um macaco em vez de uma namorada. Porque eu sou esse tipo de gajo, percebem? Não contente com uma observação de merda, ainda faço questão de a fundamentar através da argumentação. Para isto funcionar, vamos assumir que eu tenho acesso a um stock de bananas infinito.
1) Um macaco consegue subir a uma árvore. Não me lembro de nenhuma namorada minha subir a uma árvore. Quantas vezes olhei para uma árvore e pensei “era mesmo fixe que alguém subisse àquela árvore” sem que alguém o tenha feito? Todas. Um macaco subia a uma árvore por mim a troco de uma banana. "Ganda" macaco!
2) Um macaco não me vai arrastar para o Almada Forum a um domingo à tarde para “ver de uma coisinha” ou me mostra imagens de anéis no chat do Facebook a dizer “mor… olha tão giro…”. No máximo, umas imagens de um banana split do Santini.
3) O macaco consegue passar-me cervejas com os pés a troco de uma banana, enquanto uma namorada reclama de as ir buscar com as mãos a troco de “apenas” amor eterno. Se calhar era altura de vocês darem valor ao privilégio de não vos pedirmos o mesmo.
4) Para ir ver a família do macaco basta ir ao zoo à Aldeia dos Macacos. E posso ser eu mesmo junto dos seus familiares. Posso coçar-me, catar-me, peidar-me, arrotar, gritar e mais não sei o quê. Eu posso, num contexto da minha nova família de macacos, lançar o meu sogro macaco para os leões e os outros macacos vão aplaudir… a troco de algumas bananas. Agora imaginem se eu quisesse lançar o meu sogro para os leões, a fita que não seria e nem uma bananinha os calava. Não dá para competir com os macacos & família.
5) Mimo. Neste campo estou dividido. Se bem que aquele bicho é carente de atenção, barulhento e tem uma necessidade que o agarrem a toda a hora, o macaco consegue ser igual ou pior (até que por esta altura ele está viciado em bananas infinitas).
6) Conexão. Assumirmos que não somos capazes de nos apaixonarmos por um macaco, é o perfeito exemplo da arrogância da espécie humana. Porque não? Ontem uma Filipa, amanhã um Quimbé (o macaco chama-se Quimbé!). Olhem lá bem para um macaco. Não difere muito daquelas badalhocas de primeira apanha que sacam no Urban.
7) Os amigos dos macacos são outros macacos. Ora, se um macaco é fixe, setenta ainda é melhor. Agora olhem para as víboras das amigas da vossa namorada. Estamos sempre a um olhar de soslaio em passar de "gajo espectacular" a "cabrão de merda". Nenhum amigo do macaco te vai criticar. Logo tu, que lhes dás bananas e andas de mão dada com eles.
8) Sexo. Ok, admito que sexo com uma namorada é mais agradável (ênfase no “mais”). Mas sexo com um macaco não é nada impossível, aliás, com a quantidade de bananas certas, um macaco é uma autêntica vadia de esquina que faz tudo. O truque é meter ao mesmo tempo uma banana na boca e outra no cu. Do macaco, ok? E agarrá-lo com força, porque dá-me ideia que ele vai espernear um pouco mas nada que uma mocada nos cornos não resolva… e mais uma banana.
Conforme podem ver, todos os pontos enunciados não apresentam uma falha de lógica e é por isso mesmo que eu acabei a dormir agarrado à almofada nessa noite. Eu bem que lhe quis dar uma banana para ver se a coisa passava, mas nada feito.
Lá está, é essa a diferença. Depois queixam-se se um gajo entrar de mão dada com um Quimbé em casa.

#macacoQuimbé #sogronoleões

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