Mostrar mensagens com a etiqueta Cláudia de Marchi. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Cláudia de Marchi. Mostrar todas as mensagens

21 novembro 2019

«Bruna Surfistinha» - Cláudia de Marchi

Raquel Pacheco e seu infeliz hábito de reproduzir discurso estigmatizador e vitimista enquanto anui com o feminismo radical que ignora a voz e a voluntariedade das prostitutas brasileiras.


Enquanto as prostitutas feministas lutam por visibilidade e respeito numa sociedade hipócrita, Raquel Pacheco, uma figura de mentalidade caquética e que, atualmente, dá cursos e fatura dinheiro repetindo velhas “fórmulas” machistas, no estilo“como satisfazer ‘seu’ macho na cama”[1], para uma clientela feminina de intelectualidade duvidosa, ressurge até do inferno para falar asneira em entrevistas!
Em entrevista recente à Talyta Vespa, da Universa do Uol[2], dentre várias logorreias reacionárias, vitimistas e medíocres e moça disse que: "Jamais me prostituiria de novo. Não tolero mais homem fedido.”.
Raquel, meu anjo, sua “função social”, atualmente, é zero!
Na real, a única coisa socialmente útil que você na sua carreira foi apresentar para a sociedade patriarcal a “figura” da prostituta por opção que “conseguia” escrever num blog!
Em pleno 2019 nem pra “empoderada” você serve!
A gente não tem culpa se você quis se prostituir por uma série de razões fúteis e topou tudo por dinheiro, inclusive transar com homens fedorentos.
A gente não tem culpa se, ao invés de “bem resolver-se” com terapia, você priorizou outras coisas!
A gente não tem culpa se você se sujeitou a imundícies para conquistar o seu patrimônio, garota!

Se
Você
Não
Teve
Brio
Para
Impor
Respeito,
Nós
Não
Temos
Culpa!

Se você não teve maturidade para se satisfazer sexual e animicamente na sua carreira de “Bruna”, a gente não tem culpa, aliás, a gente tá se lixando pra você e seus “white people problems”!
Por que você não faz autocrítica ao invés de insistir no “mais do mesmo” preconceituoso e tacanho?
Você teve oportunidades que muitas prostitutas não têm!
Você saiu da casa dos seus pais para se prostituir aos 17 anos, porque quis.
Usou drogas porque quis.
Caiu no fundo do poço, porque se dissociou de si mesma graças aos seus anseios banais, seu estilo de vida torto e imerso na fuga psíquica dos atos abjetos que você praticava em prol do vil metal. Fuga através do álcool, da cocaína e de gastos homéricos como festas e asneiras do tipo.
A vida é feita de escolhas, Raquel e você optou pelo que, teoricamente, era melhor pra você!
C´est la vie!
Aceite o seu passado e, por favor, respeite quem é bem resolvida na prostituição, porque a gente não deu causa ao seu amargor, aos seus traumas e a sua romantização medíocre da vida!
Se não lhe for possível ser empática, se não lhe for possível fazer terapia, evoluir, respeitar a liberdade e as opções de outras mulheres que, na prostituição, têm uma postura autorrespeitosae digna, se não lhe for possível fazer autocrítica e olhar para além do seu umbigo, tente, ao menos, não ser tão rasteira em suas afirmativas.
Talvez um dia você consiga lograr êxito na prática do bom e velho bom senso!
A gente agradece se, até lá, você manter a sua metralhadora de bosta, digo, boca, fechadinha!
Bem fechadinha.
Grata.

Simone Steffani - acompanhante de alto luxo!

[1]Ensina mulheres a agradar os homens no sexo oral, por exemplo, justo neste mundo em que dicas de como satisfazer sexualmente o parceiros nos são vendidas em revistas feministas há décadas e, onde, infelizmente, a maioria dos homens precisa ser instruída a, desapegar-se do machismo, evoluírem e, assim serem melhores parceiros- afetiva e sexualmente, falando-, assuntos que, coincidentemente, foram o foco da minha recente palestra, dia 02/05, no Rio de Janeiro.

[2]VESPA, Talyta. Uol Universa. São Paulo/SP, 24 de maio de 2019. Disponível em: . Acesso em: 26 maio 2019.

05 julho 2019

«A misoginia na cultura brasileira: do samba ao estupro» - Cláudia de Marchi



Quem me conhece bem sabe que, apesar da voz esdrúxula eu gosto de música e de estudar a história das canções que me cativam. Exemplo célebre de músicas internacionais com histórias densas é American Pie de Don McLean. Todavia, não falarei aqui da queda de um avião em 1959 e do “dia em que a música morreu”, mas falarei de morte.
Mais especificamente falarei sobre um samba de 1969 escrito por Luiz Ayrão e regravado pelo cantor Zeca Baleiro em 2010: Bola dividida. A regravação foi algo desprezível, haja vista que a letra é uma ode à masculinidade tóxica e questões que devem ser superadas e analisadas criticamente.
Além de a música tratar o feminicídio como algo “explicável”, na semana em que muitas pessoas demonstram total desconhecimento acerca de consentimento no sexo e que, portanto, não distinguem estupro de relação sexual[1], acho pertinente e educativo “desmembrar” essa letra de forma didática.
Não, a música não fala sobre estupro, fala de assassinato o que é um passo adiante na desumanização do corpo feminino. Depois do “senso de direito ao sexo” que faz com que muitos homens sintam que, em determinadas situações ele lhes é “devido”, a última parada da misoginia antes de chegar ao inferno é o senso de posse que muitos homens insistem em ter sobre nossos corpos e vida.
Começo transcrevendo a letra na sua integralidade:

“Será que essa gente percebeu que essa morena desse amigo meu
Tá me dando bola tão descontraída
Só que eu não vou em bola dividida
Pois se eu ganho a moça eu tenho o meu castigo
Se ela faz com ele vai fazer comigo
Se eu ganho a moça eu tenho o meu castigo
Se ela faz com ele vai fazer comigo
E vai fazer comigo exatamente igual
Ela é uma morena sensacional
Digna de um crime passional
E eu não quero ser manchete de jornal
Será que essa gente percebeu que essa morena desse amigo meu
Tá me dando bola tão descontraída
Só que eu não quero que essa gente diga
Esse camarada se ‘androginou’
A moça deu bola a ele e ele nem ligou
Esse camarada se ‘androginou’
A moça deu bola a ele e ele nem ligou”.

Vejam que a mistura de rimas simples com certa cadência fazem a letra ser do tipo que gruda na cabeça da gente e, quando menos percebemos estamos cantarolando essa sandice.
Bom, vou desnudar a canção por partes para mostrar que o detalhe do “crime passional” é só um dos pontos a serem questionados na musiquinha de sonoridade simpática e letra deplorável.

“Será que essa gente percebeu que essa morena desse amigo meu
Tá me dando bola tão descontraída...” (...)

Vejam que o personagem macho da canção demonstra desde a primeira frase uma preocupação excessiva com o que as pessoas pensam. Isso é um sintoma do machismo estrutural: homens e mulheres reproduzem pensamentos e ações que lhes prejudica, sem questionarem o que lhes motiva.
Conheço homens que, quando estão em grupo, se comportam como idiotas e, quando estão sozinhos, são inteligentes, empáticos e interessantes. Eu insisto em dizer que o machismo é responsável pelo atrofiamento psíquico de muitos homens: para serem adequados e tidos como “machões” por “essa gente” eles agem de forma irracional e estúpida, coisa que, atualmente, qualquer mulher minimante inteligente abomina.
O cara da música não vê a mulher como gente, mas como um objeto que só é digno de respeito por ser “do amigo” dele. Em nenhum momento ele trata a mulher como um indivíduo do sexo feminino, mas sim como um objeto de aparência atraente que, a priori, está em “posse” do seu amigo.
Num lampejo de racionalidade ele insinua que não irá ceder ao flerte, porque se ficar com ela, provavelmente será vítima de traição no futuro, tal qual o seu amigo é no momento presente.
As razões apontadas para tal raciocínio, porém são totalmente ineptas:
“Só que eu não vou em bola dividida
Pois se eu ganho a moça eu tenho o meu castigo
Se ela faz com ele vai fazer comigo
Se eu ganho a moça eu tenho o meu castigo
Se ela faz com ele vai fazer comigo...”
Qualquer pessoa sabe que “traidores” traem, sejam eles portadores de falo ou de vagina. A infidelidade não é um instinto, mas um hábito que muitos seres humanos nutrem e até valorizam, pois faz bem para o seu ego: “Eu sou desejável, eu sou viril, eu sou importante, eu sou ‘gostoso’ e ardiloso[2]!”.
Como acompanhante de luxo feminista, por exemplo, eu tenho certa dificuldade em admirar os homens que são infiéis às esposas ficando comigo e, quando passo a apreciá-los após longo período de convívio, ainda que eles se apaixonem por mim, eu não consigo corresponder, pois não confiaria plenamente em quem traiu a confiança de alguém comigo, afinal: “se fizeram com elas, farão comigo”.
Inegável que, sem confiança recíproca, nenhum relacionamento é plausível, exceto o sexual cujo único propósito é o gozo, a diversão descompromissada.
Não se trata, claro, de um silogismo inquestionável, mas é um silogismo:
Fulano traiu beltrana comigo.
Eu comecei a “namorar” fulano.
Fulano tenderá a me trair com outra.

A questão, no entanto, é que ser infiel independente da aparência da criatura ser fantástica ou meramente mediana.
Existe uma tendência por parte dos machistas em julgar e diminuir a moralidade da mulher com base em dois “fatores”, o primeiro é a beleza, o segundo e igualmente “assustador” é a forma com que ela exercita a sua sexualidade.
Alguns homens, inclusive “escolhem” parceiras menos belas para casarem-se[3], porque acham que a falta de “lindezura” na sua aparência lhes garantirá lealdade e afeto.
Ledo engano!
Engano como vários que pipocam na sociedade patriarcal ainda tão limitada e, literalmente, retardada.
Conheci várias mulheres fora de qualquer padrão de beleza que traem seus parceiros com frequência, pois essa é a forma que elas têm de terem o ego massageado[4].
Eu, enquanto esposa e namorada nunca trai ninguém.
Se um dia eu deixar de ser acompanhante e me apaixonar por alguém, certamente não serei infiel, vez que pauto minha vida na ética da reciprocidade[5] e no imperativo categórico kantiano[6].
Eu posso ser e continuar sendo atraente, tendo a mesmíssima facilidade para gozar e ter orgasmos múltiplos, infiel é algo que nunca fui e nem serei. A forma com que penso a vida, a moralidade e a ética não tem nada a ver com meu reflexo no espelho e com quantos ou com quem eu me “deito”.
Enfim, a parte de “ganhar” a moça e o castigo em potencial pela deslealdade estarem correlacionadas até que faz algum sentido.
Para elogiar a estonteante beleza da mulher, então o homem desce um pouco mais baixo e diz que ela é “digna de um crime passional”. Ou seja, o cidadão reverência à beleza do seu objeto de desejo dizendo que ele é do tipo que, fazendo-se apaixonar, merece ser assassinado se for desleal (e ele afirma que será, mas o fato dele não querer ser “manchete de jornal” lhe retraí: novamente o medo da exposição aparece!), afinal ela é uma “morena sensacional”.
Tal frase soa tão absurda quanto o “você não ‘merece’ ser estuprada” ou “Neymar não ‘precisa’ estuprar ninguém para ‘fazer sexo’”. Ocorre que estupro não é sobre beleza, estupro não é sobre sexo, é sobre menosprezo à vontade da mulher. Da mesma forma que feminicídio não é sobre passionalidade ou sobre amor, é sobre possessividade e desrespeito a liberdade feminina. É sobre não ver a mulher como um ser senciente que, claro, pode ter condutas pérfidas, afinal gênero não define caráter, mas isso não a torna “digna” de ser morta ou violentada, no máximo a faz passível de rejeição. Ignore. Dispensa. Esqueça, mas viva e deixe viver!
Se, desde que o mundo é mundo, mulheres são traídas e raramente cometem homicídio, parece-me óbvio que a questão do assassinato não se relaciona ao amor, a dor da paixão frustrada e da deslealdade, mas sim a “desumanização” do gênero, da vítima, enfim.
A sociedade patriarcal misógina institucionalizou a desumanização das mulheres que, há muito tempo, só eram tidas como “respeitáveis” enquanto menores impúberes e, depois, quando mulheres casadas: o homem tinha que estar “reinando” em suas vidas para que, assim, elas fossem seres dignos de respeito.
Ao fim da narrativa, como em toda questão envolvendo a masculinidade tóxica, o cidadão volta a falar da sua preocupação com a opinião alheia, afinal, ele externaliza a preocupação de que, se não render-se às supostas investidas da moça, ele será taxado de “andrógino”. O fato de impor limites às investidas da namorada do amigo lhe parece pior do que passar-se por gay, afinal ele precisa pagar de “machão” para “essa gente” com cujas opiniões ele tanto se importa.
A própria escolha do termo “androginou” aponta uma misoginia aberrante, porque ele não reporta somente a “preferência sexual por homens”, mas a parecer fisicamente com mulheres. Eis o conceito do termo:

Traços femininos;
Tendencioso à feições femininas;

Enfim, o personagem prefere trair a confiança do amigo e, talvez, assassinar a mulher potencialmente infiel do que ser chamado de homossexual.
Essa letra é o retrato musicalizado da masculinidade tóxica: em poucas palavras, há um amealhado de tudo o que precisamos nos erigir contra.
“Precisamos” no plural! Todos juntos, homens e mulheres, porque ser antimachismo e antimisoginia, hoje em dia, não tem a ver com gênero, mas com bom senso, empatia e inteligência. Com plausibilidade, com senso crítico, com racionalidade, enfim!
E não, a mulher não deve ser respeitada só porque ela está namorando o seu amigo, parceiro!
Ela não é “do seu” amigo, ela é dela mesma e talvez por isso ela queira transar com você.
Ela pode transar com você, desde que você também deseje! Sem esquecer que depois do “não” e do “para”, depois da negativa expressa não há mais consentimento e o que sucede é violência. É estupro, sim.
O flerte dela pode ser só porque ela quer sexo, não significa que ela queira ser “ganhada” por você.
Não, ela não é “descontraída” ou “assanhada”, porque é uma “morena sensacional”.
Ela é “oferecida” porque isso faz parte da sua personalidade. Porque ela quer ser, porque lhe convém flertar com amigos de parceiros, porque ela pode fazer isso: a vida, o corpo e a consciência são dela, “topa” ficar com ela quem quer, irmão! Cai na sua “rede” quem deseja.
Enfim, beleza e libido não são “unidades” de medidas inversamente proporcionais a ética e caráter.
Ademais, caso a morena queira ficar com você e um dia não lhe queira mais, você deve deixá-la ir, não matá-la.
E sim, é mais digno agir com empatia e respeito do que com vaidade.
É mais digno agir como um “andrógeno” do que como um animal irracional que não consegue manter o pênis dentro das calças.
Não há problema em ser gay, não há problema em ser transexual ou travesti, não há problema em ser mulher, não há problema em ser uma mulher sensacionalmente linda, o único problema é ser desleal, não tratar o outro como gostaria que ele lhe tratasse e agir pensando no que os outros irão dizer!
O único problema é ser misógino, machista e limitado. O único problema é agir sem questionar as suas atitudes e sem fazer autocrítica todos os dias.
Eu falei autocritica. Eu falei fazer autocritica todo santo dia! Afinal os tempos atuais requerem que pensemos além das aparências e do óbvio. Requer que tratemos com seriedade assuntos que já foram usados em “piadas”, caso do machismo, da transfobia, da homofobia e do racismo. Discriminações que matam pessoas todos os dias! Nada disso é cômico, meu caro.
Generocídio não se trata de paixão e de passionalidade, é isto sim, desrespeito e desumanização. Ou você faz a sua parte e começa a refletir sobre consentimento, sobre liberdade, sobre respeito ao próximo e sobre igualdade de gênero ou você estará assentindo com a estupidez, com o desrespeito, com o menosprezo e com tudo de pérfido que a base sociopata do patriarcado insiste em perpetrar.
Cúmplice, irmão. Você será cúmplice de estupradores, de feminicidas e de assassinos diversos, inclusive dos fardados que disparam 200 tiros contra um carro de família. Família negra e, portanto, “suspeita” no Estado (genocida) do Rio de Janeiro! Estude e tente evoluir até chegar ao ponto em que a palavra feminicídio lhe cause mais repulsa do a palavra feminismo e que o termo abandono parental lhe irrite menos do que a palavra “aborto”.
E, então quando você chegar neste ponto estará usando o seu potencial intelectual e racionalidade, estará sendo mais do que um resultado infeliz e tacanho de um sistema igualmente infeliz que boicota o intelecto e a afetividade masculina, enquanto poda a liberdade e a vida das mulheres e de quem se identifica com o gênero feminino!

Simone Steffani - acompanhante de alto luxo!

[1] Refiro-me aqui aos “argumentos” (ou seriam “teses de defesa”?) que ecoam de todos os rincões do país em relação à acusação de estupro imputada ao jogador Neymar Jr..
[2] A grande maioria das pessoas se acha mais inteligente e astuciosa do que de fato é. Ora, é fácil esconder-se na hipocrisia de um “casamento perfeito”! A grande maioria das nossas famílias se manteve décadas graças ao uso de máscaras e deslealdades diversas. Ser infiel nunca indiciou inteligência e, atualmente, não rompe nenhum paradigma. Por outro lado, jogar limpo, seja “abrindo” a relação ou seguindo a ética da reciprocidade (não fazendo ao outro o que não deseja que ele lhe faça), é algo revolucionário e inteligente neste mundo cheio de pessoas ansiosas e infelizes que pautam as suas existências naquilo que, imaginam, “essa gente” percebe e pensa.
[3] A tal da “distinção” imbecil entre mulheres “pra casar” e mulheres “pra transar”: as segundas “devem” ser lindas, as primeiras “nem tanto” que é para evitar o risco da traição. Ridículo, não é mesmo?! Pois o machismo do patriarcado é essencialmente ridículo.
[4] A necessidade de massagear o ego é algo em comum entre todos os idiotas do mundo.
[5] Não fazer ao outro o que não quero que ele me faça.
[6] “Age como se a máxima de tua ação devesse tornar-se, através da tua vontade, uma lei universal”.

28 junho 2019

«Ensaio sobre a minha palestra no Rio de Janeiro» - Cláudia de Marchi

A palestra ou, mais especificamente, o café filosófico que fiz no Rio de Janeiro na linda manhã do dia 02/05 foi restrita a um grupo de pessoas, todavia, acho interessante compartilhar aqui alguns dos assuntos abordados, de forma, claro, a ser acessível aos leitores sem elidir a confidencialidade entabulada com o estimado público que comigo interagiu.
Começo, pois, pelo final, quando um dos ouvintes perguntou-me qual seria a forma mais “eficaz” para as mulheres libertarem-se das barreiras educacionais e psicológicas que as impede de vivenciar plenamente a sua sexualidade e de ter, com o sexo, todo o prazer possível:
- “L-E-I-T-U-R-A!”; foi a minha resposta.
Sei que é bastante difícil falar sobre a importância da leitura e da busca por bons cérebros para “seguir” nas redes sociais atualmente, quando, ainda, musas fitness, coaches de qualquer coisa, modelos e nutricionistas “modinha” são o público alvo de muitas mulheres que insistem em ter, apenas na aparência física, um fator “empoderador” em suas vidas.
Ler bons livros, ler mulheres, ler e buscar na leitura algo que abale as suas mentes é um mote para a evolução feminina e, logicamente, masculina. Como disse Franz Kafka: “Apenas deveríamos ler os livros que nos picam e que nos mordem. Se o livro que lemos não nos desperta como um murro no crânio, para que lê-lo?”.
Falo aqui das mulheres, pois não podemos negar que o gênero que possui um clitóris com 8 mil terminações nervosas[1]destinado exclusivamente ao prazer e que, em pleno 2019, ainda é carente de conhecimento acerca da própria sexualidade e tem dificuldades para atingir o orgasmo, precisa atentar-se para a libertação de culpas e conceitos religiosos que limita o seu, praticamente, ilimitado potencial de ter prazer.
E é por essa e por outras razões que eu escrevo.
E que, apesar dessa triste época em que o fascismo, o conservadorismo e o anti-intelectualíssimo (filho pródigo do nazi-fascismo!) cresceram no Brasil, ainda tenho redes sociais, em que pese, com limitação de comentários, afinal, não estou no mundo para dar voz a sofomaníacos e, menos ainda, para ouvir suas opiniões revoltadas e, via de regra, inquinadas de ódio, preconceito, desrespeito e delírios de grandeza narcísicos.
Enfim, apesar dos pesares eu ainda sou uma pessoa esperançosa: confio que as pessoas possam usar a leitura como fonte de conhecimento e de evolução. Pois é isso que ela é!
Leitura e, claro, experiência de vida, sempre foram e sempre serão os melhores amigos do ser humano e de sua revolução interior, afinal, não teremos uma vida realmente valorosa sem que nos desconstruamos diariamente. O indivíduo que, ao morrer, conserva os mesmos pensamentos que teve durante toda a sua existência, certamente, não evoluiu nada. Como diria minha mãe, parafraseando o poeta, passou a vida “em branca nuvem”[2].
Dentre tantos assuntos debatidos ao longo da palestra a questão acerca da forma com que a sociedade encara a infidelidade masculina e feminina foi bastante “revisitada”.
Evidente que cada pessoa tem um conceito do que seja infidelidade conjugal, de acordo com seus limites ético-morais pessoais. Algumas mulheres, por exemplo, creem que o fato do marido fazer sexo com outra mulher não é tão grave quanto o fato dele se envolver emocionalmente com outra; outras, como eu, acham que a mera busca por interação afetiva com qualquer mulher, sem que a parceira saiba, seja traição.
Alguns homens creem que o fato da esposa beijar outro seja infidelidade, inclusive, muitos matam quando descobrem que a parceira transou com outro, eis os altos índices de feminicídio no Brasil para provar mais esse triste sintoma do machismo sistêmico.
Vivemos num país machista, isso é inegável.
Todavia, o machismo, assim como o racismo, a xenofobia, a homofobia e todo tipo de discriminação, se aprende. E tudo o que é "aprendido" pode ser "desaprendido" e, no mínimo, "não ser mais ensinado"!
Nós repetimos o que aprendemos em casa, ouvindo e vendo.
Somos construções culturais.
Como já escrevi aqui, em minha opinião não existe “cérebro masculino” e “cérebro feminino”. Existe educação e cultura, cabe a cada um de nós evoluirmos e nos desconstruirmos.
Para concluir essa parte deste ensaio vou colocar-lhes o meu conceito de infidelidade abstido de juízo de valor: “traição conjugal é tudo o que é feito sem que o parceiro saiba e com a intenção de omitir dele permanentemente”.
Cada pessoa se “vê” conforme a própria consciência, logo, não me cabe julgar e dizer que o meu parceiro A ou B age “certo” ou “errado” ao trair a esposa comigo ou com qualquer moça que ele “pega” facilmente (e sem pagá-la) numa simples ida a um barzinho para tomar um drink.
Da vida eu só sei de mim e eu nunca fui infiel a meu ex-marido ou a nenhum dos namorados que tive. Aliás, eu jamais irei trair um homem caso um dia volte a me relacionar amorosamente com um. Tenho uma facilidade muito maior em despir-me com o único objetivo de gozar, do que desarmar meu coração e alma e “dar-me” a conhecer a qualquer pessoa.
Ou seja, tanto na palestra quando aqui, quando falo em “infidelidade” ou “traição”, não quero dizer que seja certo ou errado, justo ou injusto, abjeto ou admirável.
Razões e justificativas, cada um têm as suas e nelas se agarra para poder viver em paz. Cada pessoa, também, vale-se dos mecanismos de defesa do ego (negação, racionalização, projeção e etc.) da forma que lhe aprouve.
Fato inquestionável é que os homens costumam justificar e aceitar a sua conduta infiel, enquanto, a maioria, não aceita a hipótese de ser traído. Eles “questionam” coisas como:
“Se eu não ‘como’ o mesmo alimento todos os dias no almoço, porque ‘tenho’ que transar com a mesma mulher sempre e não com a loira, com a ruiva, com a japonesa e etc.?”.
Outros usam velhos e machistas conceitos de “biologia” para explicar suas “puladas de cerca”, trazendo, desde comparações do ser humano com os animais até o fato de o órgão sexual masculino ser externo (“dador”), enquanto o feminino é interno, ou seja, “receptor”.
Balelas, tudo balelas!
Exercícios bem fajutos da racionalização (mecanismo de defesa do ego).
Fato é que, na sociedade como ela é, quando as pessoas se casam há implícita e, no âmbito religioso, explícita, a promessa de fidelidade. O mesmo quando um casal anui um namoro com exclusividade ou união estável. Teoricamente, portanto, quando você, portador de falo ou você, portadora de vagina, se casa está “abdicando” dos outros falos e das outras vaginas existentes neste vasto mundo.
Segundo estatísticas, no entanto, 50 e 60% dos homens têm sexo fora do casamento, contra 45 a 55% das mulheres[3]. A independência financeira das mulheres é um dos fatores do aumento da infidelidade entre o sexo feminino, em que pese, convém frisar que isso sempre ocorreu, mas as mulheres são mais discretas e, porque não dizer, ardilosas em suas escapadelas: são menos dependentes do ego e da (nada sutil) necessidade de contar para o “coleguinha” que “pegou” fulana e beltrana.
Mulheres vivem aventuras sexuais que nunca irão contar, enquanto homens disseminam aventuras sexuais que nunca irão viver, apenas para reafirmar perante os outros machos a ideia de que ele é um “macho alfa”. Enfim, a maioria dos homens é, graças à sua educação machista, bastante previsível e falastrona. Falar de seu desempenho na cama e do número de mulheres com as quais se relacionam sexualmente é importante para eles. Comumente, os ricos ostentam dinheiro, os poderosos ostentam poder e os metidos a “gostosos”, para exibirem-se para os que eles consideram mais abonados e poderosos do que eles são, falam de suas conquistas sexuais.
Enfim, a masculinidade tóxica inerente à educação heteronormativa, faz dos homens criaturas bem previsíveis.
Fato é que, de regra, as pessoas se casam apaixonadas entre os 20-30 anos. É comum que anos após, o desejo sexual diminua e o comodismo faça morada na cama do casal. Restará, ainda, certa atração, mas não tão forte como antes, de forma que, surgirão duas opções aos parceiros: jogar aberto e, possivelmente, divorciar-se, renegando o acomodamento da vida a dois; ou, manter-se no “quentinho” e confortável espaço do casamento, valendo-se do sexo extraconjugal para suportar a tediosa vida de casado.
Frise-se, porém, que algumas pessoas são educadas e condicionadas a aceitar esse “tédio” como algo normal, corriqueiro e até mesmo “inevitável” na vida, tipo: “a gente nasce, cresce, estuda, paga boletos, se casa, educa os filhos, vivencia o tédio do casamento, paga mais boletos, viaja, trai a esposa e morre casado e entediado, preferencialmente com netos vivos”.
Dizem-nos, desde sempre que “sexo não é tudo num casamento”.
A sociedade hipócrita e religiosa adora “demonizar” o sexo e o prazer sexual, não à toa tantas mulheres são sexualmente reprimidas.
Ora, meus amigos, “nada” é “tudo” num casamento!
Atração física não é “tudo” num casamento.
Amizade não é “tudo” num casamento.
Filhos não são “tudo” num casamento.
Admiração recíproca não é “tudo” num casamento.
Estabilidade financeira não é “tudo” num casamento.
E, claro, sexo não é “tudo” num casamento, mas, como “tudo” dito acima, é uma parte essencial para que ele se mantenha sem infidelidade ou sem a premente necessidade de “abrir” a relação e inventar “modinhas” para superar o sexo amornado pelo decurso dos anos.
Relacionamentos são construções, mas desejo sexual não se inventa. Como diria Regina Navarro Lins, é o tesão entre o casal que faz com que haja criatividade na cama, não o contrário.
Uma vez perdido o desejo, a relação costuma naufragar: surge a “necessidade” de ménage e de certas “inovações” que eu, pessoalmente, acho bastante abjetas; ou, claro, fazem o casamento sobreviver na base de escapadelas e posteriores “agrados” e presentinhos para amenizar a culpa pela traição.
Aliás, a culpa é a “força motriz” por trás de cada presente caro e agradinhos românticos recebidos fora de datas especiais nos casamentos do mundo!
O ideal seria, se a pessoa não tem maturidade ou vontade de ter uma relação aberta, que ela vivesse livre e intensamente a sua sexualidade enquanto solteira para que, na hora do “juramento” matrimonial ela prometesse e cumprisse a fidelidade e, portanto, o refugo aos outros pênis e vaginas que sempre existirão dando “sopa” por aí.
Creio, pois que experiência de vida sempre ajuda, logo, ao contrário do que muitos pensam, eu acredito que, quanto mais velhos e experientes os “nubentes” forem, maior a probabilidade da fidelidade prometida não se tornar uma promessa quebrada.
Convenhamos que desejo sexual, atração física e excitação são comuns, conexões mentais, afinidades e “atração intelectual”, não. Convém estimar e, realmente, valorizar o que é raro, posto que tudo que é valioso a tal ponto merece respeito.
A poligamia e o poliamor são tendências dos relacionamentos no futuro, segundo muitos sexólogos e a própria supracitada Regina. Em que pese eu não tenha real compreensão destas relações e nem maturidade para viver uma, tenho certeza de que é possível ser feliz numa relação aberta, basta que todos os envolvidos sejam transparentes uns com os outros.
Sob o ponto de vista do imperativo categórico de Kant[4](no qual eu pauto a minha vida), esse “modelo” de relação é mais justo e correto do que o hipócrita que é o vivenciado pela maioria das pessoas desde que o mundo é mundo.
Falo agora, sobre conceitos limitados e machistas que eu já vi sendo reverberados por muitas mulheres.
Eu cansei de ouvir de senhoritas portadoras de vagina e, até mesmo, autointituladas “feministas”, que quem “estraga” os casamentos são as próprias mulheres, posto que, segundo elas, “a mulherada engorda e não se cuida depois que casa e tem filhos”. Ouvi isso certa vez de uma “bem aventurada” que, antes dos 35 anos, já tinha feito 3 plásticas, acordava às 05 horas diariamente para malhar e fazia sexo com o marido uma vez por semana, tendo que "marcar" com antecedência.
Ora, existem homens que também "relaxam" depois que se casam: engordam, arrotam na frente da parceira, não ajudam nas tarefas da casa (que são do lar, não da esposa, vez que ela não é a sua empregada doméstica!), chegam do trabalho e sentam no sofá sem sequer lavarem o copo que usam para tomar cerveja! Existem homens que se esquecem do bom e velho sexo oral e da “pegada” mais forte e inesperada, depois da assinatura do- na visão do brasileiro machista- título translativo de propriedade (certidão de casamento).
Aparência física tem um “grauzinho” de relevância, mas, para o homem, mais importante do que a “boa forma” da parceira é a libido e o desejo!
Não tem, porém como uma esposa ter tesão no parceiro à noite se ele é grosso, egoísta e chato o dia inteiro! Não tem como ela ter vontade de transar se não recebeu ajuda do marido para cuidar dos filhos e do lar onde vivem. Não tem como ela ter desejo se o parceiro é sexualmente egoísta ou se, enquanto ela é vaidosa, o indivíduo se acomoda e não depila sequer o saco! (Mulheres não gostam de fazer sexo oral em meio à mata atlântica!).
Fato lamentável, porém é que não são poucas as mulheres que, durante a época de namoro, valem-se de ardis para seduzir e conquistar o parceiro, pois creem que está na “sua hora” de casar. Elas foram educadas para “casarem-se” até tal idade, terem filhos e etc.. Logo, quando acham que encontraram um cidadão que será um “bom pai” para os seus rebentos, elas agem dissimuladamente até conseguirem a tal da certidão de casamento e, de preferência, uma festa chiquérrima e uma viagem para um local paradisíaco cujas fotos irão direto para o seu Instagram!
Depois, o sexo quente “amorna”, o desejo “diminui”, a vaidade, idem. Quiçá nunca nem existiram tão “forte” nela, a questão é que ela queria mesmo o tal do casamento!
Enfim, e como boa fã do The Doors que sempre fui, digo-lhes que “people are strange”, sobretudo pra mim, que sou uma estranha. Mas, se formos à base de todas as diferenças entre os gêneros, do afã por casar-se de “papel passado” até a necessidade de fazer sexo com o maior número de mulheres possível, independente de estar casado ou não, encontraremos o combatível machismo estrutural, que, como eu sempre digo, atrofia a mente masculina e limita a felicidade e liberdade sexual feminina.
Com leitura, racionalidade, bom senso, educação e, logicamente, boa vontade as futuras gerações de homens e mulheres poderão ser mais bem resolvidas e não precisarão “socorrer-se” tanto na hipocrisia para poderem viver bons momentos de prazer sem que sejam apedrejadas e criticadas por gente conservadora e, possivelmente frustrada, afinal, certo estava Marcel Proust quando disse que “assim que uma pessoa se sente infeliz, torna-se moralista”. Lamentavelmente, o Brasil e grande parte do mundo, estão vivenciando uma tragicômica onda de conservadorismo e moralismo de gente imoral.
Por fim, se existe algo que convém ser dito para todos os homens e para todas as mulheres do mundo é que vocês não devem permitir que alguém queira lhes mudar. Se amem, se valorizem, se respeitem! Pessoa alguma nesse mundo pode ser tão boa a ponto de não lhes aceitar e, apesar disso, ser por vocês “estimadas”! Aceitação é sinal de afinidade e afinidade é o rumo do amor, da constância, do afeto e, sobretudo, do respeito num relacionamento amoroso.
Nada pode ser mais ofensivo do que ter alguém tentando fazer você ser o que não é, do que ter alguém que, por tentar lhe mudar, deixa claro que não gosta do seu jeito! Uma pessoa assim não merece o seu prezar, o seu afeto, a sua presença e, sobretudo, o seu sacrifício. Não aceite ouvir nada no estilo “eu gosto de você, mas...”! Entenderam?! “'Mas' vá se catar se você não me aceita como eu sou”! Essa é a merecida resposta, afinal existem mais de 7 bilhões de pessoas nesse pálido ponto azul (planeta terra) e o "mas" é uma conjunção adversativa: a pessoa que o usa está se contradizendo. No exemplo dado, significa que, na verdade, ela não gosta de você ou, no mínimo, não aceita o seu jeito de ser!
Se conheça, se dê o devido e merecido valor que você verá que é melhor estar só do que estar com alguém que quer lhe mudar, independente do motivo!

Simone Steffani - acompanhante de alto luxo!

[1] PATROCÍNIO, Carol. A vagina como ela é. Revista Galileu. São Paulo/SP, 29 de dezembro de 2015. Disponível em: . Acesso em: 01 maio 2019.
[2] “Quem passou pela vida em branca nuvem
E em plácido repouso adormeceu,
Quem não sentiu o frio da desgraça,
Quem passou pela vida e não sofreu,
Foi espectro de homem, e não homem,
Só passou pela vida, não viveu”.
Francisco Otaviano
[3] CARATONI, Bruno. CALLEGARI, Jeane. Amor, o fim. Revista Superinteressante. São Paulo/SP, 03 de junho de 2010. Disponível em: . Acesso em: 07 de maio 2019.
[4] “Age como se a máxima de tua ação devesse tornar-se, através da tua vontade, uma lei universal." Variante: "Age como se a máxima da tua ação fosse para ser transformada, através da tua vontade, em uma lei universal da natureza”.

21 junho 2019

«Sobre o meu romantismo, amor e monogamia no claudicante mundo pós-moderno» - Cláudia de Marchi

Algumas pessoas que eu conheço acham que eu sou romântica.
Outras pessoas que nunca sequer me tocaram, física ou animicamente, acham que eu sou muito dura.
Alguns dos meus ex-namorados e outros infelizes que dispensei já disseram que o meu coração era de mármore. (“Contento-me” que não tenham me matado, já que está cada vez mais difícil para uma mulher terminar um relacionamento ou dispensar um homem e continuar viva, logo, enxovalhos rasteiros com “frases” de música sertaneja ruim, são bem toleráveis.)
Bem, a “infopédia” dá os seguintes significados para a palavra “romântico”:
“Adjetivo
1. próprio de romance
2. relativo ao romantismo
3. poético; apaixonado
4. figurado devaneador; sonhador
5. figurado piegas

Nome masculino:
1. partidário do romantismo
2. pessoa que afeta ares românticos”.

Fato é que eu não sou uma mulher que caiba em conceitos, muito menos alguém “facilmente” compreensível, definível e explicável.
Por exemplo: eu tenho ojeriza à pieguice de muitos românticos inveterados que teimam em ver “amor” onde ele não existe ou deixou de existir, porque sim, amor, como tudo o que é vivo, termina.
Amor morre, amor não mata!
Acreditar em “amor eterno” é um devaneio perigoso e doentio. A vida pulsa, a vida muda, a vida oscila, a gente cresce, a gente amadurece e, com o amor, ocorre o mesmo.
Os únicos “tipos” de amor que tendem a ser eternos é o sentido pelas mães pelos seus filhos e o dos torcedores por seus times do coração: se decepcionam, choram, sofrem, mas não “mudam” de time.
Digamos que eu seja, uma romântica muito bem dotada de amor próprio e bastante pragmática.
Enfim, eu acredito no amor, meus caros leitores!
“Mas, o que é amor para você, Cláudia?”.
Em minha modestíssima opinião, amor é admiração+atração+amizade+tesão+paixão. Um combo, assim mesmo: com “+”, não com vírgulas. Amor é quando tudo isso se “conjuga” a tal ponto que uma pessoa se sente plenamente à vontade e feliz na companhia de outro indivíduo a ponto de despir-se animicamente e revelar todas as suas dores, os seus fracassos, as suas frustrações, os seus sonhos e os seus anseios.
Quando você consegue gozar de tudo na companhia do outro, inclusive de irrestrita confiança! (Tá “liberado” maliciar a frase, porque a intenção é essa mesmo).
E o que amor, para mim, tem a ver como monogamia, especialmente em tempos de “amores líquidos”, relações superficiais e tendências poligâmicas?
Simples:
Nestes claudicantes tempos pós-modernos nós somos livres para optarmos entre a solteirice e o casamento, o compromisso, enfim: monogamia não é imposição, não é obrigação.
Monogamia é trato, é escolha!
Ninguém, em pleno 2019, obriga o fulaninho a casar-se com a fulaninha!
Teoricamente eles renunciam a possibilidade de viver uma infinidade de relações com outras pessoas, de conhecerem outros pênis e outras vaginas, porque estão “inebriados” pelo corpo, pelo cérebro, pelas atitudes e pelo sexo com seu parceiro (a).
Só um amor muito grande justifica a escolha pela monogamia. (Mais a respeito do assunto no texto denominado “Ensaio sobre a minha palestra no Rio: do machismo estrutural à infidelidade conjugal”, constante aqui).
O resto?!
Ah, o resto é ilusão!
É hipocrisia.
É carência.
É confusão mental.
É essa necessidade frívola e medíocre de ter alguém “para chamar de seu” quando volta pra casa, ainda que seja muito melhor conversar com o colega de trabalho, porque ele é mais humorado, sagaz e inteligente do que o seu companheiro; ainda que seja muito mais divertido transar com o cara da academia, porque ele é mais bem dotado e manja (melhor) dos “paranauê” e etc..
Entenderam?!
Ninguém obriga você a se comprometer com alguém. Ninguém lhe obriga a jurar lealdade e fidelidade a alguém.
Relações monogâmicas são opcionais.
Ser solteiro, também é opção, meus amigos!
E as pessoas precisam aprender a pensar e a portar-se como resultado de bilhões de anos de evolução, sem usar o comportamento dos animais irracionais para justificar as escolhas que tomam.
Se você não tem admiração, tesão, química no sexo e no papo com alguém, você não ama, o máximo que você tem é um grande apreço e preguiça de ficar sozinha para exercitar a sua sexualidade, sair com outros caras e dormir na paz de uma cama sem um homem ao lado!
Você
É
Carente
De
Companhia,
Amiga!

Você
É
Acomodada!
Você
Quer
Se
Adequar
Ao
Que
A
Sociedade
Hipócrita
Espera
De
Você!

O mesmo serve para os homens, logicamente.
Nestes 3 anos como acompanhante de luxo eu já recebi mensagens de incontáveis pessoas falando das suas fantasias, querendo ménage e etc..
Todas foram bloqueadas, com sucesso.
Mas,
Gente,
Custa
O
Que
Admitir
Que
A
Porra
Do
Tesão
Acabou
Ou
Decaiu?!
Troca de casais, swing, ménage?!
Caraca, por que não ficar lindamente solteira e sair transando com quem bem entende, por aí?! Camisinha existe pra isso, certo?!
Se eu tivesse um namorado que me dissesse que a fantasia dele é ver-me transando com outro eu diria: “Que legal, querido! Ouvindo você agora, até me deu uma baita fazer sexo com outro. Vou fazer isso hoje, inclusive, mas longe de você: considere-se solteiro e vá atrás de outra para realizar a sua fantasia de corno, bye!”.
O mundo tem 7 bilhões de pessoas, gente!
7
bilhões
de
pessoas!

De
Pintos,
De
Pepecas!
Por que vocês cismam com um bípede só e fazem de tudo para agradá-lo, até quando vocês não estão agradados?!
Qual o problema de vocês, galera?
Tem muitos caras legais, muitas mulheres divertidas, muita gente linda e fogosa, logo, pra que ficar com alguém se você não sente algo muito arrebatador e especial por essa pessoa?!
Eu sou fã da Regina Navarro Lins e ela aborda muito a questão do poliamor e da poligamiacomo “tendências” do futuro nos relacionamentos humanos, todavia eu tenho uma ideia que se coaduna e se contrapõe ao mesmo tempo com a visão dela. Sintetizo-a numa pergunta:
“Se você tem desejo por outras pessoas, por que você não cultiva apenas uma amizade com o seu atual parceiro (a), ao invés de dividir uma casa, uma cama e um cotidiano com ele (a)?”.
As pessoas têm que se perguntar, porque elas possuem tanta necessidade de ter um namorado, um convivente, um marido, enfim, um “conje”, como diria o atual ministro da Justiça, Sérgio Moro.
Em que se baseia esse desejo de dividir a vida com alguém?!
Necessidade de ser socialmente adequado?
Carência afetiva e emocional?
Medo da solidão?
Medo de ser criticado e julgado?!
Ora, é tão bom dormir sozinha.
Não ter ninguém com mais de 10 kg roncando ao lado (meu baby cat Zeus, ronca)!
Poder dar “puns” barulhentos quando quiser.
Fazer coco com a porta aberta.
Comer deitada na cama!
Acabar com a sobremesa sozinha.
Assistir a série ou o filme que eu quiser.
Fazer sexo com gente linda, mas burra, sem que ninguém fique sabendo!
Ora, se você aprender a cuidar do seu assoalho pélvico a sua pepeca vai continuar apertada, meu bem! É só ter um (a) bom (a) ginecologista: lavou e a bendita continuará novinha e linda.
Enfim, é tão simples ser solteira, tão fácil ser solteiro e podermos transar e nos relacionar com quem quisermos (“de grátis” ou, como eu, cobrando!).
Creio que só quem tenha me acompanhado desde 2016 e seja muito meu fã ou, realmente, seja meu íntimo, saiba que eu me tornei acompanhante, porque “desisti” de viver relacionamentos amorosos! Coloquei minha vida amorosa em pausa, para ser mais exata.
Em outubro de 2015 eu terminei meu último namoro. O cara tinha um bebê com uma ex.
No mesmo ano eu já havia terminado outro namoro, porque tal ex era acomodado e tinha dois filhos novinhos. Quando os conheci tive a impressão de que ele queria uma “babá” para ajudar-lhe!
Ao longo de tal ano eu também fui assediada por um macho casado e “poderoso” onde eu residia.
Em fevereiro de 2016, no início do primeiro semestre letivo, fui demitida sem justa causa da universidade em que eu lecionava.
Eu tinha (tenho) um bom currículo lattes, mas em tal tempo as contratações de professores nas universidades já havia findado. Ademais, fui consumida por uma baita revolta!
Ódio do comodismo de cada homem com quem namorei/noivei/casei!
Ódio da sociedade patriarcal.
Ódio de cada panaca que me assediou e me prejudicou profissionalmente ao longo dos meus, na época, 11 anos como operadora do Direito.
Ódio de mim por ter deixado minha profissão em segundo plano quando eu era “novinha” e quando me casei.
Juntando a frustração com os homens com os quais namorei e com a minha vida jurídica, eu me emputeci com a vida e resolvi virar puta!
Simples assim. (Ou não, depende do seu Q.I. e empatia).
Desde o início eu me dispus a ser seletiva na escolha dos meus parceiros, pois do contrário eu preferiria me matar a ser acompanhante.
Aliás, entre novembro de 2015 e fevereiro de 2016, quando me relacionar amorosamente já tinha sido algo “deletado” dos meus planos futuros, sempre que avençava a hipótese de parar de lecionar, eu falava para o meu pai que, na época, trabalhava em Sorriso/MT e seguidamente estava na minha casa: “Ah, se eu sair da Universidade, eu viro puta! Estou cansada dessa vida de ‘mulher direita’”.
Essa “brincadeira” era tão constante que ninguém da minha família se espantou quando, de fato, eu “virei” puta!
Lecionar era a única coisa que eu realmente amava no Direito.
Advogar foi por anos uma paixão, mas o patriarcado e o Judiciário brasileiro me fizeram “pegar” nojo.
Lecionar, em 2016, ainda era uma paixão, quando a perdi, eu poderia muito bem ter me afogado na minha piscina, mas eu resolvi ousar e me tornar acompanhante de luxo.
Ter desistido de ter relacionamentos amorosos nunca foi e nunca será um “sinal”, tampouco uma “prova” de que eu não acredito no amor.
Quem acha isso é porque não me conhece nada, só sabe o meu nome.
Quem acha que eu sou “fria”, então, não sabe nada de mim.
Eu acredito na gentileza.
Acredito na lealdade.
Acredito no respeito.
Acredito no cuidado.
Acredito na doçura.
Acredito no carinho.
Acredito piamente na paixão.
Não querer algo em certo momento da vida, não implica em amargura, descrença ou desrespeito a tal “coisa”!
Pelo contrário.
Eu, Cláudia de Marchi e, aqui, sem “claudicar”, digo que, para mim, amar é sagrado!
O meu coração é um lugar sagrado e é por isso mesmo que não deixo e nem deixarei qualquer pessoa entrar nele.
Fazer sexo não é intimidade.
Sexo é só sexo.
“Foder” não tem nada a ver com paixão e com amor.
Não há necessidade de admiração para fazer sexo com intensidade, basta gostar de transar e sentir uma grande química. Isso não é raro, sequer é especial!
Intimidade é abrir o seu coração para alguém, é tornar alguém importante em sua vida, é querer estar com tal pessoa e ter ela por perto, é preocupar-se com ela, além de obviamente, não desejar transar com outras pessoas, porque nenhum corpo lindo ou “foda boa” compensarão a ausência de “tal” pessoa na sua vida.
Admiro a inocência de quem acha que despir-se e transar com alguém é “íntimo”, é “entrega”.
Entrega é quando você coloca alguém no seu coração, não no seu corpo.
E se pensar assim me faz uma romântica, então eu termino esse texto parafraseando a Rita Lee, com um refrão que define a mim e a minha vida:
“Quando eu me sinto um pouco rejeitada
Me dá um nó na garganta
Choro até secar a alma de toda mágoa
Depois eu passo pra outra
Como mutante
No fundo sempre sozinho
Seguindo o meu caminho
Ai de mim que sou romântica...”.
Romântica sim, mantendo relacionamento sem amor e paixão, jamais!

Simone Steffani - acompanhante de alto luxo!

07 junho 2019

«Por que homens procuram prostitutas?» - Cláudia de Marchi

Eis uma pergunta que muitas mulheres se fazem.
Algumas preferem acreditar que os homens que recorrem ao sexo pago são inferiores aos “seus” homens, que eles têm algum “problema”, “anormalidade” ou coisas estranhas afins. Creio que algumas mulheres precisem acreditar nisso para não se sentirem muito mal consigo mesmas por fazerem sexo de graça com homens que, às vezes, não servem nem para fazer um sexo oral decente.
A questão é que os homens que procuram prostitutas não têm nada de anormal ou de errado, pelo contrário, tenho pra mim que eles são muito inteligentes!
Pensem comigo: vivemos num mundo insano e qualquer pessoa razoavelmente esperta sabe o quanto as aparências enganam. Assim como existem homens desequilibrados, existem mulheres que se apaixonam na primeira transa, depois começam a stalkear o cara na internet, curtir tudo que ele posta, mandar mensagem, fazer convites, insistir e etc.. Muitas desejam tanto um namoro e um casamento que já estão “amando” no terceiro encontro e dizendo tudo que o cara quer escutar!
Homens espertos “sacam” esse desespero de longe!
Normalmente o desequilíbrio masculino é despertado após o “não”, já o de muitas mulheres surge após o “sim” e o que elas interpretam como demonstração de afeto. O transtorno de personalidade limítrofe (transtorno borderline de personalidade) tem prevalência três vezes maior em mulheres do que em homens e isso torna muitas “gatas” potencialmente perigosas!
Enfim, se o cara só quer prazer, se o cara só quer transar sem precisar usar máscara alguma o sexo pago é uma saída espertíssima!
E quando o homem está casado, mas descontente com a sua vida sexual (e não vou adentrar aqui nos porquês)?
Então o sexo pago é o caminho certo para ter prazer e companhia com possibilidade quase nula de incômodos! (Digo “quase”, porque talvez existam por aí prostitutas psíquica ou moralmente desequilibradas que venham a perturbar a vida do homem/cliente).
Acho que meu ex-marido me falou uma vez que o homem não paga pelo sexo, ele paga pra mulher ir “embora”. Hoje eu sei o quanto isso procede!
Eu sempre digo que não vendo meu corpo, nem o sexo: eu alugo a minha hora. O que custa R$ 850,00 é a minha hora com um homem num quarto. O restante é “plus” e dentro deste “plus”, além da minha inteligência, humor, beleza, intensidade e infindável “gostosura” (leia-se: gosto por sacanagem), está o desapego!
Eu não quero dormir e acordar com homem nenhum me “mimando”, eu não quero dormir de conchinha, eu não quero companhia para assistir filmes e séries, eu não quero ter filhos, eu não quero me casar de novo, eu não quero, enfim, me apaixonar!
(Não agora, talvez um dia eu mude de ideia. Acho difícil, mas se tem uma coisa que a vida me ensinou é a não dizer “nunca” quando se trata de questões afetivas).
Logo, o cara que me procura, além de querer conhecer a mulher por trás das palavras, dos livros, dos sites, das matérias e entrevistas em jornais, do programa de televisão, das fotos incondizentes com a real beleza, quer, sobretudo, a certeza de que, após bons momentos, ele não será importunado, procurado, assediado.
A sua vida vai seguir tranquilamente. Com sua esposa, filhos, amigos, fotos no Instagram, juras de amor eterno, sexo morno e rotineiro, viagens com a namorada e etc..
Eu sou uma espécie de “sonho” secreto: ninguém vai saber e eu não contarei para ninguém. Sem mensagem de texto, sem WhatsApp, sem ligações, sem contato que não seja quando ele quiser, afinal a minha vida depende da minha discrição.
Entenderam?!
O homem que procura a mim ou a qualquer prostituta do mundo está disposto a pagar para não ser procurado e importunado!
Lógico, que quem o homem procura diz muito sobre ele ou sobre suas intenções, por exemplo:
a) O cara que procura uma moça que está trabalhando numa esquina e cobra barato talvez o faça porque tem poucas condições financeiras ou porque ele só quer um “alívio” imediato, como sexo oral sem reciprocidade;
b) O mesmo ocorre com o cidadão que procura uma jovem que também cobra pouco e está num site. Ele pode ser pobre ou pode não estar nem aí para o fato de que ela “atende” vários homens num dia, que no banheiro terão pelos dos caras com quem ela transou antes e etc., o que ele quer é “meter” e ir embora;
c) Alguns procuram prostitutas porque querem ser penetrados com dedos ou outros “utensílios”, outros procuram prostitutas travestis ou trans, porque também desejam ser “comidos”, enfim, porque são bissexuais ou gays presos no armário;
d) Outros têm parafilias diversas e querem satisfazê-las com alguém que goste daquilo como, por exemplo, o “golden shower” popularizado em 2019 pelo presidente da república do Brasil.
Enfim, além do sossego de não ser procurado, cada homem tem seu estilo, seus desejos e condição financeira e, para cada “tipo” de homem, existem “tipos” de prostitutas dispostas a receber-lhe.
Eu não realizo fetiches masculinos.
Faço só o que gosto e com quem me cativa.
Mas, como sempre digo: eu sou 0,001% das acompanhantes de luxo. Não sirvo nem pra entrar em estatística com o meu “modus operandi”: cobrar caro, transar pouco e com poucos homens e não fazer “sexo profissional” e, portanto, mecânico.
Sou feliz assim e isso me basta!
Creio que as moças que estão nas esquinas, fazendo pornô pra complementar a renda, exibindo-se em vídeos no Twitter (vídeos não menos indecorosos do que a Anitta e outras “artistas” rebolando no maior estilo “vem comer meu cu” em seus shows e apresentações), indo a hotéis, bares, festas e boates para procurar clientes, “anunciando” em sites e etc., sejam igualmente felizes, cada uma com sua história, objetivos, planos, metas e, claro, porquês.
A prostituta não é vítima, ela é uma profissional como qualquer proletária na sociedade capitalista.
Vítima é a menor de idade abusada sexualmente por familiares, colocara a mercê de homens pela família, obrigada a se prostituir para se alimentar. Vítimas são aquelas mulheres que foram colocadas na prostituição contra a sua vontade e que, portanto, sentem nojo de si e padecem se problemas psicológicos. Vítimas são as jovens pobres drogaditas que se prostituem para pagar a droga que usam.
Quando se fala em mulheres, travestis e trans maiores de idade, independente de serem pobres, de serem pouco ou muito instruídas, de serem da favela ou do bairro nobre, de cobrarem caro ou barato, de estarem nas ruas ou no site, não há porquê você ter pena ou dó pelo fato de elas se prostituírem.
Você acha a prostituição ruim ou indigna, elas não!
Você jamais faria isso ou aquilo, elas não!
Elas não querem e nem precisam da sua piedade!
Tenha dó de você quando está carente e liga para o cara que lhe vê como um objeto de baixo custo.
Tenha dó de você que está com a autoestima caída.
Tenha dó de você que se faz de forte, independente, altiva e feliz, mas se apaixona por qualquer macho bobinho que lhe aparece.
Tenha dó de você que aguenta atitude tosca de macho abusivo.
Tenha dó de você que faz ménage pra satisfazer o fetiche do marido e “manter” um casamento morno.
Tenha dó de você que depende de dinheiro de homem pra viver e que, portanto, tem que se contentar com uma relação ruim e silenciar diante do esposo-provedor.
Tenha dó, mas reaja!
Saia dessa, garota!
Faça terapia, leia mais, compre um vibrador, estude, procure um emprego e se ame!
Evolua, você não é uma árvore para viver sempre no mesmo lugar.
Você merece o mundo.
Você merece respeito e amor, não migalhas.
Recomponha-se e imponha-se ou o mundo e todos os homens vão passar por cima de você e calar a sua voz.
A vida é de quem age e reage!
Eu e todas as prostitutas do mundo desejamos a sua libertação!

Simone Steffani - acompanhante de alto luxo!

27 julho 2018

Cláudia de Marchi na televisão

Programa brasileiro SuperPop, apresentado por Luciana Gimenez.
Em 23 de Maio de 2018, recebeu várias convidadas, entre as quais a advogada e acompanhante de luxo Cláudia de Marchi, para abordarem o tema da prostituição.
Claúdia de Marchi, de quem temos publicado neste blog as suas crónicas, com sua autorização (obrigada, Cláudia!), desde Julho de 2016, explica a actividade de acompanhante de luxo.

20 julho 2018

«Acompanhantes vs. pseudo-acompanhantes» - Cláudia de Marchi (post "Pessoas para não ser, atitudes para não imitar" de 4/062017)

Acho toda conduta exibicionista (vídeos, nudez e etc.) postada gratuitamente em rede social, desnecessária, pois fazem chover machistas sem classe com comentários como "delícia", "gostosa" e etc., e eu tenho aversão a menções vulgares fora da hora do sexo (quando tudo vale!) (...)
Está na hora das pessoas livrarem-se do mito da "gostosona-exibida-tarada": daquele perfil de mulher que mostra em roupas curtíssimas, justíssimas e decotadas os seus atributos, que manda ou posta fotos nua e "por isso" é devassa e boa de cama. Ser discreta, elegantemente trajada, não siliconada e fora dos padrões de beleza não faz da mulher sexualmente fria. "Boa de cama" é a pessoa (homem ou mulher) que goza, que gosta de sexo e é liberta de pudores, repressões anímicas e nojinhos.
Não há necessidade de andar semi-nua por aí para ser uma acompanhante/mulher talentosa no sexo, basta realmente gostar de gozar!
Há séculos quem se veste e exibe-se (em sinaleiras e prostíbulos) não são as auto-intituladas "acompanhantes de luxo" que, teoricamente, deveriam selecionar a sua clientela e expor-se pouco, são as prostitutas que sempre fizeram isso. São elas que vão a caça de sexo, ao invés de aguardar em segurança e confortavelmente os contatos de pretensos clientes. Mas, graças a internet, as pseudos "acompanhantes de luxo" estão mostrando um lamentável desespero dando azo ao falocentrismo de homens bobos, punheteiros, nada seletivos, educados ou elegantes!
Em cada 50 mulheres que se intitulam como "acompanhante de luxo", uma ou duas tem as atitudes e a postura elegante e diferenciada que delas se espera. A maioria é como o médico embusteiro "formado" em Grey's Anatomy, o bacharel que se diz advogado e quer ser chamado de "doutor", a esteticista que se acha dermatologista, o assessor do magistrado que age como juiz e etc., enfim, são fraudes.
E é por isso que tantos homens desabonados e sem educação me procuram, pois acabam generalizando, afinal as pseudo-acompanhantes dinheiristas e sem seletividade abriram as portas do inferno da misoginia para que qualquer bagaceira acesse um site e ache que pode contratar a mulher que desejar sem que ela tenha filtro algum.

Simone Steffani - acompanhante de alto luxo!

13 julho 2018

«Eu não sou esposa apaixonada para fingir orgasmo!» - Cláudia de Marchi

Eu sou acompanhante de luxo. Sou cortesã. Não me importa se você é milionário, herdeiro ou o que for. Eu trabalho nisso porque gosto e porque valorizo a minha independência emocional e financeira.
Não quero ter marido. Não quero ser sustentada, logo, pra mim de nada adianta ostentar qualquer frivolidade que seja. Quero os meus "honorários" e a minha liberdade após as horas combinadas. Mas, sobretudo, eu quero humor e bom trato durante este tempo.
A sua esposa pode fingir orgasmo para lhe agradar. A sua esposa pode fazer de conta que você é "gostoso" para lhe agradar. Talvez por amor, talvez por paixão, talvez por medo, talvez por falta de amor próprio mesmo. Eu só faço o que gosto e dou continuidade ao que gosto.
Você pode ser o advogado "bambambam", o juiz federal "modinha" ou o mega-empresário: não espere "faz de conta" de mim. Eu tenho um diário, eu tenho um site onde narro todas as minhas experiências. Se você acessar e se ver como incapaz de ser, no mínimo, bom, procure outra!
Se você quer só se satisfazer, não ouse me ligar, ou você vai pagar vinho caro e vai ser dispensado sem dó, porque eu não sou "namastê" para me dar por gratidão ou esmola para me dar por peninha.
Fica o recado!
(Agora com licença que tenho um pernoite com um cliente bom de pegada e inteligente...).

Simone Steffani - acompanhante de alto luxo!

06 julho 2018

«Sobre (des) respeito e falta de empoderamento de classe: sobre as "putas"! - parte 3» - Cláudia de Marchi

(...)
Eis que estou, em que pese (auto) inserida num padrão excessivo de seletividade e empoderamento, numa classe desunida, reprodutora de machismo e que não busca, em sua maioria, se empoderar. (Frise-se que malhar para ter coxas de jogador de futebol, colocar silicone onde pode no corpo e vestir roupa justa e curta enquanto usa nome fake na internet não é ato de empoderamento.) Sim, falo das "putas"!
Fala-se em gordofobia quando se chama alguém de "gordo", racismo por chamar afrodescendente de "negão" e machismo ao dizer "isso é coisa de mulherzinha", por exemplo. E não discordo da existência do preconceito exemplificado aí, não! Mas, por que se chama o cidadão infame de "filho da puta"? Por acaso, por ser puta a mulher não pode ser proba e boa mãe? Gostar de sexo não afeta a moralidade de ninguém: moral é moral, sexo é sexo e ser pervertido no segundo não significa sê-lo na primeira.
Por que se diz que o Brasil ou o Congresso Nacional são "puteiros"? Eu nunca fui num, mas por acaso não existe organização nos prostíbulos atualmente? Por que a esposa infiel ou a namorada que lhe deu o fora são chamadas de "putas"? Por acaso toda puta trai o marido ao invés de dizer que está infeliz? Toda puta namora com você e lhe dá um "pé na bunda"?
Eu nunca fui infiel, jamais seria! Sou e sempre serei a favor do "perdi o tesão, vamos manter o respeito e nos separarmos", vez que ainda não cheguei ao nível de sugerir uma relação poliamorosa, onde, diga-se, há mais lealdade do que na maioria das relações monogâmicas, haja vista que não se omite contato com outros do parceiro.
Feministas não querem o uso do termo "pare de agir como mulherzinha" ou "isso é coisa de mulherzinha", mas chamam os machistas escrotos de "filhos da puta"! Entendeu como está "raça" é desunida? Ou está me chamando de "vitimista"? Pois eu não sou! Sou racional. Eu não digo que o preconceito que você sofre é vitimismo e você deve respeitar aquele que eu sofro, a única diferença é que sou uma das poucas a me expor, vez que as putas em geral não se rebelam contra a marginalização social na qual são inseridas, não se unem e se omitem.
São poucas as que, como eu, se afirmam sem vergonha alguma, até mesmo porque, do jeito que o Brasil está eu teria vergonha de dizer que sou "deputada" (quando envolvida em esquema de corrupção), "juíza" quando parcial, "procuradora" que não perscruta provas ou "um bom pai de família", quando infiel ou ausente.
O Brasil e sua política nunca foram um puteiro, meu caro! O Brasil e sua política podem ser chamados de "família tradicional patriarcal": o macho comanda, a infidelidade rola solta, quando descoberta é ignorada em prol da imagem falsa de "família feliz". Enfim, o que comanda a "instituição" é a hipocrisia e a vontade de parecer belo para inglês ver!

Simone Steffani - acompanhante de alto luxo!

29 junho 2018

«Sobre (des) respeito e falta de empoderamento de classe: sobre as "putas"! - parte 2» - Cláudia de Marchi

(...)
Eu não atendo sem ver foto e dispenso homens que não sabem beijar. Literalmente: se o primeiro beijo for ruim eu não dou continuidade ao encontro. Química é essencial! O moço aí, após bloqueado me ligou de um telefone de DDD 61. Pediu mil desculpas. Ouviu que o mundo não gira em torno do pau dele e que eu desculpo, mas não atendo.
Pediu o que poderia fazer para se redimir. "Não insistir", respondi. Procurar uma mulher que cobre R$ 500,00 a hora, como eu cobrava há um ano. Respeitar as mulheres, façam elas o que fizerem da vida. Ele insistiu. Disse-lhe que eu estava anojada e não o receberia hoje, quiçá nos próximos dias, mas hoje (definitivamente), não. Uma parte de mim apiedou-se do desespero e reconhecimento de culpa do bonitão (voz bonita!). Outra parte de mim disse que desrespeito machista não se releva. Meu intestino gritou por "socorro". Ouvi aos últimos.
Se tem algo que me indigna hoje em dia é a falta de empoderamento! É o "trancar-se no armário" quando a sociedade patriarcal tradicional mostra-se um antro abjeto de erros, abusos e falsidade. Bem, me tornei cortesã, porque além de revoltada, madura e do gosto apurado pelo que faço, não tenho colegas. Colegas e convívio humano é algo que, após 12 anos no Direito, eu quero evitar pelo máximo de tempo que puder.
Eu gosto de gatos e de raras pessoas, das quais, quiçá eu deixaria de gostar se delas me tornasse íntima. (Vai saber!). Logo, não tenho "amigas" ou colegas neste meio, ou melhor, nunca conversei íntima e pessoalmente com nenhuma, até mesmo porque a vergonha seletiva em fazer algo e omitirem do mundo o que fazem (sendo isso aquilo com o qual pagam as suas contas) me dá ojeriza.
Sou absolutamente contra todo ato do ser humano para o qual ele não tem vergonha de fazer, mas sim de ser "descoberto". Ou melhor: dispenso quem faz algo do qual se envergonhe apenas SE o "mundo" vier a saber. Não gosto de quem se esconde por baixo de máscaras, seja a do Photoshop, a de um personagem, a de membro da "tradicional família brasileira", a de político "de bem", a de "moça de família", a de "esposa leal", a de "marido perfeito" e por aí a fora!
(...)

Simone Steffani - acompanhante de alto luxo!

22 junho 2018

«Sobre (des) respeito e falta de empoderamento de classe: sobre as "putas"! - parte 1» - Cláudia de Marchi

Vamos falar de respeito. Vamos falar de falocentrismo. Vamos falar do jovem bonitão que mora nos EUA, mas não sabe respeitar mulheres (cortesãs). Vamos nos indagar: "Mas, será que alguma acompanhante (verdadeiramente) de luxo aceitaria atende-lo?". E, então vamos concluir que falta imposição de respeito sim, porque um macho não ousaria ser tão tosco se a "tática" já não tivesse funcionado alguma vez.
Falta empoderamento para colocar esse tipo de homem em seu lugar. Falta feminismo em exercício! Mulher não precisa se "dar ao respeito" para ser respeitada, mas quando ele lhe falta deve ser pugnado com unhas e dentes! O cidadão aí me chamou as 05h21min desta madrugada. Obviamente eu estava dormindo. Fez ligação de áudio as 8h. Ignorei. Tentei dormir mais. Meu pai me ligou. Acordei. Respondi ao moço.
(...) Aí não aparece, mas eu lhe disse que não tinha certeza se estaria bem (dor de barriga) e que eu gosto de sexo de qualidade, logo não poderia recebê-lo agora de manhã. Ele insistiu como se soubesse tudo sobre mim (pelo visto teve das 05h às 08h para se informar!). Fui gentil e quando eu disse que, conforme o proposto, "pegando leve" eu o receberia em uma hora e ele pediu meu endereço, fui ao ponto na crença de que ele sabia o valor vez que está lá "fora", vivendo o "sonho americano". Não sabia. Falei. Ofereceu R$ 150,00 a menos.
Bloqueei, pois não se trata do valor pecuniário em si, mas da falta de respeito a quem oferece a sua companhia, afinal eu não trabalho somente pelo dinheiro do contrário não refutaria tantos homens. Bonitões e ostentando foto com seu cão e abdômen de fora no WhatsApp (Sarado? Sim! Cachorro de "machão"? Sim! Grande bosta? Siiimmm!!) como o cara em questão.
No valor da minha companhia, (que está muito aquém do que eu deveria cobrar), não está o valor dos meus peitos não siliconados e do restante do corpo. Não está apenas o despudor e os meus talentos que vem sendo aprimorados. Não está apenas o humor e o papo de qualidade: está a baixa rotatividade de quem prioriza a qualidade e não a quantidade de clientes.
Está a certeza de cuidados, higiene, perfume caro, saúde em dia e a ausência de homem no meu recinto desde sexta-feira quando recebi o "quinto". (Sim, o apelidado de "quinto" é um homem bonito, culto, empresário, na faixa dos 40 anos que foi o meu quinto cliente e desde 16/04/2016 passa todas as sextas-feiras comigo. Mais: paga-me o dobro do valor pela hora para que eu fique somente com ele tal dia). Ou seja: quem tem a minha companhia paga também pela minha inteligência e seletividade. "Algo" que homens de bom gosto (os que eu gosto!) costumam adorar.
(...)

Simone Steffani - acompanhante de alto luxo!

15 junho 2018

«Os moralistas» - Cláudia de Marchi

O moralista não é apenas um chato hipócrita. Aquele que precisa se adequar as regras, as "normas sociais tácitas" de convívio. O moralista é a visão viva do recalque, da inveja, do impulso de prazer reprimido!
O moralista é dono de uma pobre alma imersa em covardia, em vontades reprimidas. Vontade de falar alto, vontade de transar, vontade de ir ao boteco, vontade de ler um conto erótico e pular o sermão do padre! Vontade de ler este blog e correr até mim para ver uma verdadeira fêmea despudorada se deleitando com seu próprio prazer!
Vontade de fazer sexo sacana e mandar a rotina certinha do "duas vezes" na semana se lascar, vontade de não dizer o que os outros querem ouvir, vontade de calar e rir sozinho, vontade de gargalhar escondido, vontade de usar short curto, decote, vontade de colocar biquíni fio dental e sair andando livremente numa praia lotada.
Vontade de pular, de dançar, de pagar de louco, de ser louco e realizado, vontade de mandar os 7 pecados para o inferno e se deliciar nas suas "condutas" agradáveis, vontades que pululam sua mente, mas que ele castra. Esconde de si mesmo e se torna esse ser paladino da moral e dos bons costumes que é invejoso da alegria que poderia ter, mas teme.
Afinal, a bíblia disse isso, o autor tal disse aquilo, sua mãe disse aquele outro, seu pai complementou e a sociedade é o antro da hipocrisia formada por seres tão infelizes e desanimados que só se sentem vivos julgando a conduta dos outros. Dos felizes, independentes da opinião alheia e bem resolvidos que cagam e andam para rótulos sociais moralistas, ainda que, seguidamente, imorais. Imorais porque falaciosos, imorais porque não condizentes com suas vontades, imorais porque da boca para fora e não da alma para dentro.

Simone Steffani - acompanhante de alto luxo!

08 junho 2018

«Sou fera, sou mulher e sou só de quem eu quiser!» - Cláudia de Marchi

Eu estava lendo, outro dia, um comentário de um macho broxante num post do meu blog no qual eu narrei um atendimento entediante. Ele, muito "inteligente" que deve ser, disse que o "desempenho modesto" do moço deveu-se ao fato de eu ser muito "bruta" e que ele prefere as "putas dóceis, afinal não precisa ser culta e feminista pra transar" (opinião do nabo em questão, como se eu quisesse saber a sua ideia sobre alguma coisa nesta vida!).
Ri litros com o analfabetismo funcional do cidadão posto que, a cada 10 encontros, 9,5 são ótimos e estão lá para serem lidos! Ademais, eu só trato grosseiramente os homens que não possuem sequer fineza e elegância na abordagem. Enfim, os que eu não quero receber e não recebo!
E a misoginia? "Dócil"?! Ah, olha bem pra mim e vê se eu tenho cara de cadela ou gata de rua para ser "dócil"!? Eu sou fera, sim! Mas, me torno uma doçura quando bem domada. O "problema", porém atine a qualidade do domador. Simples!
Deusmelivre ter cliente que me procura pelo servilismo! Se eu quisesse ser servil e dócil eu procurava um homem rico e casava para ser "bela, recatada e do lar". Deusmelivre (de novo)!

Simone Steffani - acompanhante de alto luxo!

01 junho 2018

«Livre, sincera, feliz e doce- mas só goza de meus atributos bons quem EU quero! (2)» - Cláudia de Marchi

(continuação)

Durante um tempo eu engoli a "bela" explicação de indulgência à falta de tesão da amada do menino (sim, maturidade de um piá), mas, passado algum tempo, tenho que deixar um "aviso aos navegantes", até porque convivo com muitos outros homens casados e tenho amigas muito bem resolvidas e cheias de rebentos: mulher que gosta de sexo e do marido não muda da água para o vinho só porque casou e pariu, aliás, ela procurará oportunidades e transará loucamente com o amado marido! Isso se ainda o desejar, claro!
Enfim, fato é que, provavelmente você misógino brochante sequer passaria na seleção que faço para, entre quatro paredes (preferencialmente) soltar a (aí sim, cabe o termo!) "puta" feliz e tarada que se esconde por trás de minhas elegantes vestes e do meu intelecto culto e privilegiado!
Ah, e você mocinha que adora chamar as outras de "putas", "piriguetes" e afins saiba que haverá o dia em que a sua liberdade vai incomodar alguém mal resolvido e você será chamada de "vagaba". Sim, você, você aí que se acha a rainha da "pureza"!
Outra pérola dos recalcados: "Ai, você é grossa com os caras que lhe abordam...", não querido, eu não sou! Sou um poço de finesse com quem é educado, fino e escreve em bom português. Com quem me aborda demonstrando respeito e valorização, não como se eu fosse inferior pelo fato de ter escolhido viver alegremente tendo orgasmos e faturando dinheiro honesto com isso (como meus clientes aferem seus rendimentos o problema é do Fisco, não meu!).
Tenho clientes por aí, indague a todos que voltam até a mim se eles já ouviram alguma "grosseria" saindo dos meus belos lábios: never, nunca! Nunca sou grossa com quem de fato recebo e para quem me dispo de roupas e pudores!
Eu sorrio pra vida, gargalho, dou risada, conto piadas e só me afino com gente de alma jovem e espírito alegre, porque se amargor me apetecesse eu tomaria chá de losna!
Quer me acompanhar? Engula seus recalques, seus mimimis, seus preconceitos, sua mania tosca de reduzir seres humanos à visão tacanha que você tem deles sem muito ou "nada" conhecer-lhes! Engula sua amargura e complexos, porque eu só me afino com gente feliz e em paz com a própria consciência! Obrigada.

Simone Steffani - acompanhante de alto luxo!

25 maio 2018

«Livre, sincera, feliz e doce- mas só goza de meus atributos bons quem EU quero! (1)» - Cláudia de Marchi

"Ela se intitula como cortesã, isso é termo rebuscado pra puta. Ela é puta, só mais uma puta. Eu prefiro as vagabas tradicionais, pra que ser culta se é puta?!" Cavalheiro, senta aqui, vamos conversar: em boca de misógino sem classe (do seu naipe) até mulher que nunca transou é puta! Basta não lhe querer, basta, no caso das cortesãs, ser cara, politizada, inteligente, seletiva ou, apenas, empoderada e donas das SUAS próprias vontades, sem ter que "pagar pau" pra macho escroto e grosseiro (como você).

Eu tinha tido 2 namorados antes de conhecer um cara e quando eu o deixava ele me chamava de "vagabunda", "puta", "ingrata" e etc.. Ademais, além de seletiva ao extremo eu não transo de graça, parça, não achei a pepeka no lixo!
Já pensou se me iludo e transo com um cara mentecapto como você? Que desgraça, seria (deusmelivre!)! O cache cobrado é auto-indenizatório, afinal ninguém está livre de se enganar com outro ser humano e terminar jogando pérola a porco.
Eu mesma já fiz isso quando era "doutora advogada" e professora universitária e, recentemente (pasmem, eu também fui capaz de cair em engôdos de gente sem coragem, brio e falsa), com um sociopata com cara de santo que me tirou pra "conselheira matrimonial", se fez de pseudo-fã e foi capaz de me omitir, inicialmente, até eu descobrir via uma patética mensagem de amor da esposa no Face dele, que ele tinha mulher (colega de profissão dele, trabalham juntos, inclusive) e dois filhos pequenos, aos quais, segundo me disse se arrependia de ter tido, apesar de seguir a pressão social e bancar o "bom pai", pois não queria ser como o pai dele foi com ele e o irmão (diagnóstico: cidadão precisa de terapia urgentemente!) colocando TODA A CULPA pela falta de libido da esposa (que, segundo ele, nunca soube sequer fazer sexo oral direito, pois cuspia fora), NOS PRÓPRIOS FILHOS.

(continua)

Simone Steffani - acompanhante de alto luxo!

18 maio 2018

«Saia da fossa afetiva e ame-se!» - Cláudia de Marchi


Sabe quando você está na fossa afetiva? Seja porque se obrigou a romper uma relação, pois o seu parceiro (ou parceira) era um poço de egoísmo, descaso, narcisismo ou futilidade, seja, porque ele cansou da sua companhia, do seu afeto e companheirismo e lhe traiu ou dispensou?
Não adianta nada ficar lambendo as feridas, parça, no estilo "pobre de mim": "Ele me explorou, eu fui usado", "ah, eu não mereço ser amado, só pode!", "ela tem razão, eu realmente sou muito exigente, pouco carinhoso, não mereço o amor alheio", "eu sou o cúmulo da falta de afetuosidade, sou egoísta e mereço isso tudo" e etc..
Tudo isso é mimimi, é a tal da autopiedade, mãe da depressão e da falta de amor próprio! Neste ritmo não tardará para você estar lambendo os pés daquele que lhe pisoteou.
Sabe o que você precisa para se recuperar, my friend? (Se você pensou que a resposta seria a oligofrênica ideia de transar com o máximo de homens ou mulheres possíveis está errado, erradíssimo! Isso só vai aumentar a vontade de virar capacho de ex, porque você ainda está emocionalmente conectado a ele e nada irá lhe "preencher".)
Você precisa mesmo é tirar um tempo para si, para curtir-se! Para ver o quão lindo esteticamente você é, o quão humorado, culto, vivaz, viril, talentoso, inteligente, saudável, atraente, bom de papo e interessante você é! Não, não precisa distribuir a boca, o pênis ou a pepeka por aí para redescobrir-se "amável"!
O amor, assim como a alegria, estão aí, dentro de você, refletidos na sua vida íntima, dentre seus familiares íntimos, seus bichinhos, dentre quem lhe ama e respeita, no seu trabalho, estão ali no espelho quando você sorri abertamente, porque é livre e pode tudo o que quiser, menos se humilhar para quem lhe humilhou, ou humilhar quem não tem nada a ver com seus recalques, sabe por que? Porque você merece só amor, e quem, de uma forma ou outra lhe humilha e lhe faz sentir-se um nada, só merece a sua indiferença!
Amor é aceitação, respeito, amizade, tesão, paixão, tara, desejo, diálogo: faz rir, faz gozar, até causa uma leve "DR" de vez em quando, mas nunca pisa, magoa e faz chorar. Nunca, entendeu?! Anote aí e seja feliz!

Simone Steffani - acompanhante de alto luxo!

11 maio 2018

«Como fazer um homem de parco Q.E., acomodado e sem muita empatia se apaixonar por você antes de voltar com a "ex" (que ele trai) e para sua relação "meio bosta" e infeliz (2)» - Cláudia de Marchi

(continuação)

2- Se você fez a merda de se apaixonar por um tipo emocionalmente burro de homem, desapaixone já queridinha! Faça uma lista mental com os mimimi do cidadão, com as mentiras, com os defeitos, incoerências entre o dito e o vivido, carência de brio e de atitude, covardia, comodismo, falta de firmeza, convicções e culhões, vergonha na cara, mais umas mentiras e outras meias verdades e desapega!
Eu sei, bonitona, se você se ama, depois da tal lista mental você vai desapaixonar em questão de horas! Não existem mais de 7 bilhões de pessoas no mundo pra você perder seu tempo nutrindo sentimento bonito por gente de coração feio e boca grande (pra enganar, iludir, mentir e se fazer de "bem resolvido": "Aiii agora estou livre!"...
Aham! Até a segunda feira chegar!).
Não fique onde você não é amada. Não permaneça próxima a quem faz pouco caso de grandes sentimentos. Não se quede inerte e silente com quem interpreta mal a sua preocupação, carinho e apreço. Algumas pessoas precisam ser ignoradas, porque não se amam e sequer sabem ser amadas.
Elas precisam da sua ausência, de um agir relapso, de sentimentos ditos da boca para fora, afinal, quando sentidos no coração eles geram preocupação, afeto, vontade de ter por perto. Tem gente que não se ama e não sabe ser amado. Compreenda isso e dê-lhes o que de melhor você pode lhes dar: a sua total ausência.

Outro dia falei indiretamente a um indivíduo que ele tem "parca inteligência emocional". O infeliz se ofendeu-se de morte, como se eu o estivesse chamando de asno, de burro, de ignorante! Soubesse ele o que de fato inteligência emocional significa teria me indagado (como cansou de fazer quando minha opinião era útil ou necessária para entender a merda do casamento e vida que leva), ao invés de "quebrar pratos".
Empatia é um exemplo de algo que cidadãos de Q.E elevado tem e neste caso mostraria-se assim: "se até ontem a sua opinião me valeu e impulsionou, porque não dialogar e compreender-te? Me explique o que queres falar-me." Ah, mas falta inteligência emocional pra muita, muita, muita gente! Elas só não admitem, pois são feitas de ego, não de afetos!
Esses seres querem a amante perfeita, a acompanhante perfeita, a esposa perfeita e estas são aquelas que não se amam e não estão "nem aí" pra reciprocidade, atenção, diálogo e cumplicidade. São mudas, sem tesão, sem paixão e o cidadão acomodado, com pouco brio, coragem, descentralizado do que realmente quer da vida e de baixo Q.E. tem medo da mudança: prefere ficar onde a paixão é escassa do que dialogar, se adaptar e compreender o outro.
Até deixo um texto para pessoas com problemas psicológicos afins lerem: http://www.resilienciamag.com/inteligencia-emocional/
Não custa nada procurar terapia e sair do vácuo da bestialidade arrogante!
Simone Steffani - acompanhante de alto luxo!

04 maio 2018

«Como fazer um homem de parco Q.E., acomodado e sem muita empatia se apaixonar por você antes de voltar com a "ex" (que ele trai) e para sua relação "meio bosta" e infeliz (1)» - Cláudia de Marchi

No tutorial de hoje eu vou ensinar as mulheres a fazerem um homem de parca inteligência emocional se apaixonar por elas:

1- Não se apaixonem pelo cabra! Homem mediano não gosta de mulher apaixonada, porque mulher apaixonada é "chata": quer exclusivismo, faz pergunta invasiva, sente saudade, quer presença, afeto, notícias, carinho, atenção, mensagem de afetuosidade e preocupação.
Mulheres que se amam demais não servem para esses párias que não sabem o que é apreço, adoração e amor de verdade na vida! Homem mediano gosta da mulher que não tá nem aí pra ele: esposa relapsa, que fica aliviada na sua ausência, pretendente que tem outro no coração. Se bobear até de uma guampa eles adoram! Caem de quatro!
Homens que não se amam, então, não sabem serem amados e, menos ainda, amar! Se sentem "mimimi presos", "mimimi pressionados", só o seu sexo lhes basta, é isso o que eles querem: transar. Mas sexo você acha em qualquer esquina, não é mesmo?! E ele também, até porque tem duas mãos com cinco dedos e um monte de foto de mulher cheia de Photoshop e muda para lhes agradar (omis assim se dão bem com as que não estão ligando para a sua existência, além das mudas, das fotos e afins!).
Desapegue dessa chatice modo hard incapaz de se entregar a qualquer sentimento que não seja egoísta e de colocar-se no lugar de quem não tem o coração oco e a alma pesada, covarde e moralista! Desencana, baby! A vida é linda demais pra empacar com cara complicado e imaturo que, no fundo (e no raso), não sabe o que quer da própria vida e só usa sua inteligência, conselhos e corpo quando convém!

(continua)

Simone Steffani - acompanhante de alto luxo!

27 abril 2018

«“Você acha que eu devo me separar?”» - Cláudia de Marchi

-Cláudia, cê acha que eu devo me separar?
(Perguntou-me, hoje, via telefone, um velho amigo).
-Você é feliz casado com a sua esposa?
-Não, não sou. Não fosse minha filha....
- Ah, tá! Mas, então você é feliz?
- Não, só amo minha filha.
-Ah, você é casado com a tua filha de 3 anos? Isso é crime...
(Fui interrompida).
- Não, claro que não!
(Se exaltou!).
- Humm...Então você é feliz casado?
- Já disse que não, guria! Tá se fazendo de sonsa ou de cega? C*%$#@&!
(Interrompi).
- Não, não estou. Se você não é feliz, “tá” me perguntando se deve se separar por quê? Eu não sou alter ego de ninguém, amigo! Ademais, se existir alguém neste papo se fazendo de sonso e/ou sendo sonso e/ou se fazendo de cego e/ou sendo cego, não é a minha nobre pessoa...
- Aff! Eu já trai a fulana com uma colega lá do...
(Interrompi novamente).
- Hum! Pensou muito na tua filha e no exemplo que você daria caso ela descobrisse a sua infidelidade?
- Não, “foi” sem pensar em nada.
- Ah, então o que você sente é medo de ser descoberto, mas “tá” em paz com a sua consciência por ser infiel?
- Não muito. Na verdade, nenhum pouco. A sicrana (esposa) vai sofrer muito se eu pedir pra me separar.
- Ah, que vai, vai. Mas, você tá feliz?
- Guria, já disse que não! Você já foi melhor conselheira, praga!
- É que eu sou “daquelas” que acha ser feliz fundamental, porque filhos precisam de exemplo de brio, honra e retidão de conduta dos pais, não apenas de presença constante de um pai infeliz que trai sem pensar e mantém casamento de “foto em rede social”. Isso sem contar que se você for pensar no sofrimento da sua esposa e parentes chegados você vai fazer só o que eles querem para o resto da sua vida... Que, de repente, termina antes do carnaval!
- O que é isso?
- Isso o que? Carnaval?
- Não! “Casamento de foto em rede social”?!
- É o casamento que a maioria tem: bonito pra ver em foto, (até porque tira fotos bonitas!), e finge que é feliz nas redes sociais. Conheço incontáveis além do seu!
- Ah, sim! Tem outra né Claudinha, filhos crescem e amadurecem. A fulaninha (filha) um dia vai entender tudo, quando não tiver mais essa visão infantil de casamento da “mamãe e do papai”.
- Uau! Você foi sensato agora!
- Mas, então, Cláu: me separo ou não? O que você acha, de coração?
- Acho, de coração, que eu vou dormir! Ou melhor, tenho certeza.

Simone Steffani - acompanhante de alto luxo!

20 abril 2018

«Quase 10 meses de solitude, prazer, renúncias e aprendizado como cortesã» - Cláudia de Marchi

Dia 11/02 [2017] farão 10 meses que estou trabalhando como acompanhante de luxo e, praticamente um ano que comecei a me identificar com a ideia. O que quer dizer o tal de me "identificar com a ideia"?! Bem, para uma mulher de fortes princípios éticos e morais como eu, (apesar de certa dose de devassidão em momentos propícios), isso significa fazer renúncias, além de escolhas.
A escolha por tal profissão envolveu a superação de muitas necessidades vãs que eu insistia em ter. A priori, está aquela já bem sucateada em tempos de relacionamentos líquidos: a de ter "alguém para chamar de meu", parodiando a velha canção. Não vislumbro um namoro, menos ainda um casamento, coexistindo com a vida de cortesã. Eu jamais desejaria isso e tampouco teria admiração por um homem que aceitasse tal condição passivamente.
Vejo porém, que minha abdicação me fez mais forte, independente, imersa em solitude, sem o sentimento negativo da solidão que eu já senti noutros tempos, naqueles em que a imaturidade emocional vigorava! Aliás, fico boquiaberta ao me recordar da minha vida afetiva em tais épocas: vários namoros sérios, envolvimento familiar, para, não muito tempo depois eu me deparar com o comodismo e egoísmo do companheiro e, diante disso, terminar o relacionamento. Não direi que tais relações foram perda de tempo, pois aprendi muito com elas. Encontrei-me através de cada relação frustrada.
Todavia, viver do sexo com homens seletivos (afinal, eu só me encontro com os que leem meu blog, anúncio e descobrem detalhes a meu respeito) é, pois, muito mais libertador e regozijador para mim do que passar horas conversando com o cidadão do Tinder, do "Par Perfeito", do cara do Facebook que fizeram eu usar muita internet e desperdiçar tempo de leitura e estudo jurídico para, ao final, percebe-los frustrantes ou namora-los até vê-los acomodados deitados na cama, mexendo no celular para falar com os filhos ou família enquanto eu estava nua ao seu lado querendo transar.
"E as noites sozinha, Cláu?". São noites em paz! Eu não preciso dormir acompanhada para ser feliz, assistir a um filme com alguém para me sentir "preenchida", eu não preciso e ninguém precisa, mas eu descobri isso, muitas pessoas não. Algumas jamais descobrirão, porque sempre colocarão alguém para tapar os seus buracos existenciais. Eu tenho um urso de pelúcia que eu abraço para dormir, a Pimpo, ela me basta, tenho dois gatos e inúmeros livros. Tenho a escrita, tenho filmes!
O grande problema das pessoas é que elas têm para si a ideia de que um "amor" lhes fará mais felizes, lhes fará um imenso bem e lhes completará, ignorando que já viveram amores e terminaram no tédio, porque seguidamente este é o caminho das relações duradouras, sobretudo após os filhos nascerem. Ignorando que elas não são metades para serem completavas.
O problema é que as pessoas não se sentem plenamente bem sozinhas, sem uma parceira sexual, um amigo colorido, um caso pra conversar no WhatsApp, um amigo festeiro, um monte de álcool e várias ilusões. O ser humano vem se alimentando de ilusões, porque vive com o ego, não com o coração.
Porque ainda não descobriu dentro de si mesmo que ele tem e ele é tudo o que precisa para ser feliz e que a sua companhia sempre será plena e a melhor que ele poderá encontrar nesta vida. Sem descobrir a inteligência emocional em si mesmo o ser humano seguirá assim: casado com ilusões vãs e com parco conhecimento de si mesmo mantendo-se na procura pelo seu "par perfeito".

Simone Steffani - acompanhante de alto luxo!