16 outubro 2005


Já somos 24!
(e só agora começou a contagem)

Cisterna da Gotinha

Mamas: para os aficcionados.

Jockey Performance: tem uns wallpapers jeitosos para as meninas...

O sexo dos coelhos...

The Tale of Smith:12 episódios.

Se sairem à noite, tenham cuidado nas vossas conquistas... nunca se sabe...

Carolina Ardohain: sexy vídeo!


Rotinas... - por Charlie

Entrou no autocarro e seguiu para o sítio habitual onde ela estava.
Todos os dias repetia os mesmos gestos que já se haviam tornado rotina.
Vestido com o fato de macaco, de cor azul, sujo de manchas de óleo já secas e indefinidas.
Por onde passava deixava um leve aroma a gasóleo misturado com os cheiros do corpo.
Mas chegou-se a ela como fazia todos os dias.
De pé e atrás, com os cabelos dela quase enfiados no nariz, aspirando o gostoso sonho que há no cabelo de uma mulher.
Segurou bem na pega superior e encostou o sexo a ela.
Devagar, sentindo como ela consentia.
Encostou mais e reparou como mais uma vez ela se entregava toda no desejo que a tomava.
Esfregou-se por ela e fez descer a mão para a anca pressionando levemente.
Deu-se conta como o seu respirar tinha aumentado de ritmo, e como ela mordia o lábio.
Encostou-se mais e fez descer a mão, que tremia ao ritmo das pedras da rua debaixo das rodas. A cada travagem e aceleração do veículo os corpos respondiam com uma coreografia em uníssono.
O autocarro parou. Saíram os dois sem dizer nada um ao outro.
Ela nem olhou para trás.
Ele encetou o caminho de regresso a pé.
Dois quarteirões depois entrou na garagem de um prédio.
O fato-macaco bem enquadrado no ambiente.
Olhou bem para todos os lados e foi direito ao elevador.
Tirou um cartão de acesso restrito e entrou.
Parou no último andar.
Despiu-se, tapou a roupa com um grande plástico e pendurou-a num armário.
Tomou um duche rápido e vestiu-se.
Penteou o cabelo curto com critério e ajeitou um pouco melhor a vestimenta.
Pôs um pouco de perfume e sorriu para o espelho.
Regressou ao armário onde tinha o fato-macaco.
Levantou o plástico e remexeu no bolso das calças.
Guardou o dildo na mala e foi novamente para o quarto onde tinha os sapatos de salto alto para a noite.

Charlie

15 outubro 2005

Em Novembro este blog completa dois ânus.
O 4º Encontra-a-Funda será no centro do universo: em Beja, nos dias 26 e 27 de Novembro, com um patrocínio de luxo: a Mad e o Nikonman.
No sábado (26/11) haverá um jantar com animação cultural . Já está confirmada a presença da Tuna Meliches, que nos oferecerá uma sesSão de karalhoke. O OrCa irá mostrar-nos o seu novo livro e oder-nos como só ele sabe... hmmm... e ainda estão em curso negociações para mais eventos. Providenciar-se-á (até custa a escrever) alojamento para quem quiser ficar para Domingo, em que faremos uma (ar)Rota dos Vinhos e um almoço à moda da Coisa da Mana (seja lá o que isso for soa delicioso). Depois de almoço, vai cada um para sua casa.
Para já, marquem nas vossas agendas. Os detalhes (transportes, alojamento, ementas, preços, etc.) vir-se-ão depois.

100.000 Jahre Sex - Über Liebe, Fruchtbarkeit und Wollust (*)


100.000 anos de sexo, amor, fertilidade e luxúria
de 6.10.2005 a 8.1.2006
Landesmuseum für Vorgeschichte - Dresden
Exposição itinerante sobre o erotismo ao longo da história da humanidade, desde a Idade da Pedra até ao princípio do século XX. Exibe 200 peças provenientes de 60 museus.
Para quando em Portugal?
Aqui tens um artigo em inglês.
A propósito, recomendo a leitura deste artigo em inglês do Spiegel: «Pornografia em barro».

(*) que é como quem diz: "não percebo a ponta de um corno de alemão"

Gravata de braguilha exposta


Quando estudei na Faculdade de Letras, ali no Campo Grande, era hábito tomar-se café e sobretudo, coisa fundamental, jogar matrecos, nos cafés da ruazinha do Colégio Moderno, descendo do lado de Direito pelo carreirinho rural ladeado de árvores que na época, dava acesso à artéria empedrada.

Sobre as horas do início da manhã e do final da tarde, em que se acumulavam os últimos modelos de automóveis familiares, estacionados em segunda e terceira fila nesse arruamento, era apregoada de boca em boca a perigosidade do caminho campestre. Era a história da rapariga de Direito a quem tinham rasgado o vestido e que voltou em cuecas e soutien para dentro da escola em busca de auxílio. Eram os milhentos relatos do gajo engravatado, todo ele fatinho engomado, com o material fora da braguilha, a acariciá-lo em garrote de dedos, tecendo-lhe amplos elogios, numa entoação mais ou menos saltitante, à passagem de estudantes do sexo feminino.

E claro Sãozinha que sendo eu também filha de Deus, um dia me calhou a vez de assistir ao vivo à representação. Mal entrei no carreiro vi o marmelo em fato cinzento, encostado à última árvore antes da descida. Um arrepio a descer a espinha abrandou-me os passos. Em fracções de segundo passa-nos tudo pela testa. Que raio havia de fazer?... E se o gajo me agarrasse?... Passar como se nada visse com os olhos postos no chão e os ouvidos tamponados a seriedade?... Dar-lhe uma joelhada à altura do seu mais-que-tudo?... Completamente baralhada continuei a andar automaticamente na direcção do exibicionista. Já muito perto dele ouvi-o distintamente recomendar-me que olhasse o seu avantajado e monumental membro. Segui o conselho e pousei as vistas no seu penisinho, pouco maior que os Definitivos que eu fumava na altura e depois, olhos nos olhos, escapuliu-se-me da boca um «Já vi maior!... E aquele miúdo que está ali em baixo a olhar para nós não é seu filho?». Ele imediatamente desviou a atenção para lá enquanto o sexo lhe caía da mão e eu desatei a correr por ali abaixo para só parar na primeira cadeira livre do primeiro café de matraquilhos, a sentar a respiração ofegante.



O Isso Agora... sempre demonstrou ter bom gosto

14 outubro 2005

Cisterna da Gotinha


Taco de Baseball: sem palavras...

Anjinha de asas e varinha na mão...

Sperm Wars: um jogo com o bebé da série “Family Guy”.

Morenaça a cuidar do jardim.

Samantha Wolov: fotografia erótica.

Que raio de educação damos às novas gerações?

Um amigo meu está a comprar para o filho um atlas - «Geografia Universal» - vendido juntamente com um jornal diário. Nesta semana saiu o 6º volume. Pois vejam lá o que descobriram para pôr na capa:

Crica aqui para veres
a fodografia em detalhe
muito à frente...
Sem rodeios: "a gaja tinha ar de puta".
Neutro: "a gaja tinha um sorriso muito simpático".
Sem contemplações: "a gaja tinha mau aspecto".
Neutro: "a gaja tinha um belo par".
Sem diplomacia: "a gaja parecia alucinada".
Neutro: "a gaja era muito gira".
Sem vergonha: "a gaja parecia um bocado badalhoca".
Neutro: "a gaja falava bem".
Sem respeito: "a gaja tinha ar de dar umas belas fodas".
Neutro: "a gaja tinha ar de dar umas belas fodas".

– E afinal? – Perguntei eu, depois de meia hora a ouvir o Picoto a desfiar "the pros and cons" de uma gaja qualquer que conhecera na férias.
– Afinal, merda – rosnou ele, com cara de poucos amigos.
– Então?
– Então?! – O homem parecia que se preparava para confessar um crime hediondo, tal era a expressão facial de vencido e quebrado, o arquear dos ombros e a imobilidade dos braços ao longo do corpo e o olhar baço e fixo num ponto qualquer da sua memória da situação. Respirou fundo e soltou o ar pelo nariz, enquanto engolia em seco.
Tive pena dele e decidi avançar:
– Mas não foi ela que foi falar contigo?
– Mais ou menos – disse ele. – A gaja veio pôr-se ao meu lado no balcão, encostada, 'tás a ver?
Acenei que sim, ainda que não percebesse se ela se tinha encostado a ele ou ao balcão. A informação era relevante, crucial, até, mas decidi não o interromper. Ele ia embalado e continuou:
– A rir e a roçar-se, 'tás a ver?
Não estava, definitivamente, não estava a ver.
– Em ti ou no balcão?
– Em mim, foda-se. – O gajo afinou. – Achas que se a gaja se estivesse a roçar no balcão eu lhe ligava, caralho?
"Tu és maluco e a gaja também não devia ser muito certa, para te escolher a ti para se roçar", pensei mas não lhe disse, acho que a conversa não fluiria da mesma forma.
– E depois?
– Depois? Depois mamou-me três imperiais, uma tosta de galinha e um whisky velho, e ainda me disse que gostava muito de aguardente velha, a puta.
– O que é que isso interessa?
– Interessa, porque se eu não pedisse o whisky, tinha mamado mais 3 ou quatro euros na aguardente, uma Rainha qualquer.
– Rainha?
– A aguardente. Rainha não sei do quê. A gaja a dizer que era muito boa e que não se via muito e que ali havia e o caralho que a foda.
– Rainha do Joanicas? – Perguntei eu, que aprecio. (Não tem nada a ver, mas viram o Sideways? Sim, vocês, os leitores, viram? Bom filme, hã?) Ele acenou que sim, era Rainha do Joanicas. Eu pus o meu ar de entendido e disse em voz de bagaço, ainda que a aguardente em causa seja vínica e não bagaceira. – Boa aguardente, pá. Muito boa escolha. A gaja sabia.
– Sabia, sabia... – concordou ele, sem sorrir. – A gaja sabia-a toda.
A Patrícia olhava para nós do fundo da Repartição, estávamos na nossa hora de almoço, mas a gaja fitávamo-nos como se fosse irmã do Sócrates. Decidi encurtar a conversa.
– Mas afinal, comeste-a?
– A gaja é que me comeu, Pereira, comeu-me por parvo que é para aprender a não ser guloso.
– Então?
– Ó pá, a puta do caralho foi à casa de banho – disse ele, a custo e para fim de conversa.
– E? – Insisti eu.
– Nunca mais a vi, pá – disse ele, irritado, – é preciso fazer-te um desenho?!
– Bardamerda, meu...
– Bem o podes escrever – disse ele, – foram mais de 30 euros...

podes visitar-me em Garfiar, só me apetece e prometo que o tempo que lá perderes não volta mais... o resto são promessas!