03 outubro 2006

Bolas de Sabão




TOBIAS SLATER HUNT
[*Photographer]

FreshNudes

Diário dum Padre, parte 3

Apressadamente, e desviando os olhos dela que me fitava intensamente, dirigi-me à sacristia, desejando subir as escadas interiores que davam para o primeiro andar onde tinha os meus modestos aposentos. Pouco mais que o essencial, entre os quais uma estante recheada de livros que sempre foram a minha paixão.
Após o sucedido, de ter cometido o pecado imperdoável de ter tido uma erecção quando estava prestes a celebrar a missa seguida da masturbação mesmo ali ao lado na pequena casa de banho da sacristia, precisava em absoluto de encontrar-me só perante mim e Deus e questionar o acontecido.
Pedir-lhe perdão com toda a intensidade e verdade interior. Passar parte da manhã em leituras e oração. Depois, visitar alguns idosos, as suas chagas e misérias, cumprindo a missão em penitência, com todo a entrega, guiado por Deus e sua infinita misericórdia.
Apesar do sucedido me flagelar sentia como entendia agora os pecadores. Lembrava-me vagamente do meu Mestre: - Só um pecador pode entender o inferno que há na alma de outro pecador… -
Vinha-me ao cimo o verdadeiro entendimento do que me tinha sido confidenciado por alguns paroquianos durante as confissões. Aquelas paroquianas e paroquianos que inicialmente me haviam feito crescer a revolta perante a sua voluvelidade, incapazes de enfrentar e vencer as tentações da carne. A paixão a devorar a alma, as traições e infidelidades.
Como agora os entendia....
No mesmo instante em que punha a mão na alavanca do velho e desengonçado puxador da porta da sacristia, senti uma mão no ombro.
- Senhor Padre…Preciso falar consigo. É muito importante…-
Fiquei parado sem resposta. De repente, todas as minhas intenções, toda a minha boa vontade se haviam fulminado.
Evaporado sem deixar rasto. Senti como de repente, um formigueiro se instalava no estômago e o meu pénis avolumava a caminho duma nova erecção empurrando a roupa interior..
- Oh meu Deus! – Suspirei em silêncio.
Caí em mim. Fechei os olhos e lembrei-me das várias formas que o Demo pode assumir, e mentalmente repeti as palavras aprendidas no Seminário tantas vezes ditas em voz alta até fazerem parte de mim. Voltei-me para ela ainda de olhos fechados, na certeza dos meus propósitos. Seria firme como era exigido a uma alma que se entrega toda à obra de Deus.
Abri os olhos. À minha frente ela mirava-me de cabeça ligeiramente inclinada para a frente olhando-me de baixo para cima com a doçura duma criança no olhar. Mordeu ligeiramente os lábios, depois passou a ponta da língua para os humedecer e disse, em tom baixo recheado de doçura:
- Senhor Padre. Quero ser ouvida em confissão…-
Esperei um pouco, respirei muito lentamente em acto de disciplina interior.
- Esperemos um pouco para que saiam os fiéis e depois vamos ali para o confessionário. – Disse-lhe eu, satisfeito por ter conseguido passar o momento em controlo de mim mesmo.
Caminhámos em silêncio até à porta e depois a par e já com a nave central quase vazia, convidei-a a sentar-se numa cadeira à minha frente, numa ala iluminada mesmo defronte à outra porta que dava para a sacristia e junto à qual estava o pequeno recanto, recatado e secreto onde os pecados que massacram as almas são confiados em confissão ao ministro de Deus.
Olhei para cima, para a luz que se filtrava pelos vitrais enchendo o espaço de tons e brilhos, e reparei pelo canto do olho como ela me mirava. Sentia-lhe o palpitar do mesmo coração que batia no meu peito, e que eu fingia agora não sentir. Toda ela era uma jóia que deslumbrava a própria luz com que as cores dos vitrais se atreviam a tingir-lhe a pele, concentrando-se em expoente, no brilho que irradiava da humidade dos seus lábios.
Atrevi-me a olhar directamente para ela e deixei escapar, num sorriso, toda a alegria que sentia por tê-la junto a mim. Ela sorriu também e no meu peito uma agulha atravessou-me a alma fazendo o coração disparar e secar momentaneamente a saliva. Senti contra a minha perna o membro viril a crescer tomando a rigidez completa e a humedecer-se. Perdi-me no seu decote e deixei olhar escorregar-lhe pela cintura do meu desejo acabando a viagem no mergulho um palmo mais abaixo. Nesse sonho que fora o meu pesadelo da noite anterior.
Meu Deus! Isto não podia ser pecado! E se fosse, pecado, que doçura, que encanto, que Paraíso meu Deus. Que mulher esta! Tão boa, que só me apetecia comê-la mesmo ali, sem mais nada que não fosse o simples levantar da saia leve por onde deixava escapar todo o seu mundo interior.
Um ruído vindo da porta da sacristia voltou a pôr-me os pés no chão.
Era o sacristão a terminar os seus misteres. Fazendo os barulhos com a frieza da rotina, arrancando-me da magia do momento que estivera a viver.
Dirigiu-se me com duas ou três palavras sobre pequenas coisas de gestão corrente e depois retirou-se em passo curto, saindo pela porta principal.
Levantei-me e olhámos um para o outro, o seu olhar intenso atravessando o meu mar de desejos.
- Vamos, então? – disse-lhe eu apontando levemente para o confessionário enquanto me atrevi a pegar-lhe no braço, ajudando-a a levantar-se e encaminhando-a na sua direcção.

Fodei por amor à Pátria!

Ilha dos Amores - ilustração de Cícero Dias executada em 1880 comemorando o 3º Centenário da Morte de Camões

Ergam-se os nobres varões Lusitanos
Às canzanas e brochadas devotados
E partam pelo mundo, soberanos
De fodazes propósitos animados

Fodam Russas, Alemãs, Suecas, Inglesas
Propaguem por toda a terra esse tesão
Mostrem que Portugal não dá negas
Que somos uma grande e fodente nação

Sejam os embaixadores da enrabadela
Mineteiros incansáveis da Europa
Fodam a virgem, a feia e a bela
Comam a velha a rameira e a cachopa

Vão! Fodam por esse mundo todo a eito
Espalhem sem receio essa semente
Mostrai a todos nosso Lusitano peito
Engrandecei Portugal e a nossa gente!

Bartolomeu

Nisto de foder por amor à Pátria nunca houve falta de voluntários:

E também as vaginas gloriosas
Daquelas Cabras, que foram dilatando
O pénis, o prepúcio, e as vacas viciosas
De África e de Ásia andaram devastando;
E aqueles, que por fodas valerosas
Se vão do caldo leite libertando;
Cantando espalharei por toda parte,
Se a tanto me ajudar o engenho e arte!


João Mãos de Tesoura

Há sempre uma pessoa que «sintetesa» o pensamento de Camões:

Os paus destes poetas assinalados
que a partir da Sãozinha lusitana
refundam a pátria tão hasteados
assim não se lhes esborrache a banana


Maria Árvore

Haja quem faça valer o novo acordo ortográfico:

Melhér Arvém que navegas suave
Neshtes mares doces de tezão fêitos
Dizes frazes e bem como nenguéim sabe
Metes Juno e Marte neçe mar a Jeito
De çurgir alguéim e cus enrabe
Mas nam çe percam em coizas moles
metóm iço onde milhor cabe
Venham de pau çem desvelo
Despejeim-me bem esses foles
No cu dum Deus: Que ei o Nelo


Nelo

Este tema desperta «a glória de mandar [umas quecas], a vã cobiça»:

Um falo na mão tenho... Mas, ó Nelo!
Eu, que o meto insano e temerário,
Em vós, Ninfas do Tejo e do Mindelo,
Por prazer tão árduo, longo e vário!
Vosso traseiro invoco, que navego
Por alto mar, com vento tão contrário,
Que, se não me ajudais, hei grande dedo
Que ante vosso batel se alague cedo.


João Mãos de Tesoura

Charutos d'Abano

Hoje prestamos homenagem ao vício mais fálico de todos: o charuto.
Com um especial destaque para os anúncios provocantes da marca Independence, com o slogan «Independence, enrolados com amor»:


«Do you want this Independence?»

«Enroladas por amor ao charuto»

«Tararatatataratata...»

Publicidade a cigarros e charutos

02 outubro 2006

VACAS FINAS - O Fotógrafo (Pas)tava lá!



E o que têm as vacas a ver com este blogue? Boa pergunta.
Em conversa com um amigo, confidenciava-lhe eu que andava preocupado por não conseguir quebrar o enguiço e fazer a minha primeira posta a sério (a outra foi a introdução e nunca mais de lá a tirei) deste bacalhau que a São cuzinha e a gente snifa com os olhos. E o amigo, do estilo frontal brutal, avançou logo com a sugestão que lhe ocorreu.
Ò pá, vai dar uma volta e tira umas fotos de umas vacas quaisquer! N’A Funda entra sempre bem, a malta gosta”.

Aquilo ficou a ruminar no meu toutiço até que acabei por dar com a solução que agora, bem vistas as coisas, me soa a uma interpretaSão demasiado literal do que o meu amigo me aconselhou.

Foi um dia em cheio. Comecei por bater com os cornos nas portas dos dois talhos do bairro, a ver se os convencia a deixarem fotografar uns lombos descascados ou umas generosas peças de maminha. Népia.
Depois, com ela na mão (ela, a máquina fotográfica) deambulei pela praia do Meco (outra sugestão do meu amigo) mas só encontrei pinças de caranguejo ao léu (nenhum deles malhado o bastante para, no meio do barulho das luzes (dos chocalhos), confundir a clientela deste espaço.

Acabei por encontrar mesmo ao pé de casa a solução que me pareceu perfeita. Nem na vacaria do Zé Tolas conseguia encontrar tantas mamíferas com cornos.
E havia-as de todas as cores. Todas boas, a avaliar pela multidão que se arregimentou para assistir ao leilão das malucas (das loucas, para se perceber melhor o trocadilho veterinário).

Lá me enfiei num buraquinho qualquer e comecei a dar ao dedo, antes que as vacas sumissem todas com aquela malta entusiasmada “eu dou três! E eu dou quatro!” a mostrar uma ganda ponta perante o inédito ajuntamento de bovinas united colors. E eu armado em repórter d’A FundaSão naquele show corno-erótico em pleno Parque das Nações, com as vacarronas a mostrarem-se todas ao pessoal e os gajos do papel a mandarem embrulhá-las por dois ou três mil contos (ainda não atinei com a moeda estrangeira). Era sempre a aviar, mesmo com a carne ao preço da lagosta suada.

Ainda tive fé que me tocasse alguma assim mais pró acessível, mas acabei por me conformar com um olhar lânguido sobre os arredores (as bordas) da pastagem visual enquanto fazia contas à quantidade de toucinho que comprava com os quase quinhentos mil euros (é fazer a conta) que rendeu à caridade aquela passagem de modelos com cornos.

A terminar, ao estilo apontamento de reportagem, direi que de todas as que vi gostei particularmente de uma pintada com as cores da bandeira nacional.
Fiquei logo prontinho para servir a Pátria e fazer-lhe uma pega de caras mesmo à amador da Moita, sobretudo quando percebi que havia tantos candidatos para aquela em particular que a desgraçada só os despachava a todos com uma interminável geraldina.

Que é como quem diz um rodízio até às tantas…

Hoje é Segunda-feira!


foto: alex krivtsov

CISTERNA da Gotinha

Crystal Klein e Jelena Jensen são duas meninas cheias de carinho para dar.

Abanar a bundinha com sotaque brasileiro.

Os momentos + quentes de
Elisha Cuthbert

Kate Beckinsale é um nome a reter.

A modelo Joanne Krupa

Cindy Crawford no jardim.

O sémen afecta a cervical

João Mãos de Tesoura: "O sémen afecta a cervical? Ah! Por isso anda aí tanta gente com um andar novo... "
São Rosas: "E daí o grande número de imobiliárias por todo o país"
nikonman: "Só aqui na aldeia são 19. E nem uma lojinha de produtos lubrificantes..."
seven: "A verdade é que quem leva com uma pelo cu acima fica imóvel - nem um andar T0 consegue..."
São Rosas: "É que nem sequer uma kitchenete!"
nikonman: "O que agora há mais são condomínios fechados (a cadeado)."

Youuudelerilerileriyouuuuleriiyouuu!

"Quando vivi no palacete recebia diariamente, no meu quarto, a visita da jardineira. Rapariga trigueira, chegadinha de fresco de uma aldeia serrana, onde apascentava um rebanho de alvas ovelhas enquanto alegremente, saltitando de fraga em fraga, qual borboleta errante em manhã primaveril, ia cantando a canção da Heidi Youuudelerilerileriyouuuuleriiyouuu.
Era deste modo que todas as manhãs abandonava os braços de morfeu e me entregava de alma e coração às pernas da minha jardineira.
Todos os dias era acordado pelo roçar daquele corpo macio, cheirando a madressilva e à esteva da serra. Todas as manhãs eram docemente o início de mais um dia que seria preenchido por cavalgadas, monótonas pescarias no lago da propriedade, reuniões no clube de ténis ou dos fumadores de charuto...

Bartolomeu"

01 outubro 2006

"M" de Muitos Parabéns à São que fez ontem anos




Janosch

Pedagógico


Ele não gastava o seu tempo a fazer dinheiro mas a criar materiais de apoio escolar para os seus alunos, em suporte de papel e numa catrefada de power point's. Gastava os intervalos a esclarecer dúvidas e a inteirar-se dos sentires daquela população.

Era tão empenhado na sua profissão que até quando espairecíamos despidos da cultura das roupas fazia questão de se encavalitar em perfeitas figuras geométricas e de garantir um perfeito ângulo de 45 graus para aquilo que se convencionou chamar imperial de joelhos. E traçava primorosas circunferências com a ponta da língua em tudo o que em mim se assemelhasse a bicos de lápis.

Fosse em casa, no restaurante ou na esplanada do café, teimava em que me dar explicações detalhadas das suas actividades para valorizar o ensino da matemática e motivar os estudantes para a matéria.

Foi por isso que com ele partilhei a minha recordação de um professor de matemática que de mão enterrada no bolso nos repetia que nos agarrássemos à matéria, pelo que em honra dessa imagem guardada alvitrei que o maior incentivo que me podia dar era usar mais comigo o material pedagógico para eu absorver os conteúdos.

Halle Berry num programa de televisão


As mamas dela confundiram-no

Pequena excursão geográfico-anatómica