18 julho 2014

The Humping Pact - «Mission in Brussels»


The Humping Pact: Mission in Brussels (trailer) from Diego Agulló on Vimeo.

Postalinho pré-histórico

"Recinto Megalítico ("Cromeleque") do Xerez, perto de Monsaraz"
PM







A FODA COMO ELA É (XV) - Salivando Clarice



Clarice gostava de ser insultada enquanto lhe comiam o ensopadinho de cona; apetite mais comum do que julgar se possa. Era uma dessas balzaquianas reprimidas sob casaquinhos de malha cinzentões, olhos aumentados por lentes prodigiosamente espessas, negação do esteticismo, usava sapato de conforto, perfil ortopédico. No entanto, era fã de Judas Priest e todos os anos despedia-se no Verão dos seus colegas na repartição para fazer turismo sexual em alguma localização tropical. Foder, para Clarice, era caso sério, quanto mais encontrar adequado vexame mineteiro que a pusesse num everéstico orgasmo...
Arlindo era engatatão, mas daqueles que não fazem prisioneiras. O dia-a-dia atrás do volante do táxi transformara-o num cínico da cambalhota. Se uma reformada rebentando de varizes se pusesse a jeito, o poltrão ia-lhe às crostas. Certa vez, foi perfumado e com os braços tatuados ao léu a um concerto de heavy metal, algures no Barreiro. Durante a refrega, Clarice caiu-lhe em cima. O seu olho gordo detectou toda a lascívia prometedora dardejando dos olhos de Clarice, perfurando centímetros de vidro ocular. Pensou, com indisfarçável erecção, que mal podia esperar por empalar aquela "Manuela da Conservatória". Antes das alegrias naturais houve cerveja e um passeio de táxi ao luar, pelas ruas da Moita. Já na Pensão Cabinda, Arlindo preparava a língua para bater claras em castela, quando soou tradicionalmente: -"Chama-me nomes." O taxista desfilou, afoito, o seu repertório de baixeza quotidiana, mas nada ressoava naquela libido feminina; tudo muito previsível, burocrático, ópera de construção civil... Tornou a insistir Clarice: -"Insulta-me a sério, com gravidade." Então, o profissional do volante descolou a língua daquela cavidade seca e disse em tom displicente, entre arrotos bufados: -"Ó filha, isso só casando e passados muitos anos..."
Logo de seguida, ao som de urros desumanos, Arlindo descobria que Clarice era dessas que esguicham.

«I like» - por Luis Quiles


16 julho 2014

Apelo à natalidade



HenriCartoon

«Seduction» - Marcel Dettmann feat. Emika


Marcel Dettmann feat. Emika SEDUCTION from Parker Ellerman on Vimeo.

«conversa 2088» - bagaço amarelo

(na minha casa)

Ela - Ah! Também compraste uma bicicleta de manutenção!
Eu - Comprei. Sinto necessidade de fazer algum exercício...
Ela - E tens usado?
Eu - Tenho. Até aponto todos os tempos e distâncias.
Ela - A minha está nova. Nunca a usei.
Eu - Mas tu compraste a tua há menos de um ano, acho eu.
Ela - Sim. Comprei-a por impulso. Um dia vi-me ao espelho e pensei que tinha que fazer qualquer coisa urgente para emagrecer. Fui à loja e comprei a bicicleta.
Eu - Se não a usares também não emagreces...
Ela - Eu sei, mas nesse dia senti-me bem por a ter comprado. Depois nunca tive força de vontade para a usar.
Eu - E não tentaste devolvê-la? Esta brincadeira ainda é cara!
Ela - Eu sei. Eu devolvo tudo o que não quero, mas a bicicleta não. Seria uma derrota na minha luta pelo emagrecimento.
Eu - Nunca vou mesmo compreender as mulheres!
Ela - É fácil. Tem a ver com eu sentir que fiz alguma coisa para emagrecer ou não.


bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»

A Nu




«A cama é para dormir» - João

"Num mundo de rotinas, o que a rotina faz é atirar-nos para cima da cama. Não é de surpreender. É o tempo perdido em transportes ou na estrada, é o relógio em tic-tac vagaroso nos empregos, as reuniões de magno bocejo das quais pouco se espreme, a pressão na competição de fazer mais e fazer melhor (quando aplicável), as criancinhas que são umas queridas mas também umas porcas, as casas do avesso, os mil-e-um aborrecimentos de uma vida em sociedade, e tudo quanto a rotina faz é atirar-nos para a cama, onde o corpo pede para ficar, nem tanto numa foda que se mereça mas sobretudo num sono profundo, onde o corpo repouse e a cabeça sossegue. Tudo isto faz sentido. A cama é para dormir. Fode-se numa cama por outras razões, que não, certamente, as razões da foda. Não rejeito a ideia de que pessoas fodilhonas em algum momento das suas vidas suspirem por uma cama onde se fazerem foder e vir, que certamente existem razões para isso, mas as pessoas fodilhonas não precisam de camas, nem querem camas. Querem sofás, querem chão, querem o ar livre ou relento da noite, querem janelas ou vidraças, querem as banheiras e os chuveiros, porventura as piscinas, querem mesas, querem as máquinas de lavar (em centrifugação, já agora), querem provadores de roupa, o escuro dos cinemas ou o sol brilhante das praias ou a sombra das árvores. Querem elevadores e estacionamentos, todos os meios de transporte e mais uns quantos locais públicos. As pessoas fodilhonas, aquelas que apreciam uma boa e bem dada foda – parece um pleonasmo, isto, e talvez não o seja -, querem a foda em toda a parte menos na cama, e quando fodem na cama é sobretudo se for à beira da cama, usando-a para apoiar joelhos ou mãos ou cotovelos ou o que seja, e não para ficar nela como meninos nas palhinhas. A foda não escolhe hora nem lugar. A foda é imensa, adimensional, intemporal. A rotina, o cansaço, atira até o mais empedernido fodilhão para a cama, mas a cama é apenas uma circunstância da sua foda. Na sua cabeça, a cama está longe na prioridade dos sítios para foder, que são todos (quase sem excepção). A cama é para o depois. É para onde se atiram os despojos, os corpos mortos e suados, é para as carícias e o descanso, um beijo e a promessa que vai num boa noite querida, fodemo-nos mais logo."
João
Geografia das Curvas

15 julho 2014

«Azazel»

Azazel erotic video from REDstudio on Vimeo.

Postalinho gourmet

"Dick in?!"
João Diogo


«esta noite, a palavra» - Susana Duarte

esta noite, a palavra:
a palavra, a salvação,
um eco suado, uma noite
inscrita nos óvulos fecundos do poema.

esta noite, a palavra,
os dias todos, a inquirição
às estrelas, a palavra.

a palavra, ventre nú
e mágoa, os dias todos,
todos os dias, os jardins
e as cores e a polinização do peito,
nú, inscrito no mar, e nas flores,
e na noite estranha,
anéis de saturno,
luas novas de sermos paixão,
sofridas as palavras,
maravilhadas as suaves pestanas
da transcendência
do coração das luas.

esta noite, a palavra.

Susana Duarte
Blog Terra de Encanto

Atracção pelo sexo oposto

Pequeno casal em plástico com mecanismo. Quando se aproximam, o pénis do homem levanta-se.
O segredo? O pénis (articulado) tem metal no interior. A mulher tem um íman no interior da zona da vulva.
Um mecanismo muito curioso, na minha colecção.





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