15 dezembro 2014

Água mineral Vytautas - «Bounce Back!» (recuperação)

OK, OK, foi um anúncio especial para o Halloween...

«Devagarinho» - João

"Ama-me devagarinho. Fode-me devagarinho. Como momentos em que nos procuramos no fundo do olhar. Diria que te incomodava isso, mas só a começo. Depois aprendeste a gostar, e por fim já era mais fácil olhar-te, lá dentro, sem pestanejar. Ama-me devagarinho, fode-me devagarinho, só para sentir tudo isto muito bem, para ter a certeza de que todos os pedacinhos da alma estão a ligar-se, para não ficar com a ideia de que algum segundo do nosso tempo nos fugiu. Aperta-me devagarinho, com os teus braços a puxar-me com força para ti, e não vás, não te vás. Deixa cair as tuas muralhas, porque as minhas estão desfeitas há tanto tempo, e não há nada para partir mais, não precisas de ariete para derrubar as minhas portas, não precisas de catapultas nem de escadas para me distrair e invadir. Só precisas amar-me devagarinho, e foder-me devagarinho, pelo menos a princípio, antes de me ordenar que acelere, ou que aceleres. Que fiquemos a galope. É fácil, eu sei. O sangue corre tão depressa às vezes. As pernas ficam tão fracas. E a invasão não é de muralhas, não há cidades a ganhar, países, oceanos a cruzar. É a pele na pele, a pele com pele, os olhos nos olhos. Fixos. Sem embaraço. Sem medo. Ama-me devagarinho, para saborear, para morder os lábios, para ser diferente, para ser verdade."
João
Geografia das Curvas

«respostas a perguntas inexistentes (290)» - bagaço amarelo

Hoje de manhã passei por uma professora minha do tempo do liceu. Cumprimentei-a e ela demorou alguns segundos a aperceber-se de quem eu era. Provavelmente, por uma questão lógica, deduziu imediatamente que tinha sido minha professora, mas depois precisou de tempo para procurar e encontrar-me na longa lista de alunos dela.

- Eras aquele que estava sempre no canto lá atrás a tentar passar despercebido... - disse.

Concordei abanando afirmativamente a cabeça e, depois de me despedir dela, fiquei a vê-la a andar devagar até desaparecer na primeira curva da rua. De tudo o que eu fui no liceu, aquilo que lhe ficou na memória foi o facto de eu me refugiar quase sempre num dos cantos da sala. Depois apercebi-me que eu próprio não me lembro do nome dela, mas sei que ela costumava estar constantemente com uma esferográfica na mão a fechar e a abrir a tampa.
De tudo o que somos ou fomos para os outros, às vezes só resta aquilo que não somos nem nunca fomos para nós. Não faz mal, pensei. Acho que é isso que vai tornando o Amor possível, podermos escolher aquilo de que nos lembramos nos outros.


bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»

Não... não... não...!

Crica para veres toda a história
Não...!


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14 dezembro 2014

Steve Gough, o caminheiro nu e a sua luta pela nossa liberdade

Stephen Peter Gough, conhecido como «the Naked Rambler» (o andarilho nu), é um marinheiro britânico que se transformou em activista pelo direito a andar nu na via pública, como defendem os gimnosofistas, seita hindu ascética que louva e defende o andar-se nu.

Disponível em: . Acesso em: 22/11/2014.
Steve Gough já foi preso e condenado 30 vezes, totalizando mais de sete anos na prisão!
Recentemente, recorreu ao Tribunal Europeu dos Direitos Humanos mas a decisão foi-lhe desfavorável: condenaram a “conduta antissocial deliberada e repetida” do queixoso, deliberando que o ‘direito à nudez’ não pode ser sobreposto ao ‘direito à decência’ dos restantes cidadãos. “Ele possui muitas outras maneiras de expressar opiniões”, adiantou o tribunal, ontem, exigindo que Stephen Gough respeite a sensibilidade das outras pessoas.

As autoridades dizem não querer prendê-lo, mas Stephen tira as roupas assim que é solto e acaba por ser preso de novo. Mesmo dentro da cadeia, ele recusa-se a usar roupas e tem que ficar isolado dos outros prisioneiros.

Por que razões a nudez nos aterroriza tanto?!

Como refere Andrew Anthony no «The Observer», "o comportamento de Gough é obviamente incomum. Mas anormal não é a mesma coisa que criminoso. Ele foi penalizado por ter quebrado a lei mas é difícil identificar que crime ele cometeu. Qualquer sociedade que acha que a prisão é o local correcto para ele perdeu aderência a um princípio básico da liberdade. «O homem nasce livre», escreveu Rousseau, «mas em todos os lugares ele está acorrentado». À sua maneira excêntrica, Stephen Gough foi tentando quebrar essas correntes. Ele pode estar errado, ele pode estar equivocado, mas ele não é mau."

Para Stephen, a questão é simples: ele considera que andar nu em público é uma liberdade fundamental. Que é um aspecto da sua individualidade. Que não é racional agir como se o corpo humano fosse ofensivo.
Outros argumentam que isso é um atentado ao pudor. Que os direitos de Stephen terminam onde começam os direitos dos outros de não serem “perturbados” ou “alarmados” por sua nudez.
Mas, como questiona Alex Castro num artigo bem completo sobre a nudez não sexual, "será que a nudez de um homem andando na dele deveria mesmo ser alarmante e perturbadora?"

Claro que não, respondo eu!
















Luís Gaspar lê «Mel…» de Renato Costa


Mel… mulher,
em ti…
na doce palavra que te veste…
moram todos os méis,
todos puros…
todos silvestres…
mel de sabores…
que nunca se esquecem…
bebido em noites..
que não amanhecem…

Renato Costa
Ouçam este texto na voz d'ouro de Luís Gaspar, no Estúdio Raposa

Sindicato de putas

Se fosse criado um sindicato das putas poderia o mesmo ser acusado de contactos privilegiados?



Olha... rachou...

A gaja de ontem era tão boa e tão inacessível que era claramente um momento de "ou vai ou racha". Foi racha.

Patife
@FF_Patife no Twitter

13 dezembro 2014

Dedos sensuais

Olás...


Quando te escrevo, ainda tímida, palavras e frases, no teclado do notebook, o corpo logo se contrai.
E, como nas torturas,  a minha carne se trai.
Nem muito esforço faço, porém, porque meus poros já respondem ao tato dos meus dedos no teclado. 
Sei descrever-te o meu gemido, o que sinto. E sem muito esforço.
A distância da tela... sequer atrapalha. Fagulhas de fogo refletem, enquanto os dedos nas teclas tocam. 
Tudo, então, se torna real.  Mas é por fragmentos de segundos. 
O restante  é surreal, porque não te toco com os dedos que tocam os teclados...
Até te beijo, e sentes o beijo. Sei que sentes, porque correspondes, também, com os dedos no teclado do notebook
Nem vês que te olho, quando meus dedos tocam as teclas. 
Mas sabes que te sinto, como o toque dos dedos na tela... que revela, todo nosso desejo de amor.
 É assim que amam os cegos, que não se querem olhar. Amam apenas pelos toques dos dedos, no teclado  do notebook
A paixão e o tesão estão nos dedos das mãos,  que tocam-te, mesmo sem te tocar.
Já te amei assim, tantas vezes. 
Quando nossas vozes sucumbiram... 
Os dedos disseram por nós.
E, como na letra daquela canção,
Un jour tu verras,
On se rencontrera.



Mamãe Coruja

«Subitamente, esta tarde, uma ostra especial» - por Rui Felício


Na sua resignada e imutável sina, ela protege nas profundezas submarinas, com a sua pétrea e disforme carapaça, as liquidas entranhas afrodisíacas que só abre a quem a saiba seduzir.
Era impensável que nesta tosca sepultura o mais delicado e delicioso prazer se acoitasse fazendo estremecer as sensações que as papilas gustativas transmitem a todo o corpo, num frémito de desejo inigualável.
Ela reserva ainda, por vezes, a mais divina, a mais brilhante pérola criada naquele obscuro esconderijo, juntando ao toque, ao gosto, ao cheiro, também o olhar, completando na amálgama dos sentidos o mais orgástico e pleno prazer humano.
Tal como a mulher que amamos, a ostra abre-se e entrega-se só a quem quer.
Só se quer.
Só quando quer...

Rui Felício
Blog Encontro de Gerações
Blog Escrito e Lido

Sátiro com pénis erecto

Estatueta que veio do Chipre para a minha colecção.

Visita a página da colecção no Facebook (e, já agora, também a minha página pessoal)

Um sábado qualquer... - «Antes de Cristo 3»



Um sábado qualquer...

12 dezembro 2014

Postalinho de Helsínquia (3)

"Hotel Sokos Aleksanteri."
JCI


O Bartolomeu, até a Finlândia ode:

Na Finlândia, meus senhores
É como manda o figurino
Há para todos os sabores
É só "push" e sai do fino

Sai pró cabelo e prá ratola
Só convém não trocar de mão
Até dá para a peidola
Lava tudo com satisfação

E para os menos hábeis
Nestas lides das lavagens
Fornecem finlandezas ágeis
Em levar o cliente às nuvens

Vêm todas sorridentes
Alegres e brincalhonas.
Até lhes lavam os dentes
Esfregando com as bordas das conas.

Deixam um tipo bem limpinho
De fungos e de carteira
Esfolam-lhe bem o corpinho
Com uma arte certeira

Push, push com jeitinho
e com muita dedica São
Que não falte o dinheirinho
é o que pede o patrão

Paradoxos


Gerações de gajos a entalarem a pila no fecho das calças e nem assim o velcro conseguiu impor-se.

Sharkinho
@sharkinho no Twitter

E o que o Sharkinho decerto não quereria era ser odido pelo Bartolomeu... mas foi:

Para que o velcro se impusesse
ao fecho éclair, tão velhinho
Era preciso que cada um tivesse
Um mangalho mais fofinho

Como um ursinho de peluche
Confortável na sua toca
Que só saísse pró duche
Ou para lhe fazerem uma bomboca

Mas o bicho é caprichoso
e o que o faz entalar
É o carácter oficioso
Com que se põe a pular

Pula feito um saltitão
Sem reconhecer o dono
Quando lhe salta na mão
Julgando tratar-se de um cono

Por isso, paga com o corpo
Levando forte entalão
Mas mesmo assim, àquele porco
Nunca lhe falta o tesão

Ora então, está bom de ver
Que de fecho não se trata
A questão está em saber
Quando é mão e não é rata.

«Sapatos» - João

"Eu gosto de sapatos de mulher. E se ficasse por aqui, com aquela frase, todo o género de coisas kinky seria pensado a meu respeito. Pensariam que eu gosto de calçar sapatos de mulher, ou pensariam que me excito só de olhar para eles, que me venho neles ou os uso como copo. Não. Tenham tento. A minha cabeça é extremamente pornográfica, o sexo é uma constante do meu raciocínio, mas mesmo eu sou selectivo nos pratos que como. Eu gosto de sapatos de mulher, sim, mas nos pés de uma mulher. Gosto de as ver bonitas, com sapatos bonitos, que as façam sentir-se confiantes e muito sexy, e neste tanto os saltos têm de ser altos. O contorno das pernas altera-se, a postura altera-se, e não é igual foder – contra a parede – uma mulher com saltos altos ou descalça. Também é por isto que acho as sabrinas uma coisa deprimente. Um sinal de desistência da vida, uma maneira de dizer que hoje não me sinto sexy, hoje não quero ser fodida à bruta contra esta janela, hoje não quero que me enfies o caralho bem fundo e me faças doer um bocadinho. É como os fatos de treino num homem. O princípio é quase o mesmo. Um homem de fato (ou pelo menos bem arranjado) está a dizer a uma mulher que vai fodê-la de um modo muito executivo, hoje fodo-te com classe, hoje agarro nesta gravata e amarro-te, tenho tanta confiança em mim que te vou fazer vir massajando-te a cona como dedos que deslizam num tecido caro, vou tocar-te com a mesma destreza com que coloco uns botões de punho. Um fato de treino não; diz que hoje fico sentado aqui a comer amendoins e a ver o canal de desporto. Eu gosto de sapatos de mulher, com salto alto. E não é pelas tais razões kinky. É pelo que faz por vós, pela confiança que vos dá, e pela tesão que daí resulta. E se me vier neles, é porque pingou. Ao menos que não sejam de camurça, que dá mais trabalho limpar."
João
Geografia das Curvas

«Fé»- Shut up, Cláudia!




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11 dezembro 2014

Compassion Crew - «Masters Of The Gentlemanly Art»


Compassion Crew - Masters Of The Gentlemanly Art from simon landrein on Vimeo.

Postalinho do Japão

"Boa noite.
Em Tóquio, uma das boas alternativas ao tradicional sushi é o KFC... e algumas pizzas..."
Jorge Prendas



Filmes pornográficos em Super 8

«Viva! French Porno in Color» e «Babe - Covered with cum».
Não sendo uma "especialidade" da minha colecção, estes filmes Super 8 juntam-se a outros em VHS e DVD da minha colecção.

Visita a página da colecção no Facebook (e, já agora, também a minha página pessoal)




De varas...

Após a orquestra só pensava: se esta está habituada a soprar numa tuba não deve ter grandes dificuldades em abocanhar-me o trombone.

Patife
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