24 março 2015

«Corta»


Cut It from dmitrybocharov on Vimeo.

Estamos fornicados!


Gostava de perceber porque é que um termo tão grandioso, tão bíblico, tão adequado como "fornicação" caiu em desuso.

Sharkinho
@sharkinho no Twitter

«onde te escondes, quando a noite cerca as sombras» - Susana Duarte

onde te escondes, quando a noite cerca as sombras
e as desfaz, tornando-as nébulas no olhar, e densidade
negra por sobre as espáduas e o ventre?

onde te escondes, sempre que a noite vigia os incómodos
sussurros dos amantes, mitigados pelo raiar da lua que, sobre
os corpos, se declina em invulgares contornos, de corpos
redondos e interstícios onde as peles se não encontram?

onde quer que estejas, és o olhar que se estende sobre os dedos
que movo no ar, incógnitos bailados do pensamento,

onde tanto se diz, por entre aquilo que se procura.

Susana Duarte
Blog Terra de Encanto

Estatueta de um pénis em tronco de madeira esculpido à mão

"Esculpido com a mão por A. Silva - arTESÃO. Modelo original do próprio. Março de 1999 - escala 1:1".
O Antonino Silva apareceu numa manhã fria de fim de Inverno em minha casa, com esta prenda: "Ia pôr um tronco na lareira e apercebi-me de que tinha uma forma interessante. Passei a noite toda a escavá-lo com um canivete".



Visita a página da colecção no Facebook (e, já agora, também a minha página pessoal)

23 março 2015

ITAIPAVA - «O Verão é nosso»







Postalinhos de Moura

Antes de mais, quero agradecer à São o seu convite para poder contribuir neste extraordinário blogue.
Um beijo...

A minha primeira contribuição: Dois postalinhos, bem fresquinhos.


Na minha terra de adopção, molejas são algo mais que pitéus de vitela.
Digamos que, algumas se lhes apalpam as molejas podem afincar um bom pontapé nas molejas do apalpador.


 Neste caso, considero que a autarquia não tinha nada que mudar o nome à rua.

«À chuva» - João

"Tu dirias que chover a potes é um understatement. A tempestade abateu-se sobre este local, a chuva era tão forte e tão grossa, que mais do que pingos de água pareciam jactos, era quase cortante, e os salpicos passavam bem acima dos nossos joelhos. O teu cabelo colado à cara, encharcado, a trovoada a destruir os céus negros, a tua roupa colada ao corpo, alguma dela já muito transparente, e lace, sempre lace. A chuva escorria-nos das mãos, dos braços estendidos ao longo do corpo. A respiração apressada, os nossos peitos a encher e a esvaziar com sofreguidão, da corrida, da pressa, e agora um metro a separar-nos, os olhos nos olhos, e a chuva a mergulhar-nos os pés, piores que enfiados numa banheira, que esta era água fria e não existiam toalhas turcas. Só o tecido frio. A pele fria, arrepiada, e um abraço que rebenta forte como os trovões que se ouviam há tanto, agarrados na rua, debaixo da chuva, e eu ao teu ouvido, suponho que isto faz de nós românticos…."

João
Geografia das Curvas

Postalinho da ria de Aveiro

"As tentações de Santo António"
Daisy Moreirinhas



Rotinas matinais



Capinaremos.com

22 março 2015

Isto sim, é uma curta-metragem!


Everweek Project | Week06 | NSFW from André Holzmeister on Vimeo.

Luís Gaspar lê «Contei Primaveras» de Fernando Reis Luís


Já contei muitas primaveras
E outras tantas translações
Repetindo os poros do firmamento
Para fazer as noites e os dias
No corpo transitório
Registado nos sulcos do lenho
Do meu eixo polar

Já cantei a algumas das suas flores
E ao verde das folhas
E às pétalas de todas as cores
Fazendo o palco das íris
E os muitos olhares e desejos
Despertados no cio das primaveras
Pelas encostas viçosas da serra

Levo comigo o cheiro das rosas bravas
E as feridas de alguns acúleos
Para relembrar momentos ambíguos
Das montanhas doces e silvestres
Onde ainda nascem alguns frutos
E alguns pirilampos difusos
Para marcar o caminho na noite

(Poema retirado do livro “Nos socalcos da Serra”, de Fernando Reis Luís e com ilustrações de Leando Lamas Ermida. Ed. arandis)

Fernando Reis Luís
Nasceu em Monchique. Licenciado em Gestão Bancária, foi professor, bancário, delegado da Proteção Civil e deputado à Assembleia de República.
Ouçam este texto na voz d'ouro de Luís Gaspar, no Estúdio Raposa

Arqueologia do pijama



O meu pai interroga-se sobre a escassez de pijamas com bolsos. Não sei se lhe diga que agora as mulheres guardam os preservativos à beira da cama.


[Foto © Nuno Faria, 2008, New]

Ordem unida

Aposto que a militar que comi ontem pensa em mim sempre que o coronel grita “destroçar!”, tal a forma como lhe deixei a peida destroçada.

Patife
@FF_Patife no Twitter

21 março 2015

«Para evitar o sexo aborrecido, venha inspirar-se»

Duas fotos publicitárias do TOCHKA-G - Museu de Arte Erótica de Moscovo.

Uma campanha descoberta por EmZe.



«Pedro e Inês» - por Rui Felício

Volto ao grupo de teatro amador que pontificou no velho Clube Recreativo do Calhabé e cujos encómios serão sempre insuficientes.
Desta vez, a peça “A Castro”, de António Ferreira, cujo enredo é por demais conhecido de todos e por isso dispensável referir-lhe os pormenores, que agora não vêm ao caso.
_______________________________________

O Sr. Alberto Bastos desempenhava o papel de D. Pedro e a D. Inês de Castro era uma miúda curvilínea, atraente e bonita da Fonte da Cheira, bem composta de carnes, sedutora.
Corria uma cena em que estavam em palco apenas estas duas personagens, sob uma luz ténue e difusa, e um cenário onde se distinguiam, distantes, umas belas árvores e um regato de água límpida, na Quinta das Lágrimas.
Circunstâncias ideais e apropriadas para um ambiente de grande intimidade e romantismo, como sucedia em toda a peça, mas que atingia o auge naquele momento único em que os dois amantes ficavam a sós.
Indiferentes à trama da Corte, obcecados apenas pelo seu grande amor que acabaria em tragédia.
O D. Pedro estava vestido com uma fatiota, alugada no Pícalo da Rua das Figueirinhas, de que se destacavam umas calças brancas muito justas, coladas ao corpo, denunciando todos os mais pequenos contornos, reentrâncias e saliências do corpo viril do actor.
A D. Inês sentada num cadeirão, esperando ansiosa pelo seu amante, estava com um vestido cheio de folhos, sobressaindo um generoso decote por onde pareciam querer saltar uns alvos, fartos, generosos, palpitantes e belos seios que as luzes da teia ajudavam a destacar.
O D. Pedro ( Sr. Alberto Bastos ) quanto mais olhava e se aproximava daquela beleza ao alcance das suas mãos, mais misturava os dizeres e trejeitos decorados durante os ensaios com o carnal desejo que aquela visão feminina lhe despontava.
Encafuado na caixa do palco, o ponto bem lhe sussurrava as deixas, cada vez mais audíveis na plateia, mas as preocupações dele eram outras.
O actor juntava as pernas, unia os joelhos, dobrava-se e encolhia-se corcovado como quem está cheio de vontade de urinar, tentando disfarçar o indisfarçável incómodo que a vestimenta começava a exibir. Parecia aleijadinho...
Mas o problema não era a vontade de urinar!
O que o actor tentava a todo o custo era ocultar a inesperada, exuberante e firme erecção que dele se apoderou e que as calças justas já não permitiam esconder, por mais esforços que fizesse.

A D. Inês apercebendo-se da situação, não conseguiu evitar que uma gargalhada incontida lhe saísse da garganta ecoando pela sala que, por sua vez, explodiu num riso generalizado e incontrolado acompanhado dos mais díspares comentários que aqui me dispenso de enunciar.

Vejam como uma peça de grande intensidade dramática se pode transformar em tragicomédia.

Rui Felicio
Blog Encontro de Gerações
Blog Escrito e Lido

Mão querida, mão querida…

Pequeno anel em prata 835 com uma mão a segurar num pénis.
Mais um anel a juntar-se às jóias da minha colecção.

Visita a página da colecção no Facebook (e, já agora, também a minha página pessoal)