11 abril 2015

Fashion Fetish


SHOWstudio: Fashion Fetish - 'Oyster' by Marie Schuller from SHOWstudio on Vimeo.

«Prazer» - por Rui Felício

Pedi à Sandra que me dissesse o que era, para ela, ter prazer.
A resposta escrita, bela, mas inesperada, foi esta:
Ter prazer é a sensação do chocolate a derreter-se lentamente na boca e a língua a passar nos lábios para os limpar do liquido doce e acastanhado que escorre.
Prazer é sentir a chuva a bater na cara e no corpo ou adormecer ao crepúsculo de um dia quente, na praia.
Também é prazer o cheiro da terra seca amaciada pelas primeiras chuvadas de Outono.
Sentir prazer é o cheiro e o ruído da lenha a crepitar na lareira nas noites frias de inverno.
O máximo prazer, porém, é estar numa dessas noites, enrolada no sofá em frente à lareira, descalça, e adormecer agarrada àquele ente especial , meigo e adorado, que me acorda horas depois, sussurrando-me ao ouvido com o seu melodioso: Miaaauuu!

Rui Felicio
Blog Encontro de Gerações
Blog Escrito e Lido

Mulher nua com serpente e com dedo na boca

Estatueta em resina da minha colecção.


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«Vamos brincar?» - Adão Iturrusgarai


10 abril 2015

«Bohemian Carsody» - SketchShe

Não sei porquê mas adoro esta versão da «Bohemian Rapsody» dos Queen.
"Mamaaaaa!..."

Oh, que saudades do Verão...


Via Native Nudity

«Ladrão de beijos» - João

"Atrás de ti só a parede. Há sempre uma parede, vês? Parece um fetiche qualquer. Mas havia uma parede, e a porta encostada, devagarinho, para não fazer barulho. E o teu corpo pressionado contra o edifício que nos segurava, suspensos no ar, a metros do chão, a metros das outras pessoas. Pressionava-te eu, encostava-me eu a ti. Roubei-te beijos, fui ave de rapina. Havia escadas. Também havia escadas. Havia sempre escadas e um pedacito de privacidade fugaz, e roubei-te beijos. Roubei-te muitos beijos. Ao sol, à chuva, devagar e com pressa. Desculpa se não sei beijar de um modo que aproxime o Sol de nós, desculpa se não tive tempo de aprender, se não me pudeste ensinar. Tive de fazer outras coisas, e tu viste tão à frente, e eu lembro-me de me surpreender com sugestões de não fazer um almoço, fazer antes um jantar, mais tarde, agora não, mais tarde, ao final do dia, mas tu viste tão à frente, e eu tão cego. Beijo-te depois, ensinas-me depois, com parede ou sem parede, a metros do chão ou deitados a ondular com a água e o vento, a subir ou a descer escadas, não importa. Roubei-te muitos beijos, mas não precisava, porque estavas sempre ali para mos oferecer. E às vezes, às vezes quando chegava já as trancas estavam caídas no chão. Assalta-me, parecias pedir. Rouba-me os beijos todos. E eu fazia-me malandro. A maltratar uma donzela indefesa, que só tinha amor para dar, nas mãos, na ponta dos dedos que me buscavam, num ronronar ao Sol que entrava diagonal e traçava linhas no chão e curvas em nós. De todos esses beijos que roubei, nem um vendi, nenhum ofereci, guardei-os todos."

João
Geografia das Curvas

«Nem és homem nem és nada se...» - Shut up, Cláudia!




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09 abril 2015

«Toca-me» - pessoas surpreendidas por actores e actrizes de filmes porno

«sem título» - bagaço amarelo

Era um sábado triste, tão triste como qualquer sábado que não seja feliz. Foi assim que ela o explicou e tinha razão. Os sábados nunca são dias assim assim. Só têm duas hipóteses: ou são felizes ou são tristes. Depois sorriu, mas foi um sorriso triste. Concluí que os sorrisos, pelo menos os dela, eram como os sábados.

- Por favor, diz-me o que se passa! - Pedi-lhe.

Estávamos no carro dela, motor desligado e a chuva a bater violentamente no pára-brisas. Tive pena daquela chuva, que vinha de tão longe para nos molhar e mesmo à última da hora não conseguia. Havia um vidro a separar-nos. Só isso, Um vidro. Depois de uma viagem tão grande ficava-se por ali, de forma inglória, desfeita em gotas.

- Por favor, diz-me o que se passa! - Repeti.

Ela rodou a chave uma vez e ligou o rádio, não sei se para matar o próprio silêncio ou se para cobrir o som da chuva. Estava a dar uma música que eu conhecia, mas da qual não sabia o nome nem o autor. Era uma música daquelas que passa por nós como um desconhecido a quem vemos a face na rua, mas de quem não conhecemos a identidade.

- É gira, esta música...
- Precisava que saísses e só voltasses a falar para mim no dia em que eu te pedir.

Para ela falar foi preciso que eu deixasse de lho pedir. Toquei-lhe no ombro de forma subtil, na tentativa de lhe dizer que compreendia, abri a porta do automóvel e corri para dentro do café onde tínhamos estado antes a pedir ao tempo que passasse mais depressa. Os pratos das torradas e os copos dos galões já tinham sido levantados pelo empregado eléctrico.
Até esse dia, nunca nenhuma mulher tinha terminado comigo algo que ainda nem sequer tinha começado. Pela janela do bar, vi o carro deslizar sobre a água que inundava as ruas de Lisboa. Pedi outro galão e outra torrada, à espera do comboio que me havia de levar a casa.
Passado pouco tempo apaixonei-me, creio que numa quarta-feira feliz, tão feliz como qualquer quarta-feira que não seja triste.


bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»

Licor de Leite «Malandrice»

Lote de 3 garrafas em barro com forma de falo, em diferentes tamanhos, da minha colecção.


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O esforço pode compensar

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07 abril 2015

Durex - #Connect

As novas tecnologias afinal podem ajudar a ter uma melhor sexualidade.

É arrebanhá-las!


É sempre embaraçoso quando as emoções nos traem. Mas elas são assim, umas cabras.

Sharkinho
@sharkinho no Twitter

«no dia em que partiste» - Susana Duarte

no dia em que partiste,

acabaram as madrugadas,
quebraram-se as folhas do outono
e raiaram de vermelho as noites
outrora luzentes de escuridão
sobre o leito.

no dia em que partiste,

acabaram os miados nas vielas
e as luzes nas janelas, perfumadas
de frutos vermelhos e de paixão.
sobre o chão onde me deito,

encolheram maçãs de luz
e os rostos revisitados pelo beijo.

no dia em que partiste,
floriram açucenas.

as estrelas, essas, esperaram pelo mar.

no dia em que partiste.

Susana Duarte
Blog Terra de Encanto

Casalinho de sátiros

Estatueta da Grécia com dois sátiros... encaixados e a saudar quem passa... pela minha colecção.

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