24 agosto 2015

"Até cheira a borracha queimada!" - Paulo Futre e os problemas no motor de arranque

«Estremecer» - João

"Ainda te sinto dentro de mim, apesar de me ter desligado da terra por uns instantes, sacudo-me, tremo, subi a um espaço só meu, e tu ainda estás dentro de mim, a preencher-me o corpo enquanto eu me venho, e tu seguras-me com as tuas mãos, e eu peço-te que te venhas, que te venhas também, e depressa, e em breve terei uma parte de ti no meu corpo, mesmo quando de mim saíres, e talvez eu escorra de ti, talvez eu pingue de ti, mas a minha pele recebe-te com carinho, com prazer, e não me importo. Ainda te sinto dentro de mim enquanto as minhas pernas se abrem para te receber, e repito o teu nome, um par de vezes, e multiplico isso por mais, e digo coisas que só tu entendes, e tu, tu estás numa desordem que até me diverte, a tentar fazer sentido, mas eu não te deixo, só me sacudo em ti enquanto me venho, e me venho, e tu, vem-te, acelera e vem-te, que estremeço, que quero pingar de ti, quero humedecer-me de ti, e em tudo isto eu penso enquanto te sinto, enquanto deslizas em mim daquela maneira que nada copia nem iguala, e vou-me desligando da terra, e tu beijando-me os seios, trincando-me a pele, e são instantes sobre instantes, até cairmos exaustos um no outro, e tudo isto eu vejo, enquanto tu ainda estás a entrar em mim."



João
Geografia das Curvas

Os Deuses também temem

Crica para veres toda a história
Alavanca


2 páginas

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22 agosto 2015

«Antes de dormir» - Porta dos Fundos

«pensamentos catatónicos (321)» - bagaço amarelo

Quando estamos sozinhos dizemos que a vida é uma merda, quando vivemos um Amor dizemos que estamos a viver uma história bonita. É o nosso subconsciente a pensá-lo, na verdade. Todos sabemos que, lá no fundo, a solidão é a realidade e o Amor é a ficção. A grande virtude do Amor é essa: tornar-nos, a todos nós, autores e intérpretes duma história qualquer.
Saímos dessa história e caímos na realidade quando temos uma chatice no Amor. Quando somos maltratados, por exemplo. É por isso que usamos o verbo cair. A realidade é sempre uma queda e só nos tornamos a pôr de pé quando nos apaixonamos de novo.
As pessoas que sofreram muito numa história de Amor, às vezes desistem dele. Passam a considerar a solidão o maior dos bens, mesmo que seja triste, e optam por viver sempre sós. Podem escrever um pequeno conto de vez em quando, mas desistem de escrever grandes romances.
É uma pena que isso aconteça, perdermos a noção de que somos nós que escrevemos a nossa história de Amor. Até porque perdemos também a noção de que é melhor uma intensa verosimilhança do que uma frágil verdade.
Viva o Amor verosímil! Abaixo a realista solidão!


bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»

«Tempos de crise» - por Rui Felício

«Casal no banho»
Azulejo da colecção
de arte erótica «a funda São»





Ela e ele tomam banho juntos.
Não.Não é por erotismo apenas!
Fazem-no para poupar água e gás...

Rui Felício
Blog Encontro de Gerações
Blog Escrito e Lido

Um sábado qualquer... - «Grandes poderes…»



Um sábado qualquer...

20 agosto 2015

Até pareço mais tarada do que os censores que mandam no Facebook

Senhor padre, confesso: pequei. Vi isto hoje no Google Notícias e achei estranho uma notícia sobre a prisão preventiva de um advogado palestiniano em Israel, ter uma ilustração de uma pintura do torso de uma mulher deitada e a ver-se uma (grande) mama.


Não iria ler a notícia se não fosse pela curiosidade de ver a ilustração em ponto grande. E fui.


Afinal era isto...

You make me sick (tu deixas-me doente)


YOU MAKE ME SICK from Simon Black on Vimeo.

Carta de uma prostituta à mulher de um cliente

Uma prostituta VIP dos EUA, com o pseudónimo April Adams, escreveu uma carta especial cujo destinatário é a mulher de um dos seus clientes. No texto, April aconselha as mulheres acerca das suas vidas sexuais. E ficou viral na Internet.

“Dear wife

Não a conheço mas sei que provavelmente o seu marido a engana com uma prostituta. Sei porque sou uma delas e clientes não me faltam. Vai dizer que o seu marido não seria capaz de o fazer. Ele não! Os outros maridos talvez o façam, mas a vossa relação e vida sexual são diferentes. Há dez anos, quando foram para a universidade, fizeram um trio com o seu companheiro de quarto. Todos os anos contratam uma ama e fogem para Las Vegas. Nunca se perdem nas maratonas de “Lei e Ordem”. O seu casamento é excelente!
Deixe-me fazer-lhe uma pergunta: Quando foi a última fez que fizeram sexo três vezes numa semana? Quando foi a última vez que o seu marido se queixou disso? Não acha que talvez seja possível que tenha decidido solucionar esse problema sem a sua ajuda e por isso veio ter comigo?
A boa noticia é que se o seu marido é meu cliente, então significa que quer continuar casado consigo. Está à procura de um pouco de carinho falso da maneira menos problemática possível. Imagine que em vez de mim, fosse com a ama, a sua vizinha ou a sua melhor amiga. Podia continuar, mas penso que já percebeu a ideia.
Sou uma profissional. Sou discreta, ainda que haja algo mais valioso do que a minha discrição: o meu tempo, a minha atenção e a minha sexualidade medem-se por horas, ou seja, quando o tempo termina, ele é todo seu. E o mais importante: não amo o seu marido e não, nunca o amarei. Não acho que o meu afecto por ele seja maior do que aquele que sinto pelo meu empregado de mesa favorito.
Nunca serei uma ameaça para o seu casamento porque quando termina o tempo, não quero ter nada a ver com vocês.
Nunca irei jantar com ele, nem ligar-vos a meio da noite ou sugerir que se divorciem. Nem vai dar pela minha existência. E se der, será por causa dele: ou é estúpido ou está chateado consigo.
Sim, às vezes alguns clientes apaixonam-se, mas é superficial porque sabem que o que fazemos é falso. Não acredita que o seu canalizador adore casas-de-banho, pois não?
Os homens sabem que o carinho que lhes dou depende do dinheiro que eles me dão. Ele não pensa contar-lhe sobre mim, sair a correr, chegar ao hotel onde estou e gemer com ternura o meu nome falso. Estou fora dessa vida. Sou uma empregada. Porque mais que se sinta sexualmente atraído, nunca vai arriscar a sentir algo por mim.
Se por alguma razão as coisas “se complicarem”, lembre-se do meu plano infalível: sou cara.
Na minha experiência, os homens – geralmente – não gastam mais do que aquilo que têm em sexo. Se o seu marido precisa do serviço a cada duas semanas e tem mil dólares livres para gastar, então vai procurar alguém que cobre menos do que eu. Ainda que ele queira mais, não acredito que possa pagá-lo. Tem que ser muito insensato para cometer o tipo de loucuras que terminam em: “Amor, tenho uma coisa para te contar”.
Se acha que sente algo por mim, de certeza que se vai esquecer disso em duas semanas como qualquer outro capricho. Se utiliza o dinheiro da reforma para comprar o meu tempo, então espero que lhe peça o divórcio porque esse homem não sabe administrar o dinheiro.
E sobre as doenças? Contrariamente ao que vê nos filmes, é possível que a maioria das prostitutas de hoje em dia sejam mais saudáveis e conscientes que a secretária carinhosa. Lembra-se do que lhe disse sobre o pouco afecto que sinto por ele? Também incluiu o seu perfil epidemiológico. Também não tem que se preocupar com gravidezes. A probabilidade de ficar grávida com o trabalho é de 0% com um desvio padrão de “É brincadeira, não é?”.
Entendo que ainda assim não queira que ele durma comigo. Volto a perguntar: Quando foi a última vez que fizeram sexo três vezes numa semana?
Não digo que a sua obrigação seja satisfazê-lo. O que quero dizer é que talvez já não queria ter sexo com ele tão frequentemente. Está ocupada, stressada ou simplesmente já não a excita tanto. Entendo, a mim também não me excita.
É esse o ponto. Sou o ingrediente secreto de um grande número de casamentos bem-sucedidos, porque quando me pede ajuda, os dois têm a quantidade de sexo que querem. Desde que deixe o seu telemóvel em paz, podem chegar ao 50.º aniversário, sempre e quando não espreite o seu telemóvel.
You're welcome”.
April Adams

A carta foi publicada pela revista Vice e esta tradução veio do jornal i.