27 agosto 2015

Rituais Porno


Porn Rituals by Pornceptual from Pornceptual on Vimeo.

Só conta o tamanho que está na cabeça

Apesar de nunca ter sido motivo de grande preocupação, confesso que, enquanto adolescente, me preocupava com o tamanho do meu pénis. Obviamente quando em repouso, dado que quando erecto, ficava orgulhoso da alteração substancial da dimensão e não havia comparação. Desconfio que seja um orgulho partilhado pelos adolescentes masculinos. Tal será o fascínio que a observação de tamanha transformação provoca. E nem consigo imaginar o orgulho feminino, aquando da descoberta da capacidade de provocar tamanha transformação... Presumo que as primeiras auto-avaliações ocorram quando confrontados com os corpos nus de outros machos. Nessa época, sentia-me desfavorecido, sem que isso me inibisse de me despir em frente de outrem, quando necessário. No entanto, atendendo que nessas situações não há necessidade de impressionar seja quem for, não me impressionava. Por um lado, em repouso, o tamanho é praticamente inútil. Por outro lado, em situações de balneário, o sangue tinha sido canalizado para outras zonas do corpo, onde é mais útil. Nem os duches frios me intimidam ou envergonham. Depois do início da vida sexual (a dois), a confiança aumentou ainda mais. Não só porque tenho dedos mais pequenos e, ao mesmo tempo, mais competentes na produção do prazer feminino. E também porque o intervalo de tempo para a produção do tal prazer, sempre me pareceu absolutamente díspar relativamente à do prazer masculino. Passei a concentrar-me no tempo e na habilidade. Quem estuda estes assuntos, sabe que o cerne da questão do prazer feminino está logo à entrada. Quer literalmente, quer figurativamente. Quer espacialmente, quer temporalmente. Um mau começo, que tanto pode ser demasiado apressado, como desastrado, impede um bom desenvolvimento e acaba mal. As mulheres são ao mesmo tempo as melhores juízas e as piores auditoras. Avaliam como só elas sabem avaliar, mas só transmitem essa avaliação como só elas sabem transmitir: ou seja, objectivamente, pouco dizem. Ao não indicarem o que deve ser melhorado, privam-se e privam os parceiros das oportunidades de melhoria que daí poderiam vir. Em compensação, não beliscam a auto-estima do parceiro, ainda que a própria não melhore com esta atitude. Obviamente farão as suas avaliações, dificilmente imparciais, de acordo com a experiência que tiverem. E deixam apenas transparecer as avaliações favoráveis. A não ser que tenham um castigo escondido para aplicar. E como reconhecimento que o processo da excitação feminina é muito mais complexo do que o masculino, só agora se apresentou um medicamento como o análogo feminino do Sildenafil (mais conhecido comercialmente como Viagra). Porque esta excitação não é tão mecanizada e é muito mais mentalmente elaborada. E se uma mulher estiver convencida que o tamanho é fundamental, dificilmente se conseguirá tirar-lhe isso da cabeça...

Frade satisfeito

Frade a rezar.
Estatueta em cerâmica com duas peças.
A mesa, onde está um livro, supostamente de teor religioso, retira-se e revela que por baixo da mesa está uma rapariga...
A religião sem moral... na minha colecção.

Visita a página da colecção no Facebook (e, já agora, também a minha página pessoal).



«Otimista e pessimista» - Adão Iturrusgarai


26 agosto 2015

Snaps com nudes

«conversa 2124» - bagaço amarelo

(numa esplanada)

Eu - Às vezes cansam-me as alterações de humor femininas.
Ela - Não são assim tantas...
Eu - Eu acho que são. É verdade que têm uma explicação hormonal, mas são...
Ela - São o tanas, pá! Explicação hormonal o tanas, pá! Pareces parvo!
Eu - Não te zangues.
Ela - Como é que não me hei-de zangar?! Não digas parvoíces...
Eu - Okay, eu calo-me. Não abro mais a boca a não ser para beber do meu vinho
Ela - Ah! ah!
Eu - Agora estás a rir...
Ela - Claro. Com essa conversa de bêbado...
Eu - É conversa dum gajo que bebe para esquecer que está a ter esta conversa.
Ela - Também não me ponhas assim triste. Agora não queres falar comigo?!
Eu - Estás a ver? Já estiveste zangada, a rir e agora estás triste. Tudo em dois minutos.
Ela - É melhor calares-te, antes que eu me chateie a sério.


bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»

A arte de Falk Gernegross


«Verão de 69», 2010, técnica mista sobre madeira, 70 x 100 cm


«Crepúsculo», 2009, óleo sobre tela, 100 x 140 cm

Via mon ami Bernard Perroud

Falo, eu?!


24 agosto 2015

"Até cheira a borracha queimada!" - Paulo Futre e os problemas no motor de arranque

«Estremecer» - João

"Ainda te sinto dentro de mim, apesar de me ter desligado da terra por uns instantes, sacudo-me, tremo, subi a um espaço só meu, e tu ainda estás dentro de mim, a preencher-me o corpo enquanto eu me venho, e tu seguras-me com as tuas mãos, e eu peço-te que te venhas, que te venhas também, e depressa, e em breve terei uma parte de ti no meu corpo, mesmo quando de mim saíres, e talvez eu escorra de ti, talvez eu pingue de ti, mas a minha pele recebe-te com carinho, com prazer, e não me importo. Ainda te sinto dentro de mim enquanto as minhas pernas se abrem para te receber, e repito o teu nome, um par de vezes, e multiplico isso por mais, e digo coisas que só tu entendes, e tu, tu estás numa desordem que até me diverte, a tentar fazer sentido, mas eu não te deixo, só me sacudo em ti enquanto me venho, e me venho, e tu, vem-te, acelera e vem-te, que estremeço, que quero pingar de ti, quero humedecer-me de ti, e em tudo isto eu penso enquanto te sinto, enquanto deslizas em mim daquela maneira que nada copia nem iguala, e vou-me desligando da terra, e tu beijando-me os seios, trincando-me a pele, e são instantes sobre instantes, até cairmos exaustos um no outro, e tudo isto eu vejo, enquanto tu ainda estás a entrar em mim."



João
Geografia das Curvas

Os Deuses também temem

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Alavanca


2 páginas

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22 agosto 2015

«Antes de dormir» - Porta dos Fundos

«pensamentos catatónicos (321)» - bagaço amarelo

Quando estamos sozinhos dizemos que a vida é uma merda, quando vivemos um Amor dizemos que estamos a viver uma história bonita. É o nosso subconsciente a pensá-lo, na verdade. Todos sabemos que, lá no fundo, a solidão é a realidade e o Amor é a ficção. A grande virtude do Amor é essa: tornar-nos, a todos nós, autores e intérpretes duma história qualquer.
Saímos dessa história e caímos na realidade quando temos uma chatice no Amor. Quando somos maltratados, por exemplo. É por isso que usamos o verbo cair. A realidade é sempre uma queda e só nos tornamos a pôr de pé quando nos apaixonamos de novo.
As pessoas que sofreram muito numa história de Amor, às vezes desistem dele. Passam a considerar a solidão o maior dos bens, mesmo que seja triste, e optam por viver sempre sós. Podem escrever um pequeno conto de vez em quando, mas desistem de escrever grandes romances.
É uma pena que isso aconteça, perdermos a noção de que somos nós que escrevemos a nossa história de Amor. Até porque perdemos também a noção de que é melhor uma intensa verosimilhança do que uma frágil verdade.
Viva o Amor verosímil! Abaixo a realista solidão!


bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»