20 maio 2017

Torso


«Cinema no Teatro Avenida» - por Rui Felício

(onde também era feito o Sarau da Queima das Fitas)

Para a época, o Teatro Avenida, em Coimbra, era uma sala de espectáculos que enobrecia a cidade.
Nela assisti a inúmeros filmes e várias peças de teatro.
«Cinema Erótico»
Ensaio de Douglas Keesey/Paul Duncan, Colecção Outras Obras,
Editora Taschen, Köln, 2005
Colecção de arte erótica «a funda São»
Lamento que tenha desaparecido e sido transformado em centro comercial. Agora e sempre o mesquinho interesse económico a sobrepor-se à cultura.
Era uma sala espaçosa, com uma ampla Plateia encimada e coberta em parte por um varandim onde se desenvolvia o Balcão, frisas e camarotes, tudo sustentado por uma fiada semicircular de pequenos pilares..
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Vivia-se numa sociedade fechada, em que as autoridades impunham um puritanismo férreo, proibindo revistas mais ousadas e até cortando passagens de filmes que considerassem atentatórias dos bons costumes.
Naquela noite, corria o filme “A queda do Império Romano”, em que Sophia Loren era protagonista.
Na sala cheia, nem o mais leve zumbido se escutava, numa cena em que a artista conversava com Lívio e aparecia com um avantajado decote que deixava adivinhar os volumosos seios, cuja nudez integral a imaginação juvenil da maioria dos espectadores procurava desvendar.
Como pelo efeito de uma bomba, a paz sonhadora dos jovens foi quebrada pela voz tonitruante do Batarda que, instalado na primeira fila do Balcão, gritou cá para baixo:
- Aqui de cima vê-se tudo!

Rui Felício
Blog Encontro de Gerações
Blog Escrito e Lido

Um sábado qualquer... - «Tá explicado…»



Um sábado qualquer...

19 maio 2017

Eva portuguesa - «Suíno»

Acho que já aqui disse isto, mas torno a repetir: para tentarem enganar alguém, têm que ser mais espertos que essa pessoa e não pensarem que são. Afinal, até para fazer merda é preciso ter alguns neurónios. E também não convém esquecer da lei do retorno: hoje brincas, amanhã és brinquedo nas mãos de alguém...
Eu tenho, sabe Deus porquê, alguns seres que, mesmo sem me conhecerem, me guardam um odiozinho de estimação. Bom, problema deles! O ódio, tal como o cancro, afecta quem o tem e vai alastrando e consumindo a pessoa por dentro. Ora eu, felizmente, sou bastante saudável. Porquê isto, se nem me conhecem?!... Bom, podemos recorrer a várias correntes psicológicas para o tentar explicar (eu especialmente sou fã de Freud, pois claro!), mas prefiro simplificar e dizer que é falta de uma boa foda. Afinal, gente bem amada não inferniza a vida alheia...
Um destes seres pequeninos - sim, até aí onde vocês estão a pensar eles devem ser de tamanho inferior, embora eu estivesse a falar num sentido mais abrangente - adora ligar-me a fazer marcações falsas. Como deixei de atender números privados, passou a ligar menos. Mas não desistiu! Devo ser o ponto alto da sua miserável existência. Obviamente, e porque ser-se burra ou ignorante não é condição para ser puta, passei a conhecer-lhe a voz. Situação de que lhe dei conhecimento aquando de mais um simpático telefonema. E então de que se lembra o porco? Disfarçar a voz quando me torna a ligar, tapando com um pano o bocal do telefone. E sempre a ligar de números diferentes, pois eu vou-lhos bloqueando. Bom, como para puta, puta e meia, respondi ao suíno da mesma maneira: apertei o nariz com os dedos para lhe responder. Desligou na hora! :-) :-) :-) Foi um fartote de rir! A minha amiga chorava de tanto rir. Disse que eu fiquei com voz de porco. Daí o título deste post. Porque a minha foi resposta à dele. Pessoal, a sério, há necessidade?!...
Beijos doces, quentes e picantes aos meus amores. E pronto, um para os ressabiados. :-)


Eva
blog Eva portuguesa - porque o prazer não é pecado

Delícia suprema!

Art by Serge Marshennikov - Sweet morning

Delícia… quando penso em ti, sinto um inflamável desejo querendo explodir em constelações de orgasmos.

Viajo… pelas ruas alucinogénias e no submundo de delírios.
Em que o aroma do teu corpo deixa-me num tesão crescente, intenso e delinquente.

Toco… o teu corpo, a tua carne, preparando o caminho, onde faço a mais insana poesia para me deitar contigo na mais deliciosa orgia.

Beijo… e imploro a tua boca, a tua língua, a tua fome…
Degusta-me, bebe-me e faz-me vibrar. Quero ser o teu mais saboroso gole neste dia louco… delirante onde eternizamos cada instante.

Delícia suprema!
Somos Nós!

A.Braga

Luís Gaspar lê «Grito» de David Mourão-Ferreira

Cedros, abetos,
pinheiros novos.
O que há no tecto
do céu deserto,
além do grito?
Tudo que é nosso.

São os teus olhos
desmesurados,
lagos enormes,
mas concentrados
nos meus sentidos.
Tudo que é nosso
é excessivo.

E a minha boca,
de tão rasgada,
corre-te o corpo
de pólo a pólo,
desfaz-te o colo
de espádua a ‘spádua.
São os teus olhos.
Depois, o grito.
Cedros, abetos,
pinheiros novos.
É o regresso.
É no silêncio
do outro extremo
desta cidade
a tua casa.
É no teu quarto
de novo o grito.
E mais nocturna
do que nunca
a envergadura
das nossas asas.
Punhal de vento,
rosa de espuma:
morre o desejo,
nasce a ternura.
Mas que silêncio
na tua casa!

(Do livro “Música de Cama”, na Editorial Presença)

David Mourão-Ferreira
David de Jesus Mourão-Ferreira (24 de Fevereiro de 1927 — 16 de Junho de 1996) foi um escritor e poeta lisboeta licenciado em Filologia Românica pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa em 1951, onde mais tarde, em 1957, foi professor, tendo-se destacado como um dos grandes poetas contemporâneos do Século XX.
Ouçam este texto na voz d'ouro de Luís Gaspar, no Estúdio Raposa

#tinhamostudo - Ruim

É incrível como por vezes conseguimos decidir em segundos se nos vamos dar bem com alguém ou não. Nem precisam de abrir a boca. Às vezes, basta olharmos para a cara da pessoa para tirarmos logo a nossa ilação do que ali está (muitas vezes errada, é verdade!). Claro que se um gajo tiver umas grandes mamas, um rabo espectacular e se chamar Carla, é bem capaz de ser o nosso próximo melhor amigo, mas não é desse "gostar" que estou a falar. Uma cara que olhamos e com quem criamos empatia. Uma cara que gostávamos de ver sentada à nossa mesa. Pode até dar-se o caso de que essa pessoa depois tenha algum tipo de gesto que destrua essa imagem, mas aquela empatia inicial aconteceu na mesma. Como também podemos achar alguém insuportável e ainda nem olhou para nós ou nos dirigiu a palavra. Tipo um gajo com umas grandes mamas, um rabo espectacular e que se chama Carla, mas com uma cara de embirrante a pedir um par de estalos.
E eu almocei com um gajo desses (não "o" Carla). Um gajo que tinha tudo para ser o meu próximo "bestie". Já me estava a ver com ele a praticar vela ali no Tejo (o que é incrível, pois nem eu nem ele percebemos alguma coisa disso). Ou a irmos a provas de vinhos os dois e ele ficar impressionado com o meu conhecimento superficial sobre castas. Ou irmos plantar uma árvore na serra de Sintra (isto está a ficar um pouco homoerótico). Mas não vai dar. Não vai dar, porque ele pôs ketchup no arroz. Ele pôs ketchup em arroz de ervilhas com filetes. Este gajo é, a partir de agora, meu inimigo mortal. Quero que ele meta mas é a árvore no cu e que vá andar de vela com os amigos dele. É má companhia. Adeus.

Ruim
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18 maio 2017

Luta pela beleza natural

"Numa altura em que a segurança (ou não) de certas técnicas anti-envelhecimento faz títulos nos jornais, o «LPG Endermologie» denuncia os excessos de práticas descontroladas. Visam tornar as mulheres conscientes de que existem alternativas 100% naturais, usando tecnologias completamente mecânicas que são inofensivas para a pele e características de cada pessoa."

Postalinho de Itália 3

"Ex-votos de forma fálica no Museu da Catedral de Anagni."
Paulo M.


«Anima - Druuna - as origens» - Paolo Eleuteri Serpieri

Geomais Estoril, 1ª edição, 96 páginas, 2015.
Livro de banda desenhada, a juntar-se a muitos outros na minha colecção.


















A colecção de arte erótica «a funda São» tem:
> 1.900 livros das temáticas do erotismo e da sexualidade, desde o ano de 1664 até aos nossos dias;
> 4.000 objectos diversos (quadros a óleo e acrílico, desenhos originais, gravuras, jogos, mecanismos e segredos, brinquedos, publicidade, artesanato, peças de design, selos, moedas, postais, calendários, antiguidades, estatuetas em diversos materiais e de diversas proveniências, etc.);
> muitas ideias para actividades complementares, loja e merchandising...

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Quem quiser investir neste projecto, pode contactar-me.

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«Bar sadomaso» - Adão Iturrusgarai