15 janeiro 2018

Pornhub - «Hanukkah Gets Lit»

«Pequeno tutorial sobre fineza no uso dos smartphones» - Cláudia de Marchi

No tutorial de hoje vou ensinar você cidadão "internético", "super hiper mega ocupado", "infiel", "workaholic" ou o diabo que você seja a usar seu smartphone com elegância durante o convívio humano real.
Sim! Sabe estes seres humanos que, teoricamente, você escolheu estar próximo, mas que, apesar disso, lá "atrás da tela" existem assuntos, pessoas, notícias ou o que for que lhe interessam mais? Então esse povo aí que, popularmente, se chama de "companhia" (paga ou não) merece respeito.
Acho deselegante, desrespeitoso e feio estar na companhia alheia e não largar o telefone celular, logo, sugiro: a) se isole!; b) faça um curso de etiqueta ou; c) aprenda a "desconectar-se" para viver um pouco do mundo real, ao lado de pessoas que você pode abraçar, beijar e dar um tapinha no ombro.
Seguidamente, eu brinco de espelho: fulano pegou o celular, espero um pouco e faço o mesmo, para ver se a pessoa se toca da própria ausência de fineza, já que fazer cara de descontente não ajuda. Mas, elas nunca se flagram!
Estamos vivendo tempos difíceis, em que é fácil dizer "saudade" no WhatsApp e ignorar a presença alheia, é fácil ser legal na mesa de bar, de cara cheia, difícil é adentrar em assuntos profundos, agradáveis que vão além do senso comum superficial com alguém que tem "tudo" pra ser burro, mas não é. Com quem você menospreza, enfim.
Fácil é "gostar" da boca pra fora, simpatizar, curtir a trepada e a aparência, difícil mesmo é saber cuidar, respeitar e demonstrar o apreço em atitudes. Tantas pessoas neste vasto mundo, se desumanizando aos poucos, mas se sentindo tão "nobres", tão superiores, tão acima de qualquer desequilibro!
Pessoas vivendo sem coragem, sem maturidade, complicando o simples, se escondendo atrás de uma pseudo empatia covarde, de uma bondade arrogante, que às vezes eu penso que tais pessoas só respiram, porque viver mesmo elas não sabem e os smartphones colaboram para sua plena imbecilização: não se vivenciam momentos, se digita! E a presença alheia que se dane, porque o que importa está ali, atrás da telinha do celular. Oh, que mundinho de gente infeliz!

Simone Steffani - acompanhante de alto luxo!

Fodas de sonho

Crica para veres toda a história
Aventuras de uma verdadeira cabra 2017


2 páginas

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14 janeiro 2018

«pensamentos catatónicos (345)» - bagaço amarelo

a gestação do Amor

Nunca declarei Amor a ninguém antes dele me acontecer. Declarar um Amor antes do tempo é como fazer uma pergunta à qual o outro não pode responder negativamente. É uma pressão muito grande, convenhamos, levar com uma declaração dessas por parte de alguém de quem não gostamos assim tanto. Temos que escapar pelos intervalos da chuva com um atrapalhado "não estou preparado" ou "deixa-me pensar". Depois de um Amor acontecer e enquanto ele dura, seja um mês ou cem anos, tento tento declará-lo todos os dias. Antes disso não.
A melhor forma que um Amor tem para nascer não é uma negociação serôdia e verbal, mas sim um caldeirão de impulsos, saliva e suspiros. Por isso mesmo é que a cama é o melhor sítio para declarar esse Amor. Depois de e não antes de. Chama-se intimidade e é um dos condimentos essenciais de qualquer paixão.
Antes do nascimento, porém, o processo do Amor não é um vazio. Muito pelo contrário, está na sua fase de gestação, que pode ter durações tão variadas quanto o próprio Amor em si. Na gestação do Amor não o declaramos, mas manifestamo-lo. Jogamos às escondidas querendo ser apanhados e interessamo-nos quando às vezes mostramos desinteresse, aproveitando cada momento como se tentássemos agarrar água e sofrendo cada ausência como se estivéssemos a perder uma guerra.
A gestação do Amor é essencial para percebermos se estamos apaixonados ou não. A cama também. Antes disso, não declaremos o que ainda não existe.


bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»

Um gajo prafrentex


Eu até sou um gajo prafrentex que compro a Time Out e tudo e até leio a crónica completa do RAP na Visão mas tenho de pôr esta gaja a andar que me dá cabo da moleirinha.
A gaja tem opinião sobre tudo, o que vá lá, até podia ser uma coisa normal mas fá-lo com uma tal assertividade, que é uma palavra cujo significado aprendi há pouco tempo com ela, que me chego a sentir pequenino no meu metro e oitenta e cinco de altura. Não sei explicar mas não há ali uma pontinha de humildade, uma maneira de dizer em que se peça desculpa por o afirmar e se estenda a quem ouve uma passadeira para mostrar que sabe mais sobre a matéria. Bem sei que quando erra é a primeira a puxar o assunto para o reconhecer mas até isso já me irrita porque bem que podia ser hipócrita e escondê-lo para me dar a oportunidade de ser eu a levantar a lebre e a brilhar.
E depois não é que eu queira que ela ande na rua toda tapada como as islâmicas que vá lá ver eu sou um gajo aberto mas a ousadia dos seus decotes e as saias e as calças que escolhe parecem propositadas para lhe destacar o rabo e põe-me a matutar que se eu vejo, todos os gajos vêem, capazes até de bater uma à conta dela como se ela estivesse disponível e não fosse minha. Como quem não quer a coisa já lhe fiz alguns comentários ao que veste mas ela como quem bebe um copo de água retrucou-me com um sorriso irónico que como fazia questão de não dar palpites sobre a forma como eu me vestia aceitava ter o mesmo direito.
Mais a mais, tem ainda o péssimo costume que a princípio eu até achava graça de me apalpar o traseiro na via pública e todos os dias mostra vontade de, o que à partida é o sonho de qualquer gajo, desde que não seja sempre a primeira a fazê-lo sem me dar hipótese de saborear a sua conquista e isto tudo somado, martela-me os nervos todos os dias.

São Pacheco

É que tenho mesmo uma cura milagrosa para a tosse. Por acaso a cura é mamarem-me o Pacheco mas não o digo por ordinarice. É por pura bondade.

Patife
@FF_Patife no Twitter

13 janeiro 2018

«talvez os braços sobre o ventre» - Susana Duarte

talvez os braços sobre o ventre,
ou a serena mansidão da espera intermitente.

escolho os braços,
e deixo de parte a antiguidade dos sonhos.
escolho os braços.


talvez os olhos claros sobre os dedos,
ou a interioridade do ventre
sobre os interstícios dos corpos.
escolho os braços

e a noite clara.

talvez sejas o sonho dissipado na névoa
das manhãs de outrora.
ou a memória viva
da pele
sobre a pele.

escolho os braços,
e deixo de parte a espera.
espreito o dia, como um espreita-marés
que, sobre os flancos, olha as margens

e navega sereno sobre os braços.

antes os braços com que me passeias
sobre o ventre, que os interstícios infindos
de corpos sem flanco.

Susana Duarte
Blog Terra de Encanto
Facebook

Zé Inocêncio - as aventuras extraordinárias dum falo barato

Reedição do livro de banda desenhada de Nuno Saraiva.
Junta-se à primeira edição, na minha colecção.



A colecção de arte erótica «a funda São» tem:
> 1.900 livros das temáticas do erotismo e da sexualidade, desde o ano de 1664 até aos nossos dias;
> 4.000 objectos diversos (quadros a óleo e acrílico, desenhos originais, gravuras, jogos, mecanismos e segredos, brinquedos, publicidade, artesanato, peças de design, selos, moedas, postais, calendários, antiguidades, estatuetas em diversos materiais e de diversas proveniências, etc.);
> muitas ideias para actividades complementares, loja e merchandising...

... procura parceiro [M/F]

Quem quiser investir neste projecto, pode contactar-me.

Visita a página da colecção no Facebook (e, já agora, também a minha página pessoal)

Eva portuguesa - «Para sempre»

Não gosto menos de ti nem te quero menos desde que nos afastámos. Não deixei de pensar em ti ou de sonhar connosco. Apenas aprendi a controlar, a guardar e arrumar numa das minhas gavetas o que sinto por ti. Para estimar e reservar. Aquilo que conquistaste em mim, é teu e só teu. Só tu poderás voltar a tocar-lhe. Quando eu, tu e a vida quisermos. Não preciso de te esquecer. Nem quero. Vou só deixar de lado por agora tudo e tão pouco que vivemos. (Ou terei sonhado?). Mas acredito que um dia será diferente. Tenho que acreditar. Pensar assim ajuda-me a viver com a dor da tua ausência. Estou tranquila, calma. E se o destino quiser que nos voltemos a cruzar... que seja para sempre.

Eva
blog Eva portuguesa - porque o prazer não é pecado

12 janeiro 2018

Postalinho de Florença - 1

"Portas com relevo, em bronze, da entrada para visitantes da Catedral de Santa Maria del Fiore, em Florença.
Vendo bem... o que é que a senhora esta a fazer ao líder religioso?!"
Paulo M.




«Conceito de beleza» - por Rui Felício

Passam agora oito anos que nos dias 7 e 8 de Janeiro de 2010, cerca de quarenta investigadores de dezasseis países diferentes cruzam a política, a história, as artes, a literatura, o desporto, a medicina e as ciências sociais para reflectir sobre o “belo” e o “feio”.
Tratou-se de uma iniciativa do IELT, organizada em parceria com o CORPUS – International Group for the Cultural Studies of the Body .
Na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa
Esta notícia sugeriu-me a seguinte reflexão:
Nas últimas décadas, tem vindo a ser recuperado o conceito de beleza helénica, de linhas equilibradas, simétricas, suaves, expurgadas de imperfeições.
As mulheres eram apresentadas de seios pequenos, erectos, nariz atilado, lábios cheios, cabelo tratado.
Os homens, de cabelo encaracolado, olhos profundos, peitorais firmes, musculados, ventre liso e pénis pequeno.
Pelo meio dos séculos, o conceito de beleza passou por variados padrões. Todos se lembram das matronas anafadas da Renascença ou das macilentas mulheres da época romântica.
Ou dos homens rudes, guerreiros, mal lavados dos tempos da Reconquista Cristã.
Ou mesmo dos efeminados cavalheiros do séc XVIII, de cabelos empoeirados e finas pernas envoltas em apertadas meias de seda.
O belo e o feio são conceitos, são modas.
Mas, transversal a todas as épocas é o conceito imutável de que a beleza resulta mais daquilo que se é, do que daquilo que se aparenta ser.

Rui Felício
Blog Encontro de Gerações
Blog Escrito e Lido

«Um prazer na noite» - Mário Lima


O carro aproximou-se da falésia. De mãos dadas contemplam as luzes que se estendem sob os seus olhares. Tinham deixado por instantes aquele seu mundo, o corrupio da grande cidade sempre com pressa de chegar a lado nenhum. Olharam para as estrelas, não para o lado das luzes da cidade que tudo escondia, mas em sentido contrário onde a escuridão era absoluta. Só as luzes do carro denunciavam as suas presenças.

Ele passou-lhe a mão pelos ombros e aconchegou-a contra si. As suas bocas uniram-se num beijo apaixonado. Estavam sós naquele lugar! Aqui e ali cigarras batiam as asas freneticamente numa chamada para acasalamento.

Uma brisa suave acariciava-lhe o rosto, trazendo-lhe o cheiro daquele cabelo de mulher que lhe embrenhava os sentidos, trazendo-lhe sensações de prazer. A sua mão foi descendo pelo cabelo sedoso, enquanto ia mordiscando ao de leve o lóbulo da orelha, passando em seguida os lábios pelo pescoço suavemente, sentindo um frémito percorrendo o corpo dela. Olhou no seu olhar e viu nele o desejo de fazer amor, naquele sítio, naquele lugar, tão perto e tão distante de todos.

Recostou o banco para trás. Retirou-lhe as alças do vestido e o peito ficou-lhe a descoberto. Foi acariciando enquanto se desfaziam do resto da roupa. Movimentavam-se na procura de uma melhor posição para que a busca do prazer final não fosse dificultado por entraves de outra ordem que não aquele em que ambos os corpos se empenhavam.

De repente ele ouve um pequeno riso da parte dela. Curioso pergunta-lhe a razão disso. Sabendo que não tinha caído bem naquele momento esse seu riso, responde-lhe que a oscilação do carro que estava a sentir só em filmes é que tinha visto. Ele olha fixamente o rosto da mulher que estava por cima de si. Levanta-se, e veste-se. Enquanto isso ela olha-o espantada como a perguntar a razão dessa atitude. Diz-lhe para se vestir também, olha para as luzes da cidade, para as estrelas, gira a chave na ignição e, como se estivesse sozinho, vai de encontro ao seu mundo. Estava desejoso de um café, seria o seu prazer dessa noite ao som de uma bela música.

Mário Lima
Blog O sonhador

#anos90 - Ruim

A primeira nude #vinteanosdeMIRC
- "Oi..."
- "Oi..."
- "m/f?"
- "m... e tu?"
- "f..."
- "ddtc?
- "espera a minha mãe quer fazer uma chamada telefónica. vou ter de desligar a internet. se não ligar a culpa é da telepac lol"
- "lol"
*10 minutos depois*
- "oi..."
- "oi..."
- "ainda aqui?"
*Ruim69 slaps BocaLouca81 around a bit with a large trout*
- "lol és bué engraçadux"
- "ya. então ddtc?"
- "Paivas. E tu?"
- "Perto das Paivas, mas ainda mais perto de ti. Olha pela janela e acena!"
- "CREDO!"
- "estou a brincar LMAO"
- "idd?"
- "15... e tu?"
- "16."
- "tens cara de ser gira, mesmo não tendo visto foto nenhuma"
- "lol faxes-me rir"
- "posso fazer outras coisas acabadas em ir...!"
- "COMO?"
- "sorrir, por exemplo..."
- "opá és bué fofix. vou mandar uma foto minha"
- "oh, não é preciso mas se kiseres..."
- "estou à procura mas só tenho na praia em bikini. ha mal?"
- "eu preferia ver o teu sorriso, gata. mas ok... se tem de ser..."
- "vou enviar. mail ou por aqui?"
- "manda por aqui"
- "está a ir, acho eu."
- "sim, 0,9 kb por segundo. esta internet é mesmo de última geração"
- "vai a 45%"
- "quase a vir-me"
- "COMO?"
- "*ver-te. enganei-me lol"
- "tontinho..."
- "Vai nos 54%..."
*conexão cai*
- "F#DA-SE! FIQUEI SEM A INTERNET? Ó MÃE! MÃAAAAAAAE! ACONTECEU ALGUMA COISA À INTERNET? A INTERNET NÃO ESTÁ A INTERNETAR. O QUÊ? TIVESTE DE FAZER UMA CHAMADA? A MEIO DE EU RECEBER UMA NUDE? MAS TU ESTÁS A BRINCAR COMIGO? ESTAVA NOS 54%! SÓ RECEBI ATÉ ÀS MAMAS. VÁ, E UM POUCO DO UMBIGO. ISTO NÃO SERV...não? Serve, sim senhor. MÃE, EU VOU ESTUDAR, OK? NÃO POSSO SER INCOMODADO!

Ruim
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