01 fevereiro 2005

Absurdamente



Despejo aqui palavras de amor.
Se as palavras fossem água
Ter-te-ias já afogado,
Se fossem estrelas
Terias sempre o dia.
Escrevo aqui palavras absurdas.
Absurdamente grandes
Absurdamente apaixonadas
Absurdamente arrebatadas.
Quem sabe não te arrebatem
Não te elevem
E navegues essas águas
E cavalgues essas estrelas
E venhas matar-me a sede
E acender o dia em mim


Mais um joguito - Morte aos espermatozóides

Pratica esta alternativa ao coitus interruptus:

Sperm Game

Já reparaste que no menu lateral há muitos mais jogos?...
E aqui, tens uma selecção de alguns jogos especialmente recomendados pela funda São.

Apressem-se que ainda poderão licitar a tempo

A dona destes... deste valente par de... pôs as mamocas a leilão como espaço publicitário.
Lance mínimo - 750 dólares (mas por 2500 dólares garantem que ficam com o espaço).
É uma alternativa bem económica face a outros meios publicitários, já que naquela área de grande volume cabem pelo menos 12 outdoors normais.
E não é caso único: há já quem tenha alugado a testa.

Tá lá?!...


m pleno acto ela diz:
- Pareces um telemóvel.
- Vibro muito, não é?
- Não. Quando entras no túnel perdes rede.

(enviado por Fernando Costa)

31 janeiro 2005

Ares do campo

Ai Manela, o que eu gostei daquele ano que fui trabalhar lá para trás do sol posto. A vida no campo tem o encanto dos galos a cantar de manhã, dos grilos a fazerem uma zumbideira estridente e da maior diversão local serem as cambalhotas a qualquer hora do dia e em qualquer sítio.

Ora Manela, foi ali que eu conheci aquele homenzarrão, com as maçãs do rosto coradas como eu já não julgava possível e a exalar saúde por todos os poros, como um touro. Porque aqui entre nós Manela, não é qualquer um que aguenta 4 horas seguidas a bombar, mesmo que se mudem as posições de cima para baixo ou de baixo para cima, de lado, de pé, de joelhos ou deitados. E aquele homem, Manela, usava-as todas, sempre!...

E cheirava-me a toda a hora e a todo o instante, capaz de farejar o meu cheiro primitivo usualmente mascarado por um Kenzo. Para já não falar da forma como ele acarinhava o meu clitóris, como quem come azeitonas rodando-as delicadamente nos dedos e depois lhe dá uma travadinha para lamber todo o molho do prato.

Sabes Manela, às vezes dava-me vontade de embrulhá-lo, pôr-lhe um laçarote e despachá-lo de presente para ti e para as restantes amigas.

O único senão Manela, é que o homem tinha o hábito de todos os meses me trazer um par de brincos, perante a minha surpresa muda. Ele eram bolinhas, pendurezas de cores, florinhas estilizadas e tudo o mais que houvesse na ourivesaria da vila, o que como bem sabes Manela, só revelava que aquele gajo, durante todos aqueles meses, nunca tinha reparado que eu não tinha as orelhas furadas.

Campanha eleitoral

Encontrei este interessante post no Lilás com Gengibre... dá que pensar na nossa campanha eleitoral... talvez tenhamos muito a aprender com os nossos vizinhos...


"Acabo de esbarrar nesta ida campanha eleitoral do partido NÓS - Unidade Popular, da vizinha Galiza. Como rosto da Campanha, escolheram cartazes que ilustram que os amores são diversos e heterogéneos, tanto quanto as decisões políticas de cada um/a. Bela ideia para se agarrar nesta campanha eleitoral tuga, longe dos típicos não-ditos e do jogo do esconde-esconde, hein? Todos os cartazes estão disponíveis para download nas seguintes versões:
mulher-homem
mulher-mulher
homem-homem"

Que importa o amanhã?

foto: Christian Irlesberger

No momento do abandono
No momento em que procuro o consolo
Que me vem do que me dás.
No momento em que tudo o que importa
É quebrar as barreiras
Que o próprio corpo impõe.
No momento em que o prazer
Cala a razão
E és vida que pulsa dentro de mim
Quero lá saber do mundo
De razões e explicações
Se vão secar oceanos, desabar montanhas
Se haverá amanhã.
Cerro as pernas
E o mundo está ali
Nas tuas ancas coladas às minhas
No teu corpo colado ao meu
No teu sexo que me dá vida.
Que interessa o mundo
Quando rasgando-me
Penetro no teu?



Video campestre e bucólico

Cantemos todos:
Ó laró laró laró quicu laró quicu laró quicu
Ó laró laró laró quicu laró quicu laruuuuuu

E até podem continuar, se quiserem:
Avozinho diz-me tu
Quantos pelos tens no olho do cu...

Este frio inspira-nos...


(gelado preparado pela Gotinha)

30 janeiro 2005

Jantar de blogs dia 26 de Fevereiro em Coimbra

Eu vou, se tiver companhia...
A organização é do Pastel de Nata e do Blog do Alex.
As inscrições São feitas para este e-mail (indicando nome, blog e número de pessoas) até 20 de Fevereiro.

Não à beleza pseudo-padronizada!

Concordo a 119% (100% mais IVA) com a Dove: "Devido aos media e às influências da vida quotidiana, as raparigas de todo o mundo querem ser mais magras, mais altas, mais loiras, terem um peito mais definido. [É necessário] superar esses ideais limitativos ao colocar o mundo da beleza no devido contexto".
A Campanha por Beleza Real é um mimo e pode ver-se espalhada por aí, em outdoors.
Só posso aplaudir.



E quem melhor que o OrCa para oder estes pseudo-padrões?

Às belas feias deste mundo (e do outro, até...):

Ser-se bela é uma balela que nos vendem pela rua
Na verdade a bela é aquela que o meu corpo pressente
E é assim que à beleza cada um chamará sua
Ficando então a certeza de que é bela tanta gente

Esta bela narigueta, aquela bela sardenta
Outra vesgamente bela e outra aquela fortemente

Não se corra por quimeras, silicone ou ilusões
Há quem goste delas feras, há quem ame matacões

Um querer seio menor, um beijar-lhe cada ruga
Um perder-se por sinal, um fétiche por verruga

No amar e no desejo é que o busílis se encontra
Saber gostar de beijar o bigode a uma lontra

No fundo o que mais importa quando se ama a mulher
Não é ver-lhe a perna torta, é a delícia de entrar

Diz quem sabe e é avisado que a melhor queca dada
Não será à bela amada mas à feia apaixonada
Porque aquela tem de sua a dispersão da escolha
Enquanto esta bem sua para encontrar quem a colha

Machismo? Não, é o mundo com seus pequenos defeitos
No fundo, muito no fundo, somos todos imperfeitos

Pois daquele que a feia ama e a quem a feia apetece
Lá diz o velho ditado que bonita lhe parece...

E decerto quererás mais contigo na paixão
Uma feia enlouquecida do que a bela sem... senão!

29 janeiro 2005

Corrente de dildos?!

Não percebo! Os dildos não se ligam à corrente... e mesmo com vibradores é pouco prático (abençoado inventor das pilhas).
Mas a Gotinha e o Japinho ligaram-me a esta corrente de dildos e não consigo escapar (nem me apetece... hmmm...). Vamos lá então introduzir os dildos :



Esta máquina consoladora faz parte da minha colecção de arte erótica e funciona mesmo. Procuro voluntários (M/F) para testar o mecanismo. Alista-te, diziam. Terás vida pura e sã sacanagem
Para continuar a corrente, nada melhor que os meus parceiros de votação desta semana na Primula da Cooperativa (ou lá o que é):
A Razão tem Sempre Cliente
Correr do Vento
Diário de um Pintelho
(In)Certezas
Visitem-nos e depois votem em consciência... em mim, claro (estou a brincar)

Hospitalidade do Euro

Ai Manela, as saudades que tenho do Euro! Recordo-me do jogo contra a Holanda em que estive no Alvalade XXI a ver a selecção nacional mostrar tomates e garra, toda eu equipada com uma camisolinha vermelha, de generosíssimo decote e uma saiazinha verde, toda ela preguinhas.
Na euforia do final, do mar de gente e de buzinas acabei por desembocar nas Docas no meio de um grupo de tichartes laranjas que davam para lavar muito bem as vistas e Manela, reparei nuns olhinhos meigos, com jeito de gatinho a pedir festinhas, tipo cereja no topo de um corpo proporcionalmente musculado e realçado por umas nádegas rijas enformadas nuns calções brancos.
Oh Manela, a hospitalidade nacional começou a alastrar toda por mim e desviei o holandês para o Parque da Belavista, a pretexto de lhe mostrar o local onde decorrera o Rock in Rio. O calor dos nossos corpos derretia a ventania e transformava a relva num colchão fresco e macio. Apalpei-o palmo a palmo enquanto ele me vampirizava o pescoço e as orelhas. Mediu-me as laranjas e desceu para sugá-las enquanto eu lhe remexia os cabelos crespos e louros. O holandês foi escorregando cada vez mais e deslizou a sua língua, em linha recta, até ao umbigo e continuou por ali abaixo como uma bola por um relvado. Retribuí descendo do seu pescoço para os seus mamilos, acelerando até ao umbigo para ainda mais veloz lhe absorver a espessura do apito que as minhas mãos seguravam.
Era perfeitamente audível a voz da Nelly Furtado a encher o ar com o «camone mai force, camone mai force». Ele puxou-me para ele e eu saltei-lhe para o colo, para ele finalmente meter golos sucessivos, em grandes penalidades estrategicamente estudadas. Sempre encaixados, agachámo-nos e eu acabei por o atirar para trás, para descansar o dourado dos cabelos na relva verde bandeira, enquanto eu galopava, de cabelos ao vento, à desfilada. As buzinas não paravam nas ruas circundantes e quase juraria que vi fogo de artifício na noite de Lisboa.
E Manela, sabes que me lembrei foi do Astérix entre os Helvécios, já que aquele holandês bom como o milho poderia perfeitamente exclamar «Estes portugueses são doidos! Primeiro, batem-nos; depois, tratam-nos das feridas!».