Oh, pá, a sério... a mim vem-me calhar tudo!
Recebo um e-mail de alguém que me pergunta as condições e me pede sigilo absoluto, pois é padre.
Ora bem, primeiro que tudo, seja quem for, não só dou como exijo sigilo absoluto. Depois, não tenho nada a ver, nem me interessa a profissão que o cliente tenha, seja ministro ou traficante. Desde que me trate bem e me pague, é-me completamente indiferente. Terceiro: se o senhor não dissesse, eu não saberia.
Bom, a tal pessoa diz que então vem ter comigo e que, como vamos ambos pecar, se oferece para me ouvir em confissão.
Juro: tive que morder a língua para não responder, porque esta figura precisa de alguém que o ponha no lugar dele! Se quer falar em pecados, fale nos dele, porque de mim não sabe nada! E ouvir-me em confissão?! Oh, por favor! Realmente o sexo faz muita falta! Já se costuma dizer: "gente bem fodida não se mete em vida alheia"! E, para não alterar a ideia que eu tenho da igreja católica, fez uma falsa marcação! Parabéns ao senhor prior! Que não acredito nem por um instante que seja quem diz ser. E a sacanagem e baixeza de carácter são tantas que ainda teve o descaramento de me enviar hoje um e-mail a dizer que tinha estado comigo, que tinha gostado e que vai fazer uma publicação naquele fórum nojento! A sério?! Fez uma marcação falsa e vai fazer uma publicação?!
Mais um retardado mentiroso... já são poucos! Que a paz esteja com ele!... ah ah ah ah ah
PS - Obviamente, o remetente destes e-mails está bloqueado.
Eva
blog Eva portuguesa - porque o prazer não é pecado
30 dezembro 2015
29 dezembro 2015
... e de têxteis!
"Verões chuvosos e calças apertadas são terríveis prós tomates."
Vincent Poursan no Twitter
Assim se vê quem afinal percebe da lavoura.
Sharkinho
@sharkinho no Twitter
Vincent Poursan no Twitter
Assim se vê quem afinal percebe da lavoura.
Sharkinho
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Mulher nua no meio de muita verga
Grande fruteira (41cm de diâmetro) em faiança com moldura à volta, em vime (sim, sim, seus malandrecos, vime).
Uma excelente obra de artesanato proveniente da França para a minha colecção.
Visita a página da colecção no Facebook (e, já agora, também a minha página pessoal)
Uma excelente obra de artesanato proveniente da França para a minha colecção.
Visita a página da colecção no Facebook (e, já agora, também a minha página pessoal)
28 dezembro 2015
«Não estás a entender» - João
"Não estás a entender, dizia-lhe, e os corpos agitavam-se, e ela chorava e resistia, e dizia que não podia, que não devia ser assim, que tinha de ser mais, que só podia ser mais, e ele a pegar-lhe e ela a contorcer-se, e os pulsos a querer fugir e ele a agarrá-los com força, e a encostá-la à parede com força e a dizer-lhe ao ouvido que não estava a entender, que não era nada disso, e ela a debater-se como se fosse uma virgem da Ilha dos Amores numa fuga agitada mas cheia de vontade, a dualidade de não querer e querer tanto, e o sexo a acontecer entre eles, a parede a segurá-los, mais a eles que ao resto do edifício, e ela a queixar-se que era pouco, e ele a insistir que não era nada disso, e depois, depois de ela se vir e tremer até ao chão, sem forças, ele a pegar num casaco quente e a cobrir-lhe o corpo a arrefecer, e a aninhar-se frente ao seu rosto e a repetir-lhe que não tinha entendido nada, que não era nada daquilo, e ela percebeu então. Percebeu por causa do casaco quente, dos olhos dele, e porque não se foi embora como nas histórias de foda, dos dias curtos de sentir."
João
Geografia das Curvas
João
Geografia das Curvas
27 dezembro 2015
«Batucada» - Kunstenfestivaldesarts 2014
Performance criada por Marcelo Evelin, coreógrafo brasileiro, sobre as ideias e a dinâmica do convívio humano, concentrando-se no corpo como meio de expressar-se no espaço público.
Batucada / Kunstenfestivaldesarts 2014 from Kunstenfestivaldesarts on Vimeo.
Batucada / Kunstenfestivaldesarts 2014 from Kunstenfestivaldesarts on Vimeo.
«respostas a perguntas inexistentes (318)» - bagaço amarelo
Conversar era um hábito que perdera com o casamento. Uma vida a dois, preenchida por quatro filhos, afastara-o do mundo que conhecera alguns anos antes, mas que agora lhe parecia longínquo. Um mundo de conversas com amigos e de copos babados, de alguns abraços e de olhares soltos para mulheres desconhecidas.
Adormeceu à mesa.
A mulher dele tinha sido a minha primeira namorada. Éramos então dois adolescentes, cujo Amor parecia impossível de terminar um dia e cuja vida se adivinhava dinâmica e feliz. Sem sobressaltos, sem zangas, sem filhos. Sobretudo sem adormecermos à mesa derrotados pelo cansaço.
Creio que durou um mês, esse sonho.
O Fred ressonava. Acordei-o com o cuidado de um pai que acorda um filho, dei-lhe um cobertor e mandei-o para o sofá da sala.
Fechei a luz, ouvi-o ressonar e telefonei à Laura.
- O teu marido dorme cá hoje!
Do outro lado ouvi o silêncio mais pesado que se pode ouvir. Passou-me tudo pela cabeça, incluindo a certeza que ela tinha de que estivéramos a beber até um de nós adormecer. Talvez estivesse desconfortável pelo leque de possibilidades temáticas que dois homens que dormiram com a mesma mulher podem ter. Talvez até já nem se lembrasse de mim.
- Laura?!
O silêncio continuou mais um pouco, mas desta vez com uma respiração libertadora.
- Que saudades que eu tenho duma noitada assim! - disse ela.
- Compreendo!
- Lembras-te de nós? - Insistiu.
- Lembro. Claro que lembro.
E o silêncio tornou-se mais leve.
bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»
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