13 janeiro 2016

«conversa 2143» - bagaço amarelo

Ela - Lembras-te da noite em que tentaste ir para a cama comigo? Foi tão engraçado...
Eu - Tenho uma ideia...
Ela - Tens uma ideia?! Só tens uma ideia da noite em que tentaste ir para a cama comigo?!
Eu - Foi há tanto tempo...
Ela - Nem sequer sabes há quanto tempo foi?!
Eu - Diz-me só se consegui ou não, por favor.
Ela - Claro que não, seu parvalhão.
Eu - Então querias que me lembrasse de quê?
Ela - De teres tentado...
Eu - E lembro... quer dizer, tenho uma ideia.
Ela - Foste para a cama assim com tanta gaja, que só tens uma ideia?
Eu - Não, não fui, mas tentar, lá isso tentei.
Ela - Percebes porque é que não foste, não percebes?
Eu - Percebo. Para as mulheres, uma tentativa já é digna de ficar na memória. Para um homem não.
Ela - Estás a chamar-me o quê?!
Eu - Nada. Estou só a dizer que a minha memória é muito má.


bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»

Postalinho de Bragança - 5

"Frase num muro do centro histórico de Bragança, relembrando-nos que nem tudo o que nos fode é erótico."
Paulo M.


Desabrochem!


12 janeiro 2016

Preferências



HenriCartoon

Antiga vilã

Apollonie Sabatier serviu de molde para a escultura de Auguste Clésinger 



Tu, mulher! 

Desde sempre carregas o fardo, 
Pesado,
Dos mais torpes sinônimos.
Chamam-te de tudo,
Com sentido de nada,
Meretriz. Vagabunda. 
Mulher da rua.
Rampeira. Puta.
Mulher da vida.Vilã.
Usam-te sem fitar os teus olhos
E não enxergam como choras,
Furtiva, fingindo sorrir.
Escrava. Maltratada,
Sobrevives aos apodos diários,
Transformando-os em poemas
No teu relicário.
Menina. Mulher.
Não és dona de si.
Desprotegida,
Banida do lar.
Dão-te como erva daninha,
Mesmo sendo uma flor.
Beijas e acaricias
Mas quem sara a tua dor?
Jogam-te pedras, os impuros.
Imputam-te penas severas
Enquanto divides teu corpo
Entre o sofrer...
E o teu sonhar.



* - O poema acima é uma "complementação" (no meu estilo - claro!) ao belíssimo poema de Vitor C. (Vitor Costeira):


...E, ASSIM SORRINDO, ADORMECIAS...
Madrugavas antes de anoiteceres
e fazias do vão de escada
de qualquer prédio abandonado
o palco do teu passo treinado,
libertando-te como se fosses um rio
desaguando numa foz por acontecer
nos braços que a noite tinha para oferecer…

E, na noite, recebias cada corpo quente
como uma dádiva feita para se receber
e entregavas muito ternamente
tudo aquilo que te tinha feito mulher,
numa permuta sem razão aparente
que nada tinha de ilusão inocente…

No fim de cada madrugada anoitecias,
confundindo as noites com os dias,
e recolhias-te na alma que era apenas tua,
dentro de ti mesma, longe da rua,
cabelos e sentimentos, de novo, desgrenhados,
como sinais de pesadelos jamais imaginados…

E aconchegavas o corpo com a fantasia,
cerravas as pálpebras enquanto te benzias,
e, de prazer ou de frio, o teu corpo tremia
mas, de vez em quando, sonhavas e sorrias
e acreditavas que um dia não são dias
e que, um dia, outra mulher serias!

E assim, sorrindo, tu adormecias…

Autor: Vítor Costeira



Poder de encaixe

"Não há regras no amor. Nem receitas. Cada um vivencia o amor individualmente e diferentemente. Não há manual."
Chris Branco

Sem manual e ainda por cima é mais complicado de montar que os móveis do IKEA.

Sharkinho
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«Projeto Mulheres» - Carol Rossetti - 22






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Garrafa mulher

Garrafa de vinho BEBESPONTOCOMES Dão by Lúcia Freitas, com um design de André da Loba de tal forma entesante... sim, sim, eu disse interessante, que tinha que vir para a minha colecção... e nem sei se alguma vez beberei este vinho, que deve ser bem bom...




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11 janeiro 2016

Carl's Jr. - «Lavagem de carro»

«A outra página» - João

"Já chega mesmo, disse. Usei o teu nome, escrevi-o pela última vez naquelas linhas, e disse-te que já chega, mesmo. Que não perdesses tempo, que não perguntasses, que não quisesses saber. Porque eu estava noutra, noutra coisa qualquer, nem que fosse a mesma pintada com outras cores, com outros cheiros, nem que a página fosse de papel reciclado. Não perguntes, não queiras saber, não queiras lembrar. Disse que chegava, e acrescentei, repeti, para que te magoasse um pouco mais. Que desaparecesse da tua memória, porque não somos. Fomos mas não somos. Fomos mas não existimos mais. E disse-to com lanças, facas, garfos, petardos, frio intenso. E se me visses, se sentisses, se estivesses dentro de mim, saberias como tudo quanto te dizia era o contrário do que se agitava dentro de mim, e de como fiquei tão exausta de me combater, da força que tive de encontrar para colocar o borrão escuro que marca o final de uma frase, da força que tenho de encontrar para manter a frase assim, com ponto."
João
Geografia das Curvas

Postalinho de Bragança - 4

"Mais uma das figuras do Museu Ibérico da Máscara e do Traje".
Paulo M.


O otário nem desconfia



Capinaremos.com

10 janeiro 2016

«Só é sexismo quando os homens fazem»

Eu tinha publicado um video de uma exposição de arte Shunga no British Museum... mas o YouTube eliminou esse video. Nada erótico!