04 abril 2008

São Rosas, na luta contra a Sida.

Na revista Tabu, do semanário Sol de 29 de Março último, saiu uma pequena (grande) notícia com o seguinte texto, imagem e título:

'Rosas Não
O Ministério da Saúde brasileiro lançou uma campanha de prevenção da sida, depois de ter constatado um forte aumento da incidência entre a população gay masculina, com idades entre os 13 e os 24 anos. A imagem principal da iniciativa faz lembrar o cartaz publicitário do filme American Beauty. Mas desta vez não são rosas, senhor. São preservativos.'

Aposto, mas não juro, que o governo brasileiro, se inspirou no título cá do blog porcalhoto da nossa São Rosas, para fazer a campanha e o trocadalho.
Só por isso já devia pagar qualquer coisa.
Em todo o caso, nunca é demais lembrar que a Sida existe e mata (injustamente) gente demais todos os dias. O preservativo é uma das formas de evitar propagar o contágio.


AnotaSão
: Em Dezembro de 2007 estavam diagnosticados em Portugal 32.491 casos de infecção de VIH/SIDA, segundo dados disponíveis aqui.

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Um homem persegue uma mulher com mamas grandes... mas aparece um dragão... e ela arrota?!...



Via Adrants

Mimoso


Alexandre Affonso - nadaver.com

03 abril 2008

CISTERNA da Gotinha



Mamas em concertos.

Mãe adoptiva lésbica - Tribunal Europeu decide a favor.

Modelos na praia - Alessandra Ambrosio, Marissa Miller e Miranda Kerr.


«Um Canto de Amor»

por Jean Genet
video em UbuWeb

«Un Chant d'Amour», de 1950, é o único filme do escritor francês Jean Genet (1910-1986).
O cenário é uma prisão francesa, onde um guarda prisional tem um prazer voyeurístico ao observar os prisioneiros masturbando-se e com dois deles demonstrando a sua paixão, inclusivamente partilhando o fumo de um cigarro por uma palhinha.
Dado o seu conteúdo homossexual explícito, embora apresentado de forma artística, este filme foi censurado e o próprio Jean Genet renunciou à sua autoria, alguns anos mais tarde.


Obrigada pela sugestão, Marcos F.

Maracas





















Coisas [via] [+info]

Amor de Sol

(Crica na imagem para veres o cartoon)

Uma parceria com The Perry Bible Fellowship

02 abril 2008

Comédia deitada

O meu calcanhar é o pescoço que não me pode um dedo por lá roçar mesmo que ao de leve que logo um torpor me tremelica toda e me transmuta para gelatina. Ora ele que era useiro e vezeiro em passar os dedos pelos colos femininos pausados junto à máquina do café na praxe do beijinho de cumprimento diário ficou disso sabedor e insistia em gracejar comigo que era um artista a limpar-me o pó.

Quero crer que ele era mais artista de outras limpezas como a de uma apurada contabilidade de escoamento dos testículos em diversas porcelanas e isso instigou-me a ver os moldes desse instinto. Nada que não se resolvesse com mais uns cafés e uns olhares cúmplices focados claramente no seu centro de gravidade que aquele era dos fáceis.

E chegados às vias de facto despimo-nos lentamente como manda a etiqueta, atarraxados como uma tampa à sanita para sentir primeiro a dureza dos meus peitos no seu esterno e do seu pénis nas minhas coxas e das nádegas de ambos nas nossas mãos que é regra do bom consumidor avaliar bem os frescos antes de os consumir. Já completamente nus pedi-lhe que se deitasse de barriga para o ar e avancei felina, de quatro, sobre o seu corpo estendido. Parei sobre o seu pescoço e aí me soergui sobre os joelhos desafiando-o a armar-se em Miguel Ângelo e deitado, pintar a minha capela Sistina.

Esperma dos Famosos

Educação Sexual à la Bollywood


Coisas [via]

John & John vistos por cartunistas amigos do d!o



Sonhos do John

01 abril 2008

O erotismo do ensino

Finalmente encontro um artigo sobre o ensino que põe o dedo no grelito: «The Eros of teaching», no blog In Socrates' Wake.
Recomendo a leitura do texto integral, mas deixo-vos algumas ideias de base:
O autor comenta o livro «Love on Campus» de William Deresiewicz, que atraíu alguma discussão no passado verão, ao apresentar "a imagem que a cultura popular alegadamente tem de um professor (homem) de humanidades: um parasita libertino, desmasculinizado e inútil que aprecia o poder de seduzir as suas alunas". Deresiewicz defende que "ensinar é uma actividade quase-erótica que não é correctamente entendida na nossa cultura porque nos faltam recursos conceptuais para entender uma intimidade que não é familiar nem carnal. É uma intimidade da mente. Em alguns casos é mesmo intimidade do espírito".
"A grande maioria dos professores entende que a arte de ensinar consiste, não só de estimular o desejo, mas de o redireccionar para o seu próprio objecto, do professor para o que está a ser ensinado".
"Poderá haver uma cultura menos preparada que a nossa para absorver estas ideias? Sexo é o deus que adoramos mais fervorosamente. Negar que seja o maior dos prazeres é incorrer em blasfémia cultural".
"O que atrai os professores aos estudantes não são os seus corpos mas o seu espírito".
"Sócrates diz no Simposium que o pior de ser-se ignorante é estar-se contente consigo próprio, mas para muitas crianças que vão para a escola, isso ainda não é verdade. Eles reconhecem-se como incompletos e reconhecem, mesmo que só intuitivamente, que o completarem-se vem através de Eros. Por isso procuram professores com os quais possam ter relações e, pela nossa parte, procuramo-los também. Ensinar, afinal, é acerca de relações (...). Sócrates também diz que os laços entre professor e aluno duram uma vida, mesmo quando os dois já não estão juntos. E assim é"
.
Tudo isto é tão distante das discussões que actualmente se fazem a respeito do ensino. A única semelhança é que também envolvem Sócrates!
E nada de melhor que leres agora o conto do Charlie «A aula de Filosofia», que está já a seguir...
Mas antes, o comentário do próprio Charlie: "A circunstância de ter-me sentido toda a vida incompleto e pronto a renovar o espirito através do corpo, e por analogia simétrica, o corpo através do espirito, encontrou neste post um porto de abrigo e ponto para reflexão. Quem tem sede de saber, tem essa angústia de saber-se sempre aquém do descobrir que abre sempre novos caminhos no desconhecido. O desconhecimento da própria ingorância é talvez uma benção para os que são felizes sem o saberem, pese embora a contradição que esta afirmação contém. O professor é o Deus do saber, o aprendiz o espírito virgem , Eros o seu elo de ligação.
O Saber é a penetração fecunda no mundo das ideias, e o moldar do corpo que as contém: Existo e por isso penso- O erro de Descartes- e o saber molda o cérebro, o único verdadeiro órgão sexual de que o género Humano é feito"
.

A aula de Filosofia

por Charlie

... perfeita, até nos seus pujantes vinte anos de peitos perdidos por entre os cabelos...

- Assim falou Zaratrustra...- Avançou e olhou para o fim da sala de olhar fixo num ponto indefinido algures na parede oposta.
Aprendera, sob a capa austera de docente, a ver para além do olhar, a prender a atenção num ponto periférico da sua visão, desta feita numa quase tangente às pernas lindíssimas daquela aluna.
Em silêncio, de ponteiro na mão dilatou um pouco a pausa enquanto deixou percorrer o pensamento todo em mãos pela saia curta de cor clara onde o bronzeado leve das pernas morreu de repente no fechar de olhos e no retomar do discurso:
- Deus está morto! - Disse de voz bem entoada, certo do impacte que a sua forma de exprimir-se tinha sobre quem a sua voz escutava. - Antes de avançarmos, pergunto se sabeis, se incorporastes o significado do nihilismo, ou niilismo, tanto faz ...-
Poisou o giz com que acabara de escrever as duas palavras e rodando o corpo que passeava muito devagar pelo estrado, desceu-o, avançou um passo por entre as carteiras, parou e fixou desta fez o olhar na dobradiça inferior da porta da sala de aulas numa linha de visão que passava novamente a poucos centímetros dos joelhos de Carla. Como era linda! Perfeita até, nos seus pujantes vinte anos de peitos perdidos por entre os cabelos, que descendo sobre os ombros, mais ainda realçavam o seu volume.
- O nihilismo, do Latim nihil, que significa nada, é uma corrente de pensamento que....- Esperou um pouco na mira de que do murmúrio da sala saísse a resposta esperada e continuou: - .... o niilismo, entendido vulgarmente quase como sinónimo de Friedrich Nietzsche, faz do existir Humano algo que resulta do aleatório na evolução da vida e totalmente desprovida de sentido, de plano Divino, ou de valores transcendentais resultantes do pensamento, tal como a beleza, os valores imateriais ou até, mesmo sendo uma corrente filosófica, a própria filosofia.
Não é verdade, menina Carla? - Disse de repente estacando o seu passeio em frente às carteiras ao mesmo tempo que rodava o corpo de forma a ficar bem em frente a ela, engolindo dum só sorvo todo o seu olhar. Do plano superior de onde os seus olhares se cruzavam, surgia engrandecido. Duas luas enormes a olhar para cima onde por sua vez o seu olhar, a descer sobre ela, se perdia por entre estrelas.
-... Sim... concordo. - respondeu a aluna...
Sim o quê?! - Disse num avanço mas voltando-se de subitamente num breve e quase imperceptível sorriso.
Sem esperar pela resposta continuou e pediu para abrirem na página que tinha escrito no quadro. – Abram o livro e sublinhem estas palavras que vêem indicadas a seguir ao número da página.
Assim falou Zaratustra! Quero que me tragam na próxima aula uma explanação sobre os conceitos que sublinharam. Claro que não é preciso dizer que têm que ler o texto e os apontamentos que lhes ditei desde o princípio da aula.
A campaínha tocou.
- Podem arrumar os livros e sair.
Ah... menina Carla, precisava de falar consigo...-
Sorriu e mirou uma vez mais para as suas pernas enquanto, a morder ao de leve os lábios, anteviu o prazer que iriam sentir juntas as duas mulheres...

Charlie