04 agosto 2008

Pensamentos Aleatórios



Há um inexplicável conforto retirado do bailado tilintante dos cubos de gelo dentro do copo. Martini Bianco. Um favorito seu. É possível que a música esteja demasiado alto para as regras de boa vizinhança. Ora, que se fodam os vizinhos. Espera assim conseguir abafar os pensamentos gritantes. Debruçada na varanda, procura o que lhe diz a noite escura. Sente-a perversamente acolhedora. Mas ela preferia que estivesse frio. O frio nocturno saberia entendê-la melhor. Lá dentro, a atmosfera é adocicada pelo aroma quente do incenso. De sândalo. Também um favorito. Envolve-a o cheiro e a música. Envolve-a o fumo, eroticamente serpenteando em torno de si e do branco da camisa de dormir. Envolve-a o álcool. "Gosto de te ver bêbeda" - dissera ele uma vez por entre risos maliciosos. Mas ele não está ali. Não está. Não está. Não está. Se estivesse, já teria sido empurrado contra aquela parede. Se estivesse, já teria as calças pelos tornozelos. Se estivesse, já... Mas não está. Nunca está. E ela continua a odiar as coisas que ele faz às vezes. E as coisas que ela faz outras vezes. Porque raio teria o Destino juntado aqueles dois seres improváveis era um mistério. O Destino, esse cabrãozinho cheio de sentido de humor. E agora ela não sabe o que fazer. Quer que ele esteja ali, mais do que outra coisa qualquer, mas não sabe o que fazer. Talvez isso não fosse assim tão importante se ele ali estivesse, afinal de contas. Mas não está. E ela não sabe. Que merda. Esgota o Martini, apaga o incenso, cala a música.

Senta-se e começa a escrever... "Há um inexplicável conforto retirado do bailado tilintante dos cubos de gelo dentro do copo..."

CISTERNA da Gotinha

Quem quer uma flor?

Olhos & garganta são duas partes do corpo que estão muito relacionadas. Descubram o motivo.

As últimas tendências no mundo da moda:
o que vestir quando está calor?

Bloopers Eróticos - Cenas engraçadas da Playboy

Ken Touched This (01:14)





uma pessoa ausenta-se de casa por umas horas e é isto!

humpf!

03 agosto 2008

Teias de bondage



As aranhas fêmeas são tão grandes que os machos, não vá o diabo tecê-las, atam-nas com pequenas cordas de seda antes de lhes meterem dentro uma mão cheia de esperma já que os pobres nem pénis têm.
Julga-se também que estas cordas de seda produzidas pelo macho contenham um componente que facilite a química do momento e sobretudo, que convença a fêmea da bondade do acto e lhe iniba o natural instinto carnívoro para ver o macho como uma saborosa merenda caída na sua teia para mastigar até ao último pêlo do último par de pernas.

Simplex



Igor Amelkovich

crica para visitares a página John & John de d!o

02 agosto 2008

Mollas







Mientras

la imagen atada a la moda

con anorexia desfila,

yo me adorno con las mollas,

porque las marcas destilan

envidia,

pero no excitan.



El artista desnudo

De pé, ó vítimas da fome!

De entre os coitos fraudulentos, que tem por fim evitar a fecundação, não há nenhum tão pernicioso, como o que se pratica estando de pé o homem e a mulher. O homem que abusa desta posição anti-higiénica, está exposto a graves acidentes, pelos esforços que tem de fa­zer para conseguir o espasmo.

No instante supremo do coito sente grandes sacudiduras nervosas em todo o corpo e mais especialmente nas pernas, que vacilam com faltas de força, como que negando-se a susterem o corpo, que cai vencido pela fadiga. «Anuvia-se os olhos, a cabeça desfalece, ressente-se a espinha dorsal e tremem-lhe as pernas», diz Venette, e acrescenta que este coito é um ma­nancial fecundo da gota e de outras doenças.

Junte-se a tudo isto, que a fecundação que se quer evitar, não é só possível, mas é até mais provável que com os outros coitos, quando o útero esta caído e a sua entrada se abre no momento do espasmo, que é muito mais voluptuoso que copulando normalmente, porque o clítoris da mulher é fortemente apertado e friccionado pelo pénis, que lhe serve de ponto de apoio, porque o corpo da mulher carrega quase completamente sobre a parte abdominal do homem. As mulheres que já têm tido filhos, são as que estão mais expostas a ser fe­cundadas quando copulam deste modo.



Escalan Escandón, Juan

Os Mysterios da fecundação: Guia theorico-pratico para os casados que desejem conhecer as leis por que se regem as funcções da geração

Lisboa: Livraria Central – 2.ª Edição – Pág. 85-86

Voluptousness Equation



Roman Tolici
(mais um bom argumento para a São Rosas descobrir que não ganha o suficiente para comprar p(i)eças para a sua colecção...)

01 agosto 2008

Para a lêndea dos cantadores ao desafio

Maria "Barbuda" e Marques "Sardinha", figuras cujas cantigas ao desafio se tornaram lendárias no início do séc. XX em Estarreja.





Maria Marques de Sousa, nascida em Beduído no ano de 1869, justifica assim a sua alcunha:









As Barbas que tenho,

tamanhas como as de um homem

são rijas e não encolhem

não são como certas coisas nos homens!









Já José Maria Marques, conhecido por "Sardinha" por ser natural desse lugar de Avanca, define-se assim:



Se um dia fores a Avanca

prègunta pelo Zé Marques,

que qualquer pessoa te diz:

- É home das quatro artes!



Primeira: sou lavrador;

segunda: sou musiqueiro;

a terceira, cantador;

e a quarta, sou ... putanheiro!



Embate entre Marques Sardinha e Maria Barbuda que decorreu na festa do S. Paio da Torreira (Murtosa) e que deu início à lenda sobre os dois cantadores.



«De calça branca, de camisa branca e trazendo à cinta um chifre de boi cheio de vinho, Marques Sardinha entrou, despreocupadamente, no grande arraial. Entretanto, corria a sete pés (…) que uma cantadeira estava a “embrulhar” todo o mundo, dando cabo do canastro ao cantador mais fadista. Prevenido mas resoluto, o jovem encaminhou-se para o local onde a mestra dava lições. E esta, de facto, ao deparar com um romeiro em tais “pruparos”, disparou de chofre:



Ó moço da calça branca,

Donde vens, pra onde vai?

O que traz aí à cinta

É uma coisinha sua

Ou herdança de seu pai?



Apanhando, sem pestanejar o pião à unha, Marques Sardinha, pronta e desconcertantemente, retorquiu:



Isto não é coisa minha

Nem herdança de meu pai

É o corno do seu home

Que de maduro lhe cai!



Entre surpresa e aziumada, ela “desconversou”



Cala-te aí, piolhento,

Carregado de piolhos;

Se não fizeres limpeza,

até te vão para os olhos!



Réplica imediata, “mortal”, de Sardinha



Chamaste-me piolhento

Piolhos são bezerrias;

Tu é que mos apegaste

Quando comigo dormias!...»

in SARABANDO, João (1999) Marques Sardinha / Maria Barbuda ao desafio

Estarreja: Câmara Municipal de Estarreja – 2.ª Edição – pág. 53-54.


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O Falcão não podia deixar passar esta oportunidade com malta do Norte, carago:

"Ena cum milhão de caralhos, foda-se cum filha de puta, caraistarefodam

Ena que essa Maria Barbuda deveria ter pintelho no pito cumo um homem do Norte gosta, caralho!

E intão o arraial de despique na puta da língua, caralhos me fodam se eu num respondia:

  

Oh cachopa que és Maria

E fazes do corno alheio troça

sem lhe por de jeito os olhos

Cuidais vós que me fazeis mossa?

Pois eu aqui sendo Sardinha

entre barbas e pintelho

com este nome de que valho

passo de peixe miudinho

num instante a Dom Caralho.

Já num falas mais de piolho

Cum o bicho entalado

E aposto eu cada corno

que dizias do meu pai,

afinal são mesmo do home

que num sabe a mulher que tem

***

Mas isto seria eu se fosse o Sardinha

E sendo só o MANUEL FALCÃO

cum caralho, que só teria

de levá-la ao barrracão

e entre pipas de verdasco

Ah caralho, cumo um varrasco

do sofá, fazer fundão.

*

Manuel Falcão, rei das bouças e amante do pito pintelhudo"

CISTERNA da Gotinha


Enquanto Obama anda por aí a fazer discursos, a Obama Girl continua a ter sucesso na web.

E para distrair da crise, vamos lá fazer um Jogo:
Miley Cyrus.

Fotos de
máquinas e telemóveis extraviados. Há que ter cuidado, meus amigos.

Nudar - Site com tudo onde há nudez.

Sexo dos anjos - excelente campanha publicitária portuguesa

Filmes da campanha de sensibilização para a realização do teste VIH/sida, lançada pela Coordenação Nacional para a Infecção VIH/sida em Julho de 2008. Escrito, produzido e realizado pela Monomito Argumentistas.