19 fevereiro 2017

«respostas a perguntas inexistentes (360)» - bagaço amarelo

Moamba de Galinha

Não dei pelo tempo a passar. Reparo nisso enquanto olho para o prazo de validade dos pacotes de comida desidratada e latas de conserva que guardo no armário. Na maior parte dos casos já passou. Há, inclusive, uma lata de molho para Moamba de Galinha cujo prazo já terminou há mais de dois anos. Lembro-me perfeitamente de a ter comprado.

- Para que é que queres isso? - Perguntou-me ela.
- Vou experimentar... - Respondi.

E ela sorriu. Depois deu-me a mão e saímos da loja com a ansiedade de um abraço que só se concretizou lá fora, entre a indiferença dos transeuntes que se desviavam do nosso pequeno acto de Amor. Entretanto passaram pelo menos três anos e eu não sei onde é que eles estão. Sei que ela já não me dá a mão nem me abraça e que, ao pôr esta lata no saco do lixo, tenho a sensação que fiz o mesmo com o tempo.
Na é verdade, mas o Amor dá-me sempre esta sensação injusta de que não o aproveitei o suficiente. Neles, no tempo e no Amor, apenas o presente é importante. Tudo o resto, o passado e o futuro, se reduz à magnífica insignificância do Universo. É sempre o presente que nos torna grandes ou pequenos, felizes ou tristes.
É por isso que no curto caminho entre o meu apartamento e o contentor do lixo, que inclui três lanços de escadas e cinquenta metros de alcatrão, consigo revisitar o passado como se ele fosse dentro do saco que transporto na mão direita. Percebo no presente que o probabilismo é o Amor e o Amor é o probabilismo.
Se há uns anos eu soubesse que ia acabar por deixar passar o prazo de validade da lata de molho para Moamba de Galinha, aquele abraço tinha sido outra coisa qualquer. Ainda bem que o Amor nos engana.


bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»

Branca de Neve e as feromonas


[Ilustração de Andrew Tarusov]

Postalinho da sereia de pedra

"Sereia na Abadia de Lacock.
Lacock, Inglaterra."
Daisy Moreirinhas



18 fevereiro 2017

«Dos parcos clientes de esquerda e o feminismo» - Cláudia de Marchi

Conversava recém pelo WhatsApp com um cliente e, praticamente, amigo (mas, não desses chatos que ficam puxando assunto tosco! Nós só conversamos sobre política, religião e coisas afins como amigos e transamos quando ele pode vir e paga os R$ 500,00 pela hora, sem mimimi!) sobre a posição politica dos meus clientes.
Segundo ele, homens de esquerda não gostam de sair com acompanhantes, porque acham que isso macula o feminismo. Bem, apontamentos about: homens, o feminismo não é para vocês, certo!? Vocês não servem como “feministos”, basta não serem machistas, quem define o que avilta o feminismo ou não somos nós, mulheres feministas.
Aliás, como feminista digo mais: sua visão, querido esquerdista radical, é machista! O feminismo deu a mim e a todas as mulheres o direito de fazermos o que bem entendemos das nossas vidas e corpos. Eu, uma mulher muitíssimo bem resolvida, resolvi virar escort de luxo. Gosto de sexo e acho que nenhum homem mais vale uma transa gratuita comigo, afora isso eu não quero e nem preciso de relacionamento amoroso, pelo contrário. Óbvio que essa Cláudia de hoje é uma construção intelectual, moral, afetiva e psíquica. Eu não fui sempre “assim”, portanto. Ou seja, se sou acompanhante é porque isso me faz feliz e nenhum pseudo-feministo de esquerda tem o direito de fazer juízo de valor sobre isso. Simples! Tem dinheiro pra pagar? Gosta de sexo bom, sacana e de uma conversa excelente depois? Sinta-se à vontade, a Simone está aqui. Mas, por favor, se desapeguem de estigmas! Eu faço o que faço porque gosto do prazer e, obviamente, do dinheiro não suado e bem gozado... Risos... Não façam elucubrações tolas e, até, preconceituosas e machistas achando que estão sendo mais “dignos” com elas.
Aliás, sempre fico boquiaberta com os machinhos que dizem que “não gostam/não fazem sexo pago”. Os mesmos tolinhos que enchem as menininhas de vodca em festas e “pegam” a desconhecida em seguida e semi-alcoolizada. Pagou dinheiro? Não, comprou com álcool. Ou com “mimimi” cantadinha, “mimimi” eu sou “doutor e dirijo uma BMW”. Enfim, acredite bonitinho, de formas diferentes, mas você já pagou por sexo sim. Talvez mais barato, talvez com quem se venda por futilidades, mas pagou. Sinto lhe informar.
Talvez seu medo seja ter um encontro frio com a acompanhante, mas os meus costumam ser calorosos, descontraídos e animados. Só não são assim quando o cliente é um bobinho retraído, mas, como comigo não tem fingimento, a frustração fica estampada sem disfarce no meu lindo e rosado rostinho.
Aliás, eu faço questão de comunicar, após a pseudo-transa, que se você pretender ser sempre “assim” deve procurar outra guria. Não serviu pra me fazer gozar, dispenso o cliente. Cara, eu gozo muito fácil, tem que ser muito inapto para não me fazer gozar ao menos uma vez né?! Só tive dois clientes assim! E, certamente, eles não voltarão.

Simone Steffani - acompanhante de alto luxo!

«Post mortem...» - por Rui Felício

O Paulo e a Mónica tinham combinado que aquele que morresse primeiro contactaria o que ficasse vivo para lhe dizer como era a vida depois da morte.
O Paulo morreu e não se esqueceu da promessa. Comunicou com a Mónica e ela perguntou-lhe como é que as coisas eram do lado de lá.
O Paulo contou-lhe:
- De manhã acordo e faço sexo. Depois levanto-me tomo o pequeno almoço e faço sexo. Vou até ao campo de golfe, passeio por lá um bocado e faço sexo. Volto para casa, deito-me para descansar e faço sexo. Passado um bocado, vou passear pela floresta, como qualquer coisa e faço sexo. Admiro a paisagem, deitado sobre a relva, passo pelas brasas e quando volto a acordar faço sexo. À tarde fico em casa, durmo a sesta, faço sexo e saio novamente pelos campos verdejantes. Lancho, aspiro a frescura da erva húmida e faço sexo. Quando volto para casa, deito-me faço sexo e adormeço para retemperar forças e retomar as mesmas actividades no dia seguinte.
- Mas isso é o Paraíso, Paulo!, disse a Mónica entre admirada e invejosa…
- Não direi que é o Paraíso, Mónica. O que aconteceu é que reencarnei e caracterizo-me pela elevada fecundidade. Agora sou um coelho…

Roleta de coelhos em posições sexuais
Relógio de pulso Swatch com mecanismo
Colecção de arte erótica «a funda São»

Rui Felício
Blog Encontro de Gerações
Blog Escrito e Lido

Nada exagerado...


A pachacha da magana que acabei de aviar ficou da amplitude da boca de uma baleia, tal a selvajaria do meu entusiasmo.

Patife
@FF_Patife no Twitter

17 fevereiro 2017

«Repórter por 1 dia (Campus Party 2017)» - Puro Êxtase

"já imaginou ser repórter por um dia com uma calcinha vibratória? Pois Miyuki Tachibana encarou o desafio deste novo quadro do canal Puro Êxtase. Vem conferir essa cobertura da Campus Party que vai fazer você se gozar de rir!"
Puro Êxtase

Postalinho com etiqueta

Gsus está em todo o lado, e tem um alfinete divinal!



«Olá, grávida do Facebook!» - Ruim

Parabéns por teres levado com ele, estamos todos muito contentes por ti. Se tudo correr bem, irá crescer um pequeno ser humano dentro da tua pessoa. E depois ele vai-te sair pela c#na! Ou pela barriga, ok? Resumindo: ou te sai pela c#na e isso nunca mais vai ao lugar ou vão esventrar-te como um porco e tirar de lá o menino, deixando-te uma cicatriz na outrora linda barriguinha que mostravas na praia. PÁRA DE CHORAR! VAI CORRER BEM! PASSEM UM GELADO A ESTA MULHER!
Recomposta? Vamos continuar.
Como já deves ter visto pelas centenas de posts das vacas das tuas amigas que tiveram a lata de ser mães antes de ti, as mesmas tornam-se um pouco irritantes e repetitivas com a merda do #amorincondicional e as tretas de terem descoberto o sentido da vida e bla bla bla, tornam-se todas no Dalai Lama por terem parido um macaco cor de rosa sem pelo. Podemos perceber esta euforia, mas podemos também não a tolerar. E acredita que o que é demais enjoa! Nós, os teus amigos, não queremos que te tornes numa destas pessoas. Porque de uma grávida todos gostam, todos ficam deliciados com a expressão máxima da união entre duas pessoas e todos temos um interesse puro e honesto em acompanhar todo o processo de gravidez até ao fim. A partir do momento que nasce o rebento, este período de graça vai à vida. Como foi a tua c#na, entendes? PRONTO. MAIS CHORADEIRA. GELADO! TRAGAM MAIS GELADO!
Recomposta? Vamos continuar.
Todos gostam dos seus filhos, uns mais que outros. Todos vocês têm gosto em partilhar com os vossos amigos os seus melhores e “piores” momentos. Um. Dois. Vá… três. QUATROCENTOS É DEMAIS! "AI O “MÊ” JÚLIO MIGUEL CAGA QUE É UMA MARAVILHA MAS ISTO É AMOR INCONDICIONAL E “MÊ” JÚLIO MIGUEL NEM ME DEIXA DORMIR, MAS PRONTOS O SORRISO DELES VALE TUDO, NÉ?" Não, não vale. Porque se “tê” Júlio Miguel te cansa assim tanto, nem tempo para vires chorar para os outros tinhas, ó “supê” mãe. Rapaz Bíblico. Lembram-se desse? Marido da minha grande amiga Maria Alice. Sabem quando é que eu voltei a ver o Rapaz Biblico online? NUNCA. Porque o Rapaz Bíblico não dorme desde que Jesus foi crucificado e nos tempos livres não vai chorar para o Facebook: VAI DORMIR! Já a Maria Alice é diferente: está mortinha para que a filha chegue aos 18 anos e se faça à vida, porque as suas publicações variam entre travessas de sushi e recordações de quando tinha a c#na por inteiro. GELADO! PRECISO DE GELADO!
Recomposta? Está a acabar.
Sim, partilha o teu amor com o mundo. Mas com bom senso!

#diadagrávida #mêjúliomiguel #mariaalice #rapazbiblico

Ruim
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16 fevereiro 2017

As GRANDES "fachadas" de Bruxelas



>>> Situada no bairro de Saint-Gilles <<<





«Bawdy Ballads of Old England» - The Mufitians Of Grope Lane - The City Waites

CD de música inglesa tradicional malandreca, de 2004, a juntar-se a muitos outros CDs, discos em vinil, cassetes e registos informáticos audio, na minha colecção.

Músicas: The Kind Country Lovers (Diddle Diddle), There was a lass of Islington, Green Stockings, The Jovial Lass (a.k.a. "Dol and Roger"), Mundanga Was, Lady of Pleasure, The Old Wife, The Beehive, Blue Petticoats or Green Garters, The Gelding of the Devil, The Maid´s Complaint for Want of a Dil Doul, As Oyster Nan stood near her tub, The Frolic, The Husband Who Met His Match, The Jovial Broom Man (a.k.a. "The Slow Men of London"), The Disappointment, or The Force of Credulity, The Lusty Young Smith, Greensleeves and Yellow Lace (from the Dancing Master, 1719), The Jolly Brown Turd, Work(s), Ladie lie near me, Oh! How you protest (from "Mock Marriage"), Mother Watkin´s Ale, Miss Nelly


A colecção de arte erótica «a funda São» tem:
> 1.900 livros das temáticas do erotismo e da sexualidade, desde o ano de 1664 até aos nossos dias;
> 4.000 objectos diversos (quadros a óleo e acrílico, desenhos originais, gravuras, jogos, mecanismos e segredos, brinquedos, publicidade, artesanato, peças de design, selos, moedas, postais, calendários, antiguidades, estatuetas em diversos materiais e de diversas proveniências, etc.);
> muitas ideias para actividades complementares, loja e merchandising...

... procura parceiro [M/F]

Quem quiser investir neste projecto, pode contactar-me.

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«Sexo violento» - Adão Iturrusgarai