05 abril 2019

#mindfuck - Ruim

Não é um assunto que se deva perder muito tempo a pensar, mas a verdade é que ninguém tem a total certeza que se masturba correctamente. Não se aprende na escola, em casa ou no ATL. Ninguém nos ensina a arte da auto-satisfação e, se continuarmos a perder mais tempo a pensar e a afundar-nos cada vez mais no buraco do coelho da Alice, não há nenhuma garantia que quando eu digo "vou bater uma" é o mesmo "vou bater uma" do gajo ao meu lado (isto não soou bem). Sei lá se "bater uma" para esse gajo é vestir umas jardineiras num espantalho e o violar? Não sei. Ninguém sabe. PORQUE NINGUÉM NOS ENSINOU, F#DA-SE. O meu pai nunca acabou de ler o Expresso e disse "enquanto a tua mãe faz o almoço, deixa-me ensinar-te uma coisa muito engraçada". Nenhum professor, educador, familiar ou até mesmo um padre me explicou como me devo masturbar. Como é que eu sei? Porque os meus colegas do 8° ano falaram nisso. Miúdos de 13 anos, esses génios do sexo que sabiam tanto como eu, mencionaram uma vez que se calhar era giro todos tocarmos na pila com a mão. E assim o tenho feito desde então, mas será que estou a fazer bem? Segui recomendações de seres humanos com o timbre de voz do Mickey e acreditei totalmente na palavra deles, meu povo. Filmes? Sim, podemos ir por aí. Mas eu também vi o Matrix e não é por isso que ando a dizer a todos que sou o "The One".

Eu acho que estou a fazer isto bem e tendo em conta a prática que tenho, acho que estou apto a dar aulas. Só não as dou porque não sei se estou a fazer bem.

Bom jantar.

Ruim
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04 abril 2019

«Esta terra tem um poder estranho» - Áurea Justo

Venho aqui,
Contar histórias nesta terra
Que tem um poder estranho,
Onde se faz amor e guerra.

Para mim,
Ainda és aquele que beijo antes de dormir,

Sinto,
O cheiro, o calor e o sabor dos teus lábios,
O contacto húmido da tua língua.

A tortura de não poder,
Tocar-te, modelando o teu sexo
Até sentires o orgasmo.

Se não tiveres amor no coração,
Não tens nada!
Se não sentires paixão,
Não tens história!
E a alma permanecerá enclausurada na memória.

In Folha De Papiro Perfumada

Áurea Justo
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«Fuck you» - Adão Iturrusgarai


Homem pénis

Amuleto fálico antropomórfico do Tibete em pedra negra.
Uma pequena obra de artesanato oriental na minha colecção.





A colecção de arte erótica «a funda São» tem:
> 2.000 livros das temáticas do erotismo e da sexualidade, desde o ano de 1664 até aos nossos dias;
> 4.000 objectos diversos (quadros a óleo e acrílico, desenhos originais, gravuras, jogos, mecanismos e segredos, brinquedos, publicidade, artesanato, peças de design, selos, moedas, postais, calendários, antiguidades, estatuetas em diversos materiais e de diversas proveniências, etc.);
> muitas ideias para actividades complementares, loja e merchandising...

... procura parceiro [M/F]

Quem quiser investir neste projecto, pode contactar-me.

Visita a página da colecção no Facebook (e, já agora, também a minha página pessoal)

03 abril 2019

Remix erótico de textos meus

Não me olhes se não me queres devorar. Não te sentes a meu lado se não queres sentir o meu corpo em ti. Existe quem se ponha num altar, eu apenas me ponho em cima de ti, ao lado, debaixo... olho-te, como se o teu corpo lesse e no mesmo toco, mexo-lhe, remexo a tua alma…
São raras as pessoas que não selam palavras umas com as outras naqueles momentos em que o coração deixa o cérebro descansar e tudo o que vemos é a perfeição grega. E é à bruta, com gemidos que não serão orações, que são músicas para ti, que me impedem de andar, quando olhamos nos olhos um do outro, recomeça... 
Os teus beijos, por todo o meu corpo, são palavras ditas pela tua alma e a maior delas não será amor, será tesão, orgasmo, delírio… Esta é a perfeição grega!
O livro já se abriu, fechá-lo seria uma imprudência... amorosa! Não sei se tenho o direito de me prender à tua alma, ao teu cheiro, ao teu beijo, o que sei é que me sinto bem, sorrio, ofereço-te um vinho... Ou suco do meu?

Entretanto, no supermercado...



Questões que me ocorrem sempre que vou às compras e vejo este tipo de caixas à venda:

1. Será que na caixa vem exatamente... tudo o que a caixa publicita?

2. Se a resposta à questão nº 1 for sim... basta juntar água, é isso?


Marco António

Buraco negro

Podia dizer que ela era fácil, tarada, ninfomaníaca ou simplesmente puta que soaria sempre a eufemismo, tal a sofreguidão da sua pachacha.

Patife
@FF_Patife no Twitter

02 abril 2019

«quando vieres» - Susana Duarte

quando vieres, traz os dedos
da aurora,

e amanhece nas dobras cegas
do pescoço
onde, ontem, navegaste
os trevos
do dia longo
[anterior às mágoas]

florescidos dos teus dedos,
esquecidos dos segredos

[onde as horas não chegam
e os teus olhos me faltam]

Susana Duarte
Blog Terra de Encanto
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Com corrente

Jovem guarda-prisional em plena luta pelos seus direitos laborais exibe uma encenação dramática na qual expõe a sua condição de refém de um salário exíguo.

Sharkinho
@sharkinho no Twitter


Três casais causam boa impressão

Conjunto de 3 placas litográficas em cobre com base em madeira, para impressão, com gravuras de uma obra do Marquês de Sade.
Uma excelente impressão... de França para a minha colecção.







A colecção de arte erótica «a funda São» tem:
> 2.000 livros das temáticas do erotismo e da sexualidade, desde o ano de 1664 até aos nossos dias;
> 4.000 objectos diversos (quadros a óleo e acrílico, desenhos originais, gravuras, jogos, mecanismos e segredos, brinquedos, publicidade, artesanato, peças de design, selos, moedas, postais, calendários, antiguidades, estatuetas em diversos materiais e de diversas proveniências, etc.);
> muitas ideias para actividades complementares, loja e merchandising...

... procura parceiro [M/F]

Quem quiser investir neste projecto, pode contactar-me.

Visita a página da colecção no Facebook (e, já agora, também a minha página pessoal)

01 abril 2019

Já vos disse que adoro publicidade?


Burn 60 - «Fit lives longer» (quem está em forma vive mais)

«pensamentos catatónicos (350)» - bagaço amarelo


Uma das últimas memórias que tenho de Portugal, antes de emigrar, é a de um homem pobre a olhar para uma máquina de venda automática perto de Viseu. Ele tinha fome e era pobre mas entre ele e a comida havia um vidro, ainda por cima transparente.
Eu, na verdade e para além de um pouco assustado, também estava esfomeado. Era a minha viagem em direcção à fronteira para voltar sabe-se lá quando e como. Ia emigrar para tentar resolver o problema da Fome com F grande, mas naquele preciso momento bastava-me comprar um dos croissants mistos da máquina para acabar com a fome com f pequeno. Foi o que fiz, enquanto ele ao meu lado contava algumas moedas na palma da mão como se procurasse um grão de areia entre muitos.
Não me pediu dinheiro, mas ofereci-lhe um euro que me sobrou.

- Obrigado! - disse. - talvez ainda me safe.

Ele não sabe que me lembro dele, nem sequer que me ajudou a apaziguar os meus medos interiores com a frase dele. Aquele "talvez ainda me safe" era precisamente do que eu estava a fugir. Do "talvez" e do "safar". Também dos vidros transparentes que me impediam de ter uma vida digna no país a que chamava meu.
Quando me sentei de novo no autocarro tive finalmente a coragem de olhar pela janela, já que até então e desde que saíra de Aveiro pouco mais fizera do que olhar para os meus próprios pés. Era de Portugal que me despedia, também através de um vidro ainda por cima transparente.
A transparência é uma coisa estranha sempre que nos separa daquilo que precisamos, mas naquele momento ajudou-me. Segui uma estrada esguia que serpenteava os montes envergonhados, ladeada por casas com persianas normalmente corridas, muros altos penteados por cacos de vidro ou arame farpado, automóveis exibicionistas e alguns transeuntes quase sempre sós.
Só na fronteira é que tornei a fechar os olhos. Recuei um pouco de tempo até um abraço quente de um Amor terminado e a sua voz doce a chamar-me do nada.

- Adeus! - pensei.

Sempre que procuramos a saudade vamos dar a uma mulher.


bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»

Mama só

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Clivagem


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