21 julho 2019

Postalinho do Meco

"Janelle Monáe na noite passada, no Palco Super Bock do 25º Super Bock Super Rock.
Shot with Huawei P30 Pro!"
Joana M.



O fundo Baú - 26

O baú que deu início à colecção de
arte erótica «a funda São»
Em 15 de Abril de 2004, publiquei a

Oração dos Aflitinhos - por Jorge Costa

Eu, Jorge Pecador, me confesso Senhor de nada e de todas as coisas, amante de verdades e mentiras, viajante daqui e dali, que nunca disse que não embora muitas vezes diga que sim.
Eu, Jorge Pecador, me confesso amante de todas as carnes, enchidas ou por encher, no ponto ou em rebuçado.
Eu, Jorge Pecador, me confesso usado e abusado por palavras e pensamentos menos lícitos, se não mesmo obscuros.
Eu, Jorge Pecador me confesso, aberto a todas as cousas que queiram ser penetradas, eventualmente afagadas, se não mesmo lambidas.
Eu, Jorge Pecador, me confesso capaz dos maiores fluxos e refluxos que o canal 26 me possa provocar.
Eu, Jorge Pecador, me confesso de actos e pensamentos lascivos e não lascivos... tais como comer bolas de berlim... já que jesuítas... não são o meu forte.
Este pobre pecador assim se confessa e não se retrai a dizer o quanto gosta de pecados. E de pecar.
Meninas e senhoras... deixem-me pecar.
Amén (nesta parte, o vendedor oportunista aproveita e grita "...doins!")

«inconstante»

és inconstante como as nuvens,
e discreto como as aves. és
a solução última das águas,
que se apartam quando as rochas
fendem os futuros e alienam
os rios. queres o meu silêncio,
tanto quanto queres o meu grito.

não sabes, ainda, para onde vais.
és inconstante como as nuvens,
e belo como as ondas. talvez
caibas onde não cabem sonhos.

sei que permaneces navegável,
apesar da distorção da rota,
e que as rotas são como veias,
esculpidas, improbabilidades
de um peito desenhado, vermelho
e áspero como as noites frias
de um inverno qualquer.

és inconstante como a maré
jovem que te trouxe até mim,
e improvável como as manhãs
que habitei nos dias de antes.

talvez saibas onde me encontrar.
eu ainda não sei qual foi a maré
que me trouxe aos dias que habito.

Susana Duarte
Blog Terra de Encanto
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Ex-voto 29


20 julho 2019

«Encontro imprevisto» - Fernando Gomes

Casado há vinte anos, deu de caras com a mulher a trabalhar num bordel clandestino, a uns quarenta quilómetros de onde moravam. Apesar do choque, o encontro foi civilizado, e procederam exactamente como se estivessem em casa: não se falaram. Ele, no entanto, fervia e tinha de se vingar. Diante dela, escolheu a prostituta mais feia, disse bem alto que era «mais bonita que a minha esposa», levou-a para o quarto e pagou-lhe para ficar sentada a um canto. Passou duas horas a fazer ranger a cama e a simular urros de prazer que se ouviram em todo o prostíbulo.
De manhã, quebrando o habitual silêncio do pequeno-almoço, comentou com a mulher:
— Ontem à noite é que foi. O melhor sexo que tive na vida. Deves ter ouvido...
— Não. Estive ocupada com homens a sério e fico surda quando tenho orgasmos múltiplos.
— Ficas surda quando quê?!
— Deixa. É natural que não saibas.

Fernando Gomes

Postalinho de Lôgo de Deus

"Estranha terra, em que os amigos nos recebem com um tapete com pegadas e caralhos!"
Paulo M.



Die Erotik in der Französischen Karikatur

Livro de John-Grand Carteret editado por Winkler-Hermaden (Áustria) em 1909.
Estudo em alemão sobre caricaturas eróticas francesas. Arte e História juntos na minha colecção.



A colecção de arte erótica «a funda São» tem:
> 2.000 livros das temáticas do erotismo e da sexualidade, desde o ano de 1664 até aos nossos dias;
> 4.000 objectos diversos (quadros a óleo e acrílico, desenhos originais, gravuras, jogos, mecanismos e segredos, brinquedos, publicidade, artesanato, peças de design, selos, moedas, postais, calendários, antiguidades, estatuetas em diversos materiais e de diversas proveniências, etc.);
> muitas ideias para actividades complementares, loja e merchandising...

... procura parceiro [M/F]

Quem quiser investir neste projecto, pode contactar-me.

Visita a página da colecção no Facebook.

19 julho 2019

Hiérophante - «Reproduction (censored)»

Hiérophante (ou Valentin Mermet-Bouvier) é um músico francês que se descreve como um amante de tendências. Este vídeo foi montado a partir de recortes de 250 vídeos porno que definem bem as tendências, padrões e clichés desta indústria.


Hiérophante - Reproduction (censored) from Hiérophante on Vimeo.

Sabes o que é um "Bate-cu"?

O DiciOrdinário ilusTarado explica:

Bate-cu - a arte da palmada



Faz a tua encomenda aqui.
Se quiseres, basta mencionares no formulário e posso enviar-te o DiciOrdinário com uma dedicatória.


#paremcomaviolência - Ruim

E se - bom, lá vou eu ser corrido das redes sociais - vocês pudessem infligir uma dor na vossa cara-metade bastante superior a um murro e que não resultasse em traumas? Calma, acompanhem o meu raciocínio. Estou a falar da "arte do insulto". A arte que permite atingir o ponto mais escuro e recôndito da vossa cara-metade e deixá-la lavada em lágrimas de dor de alma sem a mínima marca na cara, pescoço ou costas. EXACTAMENTE, MEUS CAROS AGRESSORES. Há maneiras de bater sem ser à mocada. O problema é que vocês não sabem insultar uma pessoa como deve ser e acham que lhe dar com um pirex de bacalhau com natas no lombo vai resolver alguma coisa.

Tomem nota, caros agressores (e isto é para os homens). Discussão começa, o tom da voz começa a elevar de um lado e do outro e vocês começam a sentir aquela necessidade animal de "lhe mostrar quem manda", certo? Esqueçam os insultos de baixo nível (isto inclui p#ta, vaca, cabra, etc). Lembram-se do Neo no Matrix a parar as balas com a mão? É a mesma coisa, dado que uma mulher é imune a essa baixaria. A primeira coisa a fazer é sacar logo de um "míssil" para ela ver que não estão ali para brincadeiras e dizer "tem calma..." com um olhar paternalista. Poderão ver que a expressão dela passou de "zangada" para "vou esfolar 101 dálmatas e fazer um casaco se me dizes para ter calma" Meus senhores, isto é guerra. Não tenham piedade e prossigam com um "estás a ser um pouco histérica, não achas?". O tom de voz dela vai passar de "estridente" a "só os golfinhos conseguem ouvir". Desçam o vosso timbre de voz ao mínimo e falem o mais calmamente e compassadamente possível. Se quiserem pôr mais lenha, digam "queres que eu te explique de uma forma mais simples para perceberes o que estou a dizer?". Por esta altura, deverão ter a rapariga do Exorcista à vossa frente.

Agora vem a parte mais complicada. Peguem na maior insegurança dela, façam uma poção, molhem a ponta da seta, façam pontaria à jugular e disparem em cheio (os seguintes insultos são da minha autoria e já foram testados):

Insegurança com a imagem e o próprio corpo?

"Eu só não vou continuar esta discussão porque sei que está na hora de almoço e isso para ti é mais sagrado que a tua presença na Índia, ó baby bola!"

Ela tem uma irmã boazuda?

"Eu sei de onde vem toda esta revolta. Tu tens ciúmes da tua irmã, desde que o vosso pai abusava dela no quarto à noite e a ti não te tocava! Pudera, até eu..."

A menina gosta de "um copinho"?

"ESPERA! Se é para discutir mais, vamos tornar isto animado. Fala para este isqueiro aceso, Mother of Dragons!"

Ela tem guarda partilhada de uma criança de uma antiga relação?

"Não tenho culpa de seres uma babysitter glorificada que nem f#der sabe!"

Meus senhores, aposto que tenho ex-namoradas que ainda hoje em dia se lembram destes insultos. Melhor que qualquer olho negro, não é?

Ou, se a vossa relação é uma merda, cada um vai para seu lado. Que tal? É uma ideia descabida, mas se calhar resolvia bastantes problemas.

Ruim
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