20 novembro 2020

Postalinhos da serra da Lousã - 4/4

"Na serra da Lousã existem rachas centenárias. Esta está despida de preconceitos, perto da cascata do Candal."
Irene Nunes



Sabes o que é uma "Contenda"?

O DiciOrdinário ilusTarado explica:

Contenda - que tem uma tenda; alguém numa tenda; um parque de campismo e um par a dar uma queca numa tenda; alguém sozinho numa tenda mas com uma revista pornográfica à mão de semear (a qual é, para a maioria dos gajos, a direita).

Se quiseres, basta mencionares no formulário e posso enviar-te o DiciOrdinário com uma dedicatória.
Na editora (Chiado) podes comprar em formato eBook (€ 3).

19 novembro 2020

Calendários de oficina da colecção «a funda São» para o ano 2021

Lote de 6 calendários de oficina eróticos personalizados com publicidade à colecção, com a frase "que saudades das meninas que víamos nas oficinas". 
Como não sou egoísta, tenho alguns exemplares para oferta. Envia-me um e-mail.








A colecção de arte erótica «a funda São»...

... que já foi tema de reportagem no Jornal da Uma da TVI, em vários jornais e revistas, tem:
> 2.000 livros das temáticas do erotismo e da sexualidade, desde o ano de 1664 até aos nossos dias;
> 4.000 objectos diversos (quadros a óleo e acrílico, desenhos originais, gravuras, jogos, mecanismos e segredos, brinquedos, publicidade, artesanato, peças de design, selos, moedas, postais, calendários, antiguidades, estatuetas em diversos materiais e de diversas proveniências, etc.);
> muitas ideias para actividades complementares, loja e merchandising...

... procura parceiro [M/F]

Quem quiser investir neste projecto, pode contactar-me.

Visita o cadastro da colecção disponível online:

18 novembro 2020

«Devemos salvar as coisas porcas?» - Agnès Giard

Michel Froidevaux na abertura da exposição "The Wierdest Boner" de Maxime Genoud, na Galerie Humus, maio de 2019. 
© La Fête du Slip / Jérôme Klotz

Criador de F.I.N.A.L.E. - a única fundação no mundo dedicada à salvaguarda das “expressões eróticas” - Michel Froidevaux deixou-nos. Poucos dias antes dos seus 69 anos.

Ele tinha um ar tímido. O seu escritório estava apinhado de pilhas de revistas para adultos, ao lado de catálogos sérios chamados Das Intime Lexikon. Michel Froidevaux, sorrindo, mostrava os seus tesouros com um gesto fleumático: "Eu arquivo". Vimos com ele as capas dos Big Boobs mensais e os anúncios do Petit Fripon como uma ocasião de mostrar o seu regozijo. Ele comentava calmamente: "Existem estratégias extremamente subtis para colocar o sexo em ação." De seguida, ele mostrava os seus tesouros, vasculhando as entranhas de armários cheios de documentos que não se consegue encontrar em lado algum: cartazes porno, BD porca, cartões-postais travessos, trabalhos académicos sobre cultos fálicos, manuais de abstinência publicados por associações evangélicas... tudo, aos seus olhos, tinha graça. 

Salvar as "expressões eróticas"

Ele morreu de um tumor cerebral no domingo, 1º de novembro de 2020, deixando para trás um dos projetos mais malucos que a Suíça pode sediar: em Lausanne, a Fundação Internacional de Artes e Literaturas Eróticas (FINALE), reconhecida como de utilidade pública , abriga uma colecção surpreendente de imagens, objetos, textos e gravuras em torno do erotismo. Em 2016, Michel Froidevaux explicou: “Até onde sei, o centro de documentação mais importante é o Instituto Kinsey em Bloomington, ligado à Universidade de Indiana. Fundada em 1947 por Alfred Kinsey, tem como missão "promover o estudo da sexualidade humana, tanto ao nível da saúde como do conhecimento, a nível global". Mas este centro não contém os documentos que podem ser encontrados em F.I.N.A.L.E. "

Saca-rolhas de brincadeira...

Saca-rolhas malandrecos, ex-libris licenciosos, diários de padres atrevidos…. Em comparação com centros especializados em sexologia ou estudos de género, a Fundação faz mais do que manter livros. Ela quer salvar uma herança. “Na F.I.N.A.L.E. queremos manter um clima de curiosidade em relação aos prazeres da carne e promover uma abordagem ao mesmo tempo rigorosa, mas lúdica, surpreendente, às vezes até engraçada. Sexo muito sério ou muito cerebral não é a nossa preferência. É um pouco parecido com o humor, uma abordagem que, seca demais, pode torná-la chata ou obscura ... ”. Criando a sua Fundação como um lugar de partilha, Michel Froidevaux transformou-a no centro de uma intensa atividade de publicação, arquivo e discussão.

Imagens clandestinas

Ele acolhia ali de portas abertas e convidava os seus doadores a lhe enviarem os objectos mais bizarros, as vergonhosas coleções do falecido avô ou pior, as obras de erotomaníacos desconhecidos, cadernos anónimos carregados de infâmia, em suma, tudo o que normalmente acaba no lixo. Quando alguém morre, às vezes encontramos coisas engraçadas nos seus pertences. Os herdeiros fazem a triagem. Michel Froidevaux recusou-se a fazê-la. Ele queria preservar tudo, a começar pelas formas mais triviais de erotismo popular. “Estamos felizes por termos podido 'salvar' da destruição e do esquecimento folhetos, brochuras, imagens produzidas de forma semi-clandestina e que passavam por baixo do manto ou em oficinas condenadas pelas entidades oficiais. Portanto, temos muitos materiais que não encontraríamos nas bibliotecas nacionais, em que são obtidos por meio de depósito legal. "

Proibido proibir

Não lhe bastava ter formação e bases de referência em sexualidades. Pacifista libertário, autor de uma tese sobre o anarquismo, Michel Froidevaux falava de bom grado de sua missão "ecuménica": no seu desejo de defender até as formas consideradas vulgares ou absurdas de erotismo, chegou ao ponto de guardar os panfletos resultantes de ligas moralizantes ou advertências clericais contra o sexo... Em casa, era definitivamente proibido proibir. A Fundação existe à sua imagem: encontra-se numa casa antiga rodeada de velhos paralelepípedos, sobrevivente da exploração imobiliária envolvente. No andar térreo, a livraria HumuS, com o seu tapete vermelho, oferece um espaço dedicado às contra-culturas (visual, escrita, sonora), ao humor e ao Japão. É adjacente à oficina de tecelagem de Danièle Mussard, sócia de Michel Froidevaux. No andar de cima, uma galeria de arte com piso que range acolhe exposições de arte erótica onde foram apresentadas as obras de Roland Topor bem como de Giger, Willem, Albertine, Jean Fontaine, Marie Morel, Romain Slocombe e Gilles Berquet ...

Ser agradável, ter prazer

Por todo o lado, nesta casa cheia de recordações, tropeçamos em livros recheados de corpo a corpo, imagens malucas, expositores repletos de objectos inusitados e obras picantes. Entrar na F.I.N.A.L.E. é entrar no universo dos encontros não sábios. É aqui que se encontram os artistas amotinados, os militantes do "underground", as pessoas que celebram a festa do Slip e aqueles que Michel Froidevaux chamava de amantes da "alegria", do bom vinho e das boas palavras. Quando solicitado a definir a sexualidade, ele respondeu com franqueza e candura que é uma forma de "reproduzir a vida", mas acima de tudo de "deixar a gravidade terrestre". " S’envoyer en l’air" [fazer amor], que melhor maneira de escapar ao que nos faz peso. Michel Froidevaux era leve. Ele voou muito alto.

Agnès Giard
Tradução minha de um artigo do blog Les 400 culs

Livraria HumuS: 18bis rue des Terreaux - Lausanne - Suíça. Telefone. : +41 21 323 21 70. Site: https://librairie.humus-art.com.

Fundação F.I.N.A.L.E.

Galeria HumuS: https://galerie.humus-art.com/

Edições HumuS: https://editions.humus-art.com/

«Lucky Luke» (Morris e Goscinny) - Benjamin Chaud


Clássicos da literatura erótica (re)vistos por
Benjamin Chaud
Facebook
Apresentação (em francês) em Imagier Vagabond
Apresentação (em inglês) no blog Picture Book Makers

Já vos disse que adoro publicidade?

A colecção de arte erótica «a funda São» integra um conjunto de pubiscidade (publicidade de cariz erótico) tanto em suporte físico como em suporte informático. Aqui, vou-te mostrando semanalmente alguns exemplos dessa «sexão».








17 novembro 2020

O meu nome no vapor

A espera é ácida, é ansiedade, é tesão... Esperares por mim, todos os dias com vontade de me ter, é mais e mais prazer na hora. Saberás na altura que tudo o que foi dito, insinuado, suspirado, se irá concretizar. No vapor da casa-de-banho, depois de um banho, escreves o meu nome no espelho, desenhas as aventuras que teremos, tomarias mais 100 banho para teres onde escrever. Sentes-te limpo de alma e de corpo para mim.

Porque tu és aquele que sabe esperar, que sabe como tocar, como mexer na alma, tocar no corpo não chega, tu és aquele que abres o teu mundo para o meu entrar. Eu sou aquela que te abre as calças, as despe e te faz desmaiar de prazer. 


 

 

Mélange à 3

Garrafa de vinho tinto do Dão, Carvalhais, colheita de 2018.
Junta-se a outras garrafas de bebidas diversas na minha colecção.





A colecção de arte erótica «a funda São»...

... que já foi tema de reportagem no Jornal da Uma da TVI, em vários jornais e revistas, tem:
> 2.000 livros das temáticas do erotismo e da sexualidade, desde o ano de 1664 até aos nossos dias;
> 4.000 objectos diversos (quadros a óleo e acrílico, desenhos originais, gravuras, jogos, mecanismos e segredos, brinquedos, publicidade, artesanato, peças de design, selos, moedas, postais, calendários, antiguidades, estatuetas em diversos materiais e de diversas proveniências, etc.);
> muitas ideias para actividades complementares, loja e merchandising...

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Visita a página da colecção no Facebook. Podes também pesquisar por tópicos e palavras-chave todo o cadastro da colecção disponível online:

15 novembro 2020

Mãe sereia


O fundo Baú - 95

O baú que deu início à colecção de
arte erótica «a funda São»
Em 19 de Setembro de 2004, falava-se aqui sobre a prostituição a sério... mas por pouco tempo...

Prostituição - contra a hipocrisia e o «deixa andar»...

«A legalização da prostituição permitiria defender a dignidade das mulheres, acabar com o espectáculo de rua, para além de salvaguardar questões sanitárias e o pudor público»
Rui Rio, entrevista à Visão, Agosto/2004

Recomendo uma abordagem a essa entrevista feita no blog Filho do 25 de Abril, com este post complementar.
Leiam também os livros "As Vendedoras de Ilusões" de Alexandra Oliveira e "Puta de Prisão", de Isabel do Carmo e Fernanda Fráguas.
Polémica? Sem dúvida, mas concordo plenamente. E é decerto uma das causas pelas quais vale a pena lutar.

Negociando...

O PortoCroft concorda, em absoluto, embora com as seguintes salvaguardas:

1. - As putas teriam atribuído um CAE, obrigadas a passar recibo por consulta efectuada e a efectuar retenção de IVA na fonte;

2. -Os chulos teriam que ser Técnicos de Contas, efectuarem os respectivos descontos para a Segurança Social e sujeitarem-se ao pagamento de Impostos;

3. - O Estado providenciaria a criação da disciplina de Prática da Educação Sexual, a ser ministrada por estas formadoras e atribuir o respectivo certificado de nível 2, de acordo com a Decisão do Conselho de Ministros de 16 de Julho de 1985 (85/368/CEE), JOCE n.º L199/565;

4. - As putas teriam assento privilegiado no organismo de concertação Social, mormente no que respeita à política de preços ao consumidor;

5. - As putas passariam a ser incluídas no Cabaz de Compras, porque nem só de pão vive o homem;

6. - Todas as putas, no exercício de cargos públicos, deveriam ser objecto de estudo por parte da Comissão de Ética da Assembleia da República;

7. - As putas oriundas dos países da UE e da CPLP teriam, obrigatoriamente, que aprender a cantar o Hino, saudar a bandeira e saber quem foi o primeiro Rei de Portugal;

8. - O Estado seria obrigado a incentivar as Instituições bancárias a conceder Crédito à Habitação, a juros bonificados;

9. - Às putas, o Estado concederia o Estatuto de Profissão de Desgaste Rápido, com todas as benesses fiscais inerentes.

Neste blog não se consegue falar a sério... (ainda bem)

14 novembro 2020

Toti Soler ‎- Desdesig

LP em vinil editado pela Edigsa em 1978.
Lado A - L´Autobús Fa L´Amor Amb Les Torres De Quart; Les Bicicletes Marines; Lado B - Martinsky; El Bolero Màgic.
Um disco que, pelos temas e pela capa, merecem fazer parte da minha colecção.






A colecção de arte erótica «a funda São»...

... que já foi tema de reportagem no Jornal da Uma da TVI, em vários jornais e revistas, tem:
> 2.000 livros das temáticas do erotismo e da sexualidade, desde o ano de 1664 até aos nossos dias;
> 4.000 objectos diversos (quadros a óleo e acrílico, desenhos originais, gravuras, jogos, mecanismos e segredos, brinquedos, publicidade, artesanato, peças de design, selos, moedas, postais, calendários, antiguidades, estatuetas em diversos materiais e de diversas proveniências, etc.);
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