16 fevereiro 2009

A desterrada

De papo para o ar macerava com uma mão a cereja do monte de Vénus e com a outra introduzia numa cadência regular o objecto filiforme de borracha dentro de si chupando nos lábios os gemidos enquanto semicerrava as pálpebras para melhor ver os esgares na cara daquele gajo etéreo que a cobria. Até o barulho chapinhado aumentar de ritmo e num estertor de todo o corpo os músculos vaginais latejarem como um farol e naquela modorra espreguiçar um sorriso.

Bendita a hora em que comprara o dildo para não estar sempre a comprar pilhas que naquela terra certamente estranhariam ser consumidora habitual. Estava quase na hora de ir jantar qualquer coisa mas o telemóvel tocou e com um sorriso brejeiro atendeu o marido a interrogar que se ainda agorinha tinham acabado como já estava ele com saudades ao que ele retorquiu que lhe queria dar mais um toque que a pusesse a vibrar e seguiram para o desfiar das coisas corriqueiras em que ele a informou que o miúdo tinha tido uma diarreia mas nada que um ultra-levur não curasse e ela repetiu a queixa das milhentas papeladas e relatórios e grelhas que tinha de preencher para além das aulas. Ele prometeu ligar no dia seguinte à hora da deita acentuando a última palavra como passe para a masturbação a dois telemobilizada que sempre encurtava os quase 200 quilómetros de distância e os dias da semana.

Foi migar alface e nozes a que juntou rodelas de queijo fresco e tomate e enquanto mastigava frente ao ecrã das notícias resmungava consigo própria a escolha da profissão que fizera que só a deixava dormir com homens ao fins de semana.

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