23 abril 2022

«Ardente(mente)» - António F. de Pina


Libertam-se murmúrios em áridas fráguas
Como águas ferventes contornando limos
Como asas soltas sobrevoando mágoas

Acende-se o rubro do sereno olhar
Na chama perene que é reflectida
Na incandescência pura do brilho ocelar

E sorvo o crepitar lento da tua pele
Num beijo longo que a boca pede
Para atenuar esta loucura de sede

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