20 abril 2004

Recordações da Madeira - 1

Será que alguém fura as orelhas para pôr pilhas?!... Ou os vibradores têm orelhas?!... Estou mais confusa que o Matrix...
Na Madeira há qualidade no atendimento ao turista.

Poema do Karl Marqs

O Emílio de Sousa já regressou da Serra Nevada e deve estar a aquecer os motores poéticos.
Enquanto
Isso não aparece, continuo a receber outros piropos, como este do Karl Marqs:

Ó minha amora silvestre!
Ó olhos de azeitona Gordal!
Ó bela imaCUlada e sem senão!
(Super tongue tira daí a mão!)
Ó mais linda das amoras do campo!
Ó Sol radioso do mais radioso dia de Primavera!
Ó fantástica neblina matinal!
Ó sonho sem fim nem lucidez!
Ó tu!
Ó São! Afunda o meu ser na maior das ignomínias e no maior dos desesperos!
Ai, eu! Que me dá uma coisa...

Depois desta quero um beijito ó xefaxfavor!

Tu sabes falar a uma mulher, Karlito. Nunca um homem me tinha dito que tenho «olhos de azeitona Gordal»... mereces um beijo dos meus grandes lábios húmidos... hmmm...

17 abril 2004

Vem-se aí o novo conto do Jorge Costa

Meninos, toquem sarapitolas por antecipação.
Meninas, aqueçam os vossos grelitos.
Está quase a sair o novo conto do Jorge Costa: «Um glorioso dia de Sol».
Entretanto, releiam «O sexo e a Cidade» no novo espaço do Jorge Costa.
Que delícia de banner, não é?...
Quem tem Ânus - na equipa - tem que ter medo. Muito medo!...

(enviada pela Gotinha)

ltas horas da madrugada, dois bêbedos filosofavam.
De repente, um deles pergunta:
- Supunhetemos e vaginemos caso um dia o mundo foda-se acabaço, o que fezes tu?
- Nádegas!
- Oh! Que pénis!

(roubada pelo Isso Agora... do blog Coisas de Gaja)

16 abril 2004

E porque haverias de querer...

E porque haverias de querer a minha alma
Na tua cama?
Disse palavras líquidas, deleitosas, ásperas
Obscenas, porque era assim que gostávamos.
Mas não menti gozo prazer lascívia
Nem omiti que a alma está além, buscando
Aquele Outro. E repito-te: porque haverias
De querer a minha alma na tua cama?
Jubila-te da memória de coitos e de acertos.
Ou tenta-me de novo. Obriga-me.

Hilda Hilst
Riem de quê? Nada garante que aquela mão seja do Manel...

(enviada pela Gotinha)

Aquele outro não via...

Aquele Outro não via a minha muita amplidão
Nada LHE bastava. Nem ígneas cantigas.
E agora vã, pareço-te soberba, magnífica
E fodes como quem morre a última conquista
E ardes como desejei arder de santidade.
(E há luz na tua carne e tu palpitas.)

Ah, porque me vejo vasta e inflexível
Desejando um desejo vizinhante
De uma Fome irada e obsessiva?

Hilda Hilst

15 abril 2004

Este é que deve dar cabo das alvíssaras (vísceras em árabe)...

Oração dos Aflitinhos - por Jorge Costa

Eu, Jorge Pecador, me confesso Senhor de nada e de todas as coisas, amante de verdades e mentiras, viajante daqui e dali, que nunca disse que não embora muitas vezes diga que sim.
Eu, Jorge Pecador, me confesso amante de todas as carnes, enchidas ou por encher, no ponto ou em rebuçado.
Eu, Jorge Pecador, me confesso usado e abusado por palavras e pensamentos menos lícitos, se não mesmo obscuros.
Eu, Jorge Pecador me confesso, aberto a todas as cousas que queiram ser penetradas, eventualmente afagadas, se não mesmo lambidas.
Eu, Jorge Pecador, me confesso capaz dos maiores fluxos e refluxos que o canal 26 me possa provocar.
Eu, Jorge Pecador, me confesso de actos e pensamentos lascivos e não lascivos... tais como comer bolas de berlim... já que jesuítas... não são o meu forte.
Este pobre pecador assim se confessa e não se retrai a dizer o quanto gosta de pecados. E de pecar.
Meninas e senhoras... deixem-me pecar.
Amén (nesta parte, o vendedor oportunista aproveita e grita "...doins!")