29 abril 2005

Assunto resolvido...

... para quem me acusava
de só publicar imagens
(com som)

O Jorge Costa lembrou-se deste texto do Júlio Machado Vaz

"É verdade que o silêncio invadiu a nossa vida, já nem me lembro de conversarmos. Pior, já não me lembro se algum dia o fizemos. Ultimamente, creio mesmo termos descido mais um degrau nesta ascese comunicativa, ambos utilizamos com frequência o grunhido como resposta.
É verdade que os corpos seguiram as palavras. Primeiro refugiados num sexo mecânico e estereotipado em noites de dias certos. Colava uma imagem à tua face quando ainda era necessário obrigar o corpo a fingir de quando em vez. Felizmente hoje o sexo também se esconde por detrás de grunhidos e monossílabos, tu vais para a cama cedo ou sofres de enxaqueca, eu refugio-me na net ou no clube de bridge.
Manobras de esquiva inúteis, nenhum de nós já espera nada…um dia destes passo para o quarto dos rapazes...
Quanto à importância do sexo considero-a sobreavaliada, a masturbação chega-me perfeitamente para relaxar e adormecer."
Este homem - hmmm... - delicia-nos no Murcon.

Fodografias de férias - 1


Mar Negro - Jorge Costa

28 abril 2005

Tesão

Stephane Bourson


Ai!
Esta fome de te querer
De te provar
De te trincar
De te saber
E me saberes a pecado.
Ai!
Esta sede de te sorver
De te beber
De te saber
E me saberes a coisa pura.
Ai!
Esta vontade
Este tesão
De te ter.

Chocar consciências.

Raios me partam se volto a ter relações sexuais depois de ver esta campanha publicitária.
Nã, nã, nã! Escusam as meninas de implorar, ajoelhadas no chão... bom, já que estão ajoelhadas... mas é só mais desta vez.

Actriz do Amor, por AdamastoR

Apanhado, outra vez, a ver uma telenovela brasileira.

Seis sentidos

O calor que exalava do gosto das palavras, sons e cores da comunicação dele, descaradamente me faziam saltitar todos os sentidos. Ele fazia-me um autêntico minete à massa cinzenta, neurónio a neurónio, dendrite a dendrite.

E por isso me apetecia avidamente o seu corpo branco que para o caso até podia ser preto, amarelo, azul, verde ou às bolinhas, como se por contacto pudesse fotocopiar tudo o que nele me estimulava e em cada manhã me acudia à memória quando me pendurava debaixo do duche.

Tanto lhe escrevia uma biografia inventada por puro coito, como repetia palavra a palavra, a intensidade da sua penetração em mim, enquanto estendida na cama fazia do meu clítoris carrossel.
Só que quando ele vinha direito a mim, não era possível desabar em mudez e em cada frase pronunciada, duvidava se tinha escorregado nas entrelinhas ou resvalado nas expectativas criadas como se a adolescência me voltasse a circular no sangue.
Porém, São, com a minha intempestiva mania de que para a frente é que é caminho e siga a marinha, disse-lhe estupidamente «Amo-te muito», como se existisse possibilidade de se amar pouco!...

Púbiscidade


Trata o próprio (jotakapa)

27 abril 2005

A minha vida amorosa 100 outras estórias

Tinha um talento inigualável com as palavras: “A minha vida contigo é um filme de foda”. Nunca me esqueci desta frase. Nem da forma como sempre se referiu ao sexo. Não era amor, paixão, cópula ou fornicação. Nem sequer o erotismo ou a pornografia entravam no seu dicionário sexual. Dizia que nada descreve tão bem o acto como a fonética da palavra “foda”. E durante os quase 2 anos, 2 meses, 2 semanas, 3 dias, 17 horas e 27 minutos da nossa relação eu acreditei. E bebi as palavras, sorvi os sons e deleitei-me com os quadros que pintava com o seu vocabulário. Partiu um dia sem uma linha. De seu ficou apenas uma cassete BASF Cromio II gravada num daqueles Crown sem microfone. Mesmo sabendo que eu já tinha perdido a esperança de algum dia voltar a ouvir.

Cisterna da Gotinha


Cansados para o Sexo: os Americanos andam cansados demais até para o Sexo... ainda bem que eu sou Portuguesa!!!

Google: homenageia a São Rosas.

Pénis:no braço.

Sexo Anal: técnicas...

ondas do mar

foto de Nicola Ranaldi

queria ser como as ondas do mar
que com as rochas se encontram
ter a força da água
na conquista do seu caminho
e na suavidade de um afago
no teu corpo me envolver
amaciá-lo e moldá-lo
aos contornos do meu
saborear na tua pele
molhada e quente
o sabor forte do sal

Provérbios para a chuva e para o sol


Mote dado pela Maria Árvore:
«Está um dia tão bonito e eu não fornico»
Adília Lopes

«Está a rua toda molhada e eu não dou uma pinocada»
Maria Árvore

«Está um dia bonito e tão só está o meu pito»
São Rosas

«A rua cheia de granizo... e quem é que sodomizo?»
Cruijff

«Está um dia a preceito e não faço um alfinete de peito»
Maria Árvore

«Está um dia de sol e eu estou 'muita' mole»
Didas

«Depressa passa o tempo para quem depressa se vem»
Bruno

«O Céu está a abrir e só me apetece cobrir»
Bruno

«Se o céu está azul e o Sol brilha... aproveita e vai-lhe à bilha.»
Jorge Costa

«Está um dia tão mortiço, e eu aqui sem um chouriço»
Sónia

«Faça chuva ou faça sol a gaita do Vizinho nunca está mole»
Vizinho

«Quando chega o calorão, aumenta-me a tesão»
Maria Árvore

«Foder todos os dias queima muitas calorias»
Maria Árvore

«No frio do inverno só tenho um pavor: perder-te como cobertor»
Maria Árvore

«No dia do santo casamenteiro é dia de traseiro»
Maria Árvore

«Faça chuva ou faça sol tenho-a sempre preparada prá minha chuvinha dourada»
Pedro Oliveira

«Em dia límpido e claro serve-lhe bem o vergalho»
Ferralho

«Se está bom tempo para praia encaixa-lho por debaixo da saia»
Ferralho

«Se o tempo fica cinzento apetece-me meter-to lento»
Ferralho

«Quando chove fico denso e invado-te muito mais tenso»
Ferralho

«Se o sol se põe ardente faz-me vir de repente»
Ferralho

«Se o sol já se escondeu quem te estilhaça sou eu»
Ferralho

«Quando sobe a temperatura debulho-te a pele com ternura»
Ferralho

«Se o termómetro fervilha abeira-te ávida da minha braguilha»
Ferralho

«O S. Pedro está forreta e eu aqui a bater à punheta»
Isso Agora

Obviamente isto vem-se tudo para os provérbios POPulares

Clínica Dr. Jotakapa - vamos a sua casa

AVISO
Não tentem fazer isto em casa:
"o último gajo que fez isso...
em vez de mamas levou lá com um exame aos testículos (colhões)"
Pedro Oliveira

26 abril 2005

Às vezes ele dizia assim: “És tão bonita que me dói:”
Ela não acreditava. Ele era assim charmoso, a todas as amigas tratava por “minha querida”, exactamente como fazia com ela.
Ele dizia: “Mas quando te chamo ‘minha querida’ a ti é diferente.”
Ela não acreditava. Aquilo estava-lhe na ponta da língua como a insegurança estava à flor da pele dela.
Outras vezes ele, impaciente, dizia assim: “Já não sei como hei-de falar contigo. O que é que não percebes de tudo o que te digo?”
Ela acreditava. Acreditava que ele estava já farto dela.
Depois deitavam-se à noite, em silêncio, um oceano de gelo entre eles, cada um agarrado à sua ponta da cama, costas com costas. Dormiam assim até de manhã.
Depois isso deixou de acontecer. Disseram-me que ela dorme agora sozinha, que encosta a testa à janela e aí fica até o cansaço a vencer.
Ele deita-se na minha cama. Não dorme. Deita-se e puxa-me para o seu peito, de modo a não me ver o rosto. E fala dela como se falasse com ela. Eu apago a luz e fodemos depressa, sem jeito, sem paixão.
Digo-lhe “boa noite”. Responde-me “boa noite, querida”. E ela não sabe que esse “querida” é para ela. E eu guardo-o na caixinha dos anéis e de manhã, sozinha na minha cama, penso que há anéis que me apertam demais os dedos e saio para a rua de mãos nuas desejando encontrá-la para lhe perguntar: “Como tens passado, minha querida?”

Video com detalhe

Quem saúda melhor, quem é?

Hotel ou bordel?

A vida é curta.
Mas, se a companhia não for boa, torna-se looooooonga!

25 abril 2005

Ócio do Amor, por AdamastoR

Segunda-feira à tarde e feriado... As lojas estão fechadas e o dia preguiçoso. Apetece mesmo ficar em casa.

E vai-se mudando a mobília de sítio. Para ganhar espaço no chão.

Para quando o 25 de Abril dos corpos?


O SirHaiva apresenta outra perspectiva, não despicienda (seja lá o que isto queira significar):


E nada melhor que o OrCa oder:


Criámos um mundo estranho
feito de manhas e lodo
perdemo-nos de nós mesmos
num mundo de ódios
tacanho
mas pede-nos o corpo todo
que um novo Abril frutifique
e para que no final
por palavras não se fique
há preceitos a manter
que vos deixo em pobre rima:
quando se for abater
o vampiro e o tiranete
há que nunca esquecer
o triste que
por má sina
não fode nem sai de cima

talvez depois bem mais livres
vejamos que Abril se anima.

Diário do Garfanho - 6 de Março de 2001

- Acho que sou pro-militarista! - Afirmou convicto o meu ex-cunhado, enquanto galava descaradamente a empregada do balcão.
- Pro-militarista? - perguntei eu, só para fazer conversa.
O animal calou-se para confirmar que a gaja estava a ouvir. E estava. A gaja estava descaradamente a ouvir a nossa conversa mas, a bem da verdade, a nossa conversa não era nossa, era entre o meu ex-cunhado, essa besta, e a empregada de balcão, uma notória galdéria.
- Comigo marcha tudo! - Anunciou o Clausewitz da pós-modernidade, piscando o olho à empregada, que sorriu visivelmente satisfeita e lisonjeada (pareceu-me, ainda que não perceba porquê). Vá-se lá perceber as mulheres.
Bardamerda.

Garfanho

24 abril 2005

Dick Hard na praia

Não pode ser só trabalho. Um homem precisa de descansar dos adultérios, das cobranças difíceis, das tretas todas. Vai daí, quando o sol começa a espreitar com mais verga nas radiações, cheio de si, armado em brilhante, é altura de lhe fazer a vontade e acostar à praia.
Pega-se no Lotus Europa rosa, ganha-se coragem de meter o guarda-sol pela janela (e um bocado sai vidro fora, é uma chatice com a Polícia) e vai-se até aos areais deste nosso imenso Portugal, com 800 quilómetros de costa e muitas mais costas nuas de magnificente putedo profissional ou amador, que enxameia de sensualidade decadente este país à beira-mar bem lixado.
Um gajo mora na capital e tem duas hipóteses de apanhar solinho e enviar-se de cacholada para as águas mais ou menos poluídas que existem no cardápio solene das praias de Portugal. Ou Linha do Estoril ou Costa da Caparica.
Atravessar a ponte à hora de ponta é mesmo do caraças, para não dizer outra palavra mais feia, no caso dos que não foram bafejados pela beleza fálica, que é uma miríade só ao alcance dos mais afortunados. Um bacamarte bonito é uma coisa altamente difícil de conseguir. Geralmente, é uma questão de sorte. Um bacamarte bonito é de origem. Um gajo ou tem ou não tem. O objecto, em si, já apresenta limitações estéticas apreciáveis.
O truque é um gajo meter-se na ponte ao contrário dos movimentos do maralhal. Quer-se dizer, o pessoal está todo a vir para Lisboa, é hora de ir até à Costa. Aí pelas cinco da tarde, para apanhar o pôr-do-sol. O sol a pôr-se é muito bonito. Pode ficar tipo rodela de laranja (sem vodka), pode ficar tipo bola rósea, como se fosse papelinho de lustro recortado de uma aula de Educação Visual.
Bem, Dick Hard chegou à Praia do Rei com ardores republicanos na ponta da sarda. Eram religiosamente 18 horas e 7 minutos quando se baldou do seu Lotus, panamá às bolinhas, chinelos paneleiros de marca, um saquito com um semanário, para armar ao pingarelho. E a toalha grandalhona ao ombro, a publicitar uma multinacional qualquer.
Pousou.
Afinfou-se de óculos escuros Ray-Ban e ora toma lá com um pesquisar as redondezas, numa primeira espiolhada. Gajas, algumas. Boas, várias. Ou isso ou tinto. Assim como assim, sentir o cheiro da maresia na tromba já era bom.
Uma flausina dos seus 40 anos veio fazer-se ao Hard. Mas o Hard é parvo que nem um Dick, já se sabe. Armou-se em esquisito e deu-lhe para ser simplesmente educado e moderadamente simpático, à espera de ver se caía algo de melhor na rede.
- Tem horas que me diga, por favor?
O relógio no pulso da gaja, ali à disposição, valha-me o Criador...
- São 18 e 20, minha senhora...
- Ai, não me trate por minha senhora, que me faz mais velha...Alice, muito prazer.
E vá de estender a doce manapulazinha para o nosso Dick. Mas depois deu-lhe para se baixar e exibir o mamalhal.
- Vá lá, um beijinho. Estamos na praia...
O Dick sentado com o semanário na mão, a ler sobre as agruras da bola, a gaja a baixar-se e a mostrar tudo o que lhe ia dentro do bikini. Dois beijinhos na bochecha do Dick, nada fugidios, daqueles em que os lábios colam mesmo à pele, aspiram um bocadito tipo Hoover, com muita meiguice.
E o Dick a pensar: se isto é assim na bochechita, com este à-vontade generoso, como não será na hora da verdade, na zona da verdade, simulando deglutir em silencioso vaivém? Só pode ser bom.
Alice sentou-se numa posição agradavelmente provocadora, como se não soubesse o que estava a fazer. Sabem muito, estas quarentonas que andam por aí a boiar.
E se primeiro era «Alice já não mora aqui» (lembrava-se de ter visto o filme, mas não se lembrava nada do filme) principiou a olhar a Alicinha com outros olhos. Altura média, uma data de sardas pelo corpo fora, numa simpática pintalgância. Tez branquinha da Fonseca, mas já marcada por uns diazitos de praia.
O pior era o cabrão do sorriso. O cabrão do sorriso é que fecundava o panorama todo. Ai o cabrão do smile. Le sourire era mesmo topo de gama. E ninguém gama o cabrão do sorriso para o resto da tarde desta sexta-feira abençoada pelo astro-rei! Palavra de Hard! Só se não puder ser!
Tirou os óculos Ray-Ban, numa de exibir um olhar lúbrico. E perfeitamente normal. Mas quando o sol bate, o olhar fica mais bonito. Isso e as cenouras.
E a Alice que caíra de pára-quedas, numa de baldas:
- Costuma vir muito para aqui?
- Às vezes, Alice, às vezes.
Pois. Patati, patatá. Aí uma hora de patati, patatá. E depois a Alice foi buscar quatro shots de vodka ao bar por cima deles. Ó minha senhora, tenha termos! Quatro shots, assim, todos de uma assentada?
- Olhe, Dick, apetece-me fazer loucuras. Quero sentir um calorzinho dentro de mim...
Será que desta vez o Dick não vai Harder? Só o saberás lendo o resto da história.

Clandestino

Oh São só te posso dizer que nós vivíamos cada dia como se desconhecessemos se havia manhã seguinte, pela nostalgia da guerrilha que não vivemos por sermos apenas crianças em 1974.

Com toda a franqueza São, na rotina de um dia fraco, outro forte, ambos nos deitávamos com quem nos esboçasse um sorriso terno, alinhavasse meia dúzia de ideias com nexo e através do corpo nos comunicasse o desejo de fazer da efemeridade da vida uns momentos de eternidade.

Como clandestinos, marcávamos encontros sempre em sítios díspares do país, por acaso ou não, sempre com mais quilómetros para o lado dele do que para o meu.

Na sua querida presença, ritualmente eu observava a sua criteriosa preparação do charro de haxe marroquino que depois de aceso, passávamos um ao outro, passando em revista o que tinham sido as nossas vidas desde a última vez. Pouco importava se era uma espaçosa cama ou uma enxerga rangente que acolhia o embate dos nossos músculos e ossos, em mãos desgovernadas palpando cada centímetro da pele ansiada. Da boca ao sexo e do sexo à boca, era um vaivém ininterrupto que nos fazia girar costas com peito em jeito fetal, púbis com púbis ou seios à mercê da boca, olhos nos olhos até balbuciarmos amen.

Eu não te disse antes, São mas ele costumava dedicar-me poemas entre os muitos que fazia. Um dia, mostrou-me para que comentasse, um pequenito, dedicado a uma amiga de infância e actual vizinha, seguidora de preceitos religiosos e casada com um traste que infernizava a vida a ela e aos filhos. E porra, São, tu acreditas que eu não consegui impedir um acesso de ciumite que me toldava os olhitos e nem saber ler me deixava?...

Ex-libris eroticis


Mais um miminho oferecido pelos Manos Metralhas
(e o Luís Louro que não me liga nenhuma...)


Isto inspirou o João Mãos de Tesoura (vem-se lá saber porquê):

Nada como escaqueirar crica saloia...
o hálito é de cabra e pode bem com chocalho que a alimente!
O senhorio depois de lhe esbodegar a caverna
limpou tudo com centeio,
pois era homem de muito asseio.
Ela, roliça e afogueada,
disse mais tarde ao marido
que era bode consentido:
“hoje o meu leite é fresquinho,
se o lamberes vai-te saber a patrono!”.
Ele, corno manso retorquiu satisfeito:
“ah! cabra de bom cabresto,
com esse leite temos colheita garantida...
que nunca lhe falte a montada
e ele terá neste alazão serviçal obediente!”

23 abril 2005

O beijo

foto: Piotr Kowalik

Lado a lado.
Ela olhava fixamente os lábios dele.
Duas linhas cerradas naquele momento.

Estendeu a mão.
Com a ponta do indicador contornou-lhe o lábio superior como se o desenhasse com o dedo.
Parou a meio, na concavidade que se forma acima do lábio.

Descendo o dedo tocou os dois lábios.
Sentiu as pequenas linhas que se cruzavam, se juntavam e separavam.
Nos lábios dele.
Na boca dele.

Aproximou o rosto.
Com a língua tocou-lhe os lábios.
Molhou-os de saliva e a saliva foi cola que colou as duas bocas.

E a língua descerrou as linhas.
E na língua dele disse todas as palavras de amor.
E na boca dele respirou.

Encandescente

Isto fez lembrar algo ao OnanistÉlico:

As letras todas num desenho meu,
decalque dum embaciado espelho que beijei.
Gosto-me assim em ti, nos teus lábios meus.
(é isto um beijo? se não o vejo? como sentir-te-lhe-me?)
Escrito nas páginas seladas numa boca; viram-se as folhas com os lábios em verso; são as nossas línguas um livro...
(agora que leio, sinto o que vi... beijo)

Video gastronómico

O que queres comer?

Alguém me explica isto?...




A maltinha esclarece sempre:
Jorge Costa - "Finalmente uma foto do Chico dos Pneus! O tal que fez uma barriga d'ar à esposa... e que, quando se descobriu, só se dizia lá na oficina:
- Ó Chico, traz cá a piça p'ra encher o pneu.
Aqui, finalmente, a foto que prova o atestar dos depósitos."
Matahary - "Pelo instrumento, eu diria que aquilo é um homem (e daí...), logo, com uma mangueira enfiada pelo dito acima, só lhe podem estar a fazer uma lavagem cerebral... digo eu, num xei..."
Pedro Oliveira - "O que se assiste na fotografia é o seguinte: Do tubo enfiado no ânus (pacote) do indivíduo vem sémen (esporra) de um outro indivíduo da sala do lado. Este tubo tem uma ligação ao pénis (piroco) falso. Já entenderam? O homem não é fértil e não quer que ninguém ande a meter sémen (esporra) na mulher dele.
Assim ele será o verdadeiro pai dos seus filhos. Francamente! Isto até o meu sobrinho sabe..."
Luís Graça - "Não perceberam nada! A São é uma monja da Ordem do Clister e quando lhe dizem que o trabalho dela é uma masturbação, ela concilia as duas coisas."
Ao pé de vocês sinto-me tão analfabruta...

(de costas para o) pensamento (M/F)

Se você sentir duas bolinhas
encostadas ao seu cu,
não se preocupe.
O pior já passou!
Cambralenta

22 abril 2005

A minha vida amorosa, 100 outras estórias

Apesar de ainda hoje visualizar perfeitamente as formas do rosto e do corpo, e que corpo, não tenho certeza do nome. Lívia ou Lídia? Sempre nos tratámos um ao outro por Lili. Ela dizia que eu tinha mãos de menina e o nome de baptismo não me assentava bem. Era sobre todos os pontos de vista perfeita, com o seu sorriso gracioso frequentemente entrecortado por gargalhadas francas e personalizadas, ao nível do seu bom humor inquebrantável. Nutria por mim uma paixão desmedida sem ser doentia, amava como uma borboleta à volta de uma flor. Gostava de fazer amor com as meias e recusava-se a tirá-las. Para eu fantasiar com a Cinderela, dizia. Não fosse tê-la surpreendido na casa de banho e hoje estaria casado com um joanete do tamanho da cabeça do dedo mindinho da minha mão esquerda.

Rapidinha.

Se eu fosse mulher queria já 5 caixas.
Garantia de satisfação da Dra. Ruth Westheimer, atestada pela cara de felicidade que apresenta...
Não sei pá, se as meninas que lerem isto não sentirem um entusiasmo avassalador a encher-lhes o coração, pelas enormes potencialidades deste produto, é melhor reverem um bocado o que andam a fazer ao cimo da terra...

Aviso para os condutores desprevenidos

"Um par de raparigas anda a enganar os condutores parados nos semáforos.
A primeira, com um busto avantajado (vulgarmente designado por um belo par de tetas) e um top reduzido (quase que as mamas saltam do top), oferece-se para lavar o pára-brisas enquanto a outra aproveita a distracção para roubar tudo o que estiver no porta-luvas, enquanto faz uma mamada ao condutor.
CUIDADO!
Elas são perigosas e estão bem organizadas.
Eu já fui roubado 22 vezes na última semana: 5 vezes hoje, 6 vezes na quinta-feira, 4 vezes na terça-feira e 7 vezes na segunda-feira. Na quarta-feira não consegui descobrir onde é que elas estavam a trabalhar."
e-mail da agência TUSA - intersectado pelo Bruno

O Vizinho é amigo e ofereceu-me este telelé


"Envio esta, com bué de carinho e tal, para a São, porque sei que apreciará
este instrumento.
Da parte do amigo Vizinho que muito a estima.
Ah... e depois de teres um telelé destes 'mi liga, vai!'
Vizinho"

Letrinhas malandrecas do Webcedário


As aberturas vistas pelo Webcedário

21 abril 2005

A minha vida amorosa, 100 outras estórias

Começou mais ou menos por volta dos 12 anos, ou pelo menos é o que digo desde os 17, e apesar de nunca lhe ter dado um beijo ainda hoje sinto a macieza dos seus lábios nos meus. Eram doces, como que polvilhados de açúcar, e tinha uns olhos castanhos num flambeado permanente em mistura de conhaque e cointreau. Suzete. Tinha um sotaque a condizer, o que lhe dava um ar exótico, com a boquinha em biquinho – ou pelo menos é assim que a vejo quando hoje fecho os olhos. Mas nunca confiei verdadeiramente nela, desaparecia 11 meses por ano.

Diário do Garfanho - 8 de Marbrilaio

– Ai... se a gaja fosse um selo...
– Um selo?
– Sim, um selo. Lambia-a toda. Todinha. Havia de ficar com cãibras na língua e o maxilar deslocado!
– E ela, ficava húmida?
– Húmida?! Havia de ficar a pingar!

Garfanho

A Maria Sharapova fez 18 anos...

... e eu sei que muitos visitos agradecem o serviço púbico que estou a prestar.
Se cricarem nas fodografias, podem cantar uma adaptação do "My Sharona" dedicada por Bob Bristol à menina bonita do p... ténis:

(som na máquina)

Empresarial

Sãozinha,
como te disse estou fora, mas não resisti a enviar-te este email para te pôr a par dos acontecimentos.

Quando chegámos, eu estava a morrer de calor e de sede. Pedi-lhe que me indicasse a cozinha para poder beber água. Com aquele meu hábito de gato, abri a torneira, inclinei-me sobre o lava-louças e com a mão em concha, sorvia-a avidamente. Senti que me abraçava pela cintura e a descarga eléctrica de tal toque, fez-me baixar mais a boca sobre a água para em contrapeso, me levantar mais os glúteos. As mãos dele escorregaram pela minha saia esvoaçante e conduziram as minhas a voltar-me para um frente a frente. Penetrei aqueles olhos de avelã pela boca, num abraço que misturava indiscriminadamente cabelos, orelhas, pescoço, braços e nádegas. Ele soergueu-me as mãos para me retirar a blusa. Respondi desabotoando cada botão da sua camisa, enquanto ele se debatia com o fecho do meu sutiã, e sugeri ronronante que deixasse ficar a gravata. Num riso cúmplice, puxei o cinto para o chão e descobri o seu entusiasmo no meio de uns confortáveis slipes pretos. Colei as minhas costelas e coluna ao seu peito, dançando com as ancas e agarrei o lava-louças com ambas as mãos para, de mansinho, com a saia a cobrir-me o frio das costas, sentir que em mim desaguava a sua nascente, ora em calmas passagens, ora em bruscos sobressaltos.

Posso assegurar-te Sãozinha que a falta de vizinhança me descansou quando vagi silabadamente Manuel João e o puxei pela ponta da gravata mordida.
"Começamos a dar bons conselhos
quando a idade nos impede de dar maus exemplos"

(enviado por Padrinho)

20 abril 2005

Recado ao Rat

Maré quente




O corpo quente. Ardia.
Uma fogueira acesa dentro.
O fogo queimava a pele.

“Ay, abraza-me esta noche …”

A pele roçava o lençol.
A pele sensível ao toque. Ao pensamento do toque.
A pressão no peito. O coração acelerado.
A respiração entrecortada.

“Aún que no tengas ganas… Prefiero que me mientas…”

Quente.
O desejo entre as coxas. Tão presente.
Os músculos contraíam-se. A pressão no baixo-ventre.
O corpo erguia-se com a intensidade do desejo.
Em desejo.

“Acerca-te a mi... Abraza-me a ti por Dios...”

O desejo solto. Percorrendo-a.
Vagas quentes.
Uma maré de lava corria-lhe na pele.
Ardia.

“Ay, abraza-me esta noche…
Acerca-te a mi...
Abraza-me esta noche...”

(Ouvindo "Passion" - Rodrigo Leão)
Encandescente

O OrCa não consegue ler nada disto que ode logo:

À Encandescente, que nos traz tantos hinos à vida:

quanta brasa no calor de cada abraço
que em se dando se demoravam a dar-se
e ardiam na braseira do compasso
tão intenso
no enlace dos enlaces
que se davam
tardando a entregar-se

tanto frio naquele arrepio ardente
que queimava as suas peles
em cada impulso
cada grito mais mordido
tão intenso
na tremura do orgasmo
mais convulso

e no espasmo
no soluço
no abandono
saciados e ansiosos e sedentos
se perderam na braseira desse abraço
se encontraram na paixão
por fim silente.

OrCa


Mas a Encandescente não se fica atrás e ode também o OrCa:

Ao Orca que ode como ninguém:

Quando
Quais guerreiros no final da batalha
Jogadores no fim do jogo
Extinto o fogo
Calado o corpo
Saciado o desejo
O grito solto
E o orgasmo
Calor que os envolve ainda
Chega a hora do cansaço
Chega a hora do abraço
Da entrega da ternura
Da partilha do amor palavra
Que mantém o desejo aceso
E sem a qual
Nenhuma paixão perdura.

Encandescente

Vamos proteger o monumento fálico do Ferro

Este monumento está agora colocado junto a outras pedras, tombado e ao abandonoComo já vos tinha dito, o «Jornal do Fundão» alertou na semana passada para um monumento fálico pré-histórico no Ferro (perto de Caria), que está ao abandono e se arrisca a vir a ser destruído.
A malta da ArqueoBeira já me esclareceu sobre o que há a fazer:
"Realmente é lamentável que um monumento raro como o que temos em presença, se encontre no estado de abandono actual. Em termos de preservação, quem terá de tomar a iniciativa deverão ser as autoridades competentes, pelo que aconselho a que entrem em contacto com a Junta de Freguesia local, Câmara Municipal da Covilhã, e extensão do IPA da Covilhã, dando conta do caso.
Obviamente que o facto de ter sido publicado no JF já lhe terá dado uma boa publicidade mas nunca é demais fazermos o que estiver ao nosso alcance para contribuir para a salvaguarda dos vestígios da nossa história colectiva.
Nós próprios vamos tomar essa iniciativa e como oportunamente salientaram, vamos incluir o monumento no nosso roteiro."


Vamos a isso!
Este monumento fálico não pode ser destruído. A Junta de Freguesia do Ferro só terá a ganhar em preservá-lo e colocá-lo num sítio digno. Mas receio que vença a mentalidade tacanha de quem vê o sexo como pecado.

Outros opinam. O OrCa dá opinocadas:

Ninguém pediu que dissesse
Opinasse
Ou discorresse
Algo sobre o erótico-poético
Algo assim que palavra após palavra
Ao erótico desse um cunho mais atlético
Saltitante na ladeira feito cabra

Mas direi
Que tenho cá para mim
Que falar é muito próprio de ser homem
E por muito calar é que nos comem...

Então eu gostaria de alertar
O amigo que do sexo faz questão
De o alçar em poesia linear
Isto é
Erguer ritmos
Rimas
Motes ou cotejos
Como quem ergue algum halter do chão
E à murraça abate chatos
Percevejos...

Pois que não
Não será de tal extremo
Pois em tudo há espaço para tudo
E se alguns fazem do sexo um entrudo
Um comboio
Um ai-jesus pior que o demo
Outros há que o curtem mais
Sendo ele ameno

Pois no sexo
Como em tudo
A tolerância
É meio caminho andado para dois
Atingirem mais prazer na circunstância...

Mas também aproveito p'ra dizer
Que não me move nem escárnio ou maledicência
E a quem apraz tal traseiro pertinaz
Eu daqui lhe faço a minha reverência...

OrCa

19 abril 2005

Os jogadores do Sporting tomaram-lhe o gosto!

Lá tive eu que gastar mais 70 cêntimos da minh'alma para comprar o "Record" e poder guardar esta primeira página na minha colecção. Ainda a meio da semana foi sodomização, agora é um fellatio a quatro!...
Entretanto, um colega meu ainda me deixou mais estupefacta (seja lá o que isso quer dizer) e ofereceu-me a página 2 do jornal "a Bola":
Se isto continua assim também quero jogar futebol no Sporting (mas só se for misto)!

O meu primeiro post aqui...

...tou tão emocionado. Bem... começar de forma erudita para não ferir susceptibilidades.

Já alguma vez sentiram a necessidade de tirar uma fotografia a vocês mesmos? Virar a máquina ao contrário, olhar de frente a objectiva e carregar no botão... E nus, como vieram ao mundo (mas mais velhos)? Tirar um auto-retrato nu? E um auto-retrato nu anónimo, que só vocês soubessem quem estava lá, de quem era aquele genital? E colocá-la na internet, esse universo tão vasto que facilmente nos torna a todos anónimos? Ou então partilhar apenas com o seu/a sua mais que tudo, como se fosse uma piada "private"? Pode-se encontrar por aí algumas ondas engraçadas nesta base, que lhe vamos chamar, digamos... hã... Cyber-Narcisismo, Auto-Voyeurismo (ou Auto-Exploração sexual?), Foto-Naturismo ou Fetiche Obscuro?
São apenas "ismos" que dificilmente explicarão, por si só, o cenário que vai desde a simples brincadeira isolada, até à fixação doentia. Doenças à parte vamos a ser práticos, que não estou aqui para enganar ninguém. Desde os conhecidos, e conceituados, I Shot Myself e Beautiful Agony, a PhotoBlog's pessoais, menos pretensiosos, e fotografias de profissionais.
Não posso abandonar o tema sem um apontamento humorístico. Que me dizem do fetiche de colocar a leilão on-line artigos/objectos em cujas fotos se pode vislumbrar o autor, nu, reflectido numa qualquer superficie cromada ou espelhada? Ah, pois é.

Desejosos de partilhar algo connosco? Não se acanhem.

CunetaSão - por onde aquilo já vai...

Não sei se têm acompanhado o desenrolar da "CunetaSão - rabosódia de cunetos, conetos,cuadras e cunexos", ali ao lado.
O OrCa, o Fernando e eu temo-nos andado a provocar. A última - para já - fui eu que a dei, quando o Fernando me chamou "rainha das putas":

Eu bem sei que a mulher que se desfruta
É usada como arma de arremesso
Por quem quer lugar no céu a qualquer preço
Nem que minta, traia e... foda à bruta

Se não queres perder o teu adereço
Que te torna - arre! - macho, então escuta:
Tu afasta-te a correr da minha gruta
Que afunda os caralhos que conheço

Porque sexo só me faz sentir completa
E a piça que se preza está erecta
Com orgulho eu assumo: sim, sou puta!

Mas conheço a tua arma secreta:
Sei que nunca é má-língua um poeta
Então faz-me um minete à la minuta

Vamos lá ver o que me vai cair em cima... hmmm...

Hot Line

E não é que ele declarou que eu tinha uma voz bonita?!... Ai menina, imediatamente coloquei a voz num tom quente, pestanejei duas ou três vezes e pupilas nas pupilas, repliquei-lhe que ia investir numa linha de valor acrescentado para usar em pleno essa minha capacidade e poder repetir a toda a hora que o lambia de alto a baixo, murmurar-lhe que o dele era tão grande e o maior que já tinha visto e gemer alto e bom som uns ós e ás, roucos, densos e prolongados.

O espanto mudo dele a pegar no maço de tabaco e a molhar os lábios na cerveja, apenas fez pontuar a interrogação se não me custaria fazê-lo com estranhos. Fingi não perceber a lógica subjacente e teorizei sobre as boas práticas de qualquer linha de atendimento ao público em que apesar de não se conhecer intimamente cada cliente, se procura a satisfação deste como forma de garantir a sua fidelização. E como se não bastasse Sãozinha, acrescentei que é fácil excitar um gajo desfiando de forma sussurrante e arrastada a ladaínha «vou passar a minha língua, toda, da ponta da tua glande até às tuas bolinhas e do meio delas, vou voltar devagarinho, até cá cima e vou lamber toda a cabecinha, chupar só a pontinha e depois, pedacinho a pedacinho, engolir-te todo».

Oh São, eu fui sadicazita mas o galanteio da voz bonita é como o dos olhos bonitos, como se mais nada houvesse para elogiar.

Já há o Virtual Bartender II

Se uma empregada de mesa no Virtual Bartender já era interessante, agora com duas empregadas de mesa à espera das tuas instruções ainda fica melhor:

Virtual Bartender II
Testei com "show your boobies" e deu resultado. Bem, quase...
O Kasam sugere "2 strip", "ass" e "hands" (esta última surpreendeu-me).

18 abril 2005

Preso

Lutz Behnke

Tenho-te na ponta da língua
Não te solto.
As tuas mãos agitam-se
O teu corpo contorce-se
Não te solto.
Arquejas
Gemes
Não te solto.
Tenho-te preso na ponta da língua.
E preso dizes-me:
Não me soltes
Quero ficar.

Literatura fora da cadeia, já!

Libertem a literatura destas cadeias!
Os acusa-Cristos foram o OrCa, a Gotinha e o AdamastoR.
Mas como não gosto de ver ninguém de_pau_parado aqui me venho:

Não podendo sair do Fahrenheit 451, que livro quererias ser?
Tive que ir pesquisar sobre o "Fahrenheit 451" para saber o que é (sim, sim, eu sou analfabruta): "Num Estado totalitário num futuro próximo, os 'bombeiros' têm como função principal queimar qualquer tipo de material impresso, pois foi convencionado que literatura é um propagador da infelicidade. Mas o protagonista do livro, um bombeiro, começa a questionar tal linha de raciocínio quando vê uma mulher preferir ser queimada com sua vasta biblioteca ao invés de permanecer viva."
Bem, visto isto... eu não quereria ser nenhum livro, especialmente pornográfico (que têm montes de páginas coladas).

Já alguma vez ficaste apanhadinha por um personagem de ficção?
Tantos e tantas vezes! De ficção e de fricção. Aliás, os livros de que gosto "lêem-se só com uma mão". Recordo-me sempre em especial de um agente da alfândega que, depois de pouca retórica (como eu gosto) teve esta deixa fenomenal para uma senhora que queria passar a fronteira: "Toma lá caralho e cala-te!"

Qual foi o último livro que compraste?
Acabei de receber três livros da Tusquet Editores, da colecção "La Sonrisa Vertical". O difícil foi escolher, entre tantos e tão bons. Aliás, desde há 25 anos que eles atribuem um prémio de literatura erótica:"El Bajel de las Vaginas Voraginosas" (com uma capa que é um miminho), "Kurt" e "El vizconde Pajillero de los Cojones Blandos" (erotismo surrealista).

Qual o último livro que leste?
"How to Make Love Like a Porn Star: A Cautionary Tale", um grande livro de uma grande senhora da pornografia: Jenna Jameson.

Que livros estás a ler?
"Uma História do Corpo na Idade Média", de Jacques Le Goff e Nicholas Truong.

Que livros levarias para uma ilha deserta?
Todos os livros (mais de mil) da minha colecção de arte erótica (alguém interessado em servir de mecenas?). Aliás, por causa do peso dos livros é que a porra do barco foi ao fundo... ou à funda?!

A quem vais passar este testemunho e porquê?
A ninguém, porque quero libertar a literatura desta cadeia!

Actriz do Amor, por AdamastoR

Tenho sérias dificuldades em concentrar-me na trama de um filme com a Asia Argento. E quanto mais o revejo, pior fica, porque ela só melhora.

Por isso aguardo com expectativa, o novo filme de Gus Van Sant - Last Days. Argento fará de Courtney Love e o filme, está bem de ver, conta os últimos dias da vida de Kurt Cobain, ainda que o personagem principal se chame Blake [interpretado por Michael Pitt - irmão de Brad].

A obra será apresentada no Festival de Cannes e, garante Van sant, não pretende lançar polémicas sobre o suicídio, ou não, do líder dos Nirvana. O filme é apenas a visão muito particular que o realizador fez da vida de Kobain, principalmente dos atormentados momentos que antecederam a sua morte, em Abril de 1994.

Muito possivelmente, ajudará à minha concentração, o facto de Asia surgir loira e de olheiras no queixo. Mas não é certo.

Publicidade Fenomenal





POWA - People Opposing Women Abuse
Uma ONG que luta contra o abuso das mulheres.
"Quando o leitor tenta folhear a revista, percebe que duas páginas estão coladas. É possível ver apenas parcialmente que há uma imagem de pernas femininas sob um lençol. Ao abrir a página, a cola vai cedendo, rasgando-a. Então, entendemos o anúncio: uma mulher nua deitada de pernas abertas e abaixo o título:
«If you have to force, it’s rape» (Se você forçar, é violação)."

Video de porrada

Toma! Toma! Toma!

Diário do Garfanho - Heaven Knows I'm Miserable Now

Num autocarro, em Lisboa, vou mais de 39 minutos ao lado de uma belíssima mulher - mais adjectivação é desnecessária e seria, sempre, redutora.
39 minutos a pensar, a reflectir, a questionar.
39 minutos a agravar uma úlcera (se a tivesse), com palpitações (se as sentisse).
39 minutos de angústia, de dúvida, de embaraço.
39 minutos a perscrutar os insondáveis caminhos do Senhor (se fosse crente).
39 minutos de desejo, de esperança, de devaneios.
39 minutos de olha, não olha; fala, não fala; sorri, não sorri.
39 minutos de cálculos, de considerações, de especulação.
E, um minuto depois de ela sair, a dúvida sufoca-me e já estou arrependido, para a vida!, de nunca vir a desatar o nó que se me formou na garganta:
Que roçou roçou. Agora se se roçou ou se apenas roçou... Aí é que está o cerne, o fulcro, o busílis da questão.

Uma Rosa é uma Rosa é uma Rosa (São Rosas)

17 abril 2005

Dick Hard no Centro de Estética

Dick Hard não podia ser considerado minimamente um metrossexual. Em primeiro lugar porque não gostava de andar de metropolitano. Depois, porque nunca tinha tido sexo em plena carruagem.
Por isso, quando a sua amiga Lolita lhe disse que não era preciso ser metrossexual para a acompanhar ao Centro de Estética, Dick Hard encolheu os ombros e deixou-se guiar, de braço dado, pelas labirínticas ruas de uma Lisboa antiga que já se mentalizara em aceitar um centro de estética.
O «Miminhos do Corpo» era um centro bem catita, com clientela do mais seleccionado. Esposas de gestores, viúvas de ex-traficantes de droga arrependidos, namoradas de seguranças de escritoras de livros de auto-ajuda, funcionárias de organismos estatais em vias de decomposição.
E como um centro de estética não tem de ser necessariamente dedicado às senhoras, o «Miminhos do Corpo» era bissexual, por motivos financeiros: tinha uma secção para senhoras e outra para cavalheiros. Era importante não descurar o negócio.
Lolita tocou à campainha e ouviu-se a voz de Vincent Price no filme de terror «O gato miou três vezes». Dick não percebeu bem a frase, mas era assim a modos que a atirar para o horripilante. Se fosse levada a sério. Com o Vincent Price era difícil levar o terror a sério. Que raio de ideia para um toque de campainha!
A porta abriu-se e na recepção estava uma loira do mais terrífico que se podia imaginar. Ver aquela menina e não poder saltar-lhe para a espinha com imediatismo era algo digno de um filme de terror com Boris Karloff ou Cristóvão Lee.
O Dick mais pequenino pôs-se aos saltos dentro das calças de ganga do dono:
- Ó pá, eu quero! Ó pá, eu quero! Ó pá, eu quero!
Dick deu-lhe a meia-volta do costume (como indicado no livro de Alberto Moravia, «Eu e ele») e sossegou o personagem.
Lolita dirigiu-se à Vânia Vitória (a menina da recepção que provocava erecções à velocidade da luz) e sorriu:
- Olá, o meu nome é Lolita Esplendores e tenho marcação de «Revisão Total Especial» para as 16 horas. Hoje trouxe um amigo meu. Gostaria de saber se é possível inscrevê-lo num programa especial de «Trate de si, cavalheiro».
- Pois é, D. Lolita, sem marcação para o seu amigo vai ser um pouco difícil. Hoje é um dia mau. Tem estado tudo cheio. Sabe como é, sexta-feira, dia de sol, vésperas de Primavera. As pessoas saem de casa com vontade de se tratar bem.
- Veja lá o que se pode fazer. Eu quase arrastei o meu amigo...
...
Será que ela abre a vaga para o Dick Hard? E será desta que a história acaba bem para o nosso herói? Duvido, mas lê o resto...

Nítido


Oh São, foi como voltar à adolescência!... A nítida frescura da pele dele e o sorriso genuíno que imprimia na cara incentivavam-me a rebolar pela humidade dos relvados da noite de Belém, preparada previamente de saia e isenta de cuecas, para o reconhecer explodindo em mim, na pressa de não sermos apanhados.
Era a brincadeira contínua do duche quente em que nos ensaboávamos para ele remexer em todas as direcções geodésicas da minha cavidade, defendendo que assim ficaria bem lavadinha enquanto engolia as gotinhas de água que me escorriam dos mamilos, para não se perder nada, obviamente. Eu afiançava-lhe que precisava do duche mais próximo para me matar a sede e engolia-o como bebida isotónica, com a água a salpicar-me os cabelos enquanto lhe sopesava as recargas que depois serviam de fio dental.
Era a pressa de responder a mais um sms que marcava encontro num sítio recôndito da cidade, para onde partia aos pulos, dançando em sapatos voadores, mesmo que fosse o escurinho do cinema, onde os beijos lânguidos e as mãos desassogadas e continuamente espalmadas na carne, por entre fechos e tecidos e lãs, impediam de apreciar condignamente a obra do realizador.
Mas, oh São, eu não estava preparada para encarar as coisas de forma séria como quando ele se ofereceu para fazer uma vasectomia.

Tomai e bebei: este é o meu prazer derramado por vós


(enviado por Roxy)
(título da Maria Árvore)

15 abril 2005

Pela primeira vez na vida comprei um jornal desportivo!

70 cêntimos. Só por causa da primeira página!

ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! etc.
bandeira.jpg

A cópula

de Manuel Bandeira

Depois de lhe beijar meticulosamente
o cu, que é uma pimenta, a boceta, que é um doce,
o moço exibe à moça a bagagem que trouxe:
colhões e membro, um membro enorme e tungescente.

Ela toma-o na boca e morde-o. Incontinente,
não pode ele conter-se, e, de um jacto, esporrou-se.
Não desarmou porém. Antes, mais rijo, alteou-se
e fodeu-a. Ela geme, ela peida, ela sente

Que vai morrer: - "Eu morro! Ai, não queres que eu morra?!"
Grita para o rapaz que aceso como um diabo,
arde em cio e tesão na amorosa gangorra

E titilando-a nos mamilos e no rabo
(que depois irá ter sua ração de porra),
lhe enfia cona a dentro o mangalho até o cabo.

A Rainha de Copas - Matt Ridley

Aconselho este livro científico (cujo subtítulo é «o sexo e a evolução da natureza humana») publicado em Portugal pela Gradiva.
Uma análise profunda da sexualidade como tema central da nossa evolução.
Deliciem-se com esta citação de Charles Darwin que Matt Ridley usa para ilustrar a questão do perfeccionismo sexual:
«Se todas as mulheres se tornassem tão belas como a Vénus de Medici, durante um certo tempo ficaríamos encantados, mas depressa desejaríamos a variedade e, logo que tivéssemos obtido a variedade, desejaríamos ver certas características das nossas mulheres um pouco exageradas para além do padrão então existente.»
Porque será que isto me fez lembrar a Campanha por Beleza Real, que eu a-do-ro?!

Graças ao sofá


Não sei se a culpa não foi do sofá, São! Eu apenas o ouvi a desfiar os seus problemas no sofá fronteiro, ao ritmo de cervejas mornas e cruzei e descruzei as pernas vezes sem conta, dando-lhe alento em palavras feitas tremoços.
E ele São, veio direito a mim e desabou a beijar-me o pescoço, a deixar escorregar as mãos pelo meu peito e pelos intervalos das minhas calças. Perante o meu espanto mudo, abriu-me o fecho e resvalou a sua mão direita do monte para o interior dos lábios até o seu indicador chocar com as minhas nádegas. Ergueu o queixo para me indagar com os olhos se tinha aval para continuar, sinal a que retorqui com um longo beijo de línguas. E vai daí, ele afundou-se em espirais no meu botão de sintonia, pulou dos grandes para os pequenos como linha de cerzir, enquanto as minhas mãos o despenteavam atabalhoadamente. Aprimorou-se a passear a língua monte acima, monte abaixo, com o rigor de uma toalhita enquanto a sua mão esquerda me espremia as nádegas para o indicador e médio direitos se enfileirarem vulva adentro. Voltou para tragar o meu clitóris, em pedacinhos pequenos e tanto petiscou que me contorci, abraçando a sua nuca com os meus joelhos. Peguei-lhe a cabeça com ambas as mãos e debruei-lhe os lábios e o céu da boca com beijos.
Foi aí São que ele me agradeceu e eu ainda zonza, nem queria acreditar nos meus ouvidos. Apenas lhe dei a minha atenção. Oh São, há necessidade de pagar a amizade?...

A Maria Árvore depois da aventura do sofá


(o F. Monteiro não a consegue desencaixar)

14 abril 2005

Sucção de Amor, por AdamastoR


[Tony Ward]

Alvíssaras a quem descobrir...

(com música de fundo)


Os palpites foram:
Jorge Costa - gel.
Mad - Fá Gel de Banho.
Gotinha - creme de corpo YVES ROCHER [esta miúda é uma comercial nata]
São Rosas e Quimera - farinha misturada com água, como antes se colavam os cromos de futebol nas cadernetas.
SirHaiva - farinha com água e muito fermento, para 'levantar' o 'bolo'.
Edmilson - é goma.
Obeijo - só lambendo!
Nikonman - produto de uma saraivada peniana.
SirHaiva - Podia ser, podia. Mas neste caso em particular não estou envolvido. Não me lembro nada da senhora nem de a ter contemplado com uma das minhas 'Saraivadas Penianas'... mas sei lá, já foram tantas. (cof, cof, cof)...

Enda uí nariz:
Dupont do Vilacondense - é pão, são:

Bonequinho nos comentários

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Urgência

Foto:J_J_ANDRE

Quero despir-te
Tirar-te a roupa
Penetrar-te o corpo.
Quero amar-te
Com a raiva de quem sabe
Com a raiva que conheces
Com a raiva que sentes
Quando em raiva me dou.
Quero ver-te fechar os olhos
Para reter o prazer
E pressionar-te
Arrancar-to
Encurralar-te
Fechar-te em mim e no prazer.
Quero tudo
O corpo, a alma
Tirar-te a roupa e a calma
Até gemeres
Até tremeres
Até dizeres: Ainda não.
E eu exigir: Já!

Letrinhas malandrecas do Webcedário


O romantismo visto pelo Webcedário

13 abril 2005

Dia do Beijo e só a Madr se lembrou...

"Bem , lá terá que ser...
Já que a nossa amiga São se esqueceu de assinalar este dia com um daqueles 'titalos' garrafais...
Desculpa lá, ó ferralho, eu me aproveitar do teu rodapé, mas a culpa é DELA.

Dia do Beijo, quem diria
O que haviam de inventar,
Até a boca do corpo
Já sinto a latejar.

E é tal a vibraSão
Que não consigo acalmar
Aguardo a tua chegada
Para me poder saciar

Do teu corpo quero o desejo
Que os meus lábios vão beijar
Da tua alma o sentimento
Onde me possa afogar.

('madr mia', isto são os efeitos colaterais da PDI, só pode...) "

Madr

Como o padr não ode, adivinhem quem vem oder a madr...

Eu quero beijar, beijar, perdidamente
Beijar o corpo tal como convém
Levá-lo até ao ponto em que se vem
Alguém que beije outrém atrás e à frente

E se houver alguém mais descontente
E queixoso por ser beijado aquém
Que se beije esse também e mais além
Do que fora beijado anteriormente

Porque urge beijar o corpo todo
De cima abaixo ou até de lado a lado
Percorrê-lo com os lábios de tal modo
Que não fique resto algum sem ser beijado

- Cá por mim, digo eu, não me incomodo
Por beijar até se vir um corpo amado.

OrCa

Dá Deus falos a quem não tem a funda São!

Monumento fálico no Ferro

Vim-me a saber pelo "Jornal do Fundão" que na vila do Ferro, muito perto de Caria, o monumento fálico - único no país - monobloco de granito, que os homens pré-históricos adoraram como símbolo da fecundidade humana, agrícola e pecuária, está neste momento votado ao abandono!
Antes que seja tarde, temos que fazer alguma coisa. Para já, enviei uma mensagem para a ArqueoBeira:
"(...) Verifico que não o têm referenciado no vosso site.
Há algo que possamos fazer para defender este património valiosíssimo? (...)"
Se o Estado pode tomar posse administrativa de propriedade privada em casos de abandono, aqui não poderá acontecer o contrário?

A conta dos três


Ó São, já ouviste aquele anúncio na rádio em que a rapariga pede ao João para se chegar para lá e ele resmunga que é sempre ele e então, ela alega que já pediu ao Ricardo mas ele está a dormir ferrado?...
Ah Sãozinha, era tão mais fácil não ter de escolher entre dois homens que nos atraem e de quem nos sentimos cúmplices de igual modo. Quem terá tido a mania de decretar a monogamia para transmitir heranças?... Ou então qual é o sentido do adágio popular de que três foi a conta que Deus fez?...
É que Sãozinha, às vezes tenho tanta dificuldade em não me apaixonar pelas pessoas, pelo borbulhar dos seus cerebrozinhos, pela comunhão dos gostos quotidianos e das paixões fundas, pela mímica das expressões cúmplices. E vai um passinho daí a desejar absorvê-las todas pelo meu corpinho.
Tal como os egípcios faziam imposição de mãos sobre os cadáveres mumificados para lhes arrebatar a sabedoria, eu procuro a imposição dos corpos para me embeber no seu conhecimento.
E em termos práticos, São, na vida stressante e cheia de trabalho que levamos, com dois homens há mais probabilidades de um deles nos escutar quando precisamos, de um deles não estar cansado quando só apetece afogar-nos em sexo e de concretizar a eterna fantasia feminina de nos sentirmos totalmente preenchidas acasalando com dois homens.

Bocas infinitas

Deixa de fora as palavras
O silêncio é agora um prado
E os meus lábios uma nascente.
Deixa saberem à amora silvestre
Os beijos frescos que te ofereço
Escuta o seu murmúrio, sente.
Faz comigo a vereda desta vertigem
Goza a placidez deste excesso
Nesta hora em que abro as asas
E descerro a beijos de incenso
O teu corpo nu em mim emerso.
Sê por mim uma pele feita de lábios
De bocas infinitas segredando-me desejos
Que me escancararem a alma na viagem
E me façam não saber de outros beijos.

Inspiração do momento


oitado do puto. Chega a casa e diz ao pai:
- Estou à rasca. A professora quer que a gente diga cada um a sua cor e não podemos repetir a do outro. Eu sou o 21, como é que eu me amanho?
O pai, pensa, pensa, pensa e depois diz-lhe:
- Olha, filho, amanhã vais dizer uma cor que ninguém diz: Vermelho do Congo.
No outro dia a professora começou o exercício com os alunos todos sentados no seu lugar. Eles lá foram dizendo cada um a sua cor: Azul, encarnado, cinzento, etc.
O puto esfregava as mãos de contente.
À frente dele estava um preto. Quando chegou a vez do preto, este levanta-se e diz:
- Vermelho do Congo.
E o puto, danado da vida, salta da carteira e diz:
- Preto do caralho!

(enviado pelo Vizinho)

12 abril 2005

Descarada



Vejam só a descaradona da São Rosas...

Telefonema sem Amor, por AdamastoR

Cada vez mais me convenço que sou um espécime raro, em vias de extinção, que usa o telemóvel para combinar encontros e transmitir recados rápidos, ou, no máximo, para encurtar distâncias inultrapassáveis e matar saudades de quem gosto.

De acordo com um inquérito, catorze por cento dos utilizadores de telemóvel interrompe uma relação sexual para atender uma chamada.
Na Alemanha e na Espanha, esta percentagem sobe para 22 por cento, o que quer dizer que, nestes países, uma em cada quatro pessoas não pode participar numa orgia sem estragar a festa. O país que regista os valores mais baixo [para variar, não existem dados sobre Portugal] é a Itália, com 7 por cento de egoístas.

Dito isto, o inquérito conduzido pela BBDO concluí que mais de metade dos inquiridos utiliza o telefone para namorar.

Objectores de Inconsciência (*)

Madr - Ó Jorge, ó Jorge, tu assim a torcer o pepino desde pequenino... não sei não. Nunca te aconteceu como ao filho de uma minha conhecida, que de tanto o 'esgalhar' o esfolou todo e foi parar ao Centro de Saúde (com a mãe, é claro, para a humilhação ser ainda maior)?
Luís Graça - Então e as senhoras que aparecem no hospital com garrafas entaladas? Tinha um amigo que era amigo de um médico que contava que as 'desculpas' eram sempre as mesmas em 90 por cento dos casos: 'Ia a andar na rua, escorreguei...'. Isto foi há mais de 20 anos. Agora, com as novas tecnologias, talvez o panorama tenha mudado. E daí...
Dizia o meu amigo:'Para evitar a situação bastava partir a garrafa por baixo, que o efeito de vácuo acabava'.
Madr - Nos meus tempos de liceu havia uma moça a quem chamávamos a 'garrafeira' por se lhe atribuir uma cena dessas. Duvido que até hoje as mulheres ainda não tenham aprendido a partir o fundo da garrafa. Em contrapartida soube de um, muito Tio, que foi parar à urgência com um rabanete metido no cu (só se viam as folhinhas do lado de fora). Nunca aquelas urgências tinham sido tão divertidas e nunca um paciente foi tão e tantas vezes observado (só não faziam 'bicha' para não dar muito nas vistas e o paciente não ficar desconfiado).
_________
(*) pessoas que introduzem objectos sem terem consciência de que poderão não conseguir retirá-los.

Convém...



Em qualquer circunstância,
convém sempre proteger as partes baixas.

Uma anedota como pretexto...

... para mostrar mais um quadro a óleo da minha colecção:

Todos os sábados, um fanático do golfe saía de casa de manhã cedo, independentemente do tempo, para jogar o seu adorado jogo.
Excepto num dia em que a chuva e o vento eram demais, até para ele.
Regressou a casa, despiu-se e aconchegou-se junto à mulher na cama, dizendo:
- Está um tempo horrível.
- Bem oiço - disse ela - e acreditas que o estúpido do meu marido está lá fora a jogar golfe?

(enviado pela Alexandra)