30 junho 2012

Homens, aprendam a remover tinta de uma máquina de secar

«foi só isso...» - bagaço amarelo

Por definição não gosto de galerias de arte. Gosto de arte, todo o tipo de arte, quando de alguma forma ela me emociona. O problema das galerias de arte é exactamente esse: castram a emoção pela raiz. Primeiro enclausuram-na, depois silenciam-na e por fim exibem-na como se fosse uma coisa rara. Não é. A arte, todo o tipo de arte, é-nos natural.
Ainda não estava apaixonado pela Teresa no dia em que fomos ver uma exposição de pintura em Lisboa, dum pintor qualquer de que já nem lembro o nome, mas acreditava que isso me ia acontecer em breve. Ela foi pousando brandamente os olhos dela, de quadro em quadro, e quando andava era como se o som dos seus saltos altos fosse uma espécie de crime. Aligeirou o passo e perguntou-me se eu estava a gostar.

- Mais ou menos... - respondi para não a desiludir totalmente - nenhum dos quadros é figurativo, então nenhum me diz nada.
- Ao menos fala baixo. - pediu ela de forma embaraçada.

Eu saí da galeria e esperei por ela lá fora e, enquanto passeava os meus olhos de forma discreta pelas mulheres que iam passando, decidi-me a não me apaixonar por ela. Às vezes, não Amar pode ser a melhor solução. Pelo menos foi o que eu pensei. A Teresa era bonita, mas também ela era uma espécie de galeria de arte. Nela, às vezes tinha que falar baixinho para não parecer estúpido. Outras vezes vezes era mesmo melhor calar-me.
Nesse mesmo dia inventei uma desculpa qualquer e apanhei o intercidades para Aveiro, onde acabei a noite sozinho a beber Bushmills num bar que também tinha nas paredes uma exposição de pintura. Sem sair da minha cadeira ao balcão, vi os quadros todos. Eram retratos de pessoas que provavelmente nem existiam. A dona do tasco reparou e perguntou-me se eu tinha gostado.

- Sim, todas as pessoas retratadas me parecem serenamente felizes, como se tivessem acabado de passar por uma qualquer contrariedade na vida e agora se sintam calmas e aliviadas.
- Obrigado, vou dizer isso à minha filha. - Ofereceu-me o terceiro copo de uísque, que agradeci.

Nessa noite cheguei à conclusão de que, pelo menos para mim, era melhor que todas as exposições de qualquer tipo de arte fossem em bares e não em galerias. Nas galerias, por norma, não interpretamos sequer o que vemos. Pelo contrário, submetemo-nos totalmente àquilo que é suposto perceber, ou então é melhor fecharmo-nos na nossa esmagadora ignorância.
Eu acredito, e gosto de acreditar, que o ser humano é criativo em praticamente tudo o que faz. A Amar também. O Amor é uma arte como outra qualquer, embora não tenha suporte físico. É como a música, por exemplo, e nesse dia desafinei de propósito para acabar de tocar uma canção que nunca me iria sair bem. Foi só isso.


bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»

«O laço impenetrável do silêncio» - o livro fresquinho da Paula Raposo


Este exemplar já mora na minha colecção, a juntar-se a outros livros da Paula Raposo que, apesar de ela sempre ter contestado, combinam muito bem com os cortinados d'a funda São. Aliás, a Paula deu-nos o miminho de partilhar esse "segredo" na badana da contracapa deste livro:


Vários dos poemas deste livro foram publicados aqui. Esses e outros têm um toque erótico muito especial. Para aguçar o meu próprio apetite (o vosso, cada um sabe de si), escolho este, que penso que a Paula Raposo ainda não tinha publicado aqui:

Mundo

Poderia falar da madrugada
- o tempo mágico -
e das vozes perdidas
entre gargalhadas
e sons inaudíveis.
Poderia falar da noite
que vem sempre
- inexorável e premente -
deitar-se connosco.
Mas, hoje, só posso falar
de saudade, de beijos;
imponderáveis e devaneios,
que me levam
- entre abraços e carícias -
ao fim do Mundo!


Podes encomendar o teu exemplar directamente à Paula Raposo. Basta que deixes o teu contacto nos comentários.

Um sábado qualquer... - «A aliança com Abraão»





Um sábado qualquer...

29 junho 2012

Já tiveste relações sexuais com um Rolls Royce?

Não! Eu não perguntei nada sobre sexo dentro de um Rolls Royce!
Estou a referir-me a um... acompanhante para um casal que é um luxo em tecnologia: o massageador Tiani 2, da Lelo.
É um vibrador para casais desenhado para ser usado pela mulher durante a relação sexual.
Em forma de "U", o lado mais fino (sem vibração... mas em minha opinião deveria ter) deve ser inserido na vagina, ficando o lado maior (que tem a vibração) no exterior, de forma a estimular o clítoris.
Tem um controlo remoto (sem fios) que também pode vibrar e é revestido do mesmo silicone suave, podendo entrar também na... festa ou indicar ao parceiro as vibrações que a unidade principal está a proporcionar.
Esse controlo remoto tem várias funcionalidades, permitindo 3 modos diferentes de controlo da vibração: conforme a sua inclinação, pelo seu movimento e vibrações pré-programadas (6 diferentes).
E é à prova de água, para facilitar a limpeza ou para ser usado no banho.


Queres saber como é que funciona? Eu podia tentar explicar-te mas... é melhor seguires o conselho do grande Luís de Camões, naquele glorioso canto IX de «Os Lusíadas»:


"Melhor é experimentá-lo do que julgá-lo
E julgue-o quem não pode experimentá-lo."


Entre a ponte e o caminho

Uma pequena ponte pedonal em madeira num caminho de terra num jardim com árvores frondosas e relva bem tratada. Um homem e uma mulher caminham em silêncio, seguindo os caminhos tortuosos, quase labirínticos, do jardim. O homem pára a meio da ponte. A mulher dá ainda dois ou três passos, continuando sozinha, sem dar conta da paragem dele, então hesita, volta-se para trás e olha-o com ar inquiridor sem obter resposta. Ficam onde estão: ele a meio da pequena ponte e ela já no caminho de terra.
– E se eu saltasse agora? – Pergunta o homem, pousando as mãos no tronco de madeira que serve de protecção lateral.
A mulher, que o vê falar mas não o ouve, mostra-lhe um sorriso esbatido e tira o auscultador do ouvido direito.
– Queres água? – Pergunta, mostrando-lhe a garrafa de plástico que traz na mão esquerda.
– Não – responde ele, aborrecido. – Não ouviste o que eu te perguntei?
– Percebi que querias água.
– Não quero. – E repete: – E se eu saltasse?
– Saltasses?
– Sim.
Em silêncio, a mulher olha para as mãos dele agarradas à madeira e para o seu rosto tenso e ressentido, sem se fixar neles, olha para a ponte e para as margens do ribeiro seco e esboça um primeiro sorriso. Então, de forma ostensiva, com um sorriso aberto e uma expressão provocatória, olha em volta como se procurasse um sítio de onde ele pudesse saltar com alguma dignidade. Volta a olhar para a ponte e para as mãos deles cravadas no tronco de madeira.
– Se saltasses dessa ponte? – pergunta por fim.
– Sim.
– Para quê?
– Não interessa. A pergunta é: e se eu saltasse?
A mulher aproxima-se da ponte e olha para baixo, para o leito seco do ribeiro que está a cerca de metro e meio da ponte. Sem dizer nada, a mulher olha para o homem à espera de uma explicação ou, é o que lhe parece que ele vai fazer, da continuação do delírio. Ele não diz nada.
– E ias saltar para quê? – insiste.
– Faz hoje um ano – declara ele em tom acusatório, sem levantar a cabeça, concentrado no leito seco por baixo de si. – Um ano, Estela.
A mulher não estava à espera daquele assunto mas não fica surpreendida. Sabe do que ele está a falar e está há demasiado tempo à espera desta conversa para se surpreender com o seu aparecimento, que, aliás, ela própria também podia ter iniciado. Não responde logo pois hesita na resposta e no tom – na realidade, hesita unicamente no tom em que vai responder; a resposta, percebe-o a olhar-lhe para as mãos, é-lhe indiferente. Completamente indiferente.

Olhar de quem ama.


Vou te comer






Meninas WTF

28 junho 2012

I'm not gay, but thanks for the compliment


uma marcha cheia de coragem. e de bichas corajosas, poi'claro!


 *lady bug a tomar consciência da sua grandeza... de espírito*


porque é isto que nos move: os direitos. o direito a ter duas mães, a ter dois pais; porque essa coisa da família «normal» é muito jurássica e desde sempre houve famílias «diferentes»: crianças criadas pelos avós, pelos tios, às vezes pela avó e a mãe, outras apelas pelo pai... se há uns anos era um grande «drama» ser filho de pais divorciados, hoje em dia esse «trauma» já foi superado (foi, não foi?) e dá lugar à questão do direito a constituir família com quem se ama. e se porventura esse alguém for do mesmo sexo? e se essas pessoas tiverem condições económicas, saúde e, sobretudo, amor para proporcionar à criança?

«achas que é a mesma coisa? uma criança criada por heterossexuais e uma criança criada por homossexuais?» - a minha resposta é: não. não é a mesma coisa. é diferente. DIFERENTE. não é saudável? vai traumatizar as crianças? oh senhores, todos os homossexuais são filhos de heterossexuais... onde é que estes falharam?


se até o santo antónio já se modernizou... o que faltará a algumas «cabeças» que para aqui andaram?


e esta é a imagem do dia da Marcha do Orgulho LGBT. 
não esquecer: dia 30 de Junho há Arraial no Terreiro do Paço.

Frozen Yogurt, Alergia e Pensar e Falar

Depois destas duas louras falarem de amizade, boleias e hemorróidas e, depois, de Burras ou não burras, catarro e Frusteka, aí estão de novo. Já não conseguimos passar sem estes dois... pares...

«Voltar à chacha de partida» - Patife

Hoje deixem-me falar-vos da melhor pandeireta que já tive a oportunidade de despachar à tolada. Há uns meses estava num seminário e vi a bilha mais arrebitada e simétrica do Universo. Nunca mais vi uma que se assemelhasse àquela perfeição nadegal e que conseguisse alçar-me o nabo daquela maneira desenfreada. Quando o rabo passou mesmo à minha frente o tempo reduziu as rotações, permitindo-me analisar ao pormenor todos os vincos, recantos, contornos, formas côncavas e convexas daquela peidola, o que me fez ir a correr à casa de banho bater uma sarapitola. Depois, já menos sôfrego, voltei e sentei-me ao lado dela no anfiteatro do seminário. Nem sequer estava inscrito mas sempre achei que os seminários são dos melhores covis de engate da cidade. Por isso é muito natural encontrarem-me neste tipo de eventos. A palavras tantas, quando uma oradora saiu do palco murmurei para mim mesmo qualquer coisa como: Uma já se foi. Outra há-de se vir. A dona da pandeireta fez um esforço notório para não se rir, mas a toada de parvoíce não parou enquanto os oradores iam mudando e teve o seu epílogo quando dois gajos manifestamente rabichos faziam uma apresentação em duo. O tipo que estava do outro lado da gaja soltou um inconveniente: Estamos entregues à bicharada. Num sussurro apressei-me a comentar: Mais valia estarmos entregues aqui à minha picharada. Ela devia ser saída da racha pois depressa se levantou acenando para a seguir. Fomos directos à casa de banho para eu lhe abafar a bufa, que a coisa não dava para esperar muito mais. O problema é que com o tamanho da minha verga e o tradicionalmente estreito canal do cagueiro eu devo ser um autêntico Murphy das leis do enrabanço. Se alguma coisa pode correr mal, então vai correr mal. Por isso lá tive de voltar à chacha de partida.

Patife
Blog «fode, fode, patife»

Fruta 90 - Turista acidental

Meio-dia e meia



27 junho 2012

Amanda Palmer - "I Want You, But I Don't Need You" - ao vivo na The Music Box



Original de Momus, do álbum «Ping Pong» (1997)

"I like you, and I'd like you to like me to like you
But I don't need you
Don't need you to want me to like you
Because if you didn't like me
I would still like you, you see
La la la
La la la

I lick you, I like you to like me to lick you
But I don't need you
Don't need you to like me to lick you
If your pleasure turned into pain
I would still lick for my personal gain
La la la
La la la

I fuck you, and I love you to love me to fuck you
But I don't fucking need you
Don't need you to need me to fuck you
If you need me to need you to fuck
That fucks everything up
La la la
La la la

I want you, and I want you to want me to want you
But I don't need you
Don't need you to need me to need you
That's just me
So take me or leave me
But please don't need me
Don't need me to need you to need me
Cos we're here one minute, the next we're dead
So love me and leave me
But try not to need me
Enough said
I want you, but I don't need you

La la la
La la la

I love you, and I love how you love how I love you
But I don't need you
Don't need you to love me to love you
If your love changed into hate
Would my love have been a mistake?
La la la
La la la

So I'm gonna leave you, and I'd like you to leave me to leave you
But lover believe me, it isn't because I don't need you (you know I don't need you)
All I wanted was to be wanted
But you're drowning me deep in your need to be needed
La la la
La la la la la la la la la

I want you, and I want you to want me to want you
But I don't need you
Don't need you to need me to need you
That's just me
So take me or leave me
But please don't need me
Don't need me to need you to need me
Cos we're here one minute, the next we're dead
So love me and leave me
But try not to need me
Enough said
I want you, but I don't need you

«conversa 1896» - bagaço amarelo

Ela - Imagina que engatavas hoje uma mulher qualquer.
Eu - Estou a imaginar.
Ela - Acabavas num hotel com ela...
Eu - Sim...
Ela - O que é que ias pensar se, quando ela se despisse, reparasses que ela tinha umas cuecas até acima do umbigo, daquelas que servem para ficarmos mais magras na barriga? Uma cinta...
Eu - Argh!
Ela - Obrigado, era o que eu queria saber. Vou à loja devolver as minhas.


bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»

Amor, paixão e sexo: teoria e convicção

O amor é um sentimento de um altruísmo e generosidade inacabáveis. O amor tende a ser definitivo. O amor transcende-nos. Transcende a razão. O amor anula o egoísmo, o orgulho, a posse, a guerra… O amor vai além da distância. O amor vai além de tudo. Depois do amor, não há nada. Mas o amor é … raro. Além da ordem natural dos laços estabelecidos pelo sangue (entre pais, filhos, irmãos…) e da verdadeira amizade, suponho que sejam poucas as pessoas que realmente o experimentam. Acredito que possa também haver um “estado de amor” que não dependa de ninguém ou de nada específico… há-de ser isto qualquer coisa semelhante à “iluminação”. O amor é um sentimento muito elevado que depende por isso também da capacidade emocional para amar. Entre um homem e uma mulher, quando acontece, o amor é “o princípio”… é onde a vida começa… e é também, muitas vezes, onde ela acaba. Casos destes são aqueles extraordinários em que do princípio ao fim dois seres atravessam a vida intensamente apaixonados, sobrevivem ao desgaste do tempo e dos corpos, e ao cabo de décadas, até que a morte os separe, ainda os olhos do outro lhes fazem brilhar os olhos. É também o que sucede em casos daqueles em que toda uma vida não chega para fazer desaparecer a dor pela ausência da pessoa amada… sendo tão escassa a probabilidade de salvação como o milagre de um outro amor. Em ambos os casos, não há um minuto sequer nestas vidas em que não desejem “o outro” ao lado, e a quem, independentemente disso, possam não desejar “o bem”, seja isto uma benção ou uma maldição.

Semelhante ao amor nalguns sintomas, a paixão é algo de muito mais “terreno”, de muito mais sujeito aos caprichos da natureza humana. A paixão exige a presença física, a “posse”, e evolui para estados de ira quando não satisfeita. Quase todas as pessoas se apaixonam, geralmente mais do que uma vez ao longo da vida... A paixão é temporária. Dificilmente irá além de um ano ou dois… Seja como for, mais tarde ou mais cedo, acaba. Pode resultar em profunda amizade, uma forma suave de amor… ou então, resultar em coisa nenhuma. É um estado passageiro de euforia em que a natureza suprime os defeitos do outro, intensifica o desejo, e promove a harmonia de modo a permitir um período de adaptação de um casal entre si. Para quem o aproveita bem, resulta bem. Para quem não o aproveita bem, resulta mal. Aqui se incluem todos os casos de casais que começam com “um grande amor” e acabam sem se reconhecer, à porrada, ou a digladiar-se pelas razões mais absurdas.

Sexo, é outra coisa. Havendo amor, o sexo é sempre algo de “sublime”, mesmo que seja, do ponto de vista sexual, uma lástima. O amor em si não produz “bom sexo”, mas, havendo união física com a pessoa amada, produzem-se outras coisas: a imensa felicidade, ou mais, a plenitude! E claro… “bom sexo com amor” é… o verdadeiro “êxtase”: o auge do prazer físico e psíquico. A paixão em si também não faz milagres pela qualidade do sexo… mas lá está… faz do sexo sempre uma experiência positiva, ainda que na prática o desempenho sexual possa não passar da pobreza franciscana. O pior é que, findo o período de paixão, para quem não tiver desenvolvido uma boa relação sexual, o desejo acaba. Como é evidente, no que respeita ao prazer, a seguir ao “bom sexo com amor”, o “bom sexo com paixão” é do melhor que há. Depois… não sei: “mau sexo com amor” ou “bom sexo com paixão”? “Mau sexo com amor”, “Mau sexo com paixão”, ou “bom sexo sem amor nem paixão”? É difícil de decidir … se calhar é relativo, tem dias, depende dos gostos … A questão aqui é o que seja um bom equilíbrio entre estados de prazer emocional e estados de prazer físico. Para mim o conceito de “bom sexo” inclui já um mínimo de prazer emocional ou, pelo menos, o conforto emocional (bem-estar, confiança, respeito,...) a partir daqui… como diz Epicteto, o estóico, “há coisas que dependem de nós, e outras que de nós não dependem”…

… mas tenho ao menos por certo que um “bom sexo” é um bom argumento para o despertar do amor e da paixão (mal, não faz)… além de ser em si só uma coisa muito agradável… (e de fazer bem à pele e tal…)

Patinho Feio




Alexandre Affonso - nadaver.com

26 junho 2012

Eva portuguesa - «Fetiches»

Já vos falei nas taras mais "diferentes" com que fui confrontada.
Hoje quero-vos falar de algo mais soft: os fetiches.
Os fetiches são desejos diferentes do habitual mas mais comuns e menos bizarros que as taras.
Vou começar por descrevê-los por ordem decrescente de pedidos:
- Chuva dourada - é uma constante.Não passa uma semana sem que me perguntem ao telefone se o faço. A primeira vez que o fiz foi complicado... para já, não sabia o que era; depois disso esclarecido, estive uma hora a beber água e mais água e, quando preciso de ir fazer xixi, não posso; tenho que aguentar até o cliente chegar. Felizmente não demorou muito mais... mas primeiro ele queria beijos, apalpanços, sexo oral e até penetração... aguentei-me até ao sexo oral, após o que lhe disse que, se me penetrasse, eu fazia xixi na hora. Ele então não quis, deitou-se no chão onde eu já tinha posto lençóis e toalhas, de barriga para cima, mandou-me abrir as pernas e ficar meio agachada de pé, por cima dele e virada para ele e com a minha c*na bem perto da cara dele. Começou a masturbar-se e pediu para eu fazer o mesmo, começou a acelerar e grita-me agora!... Finalmente aliviei a bexiga! E ele bebeu quase tudo, enquanto se vinha abundantemente...
- Sodomização - é também das fantasias mais pedidas. Basicamente, o homem gosta de ser penetrado, mas não por outro homem; quer uma mulher que acrescenta um sexo de homem falso a enrab*-lo sem dó nem piedade... E olhem que os vibradores de cintura costumam ser bem avantajados!... Estes clientes têm orgasmos fortes, brutais e mais longos que o habitual. Sei que há quem ache que este fetiche representa no fundo um desejo homossexual em homens que são homofóbicos... Eu pessoalmente não concordo... Talvez por gostar de sexo anal e essa parte da anatomia ser igual no homem e na mulher (com mais ou menos pêlos ;) e saber que é uma zona com muitas terminações nervosas; compreendo que ambos possam retirar prazer deste tipo de relação sexual.
- Botão de rosa - não é incomum perguntarem se faço... Desculpem se ofendo alguém mas... que nojo!!! Como é que um homem que eu não conheço espera que eu lhe lamba, beije e sugue o ânus?... Aqui está um fetiche que eu não faço... esqueçam... se me quiserem fazer, é com o cliente, agora eu fazer... fora de questão!
- Virem-se na cara - é bastante comum homens que, depois de perguntarem se eu faço oral até ao fim sem preservativo e eu responder que não (pois não faço mesmo!) pedirem para se virem na minha cara... Claro que respondo que não mas fico a pensar como é que, não fazendo eu oral até ao fim sem protecção, esperem que eu aceda a este desejo... o perigo de transmissão de DST´S para mim continuaria a ser enorme! Será que estes homens não pensam, ou como o risco seria só meu, são tão egoistas que não querem saber?....

Bem, deixo-vos aqui o inicio deste relato.
Tenho muito mais para vos contar mas fica para o próximo capítulo...
Vão passando...
Beijocas.


Eva
blog Eva portuguesa - porque o prazer não é pecado

Coito interrompido ou coito... ininterrupto?

Há cerca de 47 milhões de anos, a quietude das águas de um lago, situado naquilo que hoje é a Alemanha, achou-se perturbada pela agitação frenética proporcionada por vários casais de tartarugas envolvidos num verdadeiro regabofe reprodutivo. Infelizmente, a actividade da prática do amor, por parte destes simpáticos e dedicados répteis, viria a ser cruelmente interrompida quando um verdadeiro cataclismo se abateu sobre eles, liquidando no acto todos os seres vivos das redondezas.


Hoje, milhões e milhões de cópulas depois, perdão, milhões de anos depois, o testemunho silencioso daquele momento veio à luz do dia em Messel, não muito longe de Frankfurt, na forma de nove casais de tartarugas que ficaram autenticamente feitos num oito.


Ora é exactamente aqui que surge a minha dúvida: como se deve rotular o drama destas apaixonadas e eternizadas tartarugas? Coito interrompido ou coito ininterrupto?


Notícia original: Público

As Sessenta Virgens

Deus estava a fazer a barba. Desde há séculos (literalmente) que todas as manhãs acordava dorido e angustiado e chateado com a vida e ainda por cima despeitado com o Seu mau hálito. Frequentemente sofria de insónias.
Nunca Lhe tinha passado pela cabeça que tudo acabaria assim quando, alguns milénios atrás, tinha aceitado aquela missão na Agência Intergaláctica de Amas para Planetas.
É certo que Lhe tinham dito que a Terra era um planeta "classe zero" e que Ele teria que contemporizar com todos os credos e crenças dos seres que aí habitavam. Na altura tinha pensado na missão como um desafio. Hoje em dia, a pior coisa era ter que fingir que não existia quando se cruzava com algum ateu pretensioso, lá em baixo no Céu.
"Toque, toque" - um querubim batia à janela.
- O que é? Não pode esperar? - ralhou Deus enquanto abria uma fresta.
- Deus, o mártir muçulmano que chegou ontem está a ter problemas com as virgens - informou o querubim.
"Os muçulmanos, sempre os muçulmanos" - pensou Deus para com os seus botões. "Esses gajos mais a parvoíce das sessenta virgens". Como é que era suposto esperar que Ele arranjasse sessenta para cada mártir se achar uma já era difícil. Por Ele podiam ir todos para o Inferno, se ao menos o Inferno existisse. Século após século, Ele tinha-se preocupado, e preocupado, e perdido uma eternidade de noites (literalmente) a pensar como havia de contornar a escassez de virgens. Hoje em dia dava dez a cada mártir quando chegavam e mais uma de vez em quando até que eles perdessem a conta.
- Vá lá Deus, o que é que eu faço - insistiu o querubim.
"Essa era outra. Ele tinha sempre que saber o que fazer. E toda a gente O chamava Deus quando o Seu nome verdadeiro era Henrique."
- Ok, Ok, Eu vou ver se ainda tenho algum - respondeu Deus ao querubim.
Deus continuou a fazer a barba, enquanto o querubim se afastava rapidamente levando consigo o milagroso comprimido azul, Viagra, para dar ao mártir.

ovo.cósmico
http://alogicasubjacente.blogspot.pt/

«Os jardins de Eros II» - tríptico, acrílico sobre cartão, Carlos Martins, 2001, Portugal

Tríptico da minha colecção.



25 junho 2012

Doritos - «Noite dos rapazes»

«respostas a perguntas inexistentes (203)» - bagaço amarelo

das coisas que eu não percebo em mim

Merda de microondas. Acabei de queimar a língua. Todas as manhãs é a mesma coisa: ou aqueço demasiadamente o leite ou tenho que o beber frio. Dantes, quando o punha num fervedor de metal e o aquecia no fogão a gás, nunca falhava. Sabia exactamente qual a temperatura a que estava só de olhar para ele. Agora, com o microondas, é todas as manhãs um stress. O que eu não percebo em mim, é porque é que tendo o fogão a gás mesmo ao lado do microondas, insisto em usar este último todas as manhãs.
Há mais coisas que eu não percebo em mim. Todas as manhãs, todos os dias, todos os meses, todos os anos. Por exemplo, saber que a Primavera gosta de entrar pelas janelas da minha casa e, mesmo assim, nunca as abrir mal a vejo do outro lado dos vidros. Vejo-lhe a luz, não lhe sinto cheiro.
Movimento-me assim, num colete de hábitos que tem como único objectivo fazer com que o tempo passe por mim sem que eu passe por ele, até ao segundo exacto em que me dou conta disso mesmo. Por exemplo, de que a pessoa que eu Amo e que está ali ao meu lado, não é apenas uma sombra de todos os dias, de quem me vou despedindo todas as manhãs para depois cumprimentar à noite com um beijo na boca sem sabor.
São dez horas e dezasseis minutos dum dia qualquer primaveril. Raspo três vezes um fósforo na respectiva caixa para acender um dos bicos do fogão. Faz-se fogo, faz-se luz. Aqueço o leite enquanto abro as janelas de casa e corro para a porta para beijar de novo a minha companheira. Mais prolongadamente, desta vez, e com um "Amo-te!" à mistura. A minha vida é uma das coisas que eu não percebo em mim.


bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»

A mecânica dos rabiscos




Via Watermeloncolya

Qualidades

É difícil achar alguém que goste de ti, imagina de alguma qualidade em especial?




Eh! Espera aí!...

Capinaremos.com

24 junho 2012

Limpinhas e lavadinhas


Clean (2011) from Richard Kern on Vimeo.

Gustavo


A inundação começou com o seu sorriso de olhos cúmplices, avolumou-se com os gostos comuns por letras e imagens e as suas histórias cheias de descobertas nas rotinas citadinas a impregnar a minha alma de mata-borrão e foi às apalpadelas na cheia que me pareceu natural como a minha sede que após diversas tentativas de localização ele me sentasse na rocha do aparador da entrada e então ao mesmo nível, fizesse canoagem nos meus rápidos vaginais que nunca fui moça de ficar quieta.

Mas adiante que além das diárias mãos dadas também recordo os primeiros raios de sol a enfeitarem o quarto como serpentinas em cada manhã que me arrebitavam para a festa de lhe beijar cada milímetro desde as ramelas ao Everest privativo. E os finais da tarde na banheira onde largávamos as canseiras do dia para emergirmos na comunicação dos corpos, no morse de tocar os pontos de cada vértebra do pescoço e coluna em escala descendente fazendo a electricidade estática que torna urgente entrar no sistema. E a moleza do final da digestão do jantar que nos aninhava no sofá numa sôfrega sobremesa de sucção mútua que me encavalitava nas suas ancas, mãos esborrachadas nas suas nádegas, num trote seguro até ao galope final emitido em onomatopeias.

Nem me incomodava a tampa da sanita sempre levantada, um pormenor de somenos perante a sua perfeição a bailar a casa de aspirador na mão e gostava que tivesse durado o resto dos dias da minha vida.

«O Lacerda» - por Rui Felício


Era o funcionário mais estranho que conheci. Quantos anos teria? Trinta? Quarenta? Mais?
Magríssimo, esquelético mesmo, as faces encovadas de onde lhe sobressaiam as maças do rosto, quase a romper a pele macilenta. O cabelo preto de azeviche, empastado de brilhantina barata, parecia colado à cabeça. As orelhas de abano pareciam ter sido cosidas com agulha ferrugenta dos dois lados da cabeça, prontas a despegarem-se ao menor sopro de vento.Como numa lúgrube cruzeta, adejavam as roupas muito largas, de tons pretos ou cinzentos.
Falava pausadamente para disfarçar a gaguez. Lia e relia a papelada que os alunos lhe entregavam na secretaria do liceu para se matricularem, pagarem as propinas ou requererem exames, na demanda ínfrene de descortinar algum formulário incompleto ou mal preenchido.
Quando descobria algum erro, adoptava uma postura vencedora,altaneira, que o seu metro e sessenta empinado pelo tacão alto dos sapatos de fivela lhe permitia, e vociferava lentamente, em voz pastosa, fitando o aluno por trás dos seus óculos de aros grossos de imitação de tartaruga:
- Olha lá rapazote, aqui no Liceu não se admitem analfabetos. Vai para um colégio qualquer e volta cá só quando já souberes preencher os papéis.
Puxava a manga de alpaca para o cotovelo, engordurada de meses a fio sem ser lavada e pegava nos papéis do aluno que se seguia na fila.

Mas que homem era aquele, quem era de facto o burocrata a debater-se imundo na camisa de forças do rígido normativo da secretaria, humilhado às escondidas pela rapaziada? Será que acalentava algum sonho? Qualquer homem os tem. E ele? Tinha algum? Ou alimentava-se apenas da autoridade efémera sobre os alunos que as regras do liceu lhe conferiam? Bastar-lhe-ia comer o pó dos processos escolares que enchiam as paredes e as secretárias?
Não! Viemos a saber que não!
Figura caricatural, dentro do esqueleto que lhe furava a camisa passajada, o coração do Lacerda também amava.
Também sonhava! Aquela mulher de lábios grossos, carnudos, de pernas roliças, seios fartos a saltarem pelo decote da blusa às flores, a quase rebentarem os botões de osso de javali que a cingiam ao corpo, trazia-o ensandecido. Fora a única mulher que conhecera em toda a sua vida que não se ria dele, que lhe sorria meiga, que o escutava atenta, que lhe sussurrava palavras de amor e que gemia nos seus braços esqueléticos, na penumbra do quarto daquele primeiro andar onde todos os dias se ia encontrar com ela.
Ultimamente, o Lacerda pedia por vezes dinheiro emprestado aos colegas, porque aquele amor louco lhe estava a esgotar as economias. Nem parecia o mesmo! A partir do meio da tarde, ansiava que os ponteiros do relógio ganhassem maior velocidade, para sair do trabalho, encharcar-se em perfume reles que empestava tudo à sua volta, apanhar o eléctrico na Alameda e depois apear-se em andamento perto da Praça 8 de Maio.
Era vê-lo então a embrenhar-se nas vielas da Baixa, chocalhando os ossos, em passo estugado, os tacões de pau de cinco centímetros já descambados, a baterem ritmados na calçada. Chegado, subia dois a dois os estreitos degraus de madeira carunchosa até ao primeiro andar.
Recobrava o fôlego, abria os braços em direcção à sua amada, deixava antever os dentes amarelos num arremedo de sorriso, num esgar cadavérico e articulava melancolicamente, disfarçando a gaguez:
- Meu amor! Vamos?
- A Carmen, assim era o seu nome, espanhola de Cáceres que imigrara há um bom par de anos para trabalhar em Coimbra, sorria-lhe, passava-lhe a mão pelo cabelo oleoso e levava-o pela mão ossuda, como a um menino, para o quarto daquele nº 13 da Rua Direita…

Rui Felício
Blog Encontro de Gerações

Disconnecting people



Ricardo - Vida e obra de mim mesmo
(crica na imagem para abrir aumentada numa nova janela)

23 junho 2012

Homens, aprendam a instalar uma ventoinha de tecto

«conversa 1895» - bagaço amarelo

Ela - Gostava que te tivesses apaixonado por mim, pelo menos uma vez na vida.
Eu - Para quê? Já falámos sobre isso...
Ela - Pois já.
Eu - Somos bons amigos, acho eu, e se tu nunca te apaixonaste por mim, não percebo porque é que raio quererias que eu me apaixonasse por ti.
Ela - Para te fazer sofrer um bocadinho. Só isso.
Eu - Para me fazer sofrer?!
Ela - Sim, tenho esta sensação estúpida de que nunca ninguém sofreu por mim.
Eu - Estás bem?
Ela - Sempre que um homem se apaixonou por mim, eu apaixonei-me por ele. Sou uma fácil...
Eu - Não sabes se algum homem sofreu por ti em silêncio...
Ela - Pois não, mas queria tanto saber.


bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»

Gravuras do livro «Égarements de Julie», de 1949

Três das 21 gravuras que ilustraram o livro.
Litografias sobre Vélin de Rénage (folha A4 - imagem: 16,5x13,5cm)
A partir de agora, na minha colecção.




Um sábado qualquer... - «Tetris»





Um sábado qualquer...

22 junho 2012

Banho aos checos




HenriCartoon

Burras ou não burras, catarro e Frusteka

Depois do sucesso destas duas louras a falarem de amizade, boleias e hemorróidas, eis que elas regressam...

O azul do mar

Nunca foste capaz de te esquecer, pois não?
Não. Nunca ultrapassei o que me fizeste.
E nunca foste feliz?
… Fui. Sim, fui… Cheguei a ser.
Comigo?
Contigo.
Mas estávamos condenados. Condenados desde o principio.
Provavelmente. Vendo as coisas hoje, estávamos.
Achas que a culpa foi minha?
Quando se ama não há culpas.
Achas?!
Não, na realidade, não. Só na política portuguesa é que não há culpas, em tudo o resto há. Ainda que possam ser repartidas.
Eu amava-te, isso é verdade. E o que fiz, fi-lo por amor.
Eu sei. Sempre soube.
Mas nunca esqueceste.
Mas tentei. A sério que tentei.
E amaste-me?
… Sim...
Tens de pensar?
Em quê?
Se me amaste. Hesitaste. Não estavas a pensar?
Estava mas, pensando bem, não precisava.
Claro que não. Estamos a ser absolutamente sinceros, foi o que combinámos.
Não precisamos de pensar.
Pois.
Na verdade, acho que nunca te amei. Gostei de ti e quis amar-te mas nunca te amei, porque, mesmo nos momentos que gostava de ti e queria gostar de ti ainda mais e esquecer o que me fizeste, tinha de estar a pensar em querer esquecer… Acho… Acho que se alguma vez te tivesse realmente amado tinha esquecido o que me fizeste e nunca consegui… Desculpa.
Não tens de me pedir desculpa. Eu tive-te. Quis ter-te e tive-te. E não te peço desculpa.
Eu sei.
Sabes?
Sei, sempre tive consciência disso, mas…
Mas?
Dava-me conforto que alguém me quisesse e que, ainda por cima, me quisesse assim. O teu amor psicótico era o alimento da minha auto-estima desequilibrada.
Desculpa?!
O teu amor psicótico era o alimento da minha auto-estima desequilibrada.
Já tinhas pensado nessa frase?
Já.
E era por isso que me traías?
Por pensar na frase?
Não! Por causa do meu amor psicótico e da tua auto-estima desequilibrada.
Acho que sim. Também porque não era feliz… Mas sim, principalmente, porque ora estava de rastos ora estava no topo do mundo e porque queria demonstrar e perceber que podia haver quem gostasse de mim sem seres tu. E tu?
Eu?
Sim, tu. Traías-me porquê?
Eu… Eu… Acho que pelas mesmas razões que tu: queria que gostassem de mim, de estar comigo. Queria provar que era capaz e que, apesar de ti, havia quem me quisesse. Queria pensar que era livre. Que podia viver sem ti. Deixar de te amar. Libertar-me de ti. Ser outra pessoa.
És?
Hoje?
Sim. Sou. E tu?
Também. Estou diferente.
E, no entanto, estamos aqui.
Estamos só a tomar café.
Pois estamos...
A tomar café…

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Meninas WTF

21 junho 2012

O Euro 2012 como devia ser!

O Sexy Soccer foi realizado pela quarta vez em Berlim. Doze gajas jogaram um amistoso entre a Alemanha e a Dinamarca, antecipando o duelo oficial das equipas no Euro 2012 (em 17 de Junho). Elas usaram apenas um pequeno short e as camisas foram pintadas nas suas mamocas nuas. A equipa alemã foi treinada pela maior actriz erótica do país, Vivian Schmitt, e a ex-Big Brother Annina Ucatis comandou a dinamarquesa. O mesmo evento aconteceu durante os campeonatos do Mundo de 2006 e 2010, e no Euro 2008.
Checa (é hoje! É hoje!) aqui:

«Bocantónio Gedeão» - Patife

Este fim-de-semana aviei uma professora de filosofia que garantiu a pés juntos, e depois a pernas abertas, que a superior prestação do meu nabo dava azo a desmedidas considerações filosóficas. E depois ainda aventou umas quantas ideias mirabolantes sobre o imperativo categórico que é o Pacheco mas eu já só queria era dormir para descansar da maratona de sete horas de pinada. Por isso, adormeci a pensar que se o Bocage e o António Gedeão fossem um só, podiam ter criado uma obra poética categórica no panorama literário português ainda mais célebre que a Pedra Filosofal. E se o Bocage e o António Gedeão fossem um só teriam certamente criado coisinhas poéticas lindas assim:

Nabo Filosofal

Elas não sabem que o tesão
é uma constante da picha
tão comilona e decidida
que come uma chona qualquer,
como essa chona pardacenta
em que entro com grande avanço,
como um furacão nada manso
sem grandes sobressaltos,
numa gaja de saltos altos
em que as mamas se agitam,
como essas vozes que gritam
em pinadas de alegria.

Elas não sabem que o nabo
é hino, é espuma, é fermento,
bicho estouvado e sedento,
de focinho pontiagudo,
que espeta através de tudo
num perpétuo movimento.

Elas não sabem que o mastro
é tela, é cor, é pincel,
base, fuste, capitel,
nabo erecto, imperial,
pináculo nabal,
contraponto, sinfonia,
em chona troiana ou grega faz magia,
que pina como malabarista,
vai ao fundo num instante,
bacamarte sempre errante
para o trepar só uma alpinista.

Elas não sabem, nem sonham,
que o tesão comanda a vida.
Que sempre que um homem sonha
o nabo pula e avia
com fúria atrevida
entre as pernas de uma vadia.


Patife
Blog «fode, fode, patife»

Fruta 89 - Azul abençoado

Concreto



20 junho 2012

Aprendam a fazer bolas de sabão grandes!

«conversa 1894» - bagaço amarelo

(no café)

Ela - Está ali um passarinho pequenino.
Eu - Onde?
Ela - Ali, junto àquela árvore, do lado de lá do vidro.
Eu - É um pardal. Os pardais são pequeninos.
Ela - Mas aquele é pequenino mesmo e deve andar à procura da mãe. Devíamos ajudá-lo.
Eu - Eu não sei quem é a mãe dele, por isso não o posso ajudar.
Ela - Que falta de...
Eu - Falta de quê?!
Ela - De sensibilidade, de disponibilidade. De tudo.
Eu - Queres que eu interrompa a leitura do jornal para ir procurar a mãe dum pardal?!
Ela - Pelo menos podíamos pegar-lhe, porque parece que ele nem sequer consegue voar.
Eu - Não és tu que adoras gatos?! Daqui a pouco, se ele não consegue voar, serve de lanche a um gato qualquer. É bem empregue.
Ela - Às vezes consegues ser mesmo horrível.
Eu - Mesmo horrível?! Só porque estou a ler o Público e não me apetece sair daqui para ir apanhar um pássaro ao qual nem saberia bem o que fazer?
Ela - Sim.
Eu - Pronto, está bem. Sou horrível.


bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»

fui ali ao país de nuestros hermanos


 e não tendo tido tempo de visitar o Museu Erótico (distraí-me com coisas muito gaudi) tive oportunidade de ler o El País e descobrir estas maravilhas nos classificados. PRICELESS, mira! 
 

e ainda toquei na cabecinha (salvo seja) do senhor Gaudi, que fazia coisas fálicas como quem come sardinhas em noite de Santo António!



Gaudi, Barcelona-mas, tá? e até breve!